O dia de Natal corria alegre e divertido. Os garotos tinha sido convidados para jogar Xadrez com Lúcio e ver a cena dos três naquela animação era incomum para Luna e Narcisa. A mais velha nunca fora de ver o marido e o filho juntos e momentos como esses eram para ser registrados. Várias fotos foram tiradas.

Luna e Ginny também ajudaram Narcisa na cozinha, preparando um musse de maracujá e uma torta de frango, que fora devorada minutos depois de pronta. O almoço para eles havia sido delicioso.

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As garotas descançavam na rede da varanda detrás do chalé e eram privilegiadas com a visão das ondas do mar se formando e se desfazendo lentamente com a ajuda dos ventos.

– Esse lugar é incrível. - Comentou Ginny, que tinha os olhos fechados e metade das pernas para fora da rede.

– É sim. - Luna suspirou. A loira por estar de lado na rede, observava o mar distante.

– Como você está? - Indagou Ginny, serenamente.

– Eu tô legal. - Respondeu a loira entre mais um suspiro.

– Tá mesmo? - A ruivinha desconfiou. As redes se encontravam lado a lado.

– Tô. É só que.. - A loira suspirou pela terceira vez e fechou os olhos por alguns instantes. - Tô com medo.

– Medo de que? - Ginny quis saber enquanto levava as maos á uma mecha ruiva lisa de cabelo e a penteava com os dedos.

– De tudo isso. - Respondeu a loira, olhando novamente o mar. Lembranças de momentos com Draco alí lhe vieram na cabeça. - Eu, Draco, essa situação.

– Vocês estão se dando bem.. isso é pra ser algo bom, não é? - Comentou Ginny, pensativa. A ruiva, vez ou outra, tinha Harry Potter em seu pensamento.

– Eu acho que sim. - Confessou Luna, confusa. - Mas.. sabe Ginny, tenho medo disso passar, tenho medo dos meus medos se realizarem.

– E quais são seus medos? - Indagou Ginny, a voz da ruiva era baixa e calma.

– Ele me usar como sempre fez. Eu sei que as chances disso acontecer são grandes. E eu vou me arrepender de estar me envolvendo dessa forma, eu sei que vou. - Luna sentiu seus olhos arderem. Estava precisando desabafar há algum tempo. - Mas eu tô me sentindo bem com ele e eu já não tô querendo mais ele longe de mim. - Explicou a loira, semicerrando os olhos novamente. O vento corria pela varanda e lhe trazia ar que estava lhe faltando.

Ginny suspirou e virou o rosto para observar o que acontecia dentro do chalé. Não tinha o que dizer á Luna pois sabia que tudo aquilo era verdade. Não conseguiria responder simplesmente fazendo-a se sentir pior. Se surpreendeu com a figura loira escorada na porta pelo lado de dentro, observando atentamente as duas garotas na varanda. O olhar de Draco se encontrou com o de Ginny e a ruiva respirou fundo. Sabia que o garoto estava escutando.

– Porque você não diz essas coisas á ele? - Indagou Ginny, ainda olhando Draco na porta.

– Pode parecer estupidez da minha parte, eu sei. - Luna sorriu fraco e sem emoção. - Mas eu não quero chateá-lo com isso. Sei lá. - A loira soltou a respiração que estava presa.

Draco baixou o olhar dentro do chalé. Ele não queria fazê-la se sentir daquela maneira, ele não estava brincando com ela e só ele sabia disso. Ele nunca se envolveu com nenhuma garota em toda a sua vida e estava completamente mexido junto de Luna. Admitisse ele ou não, ele queria mais do que ninguém que tudo aquilo durasse.

O garoto levou a mão até a massaneta e Ginny percebeu, pois levantou da rede fazendo o mínimo de barulho possível. Passou pelo loiro quando o garoto saiu para a varanda, e lançando um olhar intenso para Draco, olhar esse que demonstrava torcer para aquilo dar certo, adentrou novamente o chalé. A porta de madeira foi fechada com cuidado e Draco caminhou até a rede de Luna.

– Ginny, me ajuda. - A voz da loira soou completamente desesperada. Luna ainda estava de olhos fechados e respirava pesadamente.

