Após um banho de banheira relaxante Kate e Rick foram para a cama, onde foram feitas lindas juras de amor e trocaram carinhos, fizeram amor linda e apaixonadamente e, como normalmente faziam, dormiram abraçadinhos.

Pela manhã ele acordou cedo e preparou uma bandeja enfeitada com uma rosa para Kate. Nela havia dois potinhos de salada de frutas, duas canecas de café com creme com desenho em formato de coração e duas panquecas com queijo branco.

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Assim que ele retornou ao quarto, percebeu que Kate ainda dormia, um sono tranquilo. Estava linda. Depositou a bandeja na mesa ao lado da cama deles e, foi, mansamente, para cama. Deitou-se e, em silêncio, começou a dar-lhe vários beijinhos pelo rosto e pescoço, até que ouviu sua voz, ainda sonolenta. – Oi, amor. Bom dia! – ela disse se aconchegando nos braços dele – Ai, Rick, que noite linda foi a nossa. Eu sei que todas são, mas esta foi especial. Será que foi um sonho? Me diga que não foi, por favor, Rick. – ela falou toda manhosa, aconchegando-se mais ainda nele.

– Ei, moça, não foi um sonho. Longe disso. Eu também participei junto com você, viu? E eu posso te garantir que cada parte da nossa noite, mesmo não sendo um sonho, minha linda, foi mágica. – ele a abraçou e fazendo uma cara safada falou – E olha que nem foi feriado nacional. – ambos caíram na risada, lembrando na conversa que tiveram sobre o receio dela de quando estiverem casados só fazerem sexo nos dias de feriado nacional.

Ela o olhou de soslaio, piscou prá ele e disse – Huuummm! Propaganda enganosa.

– Como assim, Kate? Não entendi.

– É, porque ainda não estamos casados, lembre-se disso. - ambos sorriram.

– Kate, impossível eu ficar enfadado com você. Ai, meu Deus, não sei por que eu toquei neste assunto a esta hora da manhã. – ele falava – Eu já te disse milhões de vezes, mulher, eu te amo. – ele pegou o rosto dela com as duas mãos e fez carinho. – Pois é. Eu disse: AMOR, AMOR. E eu tô falando do amor puro e verdadeiro. E junto com o amor vem outros sentimentos carnais, como paixão e tesão, mas que quando atrelados ao amor, o ato do sexo se torna infinitamente melhor. Sim, somos adultos e íntimos, eu diria bastante íntimo – ele dá um selinho nela. – Óbvio que eu posso dizer prá minha noiva que além de amá-la eu sou apaixonado por ela e tenho um tesão do tamanho do mundo. E eu juro, Kate, que todo este amor, esta paixão e este tesão não vão se abrandar com os poucos feriados nacionais que nós temos... Ahhh, não vão mesmo... – ambos deram risada, ele já estava sentado sobre ela, tipo fazendo-a prisioneira, abaixou-se para beijá-la.

Ela correspondeu ao beijo. Ao terminar falou brincando em tom de ameaça – acho bom mesmo, porque o meu tesão e a minha paixão por você, amor da minha vida, também não vão se acalmar apenas nos feriados... Imagina... Eu nem quero pensar nesta hipótese. Ai, ai, ai...

Ele sorriu deu um monte de selinho nela – Futura Sra. Castle, a conversa está excitante e inspiradora e eu juro que queria ficar aqui, mas sinto informar que já está tarde e temos que ir para a delegacia. Temos um interrogatório às 9 horas. – ele deu um leve beijo nos lábios dela e ajudou-a a levantar-se. – Venha sentar-se comigo aqui na mesa, amor. Eu preparei nosso café da manhã do jeito que você gosta. E hoje, não vou te dispensar de tomar o café com coração desenhado no creme que eu fiz especialmente para o meu amor. – ele sorriu prá ela e recebeu um lindo sorriso de volta.

