O trapaceiro

O trapaceiro - Capitulo 21 - DANE-SE VOCÊ.


— Ela topou... Só tenta não piorar mais as coisas! - Disse à Elena que tinha acabado de perguntar sobre o que a minha mãe achou de elas duas saírem para dar uma volta no shopping.

- Eu? - Ela se fez de desentendida. - Ela é quem tem implicância comigo! - Declarou entediada.

Revirei os olhos e dei um beijo estalado na bochecha dela que abraçou meu pescoço e me deu um selinho.

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— Acho que os nossos amigos tem razão! - Comentou ela olhando para os lados, acho que pra ter certeza de que nenhum deles estava por perto pra ouvir o que ela estava prestes a dizer. - Nós estamos muito grudentos. - Ela sussurrou bem próximo ao meu ouvido, sorri e brinquei.

— Não, não estamos! - Fiz uma voz engraçada que a fez sorrir e me dar um leve tapinha no ombro.

— Arg, a melação de vocês está fora do normal. - Comentou Caroline enquanto se aproximava de nós dois. - Vamos? - Olhou para Elena perguntando, ela assentiu e me deu um último selinho.

— Não dê ouvidos a ela, amorzinho! - zombou Elena, sorri e vi elas se afastarem.

***

Elena

- Acredita que a Lily aceitou o lance de irmos ao shopping juntas? - Perguntei a Caroline que me olhou desconfiada.

— Ela tá tramando algo, não tá? - Perguntou, dei de ombros e comentei.

— É bom que não esteja, estou realmente tentando dar uma chance a mim mesma de achar alguma coisa de boa dentro dela. - Caroline negou com a cabeça .

— O Damon sabe que você não é nenhum pouco fã da mãe dele? - Dei de ombros.

— Bom... Ele sabe que nós não nos damos bem, mas... Sei lá, não vem ao caso. - Ela fez uma careta brava.

— Isso é o que você pensa agora, espere até vocês tiverem uma briga séria. - Exclamou ela enquanto parava no meio do caminho para atravessar a rua na qual nos separávamos. - Nos vemos mais tarde? - Perguntou ela, assenti e continuei a seguir meu rumo, só que não indo pra casa e sim indo buscar Jeremy, como minha mãe sempre vinha pedindo desde a semana passada, não sei o porque, mas de umas semanas pra cá ela vem se tornando uma mala.

...

Um pouco mais tarde ouvi o som de uma buzina tocando descontroladamente, olhei pela janela de meu quarto e aquele carro me era familiar, Lily já me esperava.

Elenaaaa! — Minha mãe gritou da sala.

- Já estou indo. - Gritei de volta e sentei na cama pra colocar meu tênis, quando assim fiz, desci o mais depressa possível.

— Não seja mal educada e peça para que ela entre... - Minha mãe disse enquanto ajeitava o cabelo toda alegrinha.

— Mãe... Ela não é do tipo... Hm... - Busquei por palavras e por fim abri e fechei aspas com as mãos enquanto falava. - simpática... - Entortei os lábios e minha mãe deu de ombros.

- Tudo bem... Deixa pra próxima! - Assenti e me aproximei dela, dando um beijo em sua testa, ela andava bem estressada ultimamente, mas eu amava ela mesmo assim.

Por fim, sai de casa e fui ao encontro da Lily que me esperava aflita dentro do carro, entrei no mesmo e a cumprimentei.

— Pensei que tínhamos marcado às 19:00... - Comentou ela enquanto dava partida, olhei pra janela e revirei os olhos... Só ali percebi que aquela porcaria de "sogra boazinha" não existia... Ela só estava se fingindo pro Damon... E é claro, eu é quem tenho que pagar o pato.

...

Definitivamente eu estava certa, aquela velha era insuportável e eu não tinha saco pra aquilo...

— O que quer comer? - Lily perguntou quando não tinha mais nada para reclamar de mim.

- Vamos no mc... - Ela negou com a cabeça.

— Querida, uma dama não come hambúrguer com batatas fritas. - Dei um sorriso forçado.

— Eu não sou uma dama! - E dei de ombros entrando na fila do McDonald's.

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- Mas eu sou...- Comentou ela.

— Então vá pra algum dos seus restaurantes chiques e coma... - Ela bufou e olhou para os lados.

— Você não tem educação alguma... - Reclamou a megera.

— E a senhora é uma baita mentirosa. - Declarei revirando os olhos. - Quer saber? Cansei... Eu vou pra casa! - Nem quis saber quais seriam as consequências do que eu fiz, só apenas... Saí.

...

Quase 30 minutos depois eu cheguei na casa da Care, por sorte quem me atendeu foi ela... Eu precisava desabafar com alguém, antes de ter que encarar o Damon, se não eu seria bem capaz de falar algo que não devia.

-E aí? Como foi? - Ela perguntou chacoalhando as mãos demonstrando ansiedade.

- Foi horrível, aquela mulher é uma vaca chata... - Revirei os olhos e fechei a porta atrás de mim. - Ela tem muita frescura pro meu gosto e sabe... - dei de ombros. - Ela não estava nenhum pouco afim de "fazes as pazes", ela só queria me testar... E acho que eu não passei no teste! - Dei uma risadinha que foi seguida pela da Care e então nós caminhamos até a sala, onde estavam todos, menos o Stefan, que ainda não se sentia confortável vendo a Care e o Klaus juntos, bom, pelo menos foi isso o que o Damon falou.

Bonnie e Kai conversavam sobre alguma coisa juntos em um sofá menor, Klaus e Damon estavam conversando sobre alguma coisa, mas Damon não estava parecendo muito interessado, sua cara não era uma das melhores, será que a velhota já tinha ligado pra ele?