– Não sei se ela pode. Mas eu posso tentar. - A voz de Draco fez Luna despertar-se subitamente e se levantar da rede, o encarando nos olhos. O coração da loira pareceu disparar.

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– Draco.. - Ela engoliu em seco. Imaginou o garoto escutando aquelas palavras. Sentiu uma culpa estranha. - Você.. - Antes mesmo de perguntar, o loiro assentiu. Luna negou com a cabeça e baixou o olhar, levando as mãos até os cabelos e enfiando os dedos entre os fios.

– Não queria que se sentisse assim comigo. - Confessou o loiro, levantando a rede e passando por baixo dela, para poder finalmente ficar frente a frente com Luna. A loira ergueu o olhar devagar. - Eu sei que é difícil, mas eu queria que acreditasse em mim, de alguma forma.

– Não é isso. - Luna tentou falar mas o loiro fez um "shiu" levemente com os lábios para que ela se calasse e ele pudesse falar. Ela respirou fundo e o olhou nos olhos.

– Eu queria poder te dizer que eu não era do tipo que usava e jogava fora. Porque eu era. De verdade. Eu não estava aí pra nenhuma garota. - Explicava Draco, podendo ver o desprezo que aquelas palavras causavam á Luna. - E eu não sei se eu mudei, a única coisa que eu sei é que eu já não penso em nenhuma outra garota. E faz bastante tempo que isso acontece. - O loiro sentiu que Luna estremeceu com aquelas palavras. Deu um passo á frente e sentiu o calor que o corpo da loira emitia. Draco levou a mão até o rosto de Luna e alisou-o com a palma da mão. Luna fechou os olhos para sentiu o carinho.

– Não sei se consegue me entender. Mas eu tenho medo desse ódio acabar. - Explicou a loira, em um sussurro pesado.

– Eu me sinto assim. - Draco disse quando viu-a abrir os olhos e o encarar. - Luna.. é forte o que eu sinto por você. Eu tenho certeza. E eu nunca pensei que estaria dizendo isso para alguma garota.

– Tenho medo de você se afastar. - Confessou Luna, suspirando e encarando o azul acizentado dos olhos dele. Draco assentiu, ele a entendia, apesar de ainda continuar achando-a a garota mais insuportável e idiota do mundo, o loiro a entendia. Ele queria aquele idiota insuportável pra ele. O loiro a trouxe para si e a abraçou forte. Luna o envolveu com os braços e fechou os olhos, sua cabeça pousava no ombro do loiro, que era maior do que ela.

Luna nunca tinha abraçado-o daquela maneira antes. Eles podiam estar trocando abraços ultimamentos mas era resultado dos beijos que davam. Esse abraço fora diferente. Ela pôde sentir o conforto que o encaixe dos corpos lhe proporcionou. Ela desejou aquele abraço pra sempre. E ele também.

– Eu não vou me afastar. - O loiro sussurrou, alisando os cabelos da garota. Luna assentiu levemente. Não entendeu o porquê, mas sentiu uma verdade diferente naquelas palavras.

– Tudo bem. - Luna o apertou no abraço, buscando mais daquele conforto. Draco entendeu e a envolveu mais em seus braços.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

Fazia minutos que Ginny estava pensativa em seu quarto. A ruiva se encontrava sentada na cama onde estava dormindo, olhando para o nada e tampando o rosto com as mãos. Ela também tinha muito o que pensar sobre tudo o que estava acontecendo, mas não queria preocupar Luna com nada. Afinal, sentimentos são secretos e devem permanecer sendo até que se prove que é hora deles serem entregues.

Harry Potter era o motivo das maiores preocupações de Ginny naquele momento. Ela nunca havia se envolvido com garoto nenhum daquela maneira, não sentindo aquelas sensações. E ao menos haviam se beijado. Tudo bem, o selinho conta. Contava muito para a ruiva. Quando os lábios se tocaram, ela teve uma troca de emoções tão intensa dentro de si que poderia ficar daquela maneira pra sempre. Não fora ele que tomara a iniciativa e isso era o que mais a cativava. Garotos como ele, ou como ela pensava que ele fosse, eram acostumados a agarrar garotas, deixá-las apaixonadas e dar no pé no dia seguinte. Mas Harry não estava sendo assim. Ou estava e ela não estava percebendo.

