On the Way

Porque a Família É Importante


Lena resolveu impressionar Klaus. Desde que sua vida tomou um rumo horrível, ela não havia mais se divertido com ninguém além de Alya e tinha certeza de que estava precisando de um homem em sua vida. Pelo jeito que Klaus a olhara quando estava presa na mansão, ela sabia que ele ainda a desejava, mesmo depois de mais de setenta anos de fingimento.

Parou na frente do espelho pela última vez antes de sair. Os cabelos ruivos estavam soltos, caindo em cascatas como Klaus sempre gostou. Colocou um vestido preto básico, com um decote discreto e as costas nuas. Colocou uma sandália prateada com duas tiras na frente e duas tiras se prendendo no tornozelo. Ela deixaria Klaus maluco e depois, estaria pronto para dar o bote.

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– Meu nariz se contaminou com esse perfume – Alya zombou e Lena se virou a ponto de vê-la com a mão no nariz. – Por que tão forte? Cheira a Klaus! E eu não gosto desse cheiro, Helena!

– Cala a boca, Alya! – Lena mandou e já estava arrumando sua bolsa. – Eu quero me divertir um pouco, posso? Não é como se nessa cidade tivesse algo muito, muito interessante!

– Eu posso me divertir com os seus irmãozinhos, então?

Lena se segurou para não rir.

– Se a adorável Elena permitir, vá em frente – Lena respondeu e caminhou para fora do quarto dando um último aceno para a amiga.

Não demorou muito para que Lena chegasse à casa de Klaus. Ela ainda queria saber porque ele insistia em morar naquele lugar tão grande, sozinho. Mais lugares para se esconder caso ele tente matá-la mais uma vez.

A casa estava toda decorada com móveis modernos. A sala de estar tinha um ar antigo, mas as cores vivas davam uma modernidade pela casa. Perto de uma mesa do sofá estavam vários papéis, telas e tintas. Ela se perguntou se ele ainda tinha o quadro que pintara dela quase um século atrás. Lena se pegou sorrindo ao se lembrar que estava completamente nua quando deixou que Klaus o fizesse.

– Não acredito que esse perfume ainda exista.

Lena se virou lentamente para ver Klaus parado, apoiado em uma porta e com um meio sorriso no rosto. Tirando o corte de cabelo, Klaus não mudara nada em si mesmo.

– Eu guardei – ela retrucou e sem se aproximar muito, tomou cuidado para que se sentasse no sofá sem que Klaus desse um único passo. – Alya disse que cheira a você.

– Eu o dei a você, acho que é normal isso – ele ironizou e quando ele se mexeu, Lena se sentiu abruptamente preparada para que fosse qualquer coisa que ele tentasse fazer. Klaus apenas se sentou ao seu lado. – Está com medo?

– Eu diria que se você pudesse ouvir o meu coração batendo, teria passado mal de tanta sede – Lena provocou e cruzou as pernas de forma provocante. Klaus notou e quase sorriu.

– Sempre que você queria me provocar ficava nua na minha frente e não colocava um vestido curto mostrando as pernas, amor.

– Não existiam vestidos curtos naquela época – Lena lembrou. – Mas acho que você se lembra daquela vez na Torre Eiffel em que subimos completamente sem roupa alguma. Foi bastante divertido.

– Sim. – Ele usou sem tom de voz assassino. – A gente até matou uma mulher depois disso. Quem sabe você não tenha o mesmo destino que ela?

– Eu vim aqui em sinal de paz e sou recebida desse jeito, amor? – Lena tentou parecer irritada. – Você realmente sabe como ficar sozinho e nessa mansão. Eu odiaria morar aqui, mas não é como se você fosse me convidar para morar aqui, não é? – Ela deu um rápido olhar para a casa e quando voltou seus olhos para Klaus, ele parecia mais interessado na conversa. – Acho que isso tem um motivo, certo?

– Minha família – ele respondeu sem rodeios. – Quando chegar a hora certa vou libertá-los e vamos todos morarmos aqui.

– Então verei Elijah de novo? – Lena cantarolou. – Adoro reencontros!

– Não acredito que ele seja melhor do que eu.

Lena não sabia de onde, mas arrumou coragem se aproximou de Klaus, seus rostos a poucos centímetros de se tocarem. Por um rápido momento, ela o viu ficar de olhos arregalados e espantado pela ação.

– Do meu amado Klaus, a quem nunca esquecerei – ela sussurrou no ouvido dela e nem teve tempo de sentir medo quando o Original a pegou pela nuca e pressionou seus lábios bruscamente nos dela. Rapidamente ele abriu a boca dela e Lena entrelaçou sua língua na dele indo cada vez mais para cima dele.

