Ana’s POV

Harry me deixou em casa umas onze horas, meus pais ainda não tinham chegado, corri pra trocar de roupa e joguei fora o bilhete que eu tinha feito para eles. Já que estava muito cansada, coloquei os fones e deitei.

- Filha, cheguei! - minha mãe apareceu na porta do meu quarto.

- Oi mãe…

- Ta tudo bem? Você ta verde… - na hora que ela falou isso, eu corri pro banheiro e vomitei muito.

- Meu deus! - falei, já me deitando.

- O que tu comeu ultimamente? - minha mãe disse.

- Nada, só um café…

- Estranho… Vou pegar um remédio pra enjoo pra você não passar mal de madrugada. Fica quieta e deitada ai - ela trouxe o remédio, eu tomei e acabei dormindo.

No dia seguinte, acordei com Harry me ligando.

- Alô?

- Bom dia, ogra! - muito amor né, eu sei.

- Hm, bom dia…

- Ta tudo bem?

- Não, ontem a noite eu passei muito, muito mal…

- Sério? Mas já melhorou? É melhor ir no médico, Ana…

- Não, já passou, para de bobeira!

- Hm, to de olho ein… Falou com seus pais sobre a viagem? Precisamos comprar as passagens hoje, vamos amanhã de madrugada né.

- Já tinha até me esquecido, vou falar com eles agora… Já, já te mando uma mensagem dizendo.

- Ok, beijo.

- Amo você, ogro - ele riu.

- Também te amo!

Desliguei a ligação e desci.

- Bom dia gente! - sorri, me jogando no sofá - Tenho que pedir uma coisa pra vocês.

- Fala, sem enrolação - minha mãe disse.

- Harry, os meninos, e as namoradas deles vão pro Caribe. É, Caribe! Vamos amanhã de madrugada e voltamos sábado a tarde. Deixa? Deixa? Deixa? - implorei.

Minha mãe me analizou e analizou meu pai e ficou quieta. Já meu pai tinha um olhar indiferente.

- Eu deixo! - minha mãe sorriu.

- E você pai? Você deixa?

- Deixo né, posso fazer oque… - ele falou e voltou a ler o jornal.

- MUITO OBRIGADA PAIZINHOS LINDOS E MARAVILHOSOS! - os abracei e corri pra ligar pro Harold.

- Alô?

- EU VOU PODER IR! - gritei e ele riu com a minha animação.

- Arruma suas coisas então, te busco amanhãs as três!

- Ué, mas não ia ser de madrugada?

- Ia… não tinha mais voô, agora é as quatro.

- Hm, ok… até, amo você!

- Te amo bebezoca!

- Lá vem você e seus apelidos broxantes - ri.

- Bebezoca não é broxante! - ele fingiu indignação.

- É sim!

- Ta, é… mas não importa - ele riu.

- Vou desligar…

- Não poxa, não me ama mais?

- Harrêh, dá um tempo… tchau! - desliguei. Harry é daqueles do “desliga você primeiro” então, iriamos demorar horas.

Comecei a pegar umas mudas de roupa e colocar numa bolsa afinal eu ia ficar lá por uma semana. Acabei e desci pra almoçar.

- Então, separados né? - meu pai falou já a mesa.

- Oi? - perguntei.

- Quartos… separados… né?

- Aham - menti.

- Vou fingir que acredito - ele sorriu irônico.

O resto do dia foi andar de skate, computador e terminar de arrumar minhas coisas.

Acordei ás 11hrs do dia seguinte com um enjoo enorme, mas preferi guardar segredo da minha mãe, se ela soubesse não deixaria eu viajar. Fui direto pro meu banheiro tomar um banho e ver se eu tinha algum remédio. Tomei o remédio e melhorei um pouco. Me arrumei (look) e guardei o restante das coisas que precisaria na minha única mala. Mandei uma mensagem pro Harry:

“Bom dia curly (: Tudo certo pra nossa viagem? hehe Ana, xx”

Logo ele me respondeu:

“Tudo mais que certo! Fique pronta ás duas, xx”

(…)

- Irá cuidar da minha filha direito certo, Harry? - meu pai me segurava no peito dele como se nunca fosse me largar.

- Paiêh, dá um tempo, ok?

- Não, até esse garoto me prometer que…

- Eu prometo senhor - Harry falou, vermelho.

- Então ta né, vocês já podem ir… - minha mãe disse vendo que Harry daqui a pouco explodiria de vergonha.

- Muito obrigado mãe, beijo, beijo! - puxei minha mala com uma mão e Harry com a outra.

- Ás vezes penso que seu pai teria coragem de me matar sabia? - Harry disse já dentro do táxi.

- Eu também… - murmurei e ele riu.

- Se nós terminassemos seria melhor…

- O QUE? - arregalei os olhos.

- É só brincadeira! - ele riu.

- Ah ok, também vou brincar assim com você - fechei a cara, afinal, em toda brincadeira tem um pouco de verdade.

Harry’s POV

Depois da dura de mais ou menos meia hora do pai da Ana nós conseguimos sair de lá. O pai dela as vezes parece que arrancaria minha cabeça com a própria boca. Que nojo.

- Ás vezes penso que seu pai teria coragem de me matar sabia? - falei, rindo pra ela.

- Eu também… - ela falou baixinho.

- Se nós terminassemos seria melhor… - brinquei. Isso nunca aconteceria, eu não vivo mais sem ela. Que clichê…

- O QUE? - ela arregalou os olhos.

- É só brincadeira! - ri e logo depois ela fechou a cara.