O Vento e os Olhos Brancos

Aventuras em Suna


Em poucas horas, já estavam cruzando a fronteira do país do vento. Sua geografia era diferente das grandes florestas de Konoha. Era um terreno pedregoso, cheio de cânions, onde o vento não dava trégua. Enquanto caminhavam, Temari ia atuando como guia turística, já que não corriam perigos ali.

- Este é o maior cânion do país do vento. Dizem que tem mais de 1km de profundidade e que, lá embaixo, se encontra a flor do deserto, que é utilizada para fabricar um poderoso antídoto.

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- Podemos ver essa flor? - interessou-se Sakura, pensando em como Tsunade-sensei iria ficar feliz se conseguissem uma muda para estudar.

- Dattebayo! - animou-se Naruto, que resolveu ir catar uma dessas flores para Hinata, pois a viera calada e com uma cara abatida por todo o caminho.

- Temari, não tem risco? - perguntou Kakashi, preocupado com desvios desnecessários.

- É seguro. Eu costumava brincar lá com Kankurou.

- Vamos logo então! - falou o Uchiha, que queria alguma ação, pois desde o resgate de Hinata tinham tido uma viagem tranqüila.

- Você quer ir? - perguntou Naruto no ouvido de Hinata.

A jovem corou de forma a parecer um tomate e, balançando a cabeça afirmativamente, respondeu a pergunta, duvidando de que sua voz a obedeceria.

Começaram, então, a trilhar uma escadaria de pedra que ia serpenteando a encosta do cânion. Chegando lá embaixo, eles se depararam com o mais lindo jardim, inimaginável num lugar com aspecto tão estéril. Um riacho cortava o jardim de forma a irrigar toda aquela área, onde nasciam flores em tons de violeta, rosa e amarela.

Sakura foi logo tirando bolsas e coletando exemplares das flores e das ervas que ali viviam. A própria Temari a auxiliava nesse trabalho.

Sasuke e Kakashi se sentaram à sombra para discutir as táticas para essa missão.

Hinata parecia encantada com uma flor azul, quando Naruto roubou sua visão.

- Naruto-kun, você arrancou a flor!

- Pensei que ela ficaria melhor em outro lugar - disse isso enquanto prendia a flor nos cabelos de Hinata.

A emoção que a jovem sentiu foi tanta que ficou tonta e, desequilibrando-se, foi amparada por Naruto.

- Cuidado, Hinata, essas flores têm um perfume muito forte e podem causar tonteiras - alertou a ninja da areia. Mas a jovem Hinata sabia muito bem o que havia lhe bagunçado os sentidos quando Naruto a colocou sentada à sombra.

- Sakura, podia dar uma olhada na Hinata? - chamou Naruto, preocupado.

A médica examina a amiga, não encontrando mal algum. Suspeita o que pode ter sido e diz:

- Naruto é muito burro mesmo, né? - brincou, enquanto ambas trocaram sorrisos, entendendo a que ela se referia.

- Chega de flores, gente! Temos que chegar ao vale da Suna! - sentencia Temari.

Depois de reabastecer os cantis, eles continuam seu caminho.

O vale não ficava muito longe e, meia hora depois do jardim de Suna, encontraram o 1º posto da guarda.

- Alto aí, vocês de Konoha! - disse um guarda.

- Eles estão comigo - reiterou Temari, ríspida.

- Temari-sama, perdoe-nos. Essas são ordens de Baki-sama.

- Pois quem manda mais aqui? Baki ou o Kazekage?

O guarda ficou meio desconcertado com a reação da moça, mas não se deixou intimidar.

- Eu tenho ordens para recolher as armas deles.

- Eles estão aqui a pedido de Gaara-sama e eu assumo toda responsabilidade por quebrar suas ordens.

O grupo fora cercado por mais de 30 guardas da areia e eles não pareciam dispostos a recuar.

- O que está acontecendo, Temari? - perguntou Kakashi.

- Não parece óbvio? Fomos traídos! - disse o Uchiha.

- Tem algo muito estranho nisso tudo - falou Sakura.

Naruto se aproximou de Hinata, que ainda estava fragilizada pelo seqüestro, e ficou em posição de defesa.

- Ninguém vai tocar nos meus amigos! - disse ele.

- Façamos conforme eles querem! Isso é uma ordem, Naruto! - irritou-se Kakashi, que não queria ser o pivô de um acidente diplomático.

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- Não sei o que dizer... - impacientou-se Temari.

Após recolherem todas as armas e equipamentos dos ninjas de Konoha, os sunitas os levaram para um prédio afastado da vila. Qual não foi a surpresa deles quando Baki em pessoa os recebeu, com um sorriso nos lábios.

- Então é essa a elite de Konoha? Intimidada por alguns guardas? Vocês são patéticos! Como podem garantir a segurança do Kazekage se ao menor sinal...

Nesse momento, entra na sala, chutando a porta, um Gaara muito puto e pergunta:

- Quem autorizou esse circo todo?

- Gaara! - Naruto sorriu ao ver o velho amigo.

Todos se sentiram aliviados com a chegada do Kazekage. Ele era uma pessoa que impunha respeito.

- Devolvam as coisas deles. Por acaso esqueceram que Konoha é uma vila aliada? Que tipo de anfitrião vocês querem que eles pensem que eu sou, tratando-os como prisioneiros?

- Mas eles podem ser espiões da névoa! - disse um guarda.