Foram para a mesa da suíte e antes de se sentar, Kate passou seus braços pelo pescoço de Castle, num abraço, e disse – Rick, você é o homem que eu sempre sonhei prá mim. Só que eu pensei que "este homem" não existisse. Nunca que eu iria imaginar que aquele cara intrometido, mas que eu já me sentia atraída, seria meu namorado, meu noivo e meu marido... Eu às vezes nem acredito. Ainda por cima é o meu escritor favorito e vive dizendo que me ama. – ela sorriu e fez um carinho no rosto e nos cabelos dele. – Vem amor, vamos tomar café.

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Alegres, tomaram o café da manhã conversando sobre planos para o casamento.

Em menos de uma hora chegaram à delegacia. Kate estava deslumbrante, como sempre. Os cabelos claros soltos com seus cachos naturais emoldurando seu belíssimo rosto, maquiado discretamente, apenas com seus olhos realçados com o delineador preto nas pálpebras superiores, também com sombras, além do rímel negro que reforçava seus cílios longos e cheios. Ela reuniu toda a papelada do caso, incluindo todos os interrogatórios e leu com Castle novamente com atenção, para ver se haviam perdido algum detalhe. Combinaram seguir uma linha de raciocínio durante o interrogatório do Sr. Thimon Depar. Em seguida, foi com ele para frente do quadro branco a fim de verificar as marcações.

Trocaram algumas fotografias de lugar, fizeram anotações adicionais sobre elas, contudo, ainda estava faltando alguns detalhes.

Às 08:55 horas, Kate estava em sua mesa e Castle em sua cadeira cativa ao lado dela, quando o sininho do elevador tocou chamando a atenção deles e quem saiu da cabine foi o Sr. Thimon Depar, impecável, que caminhava parecendo um Lord inglês. Um caminhar ereto, ombros retos, o queixo e o olhar sempre para frente, nunca para baixo, um homem de negócios que se sentia superior a tudo e a todos e que não se submetia a nada nem a ninguém. Ryan o levou para a Sala de Interrogatório nº 01. Castle olhou para Beckett e pergunta. – Você quer que os meninos façam o interrogatório, Kate? Eu ainda estou com muita raiva deste sujeito.

– De jeito nenhum, Castle. – e sussurrando somente para ele ouvir falou – Contenha-se amor, você sabe que eu sou somente sua, só sua e de mais ninguém. – ela piscou prá ele – Nós mesmos faremos o interrogatório, afinal de contas, nós já nos preparamos. Fique tranquilo, querido. Eu confio em você. Eu sei que você consegue separar as coisas. – ela sorriu para ele e disse baixinho – E quanto a mim, fique tranquilo. Você me escolheu para ser a sua musa, não foi amor, e depois para ser sua namorada, noiva e esposa... E eu aceitei. Então? Eu sou forte, valente e amo a justiça. – Ela piscou para ele e sorriram um para o outro.

– É, minha linda, e eu te amo – ele completou bem baixinho. – Você tem razão. Vamos. – ele pegou a pasta de Kate e entregou a ela. – ainda baixinho ele, olhando bem nos olhos dela, disse – eu queria tanto te dar um beijo agora, Kate. Estou desesperado para te dar um beijo.

Kate, com os olhos brilhando de emoção diante da intenção de Castle, olha prá ele e sussurra – Eu também, Rick, eu também, mas não podemos.

De repente, Castle pega a mão direita de Kate e a leva aos lábios. Beija primeiramente o dorso da mão e em seguida beija o local onde se encontrava o anel e a aliança de noivado, o que causou um calafrio de emoção em Kate, da raiz dos cabelos até o dedo dos pés. Um arrepio na nuca. Uma sensação maravilhosa. O sorriso de ambos era idêntico, algo esplêndido, que traduzia todo o amor que sentiam um pelo outro. Neste momento ele quebrou o silêncio e sussurra para ela – Eu te amo.

– Eu também te amo, Rick. – Kate sussurrou. Ela continua sorrindo para ele, que a pega pelo cotovelo e, em seguida a conduz, gentilmente para a Sala de Interrogatório nº 01.

