– Nolan você tem que rastrear o Pascual sem deixar rastros, eu nem preciso te dizer isso, certo. – Emily afirmava ao amigo. – Descrição. – Pediu ela taxativa.

– Claro poderosa Emily, pode deixar. – Nolan garantiu, não escondendo seu jeito irônico.

– Não me deixe na mão certo. – Emily quase que implorou, a loira andava repensando algumas de suas atitudes e principalmente o rumo que sua vida estava tomando.

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– Bom eu vou indo, tenho coisas a fazer. – Afirmou Nolan, em um tom de mistério.

– Que coisas Nolan. – Emily desconfiou.

– Hey, gata, calma, não é só você que esconde algumas cartas na manga aqui. – Nolan, não contou seus planos, mas contrariando os avisos de Emily iria jantar com Patrick.

– Ok, vai lá, mais cuidado aonde esses teus planos irão te levar. – Emily disse, arbitrária como se estivesse desvendando os planos do amigo, que gelou com o olhar dela que o fuzilava.

– Claro! – Pode ficar descansada, senhora Thorne ou eu deveria dizer senhora Grayson. – Nolan não perdeu a oportunidade.

– Não brinca, esse sobrenome já é maldito de mais para mim. – Emily o repreendeu.

– Bom eu vou indo. – E a loira o levou até a porta. – Tchau, fica bem. – Nolan desejou.

– Tchau, Nolan. – Respondeu Emily, fechando a porta.

Emily foi até a cozinha pegou duas taças, nem ela mesma soube por que, já que ela era a única a habitar a casa, em meio ao silêncio que pairava pelos corredores, misturado com o vento, que entrava nas frestas das janelas e portas, que soprava ininterrupto, em meio ao frio que fazia e incrementava a noite. Emily sentia falta de algo que nem ela mesma sabia o que era, a garota desde muito cedo aprendeu a ser sozinha, e contar com ela mesma somente em meio as situações difíceis, mas depois dos últimos acontecimentos sua solidão estava pesando mais do que o normal, sua vida estava escura e fria como aquela noite, e a única coisa que esboçava uma única fagulha para iluminar toda escuridão era a lua cheia e bela que estava estampada no céu, lua esta que ela viu da janela de relance e resolveu conferir melhor. A loira soltou as taças, e o vinho que estava em sua mão para abrir e dirigiu-se até a varanda, debruçou-se na soleira do cercado, no mesmo lugar onde estava esculpido na madeira o símbolo que o pai fez, símbolo este que ela carregava consigo em seu pulso, para que jamais ela esquecesse de nada que seu pai passou na vida, e qual era o motivo de sua solidão hoje, pois Emily depois que viu seu pai perder tudo, dedicou-se uma vida a pensar e acabar com aqueles que destruíram o futuro belo e cheio de amor que ela não pode ter por conta dessas pessoas, que arruinaram sua vida, e destruíram seu pai. Ela jamais poderia esquecer-se de tudo aquilo, nem que ela quisesse, aquilo deixou marcas que jamais se apagariam, mais Emily parecia cada vez mais mergulhar em um mundo sem volta, e ela pela primeira vez em muitos anos estava vendo que seu tempo estava se apagando, que o tempo da Amanda estava se perdendo, e ela nem mesmo sabia mais que parte sua era Amanda, e qual parte Emily Thorne ocupava em sua vida, as duas haviam se perdido em meio a raiva, magoa e decepções que ela carregava em seu coração, coisas que as vezes a impediam de ter esperanças de um dia ser feliz de novo. Nesse momento ela viu que a única coisa que a rodeava naquele segundo era o vento frio que soprava ali, misturado com a brisa do mar, que bagunçava seus cabelos, e mexia seus pensamentos confusos, dentro de sua mente e coração, Emily se sentia divida, divida com algo que nem ela mesmo sabia o que era, talvez ali hoje a loira tinha se dado por conta de que perdeu tudo em sua vida, perdeu todas as chances de virar a página de seu passado sombrio, de uma vez por todas, mas sua sede de vingança e senso de justiça, a atrapalhava de seguir em frente, ela era uma pessoa presa ao passado a aos fantasmas que ele poderia trazer. E hoje nem mesmo Aiden estava ao seu lado, até o belo inglês a havia abandonado, antes por não aquentar mais aquela situação, e os devaneios dela, depois por ela ter o mandado embora mais uma vez, até para não faze-lo se decepcionar mais uma vez, com um final feliz que ela não poderia dar a ele, e agora parecia que Aiden estava mais ocupado com sua própria agenda de vingança, e havia entendido os recados anteriores dela, em não o querer por perto, já que nem depois, da bela loira oferecer sua casa para ele ficar, o britânico deu as caras, e mais uma vez os dois haviam se perdido, e ido por caminhos apostos, e ela parecia ter perdido Aiden mais uma vez, para seus fantasmas e para os fantasmas dele, o que fez Emily se sentir ainda pior, como se o vazio aumentasse e se tornasse do tamanho daquele mar um pouco a sua frente, enorme e incapaz de ser medido, Emily passou então a encarar a lua linda e brilhante, lembrando-se de seus tempos de menina, entes de toda aquela tragédia, que depois invadiu sua vida, e de como ela amava admirar a beleza da lua, e pensar o que realmente existia lá em cima, e se ela era linda daquele jeito, ou nem tudo era o que parecia, mesmo quando olhado de perto, seus pensamentos se perderam por uns instantes, até que ela foi afastada de tudo aquilo, por uma voz em seu ouvido.

