O tempo passa; o amor não acaba

Bônus, Sirius Black.


Já ia fazer duas semanas que May tinha ido embora, eu vinha cumprindo minha promessa. Ah, espera, vocês não sabem de que promessa estou falando... No dia que ela aceitou a proposta ela veio ate mim para ter uma conversa.

– Oi. – ela falou hesitante. – olha, sei que isso é estranho, mas... Bem, eu queria te pedi um favor. É a Agnes, bem, é... Ela é a coisa mais importante da minha vida, geralmente eu que fico e Lily vai se infiltrar por que ela é controlada, mas ela começou a se acerta com James, não quis estragar isso...

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“O caso é que Agnes não costuma obedecer Lily, e nem ninguém na verdade, e bem, talvez, Lily esteja um pouco ocupada com seus próprios problemas. É que, sabe, por esse tempo que eu passarei fora, você poderia... se importaria... sabe... de ficar de olho nela?”

Admito que primeiro fiquei assustado com o pedido, mas respondi que sim, eu poderia e cuidaria bem dela. Não demorou muito para eu descobri o motivo daquilo. Agnes era que nem May, não escutava ninguém, fazia o que queria, quando queria, da forma que queria. Era o tipo de criança que eu não era acostumado a lidar, e olha que eu convivi com Tonks na sua pior face.

Agnes era respondona, batia sem motivo, odiava ser chamada por qualquer característica para crianças, não pensava duas vezes em puxar meu cabelo, tinha um olhar assustador quando não conseguia o que queria, e o sorriso sinistro de quando ia aprontar algo.

Mas ela era fofa, falava as coisas mais absurdamente engraçadas, tinha ótimas idéias para apronta com James e Harry, dava ótimos abraços (sim eu peguei o costume de abrasá-la), e era a garota mais apaixonante que eu já conheci.

– Agnes o que você esta fazendo ai, desde já daí! – gritei quando finalmente a achei.

Ela tinha sumido a tarde inteira, e ninguém mais sabia onde procurá-la, então de repente eu olho para cima e lá está ela, sentada no telhado.

– Vai embora, quero ficar sozinha! – gritou lá de cima.

Não pensei duas vezes antes de escala a varanda ate ela, e me surpreendi ao ve-la enxugar os olhos rapidamente.

– Você está chorando? – falei assustado. – Ei, o que foi, boneca?

A puxei para um abraço e ela voltou a chorar.

– Estou com saudades da mamãe.

Algumas vezes eu me esqueço que ela ainda é uma criança.

– Mas ela esta bem, logo isso terminará e vocês vão esta juntas de novo. – respondi, omitindo a parte onde ela de fato estava com riscos de vida. – você vai ver, o tempo passa de presa.

– E se ela não voltar?

Olhei para os olhos de Agnes (os mesmos olhos que May tinha, os mesmos olhos que me deixavam com cara de bobo no primeiro ano), quis falar muitas coisas, que May iria voltar, que tudo ficaria bem, que nada iria acontecer... Mas decidir a deixar falar.

– Ela é tudo que eu tenho, tio, nunca nem vi meu pai, tia Lily tem Harry para se preocupar, e na maior parte das vezes sou eu que cuido dele, Vô Tomas já esta velho, não me aguenta mais e meus tios e tias são ridículos que nem sabem meu nome do meio. Eu só tenho ela, ou você acha que eu não sei que ela pode não voltar de seja lá onde ela foi. Eu estou com medo, por que não sei o que pode acontecer.

Agnes era uma menina calada, nunca a vi falar tanto de uma só vez, muito menos sendo ela o assunto principal, na verdade o pouco eu sabia sobre a menina tinha sido pelo Harry ou Lily, nunca pela própria Agnes.

O primeiro ponto que me surpreendeu foi que ela, assim como Harry, não falava como uma criança, embora a voz fosse fina e um tanto mimada. O segundo ponto foi que ela de fato parecia entender a gravidade do que era o trabalho de suas responsáveis.

Não poderia menti, nem a iludi, então só a abrasei falando que ela tinha muita gente, Lily nunca a deixaria, Harry sempre a protegeria, Tomas jamais desistiria dela, e agora ela tinha a mim, eu cuidaria dela como se minha vida.