Castle abriu a porta e deu passagem para Kate. Ambos entraram no recinto com uma fisionomia séria. Cumprimentaram o Sr. Depar e sentaram-se.

Assim que Kate e Castle acomodaram-se, ela, empertigada, colocou sua pasta sobre a mesa e esticou suas mãos sobre a mesma e isso chamou a atenção do Sr. Thimon Depar que, imediatamente, perdeu a compostura e disse – Katherine, eu estou pasmo, na última vez que nos encontramos, você era uma mulher desimpedida, e hoje, eu percebo que você não só tem um belíssimo anel de noivado, como também tem uma aliança, e tenho certeza, devem ter custado uma fortuna.

Kate respirou fundo, olhou bem fundo nos olhos do Sr. Thimon Depar e disse – Sr. Depar, sou obrigada a comunicar ao senhor que com certeza este não foi o assunto que o trouxe aqui e que também a minha vida particular não te diz respeito, mas como eu sou uma pessoa muito educada, eu vou responder ao senhor. Da última vez que nos encontramos, ou melhor dizendo, da última vez em que nos vimos, o senhor não me deu a oportunidade de falar. O senhor me convidou para jantar e eu fiquei calada. Eu sou uma mulher comprometida. Sou noiva e amo o meu noivo e estamos de casamento marcado para a primavera. E naquele dia eu não estava usando nem este anel nem esta aliança porque o que vale é o que está no coração e não o que os outros estão vendo. Mas somente para sua informação Sr. Depar, não que isso seja da sua conta, o homem que eu escolhi como noivo, para pai dos meus filhos e para passar o resto dos meus dias é o Sr. Richard Castle. – ela sentiu que o Sr. Depar ficou pálido e boquiaberto – Mas fique o senhor sabendo que todo esse meu discurso seria o mesmo se ele não estivesse nesta sala, pois nem sempre ele está neste distrito. Não sei se o senhor sabe, não sei também se o senhor acompanha a literatura mundial, mas o meu noivo é um escritor de sucesso e viaja muito fazendo lançamento dos seus livros. Tem muitos compromissos pelo mundo, então, se não pudermos confiar um no outro, então, nossa relação não duraria nem um único dia. Quando eu posso eu vou com ele, mas quando eu não posso, ele vai sozinho.

Kate notou que mesmo depois de esclarecida a situação, o Sr. Thimon Depar a olhava com desejo, então, com voz firme, ela levantou-se, aproximou-se dele e falou – Então, Sr. Thimon Depar, vamos encerrar o assunto da minha vida pessoal e uma vez esclarecido que eu sou uma mulher comprometida, e perdidamente apaixonada pelo meu noivo, gostaria que o senhor, por favor, tirasse esse sorriso atrevido e ousado da sua cara quando olhasse para mim. Vamos partir para o interrogatório que foi para isso que o senhor foi trazido para este distrito. – olhou para ele e falou – O senhor entendeu ou quer que eu repita?

O Sr. Thimon Depar continuou sorrindo em direção à Kate e isso irritou Castle que levantou-se, dirigiu-se em direção ao interrogando e disse num tom severo, porém sem gritar. – Sr. Depar, qual foi a parte de PARAR COM ESSE SORRISO ATREVIDO que a detetive Beckett falou que o senhor não entendeu, eihm? Caso o senhor não tenha percebido, o senhor está num distrito policial. Não estamos brincando. Estamos trabalhando. Aqui é um local de trabalho, não de diversão.

O Sr. Thimon Depar ficou pálido, sério e constrangido diante das palavras de Castle.

Castle retornou para sua cadeira. Em seguida Kate abriu sua pasta e começou o interrogatório, aproveitando que o Sr. Thimon Depar estava muito nervoso e constrangido com toda aquela situação.

– Sr. Depar, há quanto tempo a Srta. Erika Mya Sullivan trabalhava para sua família? – Beckett perguntou.