Ela também estava enlouquecendo. A diferença entre Ginny e Luna era que a ruiva sabia controlar melhor a situação pela qual estava vivendo. Ela só precisava não deixar-se envolver tanto. Mas, naquele momento, sentada na cama, lembrando-se do lugar natural maravilhoso onde se encontrava, a ruiva lembrou do que disseram-na uma vez: Não desiste daquilo que te faz bem. Que está te fazendo bem. O futuro não lhe convém. O presente é feito de escolhas e é você que escolhe ser feliz.

Confuso. Era como se sentia Harry estava se sentindo. Sentado á beira do mar, o moreno brincava com a areia, como uma criança que está com tédio faz ao se cansar da praia. O moreno olhava as ondas que se desfazia quase próximo ao seus pés, que já estavam molhados. Os cabelos bagunçados do garoto voavam.

Fazia algum tempo que para Harry, a regra do "não se envolver com garotas" estava saindo fora de seus planos. A intenção dele ao chegar em Angra era zoar com Draco e curtir Ginny Weasley. Sim, ele queria aquela garota há muito tempo. Mas tê-la não era como tirar doce de criança. Aquela garota era difícil e era aquilo que facinava Potter. Tudo bem, pensando desse modo, Luna também era difícil. Mas ela e Draco juntos era infantís. Ginny era diferente. Ela era madura. Ela simplesmente dava um fora e pronto. Nem mais nem menos. O que também estava mudando nos últimos dias. Se a forma do "mudando" for completamente, virando tudo de cabeça pra baixo, é, as coisas estavam mudando. Começar pelo selinho que ganhara da ruiva. Quando, no mundo, que Harry imaginara uma atitude daquelas de Ginny?

E ele havia adorado. Poderia já ter pegado-a de vez, mas da maneira mais esquisita do mundo, ele não queria apressar as coisas.

O que diabos estava acontecendo com as garotas?
Ou melhor, o que diabos estava acontecendo com os garotos?

Estava tudo uma completa bagunça. Tudo precisava se resolver. Tudo.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

A noite caía no chalé de Angra. O Natal já estava indo embora e junto com ele vinha a ansiedade para o Ano Novo. Ansiedade maior da parte de Narcisa, que já planejava compras para a grande noite, que seria na praia. Haveria uma festa de Réveillon por alí e várias pessoas festejariam a chegada no novo ano.

Afinal, é sempre assim, não é? Boas novas, recomeço, esperanças. Era tudo que aquela "família" estava precisando. Narcisa e Lúcio de boas novas, Ginny e Harry de esperanças.. Draco e Luna de recomeço.

Recomeçar tudo. Juntos. Eles estavam desejando aquilo. Não queriam admitir. Ainda se odiavam. Ainda achavam que se odiavam. Ainda achavam que algum dia já se odiaram. Mas isso nunca acontecera.

– Meu celular. - Narcisa avisou, estavam todos na sala assistindo televisão e o aparelho eletrônico começara a tocar sobre a mesinha central que estava próxima de Lúcio. O homem pegou e olhou o visor rapidamente.

– Olha, é Megan. - Disse entregando o aparelho para a mulher. Luna olhou-a com surpresa. A loira estava ao lado de Draco e podia sentir o ombros se roçarem. Ainda tentavam disfarçar todo aquele sentimento para os Malfoy.

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– Minha mãe? - A loira indagou com certa animação. Ginny a olhou de relance e as duas sorriram.

Alô, Megan?– Narcisa abriu um sorriso ao atender a ligação. Lúcio pegou o controle remoto e baixou o volume da televisão.

Cissa!– A voz da mulher esbanjava felicidade. - Feliz Natal!– Desejou, apressada.

Feliz Natal minha amiga.– Cissa desejou o mesmo, sorrindo. - Como você está?

Eu estou bem, Xenofílio já conseguiu abrir a empresa de turismo e está dando super certo.– Comentou a loira, animada.

Fico muito feliz por isso.– Narcisa foi sincera. Olhou Luna de relance e sorriu para a menina.