- Se fossem, vocês todos estariam mortos - reiterou Temari, que tinha corrido para avisar Gaara da atitude dos guardas.

- Agora solte-os, Baki! - disse o Kazekage.

Baki fez um gesto para que o obedecessem.

- Meu trabalho é certificar de que o Kazekage não esteja em perigo - disse.

- O seu trabalho é cumprir as minhas ordens - lembra o Kazekage.

Baki se retirou, seguido por seus ninjas.

Todos na sala ficaram com uma sensação de que nada havia sido por acaso. Por isso, Kakashi recomendou que ninguém ficasse sozinho até que voltassem à Konoha.

- Vamos ao palácio de vidro, onde há uma bela refeição nos esperando. Agora já descobri por que atrasaram, né, Hyuuga-sama? - disse isso, apontando a bela flor que adornava seu cabelo.

O palácio de vidro era uma bela construção, constituída de grossas paredes de vidro cor de areia, o que fazia com que a residência fosse fresca durante o dia e bem protegida do vento frio, à noite. Temari comentou que Gaara mandara fazer aquele pequeno palácio em homenagem à sua mãe.

Os ninjas de Konoha ficaram hospedados ali, naquele palacete, pois já passava do meio dia e estavam cansados da viagem. Kakashi deu-lhes a tarde de folga, para passearem pela Suna com Temari, que se dispôs a levá-los à feira da cidade, onde poderiam fazer algumas compras e se divertir um pouco.

Suna era uma cidade muito quente naquela época do ano.

Quando chegaram ao mercado, Temari os deixou à vontade para passear e foi comprar algumas coisas que Gaara lhe pedira para a noite e para o casamento de Kakashi, que aconteceria durante a visita deles à Konoha.

- Temari nos disse que essa parte do mercado é segura. O que você acha de nos dividirmos para agilizar as compras? - disse Sakura à Hinata, pois eram as únicas jounins do grupo.

- Ei! A nossa opinião não conta? - perguntou Naruto.

- Não até que você vire jounin - respondeu Sakura, malcriada.

- Você quer vir comigo, Naruto-kun? - convidou Hinata, docemente, juntando os indicadores.

Ela entendia a necessidade de privacidade de Sakura e, levando de brinde seu amado Naruto, ela se foi.

Enquanto os ninjas de Konoha se dividiam e passeavam um pouco, Temari saía pelo mercado, comprando os presentes que o Kazekage lhe pedira, quando ouviu uma conversa numa barraca de roupas.

- Baki-sama agüenta os desmandos daquele moleque.

- Quando Baki-sama for Kazekage, as coisas vão ser bem diferentes por aqui.

- Quero ver esse lixo da folha ficar perambulando pela Suna outra vez.

- Fale baixo. Eles podem te ouvir e contar para o morto do deserto.

Temari correu até a casa do Kazekage, relatando o que ouviu.

- Eu já tinha escutado algo assim, minha irmã. Mande avisar a Baki que o quero na comitiva de amanhã!

- Mas, Gaara, ele pode tentar te matar no caminho.

- Acho muito difícil com você, Kankurou e os aliados de Konoha por perto. Além do mais, se ele não estiver aqui, não poderá tramar nada com esses traidores.

Enquanto isso, no mercado...

Sakura ia andando pelas bancas, reabastecendo seu estoque de ervas e apanhando algumas receitas locais para poder estudar quando chegassem à Konoha. Sasuke, sempre de olho nela, comprara um lenço de seda rosa para presenteá-la.

Naruto e Hinata passaram o tempo assistindo a um teatro nô muito divertido. Mas o lugar estava tão cheio que ele segura a mão da Hyuuga para não perderem-se. Sentiu uma sensação estranha quando, empurrada pela platéia, ela acabou abraçando-se a ele para poder ver a peça.

– Será que eu to gostando dela? Mas ela daria bola para um cara como eu? - perguntava-se Naruto, enquanto Hinata foi se aninhando nos seus braços.

Ficaram assim durante toda a peça e estavam passeando de mãos dadas pelo mercado – apenas para não se perderem um do outro, se iludiam os dois. Ainda riam quando contaram da peça para Sasuke e Sakura, antes que Temari chegasse para buscá-los.

- Os namorados estão prontos? - Hinata ficou vermelha e se apoiou em Naruto, enquanto esse perdeu a fala. A cena causou risos gerais.

Ao voltarem para o palácio de vidro, Temari os avisa:

- Descansem um pouco e estejam arrumados à noite, pois o Kazekage os convida para jantar.

O jantar foi agradabilíssimo, onde passaram a maior parte do tempo conversando. Gaara fez questão de dar um presente a cada um.

- Para que esqueçam os maus-tratos de Baki.

À Kakashi, ele deu uma garrafa do melhor sakê da Suna. À Sakura, uma maleta com uma coleção de venenos e antídotos para suas pesquisas. À Sasuke, foi dado um medalhão com o símbolo do Uchiha e Gaara contou que ele fora recolhido dos pertences de um espólio de guerra e que há muito tinha de voltar às mãos dos donos. Para Hinata, mandou cristalizar a flor do deserto que Naruto lhe dera. O ourives transformou o cristal num prendedor de cabelo. Naruto recebeu uma coleção de kimonos, para que tivesse o que usar no casamento de Kakashi.

Foram todos dormir cedo, pois não sabiam o que esperar da viagem com o Kazekage.