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O Sr. Depar sem pensar muito respondeu rápido – desde que minha esposa estava com cinco meses de gestação, pois ela queria conhecer a babá que cuidaria do nosso bebê. Ela queria saber se ela estaria apta para todos os cuidados não só de um recém-nascido, mas também da lavagem das roupinhas dele, da limpeza e arrumação do quarto e de outros afazeres relacionados ao bebê e também teria que existir empatia entre as duas.

Sem pestanejar, Beckett pergunta rapidamente – Teria que existir empatia também entre o senhor e a babá, Sr. Depar?

O Sr. Depar fica todo desconcertado e descontrolado e fala alto – Não estou entendendo aonde você quer chegar, detetive.

Sem se intimidar, Beckett botou as duas mãos sobre a mesa, encarou o Sr. Depar e falou firme. – Eu sou paga para fazer o meu trabalho e é isso o que eu estou tentando fazer, Sr. Depar, portanto, estou esperando uma resposta. E para isso não será necessário que o senhor grite porque nem eu nem o Sr. Castle somos surdos. Estamos entendidos.

– Isto é um absurdo! Eu sou um alto empresário e a Srta. Erika Mya Sullivan era apenas a babá do meu filho. Uma simples operária doméstica. – o Sr. Depar continuava descontrolado. – Eu só quero que este caso seja resolvido. Somente isto. Eu vim aqui para tentar ajudar, porque quero terminar logo com isso a fim de que meus negócios não sejam prejudicados, mas parece que vocês não estão sabendo solucionar.

Castle olha bem para o Sr. Depar e pergunta – O Sr. Charles Rapplly era namorado da Srta. Erika Mya Sullivan? Eles estavam apaixonados?

O Sr. Depar fica confuso e diz – Eu não sei. Eu ouvi dizer que ela havia namorado um tal de Charles. Não sei o sobrenome. Só sei que é um operário pobre igual a ela, sem berço.

Imediatamente Beckett pergunta – O Sr. Charles Rapplly disse que o senhor tinha muito ciúme da Srta. Erika Mya Sullivan com ele. Isso procede, Sr. Depar? – o Sr. Depar arregala os olhos e fica pálido. – Esta sua relação com a Srta. Erika Mya Sullivan não era somente como babá do seu filho era mais do que isso. O senhor e ela estavam apaixonados um pelo outro, tinham planos para o futuro fora deste país, mas o senhor sabia que essa relação não podia prosperar. A beleza física dela não era suficiente porque o senhor, vindo de uma família da elite de Nova York, sabia que ela não era mulher para apresentar para a sociedade que o senhor frequenta, onde todos cobram posição social, conta bancária, etc, etc, etc. Então o senhor não viu outro jeito senão matá-la. Porque o senhor é muito possessivo. Não iria querer deixá-la viva para outro homem. Se ela não poderia ficar com o senhor pelas regras mesquinhas que a sociedade impõe e o senhor obedece, o senhor não iria deixá-la de mão beijada para um outro homem. Um homem bom, honrado, respeitador e trabalhador como o Sr. Charles Rapplly. Um homem que o senhor acha inferior ao senhor só por ser pobre.

O Sr. Depar parecia agora outra pessoa. Seu semblante era outro. Parecia um ser diferente, mas ele não estava louco, ele apenas estava com cara de assassino, muito longe do homem bonito que ela vira no apartamento de cobertura no outro dia. – Isso mesmo detetive. – ele estava transformado – Eu a amava. Ela era só minha, mas nunca poderíamos casar e era isso que ela queria e estava me ameaçando me abandonar e voltar para o antigo namorado, o operário, pois ele havia prometido casamento. Só que se não fosse para ser minha ela não seria mais de ninguém, muito menos daquele pobretão do Charles Rapplly. Então eu não vi outra saída. Eu a matei. Mas eu a matei por amor.

Beckett e Castle olharam-se e levantaram-se. Com as algemas nas mãos, Beckett disse – Sr. Depar, vire-se. O senhor está preso pelo assassinato da Srta. Erika Mya Sullivan.

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