E Luna, como ela está? Não se matou junto com Draco ainda?– Megan indagou marotamente e ouviu uma risada de Narcisa.

Não, os dois até que estão se dando bem.– Cissa falou e Draco baixou o olhar abrindo um sorriso de canto. Luna segurou para não sorrir também. - Luna está muito bem. Acho que ela quer falar com você.

Tá bom, passa pra ela.– Pediu Megan, sorrindo. - Se cuida minha amiga, manda um beijo para os meninos e eu ligo de volta no ano novo.– Avisou a loira e Narcisa assentiu, sorrindo.

Tá bom, um beijo Meg. Vou passar pra ela!– E se despedindo, esticou a mão e entregou o celular para Luna.

Mãe!– Luna falou ao colocar o telefone no ouvido. Estava com saudades da mãe, não podia negar.

Oi filha! Como você está? Está se divertindo? Eu tô com saudades!– Megan falava com um sorriso de canto.

Eu tô bem mãe, também tô com saudades. Está sendo legal aqui.– Assumiu a loira, olhando disfarçadamente Draco de relance, e o loiro, percebendo, piscou discretamente. Luna sorriu. - Ginny está comigo também.– E olhou a amiga, sorrindo junto com ela.

Sério? Manda um beijo pra ruivinha, diz que eu estou morrendo de saudades. Vocês não estão aprontando muito?– Indagou Megan, desconfiada.

Credo mulher, não confia na sua filha?– Luna brincou, rindo junto da mãe.

Nem um pouco.– Megan falou. - Papai está mandando um beijo.

Manda um beijo pra ele também. – Luna sorriu. - Tá dando certos as coisas aí?– Quis saber, curiosa.

Está sim, graças a Deus. A empresa já está cheia de clientes a procura de viagens.– Explicou Megan com animação.

Eu fico feliz, mãe. Mas vocês voltam quando?– Luna receou um pouco a resposta. Não queria pensar, mas tinha que pensar que depois do Ano Novo seus pais voltariam e os Malfoy e ela iriam embora de Angra, e tudo voltaria a ser como antes. Seu corpo estremecia com aquele pensamento, e admitisse ela ou não, era de medo.

Eu não sei, do jeito que as coisas estão, é capaz de seu pai ter que ficar aqui e eu voltar. Você já decidiu se vai fazer faculdade, não é?– Foi uma pergunta retórica.

Ai mãe. Esse papo agora não.– Luna gostava de estudar, ela queria fazer faculdade, mas sabia que seria dificil uma boa faculdade veterinária no Rio de Janeiro, na verdade, no Brasil. Diziam que a profissão não era bem valorizada.

Luna, você tem que pensar nisso. Até seu primo que é um desajuizado vai fazer faculdade de Biomedicina!– A mulher alertou-a.

Certo, certo mãe! Vou me decidir. Prometo. E ele não é meu primo. – Luna quis logo encerrar aquele assunto, enquanto ouvia a mãe soltar uma risada. Draco percebeu falarem dele.

Tudo bem. Mamãe precisa desligar agora. Feliz Natal filha.– Desejou Megan, sorridente e emocionada.

Pra você e pro papai também.– Luna sorriu e fez um som de "smack" com os lábios. Draco observou aquela cena com atenção e sorriu. Harry não evitou cutucar Ginny e mostrá-la a cena. Ruiva e moreno trocaram olhares, olhares que sorriam só por si.

E a ligação finalizou. Luna mandou o beijo que Megan havia dado para Ginny, e entregou o celular para Narcisa. Comentaram mais uns minutos sobre o telefonema, Narcisa parecia mais animada, adorava falar com sua amiga. E Luna também estava feliz de falar com a mãe. Só precisaria pôr a cabeça á pensar a partir de agora. Ano Novo, faculdade, Draco, realidade.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

O cair da noite era visto janela do quarto das meninas, já passavam da meia noite e tanto Ginny quanto Luna ainda estavam acordadas.

– E então.. - Luna quebrou o silêncio que havia se formado entre as duas á alguns minutos.

– Ainda tô acordada. - Ginny avisou, e sorriu fraco. Ambas estavam em suas camas, deitadas de barriga para cima e olhando para o teto.