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Ela só não tinha ideia de que estava com saudade daquilo.

Klaus caiu contra o sofá e Lena tratou de subir pelo corpo dele, os joelhos de cada lado do quadril dele. Ela se inclinou para Klaus, rapidamente tirando as sandálias de salto e jogando-as para o lado. Klaus passou a mão lentamente pelo seu vestido e se fazer cerimônia, o rasgou rapidamente, deixando Lena apenas de lingerie. Ela o ouviu suspirar e continuou com o ritmo de beijos e se deliciando com as mãos de Klaus descendo pelo seu corpo, enquanto ela rasgava sua camisa.

– Eu não acredito nisso! – Stefan disparou. – Isso é nojento e traiçoeiro.

***

– Nunca ouvi falar da sua irmã, desculpe.

Damon semicerrou os olhos para o sujeito a sua frente. Eles tinham alguns traços em comuns, como os cabelos pretos e olhos azuis, diferentes apenas pelos tons claros e escuros que cada um tinha. Ele parecia mais relaxado agora e Damon desconfiava que tivesse a ver com a menção do nome de Lena.

– E aquela garota que você viu no Grill? – ele ainda questionou. – Estatura média, ruiva, olhos cinzentos... Ah, você deve se lembrar!

– Talvez.

– Seu nome é James, não é? – Damon foi direto ao ponto. – Lena disse o seu nome e vi o jeito com que se olharam no Grill. Você é o cara de quem ela fala. Chega de mentiras e ironias.

– Não, meu nome não é James e eu não conheço sua irmã – o homem negou tudo.

– Eu poderia arrancar seu...

– Mas não pode – ele interrompeu. – Você é um vampiro e não está convidado para entrar. Não sei quem é você e nem a sua irmã. Tenha um bom dia.

E Damon só teve tempo de se distanciar antes que a porta batesse em seu rosto com uma força impressionante.

***

Lena se levantou apressada de cima de Klaus, mas se odiou ao pensar no vestido rasgado. Klaus estava se divertindo com a situação e ela tentaria ao máximo não se intimidar com Stefan.

– Você é um verdadeiro intruso, irmãozinho – disse ela, sem convicção. – Não pensa no que pode acontecer se você continuar a atrapalhar?

– Não me chame assim – Stefan pediu, cruzando os braços.

– Que tal chato? Combina com você – Lena ironizou.

Klaus se levantou do sofá. A camisa rasgada agora estava no chão junto com o vestido de Lena. Ele encarou Stefan por um momento antes de soltar uma risada aguda e até maliciosa. Ao mesmo tempo, Stefan e Lena semicerraram os olhos para o híbrido e ouviram uma gargalhada zombeteira.

– Isso é patético! – Lena esbravejou. – Eu preciso voltar para a minha casa.

– E vai voltar assim – Klaus direcionou seus olhos para ela – só de calcinha e sutiã?

– É por isso que existem celulares e amigos – Lena retrucou. – Coisa que você não tem, babaca.

– Vocês estavam se agarrando e só porque eu cheguei vão parar? – Stefan mudou sua postura surpresa e agora estava mais divertido.

– Ok – Lena falou. – Vou fazer uma pergunta: onde está a família do nosso híbrido favorito? – Ela deu tapinhas no ombro de Klaus que a olhou feio.

– Escondida. – Foi a única coisa que Stefan respondeu.

– Essa parte nós já sabemos – Klaus replicou. Depois, se virou para Lena. – Aliás, qual é o seu interesse nos meus irmãos?

– Quero o meu reencontro com o Elijah e estou louca para conhecer a Rebekah! – Lena cantarolou, mas não convenceu Klaus e nem Stefan. – Ah, qual é! Eu estou quase nua na sua frente e você me questiona sobre seus irmãos? Repetindo, isso está patético!

– Eu creio que você está querendo vingança pelo que fizemos com você – disse Klaus.

– Sobre isso, tenho que perguntar: sua mãe era mesmo uma bruxa? – Stefan indagou de repente, pegando Lena de surpresa.

– Como sabe sobre isso? – As palavras saíram fraquejadas.

– Klaus contou – Stefan respondeu, seu olhar em Klaus, que não revelava nada em sua expressão vazia.

Lena se virou completamente para Klaus.

– Você contou isso a eles? – ela o questionou. – Contou sobre o amuleto também, não é?

Klaus deu de ombros.

– Achei que era importante. E descobri outras coisas interessantes sobre você e sua linhagem de bruxas. Quer ouvir? É uma história interessante.

Lena sorriu para ele.

– Eu sempre estou dois passos na sua frente, Niklaus.