É fim de semana e tive que vim para casa do Max com a Nessie para pegar as matérias que perdi. Olha pela janela da sala, enquanto Nessie, Max e Cristina conversam animadamente no chão rodeado por cadernos e livros. Cristina é a garota que conheci na aula de biologia. Ela é uma das primeiras pessoas que Renesmee conheceu aqui.

-Vou dar uma volta. –digo pegando minha mochila do chão.

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-Vou com você. –Renesmee se levanta.

-Nessie não precisa! –digo e aperto seu ombro. –Vou ficar bem, só preciso caminhar um pouco.

-Não posso deixa-la ir sozinha. –ela dá de ombros.

-Qual é Renesmee? A garota só quer dá uma volta. –Max zomba.

-Tá tudo bem! –digo ao seu ouvido. –Alice está de olho nas coisas.

-Eu não sei... –ela diz inquieta.

-Encontro vocês na lanchonete mais tarde. Qualquer coisa liga no meu celular! –digo e pisco para ela.

-Ok! –ela morde os lábios.

Sigo para fora fechando a porta logo em seguida. O ar está muito frio, visto o casaco antes de começar a caminhar. Está anoitecendo e há algumas pessoas andando pelas ruas chegando provavelmente do serviço. Ando rápido e atravesso a rua. Sigo por um parquinho e entro em uma rua que não tem movimentos. Há muito becos entre elas. Vejo que ela segue paro o cais e ao longe vejo o mar. O vento frio balança meus cabelos e eu tremo. Tem algo de errado no ar. Cheiro de medo. Apresso meus passos.

Quando passo enfrente a um beco estreito e escuro, um vulto preto me puxa pela cintura. Solto um grito pelo susto, mas logo uma mão gelada tampa minha boca. Ele me empurra na parede e eu respiro fundo quando vejo a capa escura com o capuz cobrindo seu rosto.

-Alec! –grito contra sua mão.

-Vê se não grita! –ele diz e eu balanço a cabeça. Ele tira sua mão da minha boca. –Quanto tempo minha querida Sara...

-Dá próxima vez é só me chamar e não ficar me matando de medo. –digo irritada.

-Assim tem mais emoção! –ele diz e tira o capuz.

Seu rosto pálido e sombrio me assusta no começo. Seus cabelos pretos e compridos vêm até os olhos, que são vermelhos como sangue. Sua boca é grossa e vermelha. Ele é tão lindo, assim como os Cullen, porém mais assustador.

-Acho que não vou aguentar. –ele sussurra para si mesmo e se afasta para o meio do beco.

-Não pode me machucar! –digo apertando minha mão.

-Acho que posso sim! –ele diz e me olha como se fosse pular em cima de mim a qualquer momento.

-Você falou para eu pensar e te dar uma resposta! Não vai me machucar... –tento convencê-lo e um calafrio passeia pelo meu corpo. –Isso se eu não tiver contado para os Cullen...

-Ah você não contou. –ele me interrompe e da um passo na minha direção.

-Como pode ter certeza? –digo tremula.

-Se você tivesse feito isso, eu não estraria aqui e muito menos você. –ele diz desconfiado.

Não sei o que falar. Passei esses dias tudo tentando saber como encontra-lo e agora não sei com fazer isso. Sei que ele não vai me matar, porque se não já teria feito isso. Ele está apenas se divertindo com a situação. Respiro fundo e sacudo a cabeça.

-Como você me achou? –pergunto mudando de assunto.

-Tenho observado você de longe... –ele diz e encara o chão.

-Como Alice não o vê? –pergunto preocupada.

-Isso é segredo! –ele diz e me encara. –Como esconde seus pensamentos de Edward?

-Isso é segredo! –digo e mordo os lábios.

-Hum... Encantador! –ele sacode um dos ombros e se vira dando alguns passos para mais longe de mim. Ele para e olha para o céu escuro acima de nós. –Sugiro que você tenha pensado no assunto então.

