Obliviate - Dramione

" A curiosidade matou o gato "


Draco acabara de chegar na mansão Malfoy após a ida ao hospital para ver a filha. Deus, ele nunca pensou que diria essa palavra. Ele tinha uma filha? Uma filha com Hermione?

Quando Hermione contou sobre a paternidade de Rosa, Draco não pôde acreditar. Se arrependeu de ter a enfeitiçado, por alguns minutos. Porém agora, voltou a acreditar que foi a coisa certa a se fazer. Ele teve um filho, que era o mais importante em sua vida e ela alcançou seus sonhos.

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Será que se pudesse voltar no tempo faria algo diferente? Teria desistido do feitiço?

Deus, ele tinha uma filha! Uma menininha que não pegou no colo, que não o chamou de pai – Na verdade, chamava o inútil do Weasley – e que não levou em seu primeiro dia para pegar o trem. Ele tinha uma menininha, que nunca pôde chamar de filha.

Não a viu como filha no hospital naquela manhã, não queria causar problemas para Hermione. Mas ele queria tanto ver Rosa, poder abraça-la. Hermione terá que contar assim que a menina acordar, ela o havia prometido.

Como será que ela vai reagir? Será que o aceitaria como pai? E Escórpio, como o filho ia receber a notícia?

Por Merlin! Assim que se sentou, lembranças começaram a surgir em sua mente:

Era as férias de verão antes do início do segundo ano em Hogwarts, de Escórpio. O menino entrou no escritório do pai cabisbaixo, fechando a porta atrás de si.

Draco subiu o olhar vendo o menino se sentar na cadeira na frente de sua mesa. Se distraiu com os próprios dedos respirando lentamente.

— Escórpio, o que houve? – Draco perguntou se afastando dos papeis. O menino subiu o olhar lentamente.

— Nada, pai. – Respondeu olhando para o chão. Draco encarrou o menino tentando decifrar algo em sua expressão. Ele havia herdado do pai, o talento para esconder suas expressões.

— Se não fosse nada, você não ia estar aqui com essa cara.

— Eu só tenho essa cara – Ele respondeu ainda olhando pra baixo. Draco suspirou.

—O que aconteceu?

— Você já gostou de alguém que nunca ia ficar com você? – O menino perguntou encarrando o pai com os olhos marejados.

Draco soltou o ar fechando os olhos. O garoto não sabia o quanto o pai havia passado por isso.

— Problemas com garotas? – O Draco perguntou sorrindo para o menino. Escórpio colocou as mãos sobre os olhos.

— Pai! – Reclamou envergonhado.

— Não vou contar para ninguém! – Sorriu para o filho se acomodando melhor na cadeira. — Quem é a menina?

— Você vai querer me matar! – O menino confessou sem olhar para o pai. Draco sorriu vendo o nervosismo do filho, sua pele branca estava vermelha.

— Eu não vou querer te matar, filho.

— Então você vai querer mandar alguém me matar!

— Eu nunca faria isso com meu único filho! Pare de enrolar, Escórpio.

— Você diz isso por que eu ainda não falei nada, Pai.

— Fale, Escórpio!

O menino tampou os olhos, antes de dizer:

— A Rosa! – Ele exclamou tampando os olhos.

— A filha da Hermione? – Draco perguntou travando a respiração.

Só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto dos céus! Como seu filho, involuntariamente, se apaixonou pela filha da mulher que ele também se apaixonara naquela idade?

— Eu disse que você ia querer me matar! – disse o menino ainda tampando o rosto, estava muito envergonhado.

Draco balançou a cabeça em sinal de negação.

— Eu não quero te matar, filho – Draco continuou encarando o filho com calma. Deus, como isso aconteceu? Por que tinha que ser a filha da Hermione? – Eu entendo.

Escórpio olhou para o pai com a testa franzida, mas não perguntou mais nada. Apenas assentiu com a cabeça, deu um pequeno sorriso e deixou a sala, deixando um Draco perdido em seus pensamentos.

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Do outro lado da cidade Rony acabara de entrar no quarto de Rosa. A menina acabara de acordar e já fora visitada por todos que esperavam no hospital, exceto pelo ruivo que optou por fazer isso depois de todo mundo. Deveria se controlar, não deixaria a menina saber o que tinha acontecido enquanto ainda estava apagada. Não importa o que dizia a médica, não era verdade. Ele era o pai dela.

— Por que demorou, pai? –A menina o encarrou com os olhos azuis. Não era possível que não fosse filha dele, tinha seus olhos, não era?

— Tive um problema na loja – Ele contou se sentando ao lado da cama da menina. Rosa fechou o semblante facial.

— A loja era mais importante que eu? – Ela perguntou já com um tom acusatório.

— Não, querida. Mas era urgente, eu passei todo o resto do tempo aqui no hospital.

Ela assentiu com a cabeça ainda magoada.

— Mamãe disse que sofremos um acidente de carro, mas que Tiago está bem. – A menina contou e Rony somente concordava – Se eu já estou bem, se Tiago está bem... Por que você está me olhando assim?

Rony franziu a testa.

— Assim como? – Ele perguntou para a menina. Rosa bufou.

—Assim! Como se eu fosse um monstro em exposição! – Ela disse em um alto tom – Tem alguma coisa errada que eu não sei?

A menina estava ficando nervosa, o aparelho que media sua pressão mostrava.

— Não, querida, você continua linda! – Ele disse tentando mudar sua expressão que ele nem sabia qual era.

— Tudo bem... Vou acreditar por enquanto. – Ela disse deitando sua cabeça melhor no travesseiro. – Pega o Sapo de Chocolate que a tia Gina comprou pra mim? Mas só um, não quero engordar tanto!

Rony riu. Adolescentes...

Se levantou a caminho da bancada na parede do outro lado do quarto, ainda no hospital. Havia flores e muitos doces, tudo presente da família. Ao lado dos sapos de chocolate havia uma pasta da médica, ela deve ter esquecido. O nome de Rosa estava escrito em um papel colado na frente.

Rony, tomado pela curiosidade, abriu a pasta.

Havia todos os dados de Rosa : Como havia chegado ao hospital, qual era o diagnóstico, qual seria a cirurgia, qual era os médicos responsáveis, entre outros. Rony pode ver os dados de Hermione devido ao teste de sangue – “ Sangue A+” estava circulado – viu o dele – Seu tipo sanguíneo, A+, também estava circulado – até que seu olho se focou em mais um dado. O doador, de acordo com a médica o verdadeiro pai de SUA FILHA :

Draco Malfoy.