– Sei que está. Tá pensando em quê? - Indagou Luna, serenamente. O som da noite podia ser ouvido e as ondas do mar estavam agitadas. A janela estava aberta, por isso elas podiam perceber.

– Pra ser sincera? - Ginny girou a cabeça para o lado e olhou Luna, que fez o mesmo e encarou o olhar da amiga. - No Harry.

– Você tá gostando dele? - Luna indagou, sem surpresas, sem julgamentos, demonstrava apenas um olhar sereno e tranquilho.

– Não sei. Eu dei um selinho nele ontem. - Ginny comentou, entregando os segredos. Luna sorriu.

– E como foi? - A loira colocou as mãos por debaixo da cabeça e virou seu corpo de lado, frente á Ginny.

– Acho que ele gostou. - Admitiu a ruiva, pensativa.

– E você, gostou? - Luna buscou uma resposta concreta. Viu Ginny assentir e sorriu novamente. Não era um sorriso maldoso, ou debochado, era um sorriso calmo. Ela sempre apoiou tudo que Ginny resolvera fazer. E a ruiva devia saber o que estava fazendo. - Tá gostando dele?

– Nunca gostei de ninguém antes. - Ginny foi sincera. - Não sei.

– Você combina com o Draco, sabia? - Luna brincou e Ginny riu, negando com a cabeça.

– Nada a ver. - A ruiva contrapôs, nem imaginando a ideia. - Vocês é que combinam.

– Ele me falou coisas fofas hoje. - Luna relembrou o momento na varanda com Draco. - Ginny, eu tô disposta mesmo a acreditar nele.

– Eu sei. - Ginny suspirou e sorriu fraco. - Tá disposta a ficar com ele também?

– Eu gosto dele. - A voz de Luna quase falhou.

– Quero que dê certo. - A ruiva disse com sinceridade. - Sério, amiga.

– Eu sei. - Luna suspirou. Suspirou mais uma vez e uma terceira vez veio assim que ela girou seu corpo para cima novamente. Semicerrou os olhos e deixou seus pensamentos pousarem nos lábios de Draco.

Se aquilo não era para dar certo, Luna já não sabia o que daria mais.

Se aquilo não era o certo, Luna já não sabia mais o que poderia ser.

Era um certo errado. O certo errado de Luna e Draco.

As meninas já haviam fechado os olhos e procuravam o sono vagamente, quando batidas na porta as despertaram. Despertaram juntas e se olharam, assustadas e surpresas.

– Quem será? - Ginny indagou se levantando da cama.

– Não sei. - Luna a imitou. Ginny usava um baby-doll e Luna ainda estava com seu vestido de malha florido.

A ruiva contraiu as sobrancelhas e foi até a porta, ajeitando os fios de cabelo. Girou a chave e abriu a porta ao destrancá-la. Se surpreendeu com a visão de Harry e Draco lado a lado, o loiro apenas com sua calça jeans de mais cedo e Harry com um bermudão e uma camiseta preta colada ao peito. O moreno não evitou olhar o jeito como Ginny estava vestida e tinha que admitir que ela era a garota mais sexy que ele já havia visto.

– Vocês dois? - Indagou com os olhos arregalados. Luna também chegou até a porta e sentiu as pernas bambearem quando viu Draco daquele jeito. Aquela hora da noite não, por favor.

– Luna. Pode vir comigo? - O loiro indagou, esticando a mão para Luna. A loira também arregalou os olhos e olhou Ginny, que parecia tão surpresa quanto. A loira suspirou e voltou a olhar Draco, esticando a mão de volta e tocando a do loiro. Seu corpo estremeceu mais com aquele contato. O loiro saiu com a loira do quarto, e logo sumiram corredor a dentro.

Ginny se contrangeu por ficar sozinha com Harry assim que aconteceu. O moreno levou a mão aos cabelos e os bagunçou ainda mais.

– Queria ficar um pouco com você. - Confessou o moreno, fazendo Ginny sentir as batidas do coração acelerarem.

– Entra. - Ela disse e viu-o abrir um sorriso que definitivamente, Ginny poderia ver todos os dias, pelo resto dos seus dias.