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Aiden caminhou devagar até Emily debruçada sobre a varanda da casa, parecendo distante, nem se quer ao mesmo se dando por conta de sua presença.

– Tá linda mesmo, mais não, mais que você. – Sussurrou ele no ouvido dela, chegando por trás, referindo-se a lua que a loira encarava.

– Aiden, você apareceu. – Emily virou-se para ele, como se não acreditasse no que estava vendo.

– Eu, eu bem que tentei, não me render a você de novo, mais eu tava lá na praia comecei a olhar pra essa lua, e não consegui não me lembrar de você. – Ele justificou.

– Eu confesso que tava, sentindo a tua falta. – Desabafou a loira, ajeitando a echarpe que o vento praticamente queria arrancar dela.

– Emily, eu devo ser um trouxa mesmo, ou eu amo mais você do que a mim. – Afirmou ele, fitando ela com um sorriso.

– Não, eu prefiro acreditar, Aiden, que você é a única pessoa que eu tenho na vida, e que um dia eu cheguei perto de ter, e eu sei que se um dia você ir embora sem nem olhar pra trás e não voltar nunca mais, foi porque eu deixei, porque eu não fui a pessoa que você queria, e que eu poderia ser, se eu quisesse. – Disse ela, meio abalada, a única reação de Aiden foi puxa-la para um abraço, que foi correspondido pela loira que o abraçou com força.

– Alguém pode nos ver aqui, acho que isso não é bom. – Aiden alegou.

– Eu não devo nada pra ninguém, se a Victória ou Daniel me ver com você, problema deles, problema do Daniel que vai ter mais certeza ainda, que ele não era nada pra mim e nem nunca vai ser. – Emily afirmou.

– Ok, mais vamos entrar, tá muito frio aqui fora, e eu não estou a fim de congelar. – Falou Aiden, acariciando o rosto dela de leve.

– Vamos. – Emily concordou o puxando para dentro.

– Duas taças, tinha alguém aqui o Nolan, ou você ia beber com um fantasma. – Aiden brincou, quando foi abrir o vinho que Emily deixou na cozinha.

– O Nolan teve aqui, mais foi embora, é eu ia beber sozinha, algum problema. – Emily questionou, descaradamente cruzando os braços para ele.

– Nenhum. – Disse ele, entregando uma taça pra ela. – Esqueci que Emily Thorne raramente precisa de companhia. – Aiden desdenhou, enchendo com um pouco de vinho a taça dela.

– Belos solitários, somos nós. – Ela debochou, caminhando até a sala, e sentando ao sofá.

– Eu diria pessoas que gostam de boas companhias, ah e que jamais se permitem se envolver com quem não vale a pena. – Aiden riu, sentando ao lado dela.

– Aiden Mathis é assim você quis dizer, e a Nico é um bom exemplo disso. – A loira acusou, com um certo descontentamento lhe dominando.

– Ai droga Emily, só espero que você não resolva me dar um tiro por isso. – Aiden viu-se obrigado a confessar seu envolvimento com Nico.

– Só quero ver como ela vai reagir, quando souber que você foi o responsável pela morte do pai dela. – Afirmou ele, enquanto tomava um gole de vinho.

– Eu sei, mais eu e o Takeda tivemos uma luta justa, era eu ou ele, e mais foi ele que quis assim, Emily ele sabia que se livrando de mim, era a única forma deu deixar você sendo usada para os planos dele. – Respondeu ele, paciente.

– Certo, mais onde ela anda. – Questionou Emily.

– Eu mandei ela pra perseguir um cara em Paris, o desgraçado é um assino de aluguel tá, que ganha a vida com a desgraça de pessoas inocentes, se ela pegar o cara vai estar fazendo um favor pra humanidade. – Aiden explicou.

– Aiden, Aiden, e se ela morre, e pior se ela vem atrás de você. – Emily esclareceu, visivelmente preocupada com ele.

– Relaxa a Nico é muito esperta, e porque Emily Thorne que não se abala com nada, tá com medo que eu morra. – Aiden quase caçoou dela, com um sorriso.

– Não, mais eu não poderia te perder, e eu sei que quando você bateu de frente com o Takeda, foi pra me proteger também, ele pediu pra você se afastar você disse que não ia, e ele apelou em te tirar do caminho dele. – Emily confessou seus pensamentos.

– Certo, mais eu não quero pensar nisso, depois nós vemos o que fazer, ou melhor eu vejo. – Aiden falou, despreocupado.

– Tudo bem, eu também não quero pensar em problemas agora. – Afirmou ela, encostando-se nos braços dele.