...

Não, ela não tinha ligado e ele estava estranho , por isso decidi que voltaríamos pra casa mais cedo, já que aquele não era o melhor dia do Damon, ele estava com os meninos na sala, já que eu e as meninas tínhamos subido para o quarto da Care pra fofocar um pouco.

- Meninas, tenho que ir... - Care me olhou confusa e Bonnie negou com a cabeça.

— Não, tá tão bom ter uma noite de meninas! - Falou Bonnie fazendo manha, neguei com a cabeça e esbocei um sorriso, levantei da cama e caminhei até ela acariciando sua barriga enquanto beijava o seu rosto.-

— Eu tenho que ir... Damon tá estranho, sem contar que eu tenho que falar do desastre que foi o meu passeio com a mãe dele. - Suspirei, ela assentiu e me beijou de volta, então caminhei até a Care e dei um beijo nela, ela fez o mesmo em mim.

E então, saí do quarto, quando eu estava à caminho da sala, ouvi uma conversa bem suspeita.

— E você Damon, como é o seu lance com a Elena, ela é tão durona na cama quanto em terra firme? — Klaus perguntou.

Eu não sei... — Damon respondeu. - Ela ainda é virgem, e eu já estou me tornando virgem de novo de tanto esperar por ela. —Abri um pouco a boca, mas depois fechei novamente.

Sério que você tá esse tempo todo sem sexo? — Kai perguntou e eu apurei mais os meus ouvidos.

Claro que sim, apesar de toda essa espera, eu amo ela.

Então tenha paciência, irmão! —Klaus falou.

Tá difícil ter. — Ele respondeu, então eu esperei alguns minutos até que eles mudassem de assunto pra eu poder interromper, naquele momento tudo o que eu queria era olhar pro Damon e quebrar aquela linda cara de safado dele... Como ele podia dizer uma coisa tão íntima, minha pros amigos dele? Ele não estava mais com paciência? Por que ainda estava comigo então? Essas perguntas chegariam aos ouvidos dele logo mas.

Acho que vou lá em cima chamar a Elena. — Ele falou e então eu tinha o momento certo de aparecer e eu o fiz, com o sorriso mais falso no rosto.

— Vamos? - Ele arregalou os olhos como se não acreditasse que eu estava ali, já que ele tinha acabado de dizer que ia me chamar.

— Eu acabei de dizer que ia lá em cima te... - Eu o interrompi.

— Me chamar? - Ele deu um sorriso tão falso quanto o meu. - É, eu ouvi. - Falei firme e tive certeza de que ele soube naquele momento que tinha alguma coisa errada.

...

Já estávamos no carro, eu bufava a cada 3 segundos,estava louca pra gritar com ele, mas precisava que ele iniciasse a discussão pra depois eu o culpar.

— O que você tem? - Ele perguntou por fim.

- O que eu tenho? - Dei uma risada forçada e olhei pra ele que estava esperando o sinal abrir. - Paciência. - Ele franziu o cenho. - O que por sinal você está sem né? - Desviei o olhar, aqueles olhos dele me desconcentravam de uma forma incomum. - Já que está esperando a um tempão eu estar pronta! - Ele suspirou e fechou os olhos por alguns segundos, esperei que ele me pedisse desculpas ou algo do tipo, mas não foi o que ele fez, ele só gritou comigo.

— Isso é normal, o que não é normal é você falar mal da minha mãe e nem fazer um mínimo esforço pra entender ela. - Merda... Ele sabia da mãe dele? - É Elena, eu sei... Da próxima vez, tenta segurar a língua por mais algum tempo, eu fui logo atrás da Care pra te atender, mas ouvi você falando mal da.... Hum... Como você chamou a minha mãe mesmo?! - Ele fingiu pensar e a essa altura os carros atrás de nós buzinavam feito loucos. - " Vaca chata." - Neguei com a cabeça e ele deu partida no carro.

— Quer saber? Isso nem se compara ao que você disse... Ela é mesmo uma vaca chata e você sabe disso! - Comentei e ele me olhou incrédulo por alguns segundos. - Mas o que custa você esperar? É, eu estava pensando seriamente em dar um novo passo na nossa relação mas você estragou tudo! - Ele bufou e olhou alguns segundos de novo para mim.

— Eu? - Eu assenti nervosa. - Você chama a minha mãe de vaca chata e o errado sou eu? - Eu não deveria ter chamado ela de vaca, nem de chata... Mas ela era, eu estava errada, mas NUNCA admitiria isso... Não antes dele se desculpar, mas como vi que ele não faria isso...

— Quer saber? Eu quero descer. - Ele me deu uma olhada novamente. - ANDA, PARA LOGO O CARRO! - Gritei. Aí ele parou e eu desci furiosa, ele era um babaca. - Que se dane! - Bati a porta do carro com força e virei as costas.

— Dane-se você! - Ouvi ele gritar de volta, então por um impulso me virei e mandei o dedo do meio à ele.

Andei por uns 15 minutos até chegar em casa, isso em pequenos passos, já que não queria que minha mãe me visse tão brava, pois se ela visse... Arg, me levaria à um mar de perguntas e eu não estava nenhum pouco afim de explicar a ela que chamei a mãe do meu namorado de "vaca chata".

Então quando cheguei em casa, fui direto pro meu quarto, tomei um banho e deitei na minha cama, resolvi que no dia seguinte iria ignorar o Damon e quem estivesse ao lado dele e assim seria até ele me pedir desculpas.

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