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-Não podia pensar nisso. Edward estava de olho em mim. –digo e não sei se podia dizer isso. Afinal não sei se Alec é confiável. Provavelmente não.

-Então não tem nada á me dizer? –ele me olha sobre o ombro. Balanço a cabeça e ele olha para o telhado do fundo de um supermercado. Sei que ele vai embora...

-Espera! –digo antes que ele pule.

-Sim? –ele se vira e me encara.

-Talvez eu queira sua ajuda! –sugiro.

-Vou dar um voto de confiança em você... –ele diz. Enfia a mão no bolço e tira um papel e joga no chão. –Tente ser discreta!

Abaixo ao chão para pegar o papel. Quando volto á olhar para cima não o vejo mais. Olho para todos os lados, mas estou sozinha e não vejo ninguém. Abro o papel e vejo uma caligrafia escrita:

Posada Estela

Certo, isso não significa nada para mim e não sei ao certo se posso confiar. Mas não sei o que há em Alec, porque mesmo sabendo que ele não é alguém em que posso confiar mesmo assim confio. É algo impossível para que eu possa decifrar. “Posada Estela”, não faço a mínima ideia do que isso pode dizer. Ele só pode estar louco.

Dobro o papel e o coloco dentro da minha mochila. Dou meia volta e continuo andando, agora em direção á lanchonete que não fica muito longe dali. Quando chego lá vejo que Renesmee, Max e Cristiana ainda não chegaram. Escolho uma mesa para quatro num quanto onde dá para observar as pessoas caminhando pela rua.

Uma garçonete aparece e anota meu pedido. Pego o papel que Alec me deu e observo a duas palavras. Alguém senta do meu lado. E eu levanto os olhos do papel e vejo um garoto de cabelos loiros e olhos claros. Vi ele no refeitório na escola.

-Você é a Sara né? –ele pergunta com um sorriso.

-Sim e você? –pergunto curiosa.

-Sou o Diogo! –ele diz. –Estamos em três matérias juntos.

-Ah legal! –digo.

-Está aqui sozinha? –ele pergunta e coça a parte de trás da cabeça.

-Não, estou esperando meus amigos. –digo.

-Ah sim! –ele dá de ombros e encara o papel na minha mão. Ele rir. –Posada Estela...

-Você conhece o lugar? –pergunto ansiosa.

-Claro. É um lugar abandonado, parte do lugar já caiu. Mas isso não quer diz que lá não tem dono. A senhora Estela ficou doente e um dos filhos á levou para Nova York. Nunca mais tivemos noticia dela. –ele diz pensativo. –Minha mãe era amiga dela!

-E onde ela fica? A posada?–pergunto curiosa.

-Fica uns 500 metros na estrada principal sentido á Seattle, tem uma placa do lado direito ai anda mais uns 1000 metros. –ele diz rápido. –O que você quer lá?

-Nada! Só fiquei curiosa. –sorrio. –Achei interessante!

-Sei! –ele diz. –Aqui em Port Angeles tem muito lugar assustador... Bem, mas você não quer saber... E eu já vou indo porque seus amigos estão chegando. Tchau e foi bom falar com você.

-Pode ficar com a agente se quiser... –digo quando ele se levanta.

-Não obrigada! Ainda não fiz o dever de biologia. –ele sorri.

-Está bem então! –sorrio.

Olho para ele enquanto se distância. Nessie, Max e Cristina entram e caminham em minha direção. Enfio o papel novamente dentro da minha mochila. Eles se sentem e faz seus pedidos quando a garçonete volta com o meu. Tento seguir na conversa deles, mas não consigo parar de pensar em como vou me encontrar com Alec. Na verdade tenho medo de que alguém descubra sobre ele. Não quero por tudo a perder. Não depois do que aconteceu comigo e Jacob. Preciso de ajuda e Alec tem que me ajudar com isso.

Preciso manter o máximo que for em segredo sobre Alec.