Deve ser difícil ser filha de uma mãe fanática-religiosa, você não acha? Carolina que o diga! Sua mãe, Dona Bendita, era uma daquelas evangélicas cegas que gastava todo seu dinheiro na igreja, mas nunca saia daquela vida cheia de tragédias enquanto o pastor continuava com seu lema de \"Doe até doer\". Não deixava a pobre Carolina fazer nada! Nada de batom ou de calças jeans, nada de músicas do “capeta” e sequer de televisão. Pra ela se a menina tivesse uma TV ia deixar que o diabo entrasse na casa.

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Tá tudo bem que a TV aberta não é nada demais, mas poxa, nem um filme a garota podia assistir!

Só que como a Dona Bendita passava quase o dia todo com o pastor a filha só aprontava na sua casa. Tinha várias coisas escondidas em um baú. Coisas como: batom, esmalte, cds, calças jeans rasgadas e até mesmo cigarros. Quando estava sozinha pegava sua câmera fotográfica (que comprou escondida), tirava sua roupa, ou às vezes ficava só de calça jeans rasgada com o resto de fora e fazia poses pro espelho enquanto batia foto. Enquanto isso Steven Tyler* cantavaCryin a todo volume no rádinho de Carol.

Não eram fotos vulgares, pelo contrário, eram fotos sensuais e como uma obra de arte. Daria uma ótima fotográfa, mas a mãe cega só queria que ela fosse uma garota da igreja.

Mas poxa vida, ela não queria isso! Ela queria sair ao domingos com as amigas e pegar um cineminha, queria poder ir no show de sua banda preferida, mas já que morria de medo da Dona Bendita preferia fazer as coisas escondida mesmo. Quando ninguém estavavendo:ela assistia a filmes de terror (Claro que já fora no cinema escondida), fumavae ainda por cima treinava beijo no espelho!

-Sabe de uma coisa Dona Bendita eu estou cansada disso tudo. Você pensa que é uma boa mãe? Pois se você pensa que é a senhora está muito enganada! Que mãe é essa que prefere que a filha morra sem ter dado um sorriso sincero na vida? Você não me deixa viver. Porra, eu estou sufocada. É isso aí, eu disse palavrão e que se foda, sinto-me muito mais livre agora! – Carolina saiu de seus devaneios quando sua mãe terminou a oração de agradecimento pela janta. Era isso que ela queria dizer pra’quela velha coroca, e ela diria se não tivesse ninguém pra ver ou se não tivesse tanto medo assim da mulher.

Enquanto ela não criava coragem o suficiente pra encarar a mãe lunática, preferia treinar beijo só no espelho mesmo, até poder namorar um garoto de verdade. Mas é isso, pode até ser estranho, mas ela se sente livre assim!

E você? O que você faz quando ninguém te vê fazendo? Ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.