Agnes de mostrou uma ótima artinheira, claro ne com um professor magnífico como eu não poderia ser diferente, e alem do mais, May era perfeito em cima de uma vassoura. Era orgulhosa e odiava quando não jogava com força suficiente para acerta o arco improvisado no meu quintal.

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– Não quero mais brincar! – gritou pulando da vassoura e jogando esta com força no chão.

Desci o mais rápido que consegui, correndo ate ela, segurando a risada por causa de sua cara enraivecida.

– Ora, vamos, se você não conseguiu deve tenta de novo ate acerta.

– Não! Eu não sirvo pra isso, sou pequena demais e fraca demais!

– Olha que eu me lembre sua mãe não era a mais forte ou grande da turma, - respondi, passando a mão pelos cabelos tentando deixá-los no lugar certo. – você fez vinte gols ontem, consegue mais hoje.

Ela me olhou desconfiada como se tivesse em duvida se eu estava sendo sincero ou se queria me diverti à custa dela. Por fim, caminhou de volta ate sua vassoura e deu impulso enquanto eu jogava a goles em sua direção e corria para a minha própria vassoura.

Agnes era insistente e dificilmente não conseguia o que queria, e isso incluía me fazer vesti um tutu de bailarina e prender meus cachos em um coque que deixaria muitos nóis para tirar no banho.

– Não Agnes ai já é demais. – falei quando ela quis por uma coroa na minha cabeça.

– Mas eu quero brincar de chá de princesas. – reclamou com aquela vozinha de derreter o coração mais frio do mundo.

Logo de primeira me senti tentado a deixá-la fazer o que queria, mas Lily tinha me mandado parar de dá a ela tudo o que queria ou ela ira se acostumar mal e nunca iria respeitar meu não.

– Não, Agnes, coroa não.

Ela fez biquinho, e em seguida meus olhos começaram a lagrimejar. Droga! Alerta de choro! Alerta de choro! Céus como essa menina conseguia chorar assim do nada?

– Ok, ok, ok! – tomei a coroa das mãozinhas dela assim que as primeiras lagrimas começaram a cair e pus a bendita na cabeça. – Pronto! Satisfeita?

Ela sorriu, extremamente feliz, já sem lagrimas nos olhos e com bochechas recém enxugadas. Mais que boa atriz essa ai seria... De qualquer forma devo acrescentar que aquela chá, e todo os chás seguintes, foram realmente divertidos.

Agnes era uma criança criativa e cuidadosa quando se tratava de aprontar, em vários pontos ela me parecia em mini marotinha, e eu tinha que tomar muito cuidado quando ela estava quieta demais.

Logicamente foi erro meu dormir no sofá da sala, onde Agnes brincava no chão, fui presa fácil e nem notei que tinha algo errado ate eu sair de lá.

A primeira mulher que eu cumprimentei no parque riu e saiu de perto, achei estranho, mas nem me importei.

A segunda gargalhou abertamente e saiu de perto sacudindo a cabeça negativamente e eu fiquei realmente intrigado.

Mas só entendi o que estava acontecendo quando um garotinho de uns quatro anos apontou para mim e gritou um sonoro:

– Mamãe por que ele esta maquiado como mulher?

Foi quando eu arregalei os olhos e corri para a vitrine mais próxima, vendo que era verdade.

No vidro eu me vi com sombra azul berrante e cílios ainda mais pretos que o normal, as bochechas extremamente rosadas, a boca mega vermelha meu cabelos pela primeira vez na minha vida estava liso. E no fundo da imagem (ou seja, atrás de mim) as pessoas riam e apontavam enquanto se perguntavam por que um homem adulto saiu de casa assim. E tudo o que eu consegui fazer foi gritar:

– AGNES!!!!

Agnes era uma criança hiperativa e nervosa, cheia de manha e que aprendeu que é só ameaça chorar para ganhar as coisas de mim. Mas uma menina doce (ou quase), sonhadora, feliz e sorridente. Era um amor de criança.

E eu gostaria de ser o pai dela.