A carta em que Josh estava segurando era com um papel azulado, meio amarelado. Com uma fita lilás, totalmente muito bonita e requintada, John pegou a carta antes que Macullem pudesse pegar e se esquivou dela todas as vezes que ela tentou pegar a carta, foi então que John se escondeu em baixo de uma das mesas que eram grudadas ao chão, assim, poderia ler sua carta em paz;

Para: Sr. John

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No quarto abaixo do sótão

Rua do Pavão 77

De: Ísis Zafre

A Casa Vermelha e Lilás escura

W. St. John St. 23

John suspirou ofegado; Ficou nervoso e ao mesmo tempo tremulo e com medo; Antes de terminar de abrir, Macullem arrancou a mesa em um só puxão, e em um ato de medo e pavor, ele pegou a carta e a guardou dentro da camiseta, quando Dona Macullem voou em cima dele, ele a guardou muito bem; Mais ela era mais forte e enraivecida que ele. Mesmo com todas as tentativas, a carta foi tomada e queimada na sua frente; John voou em cima dela tentou a enforcar, porém não conseguiu; Ela rasgou a carta em sua frente, e ainda por cima a queimou; Seu ódio foi temendo, e ele se sentiu um verdadeiro lixo naquela hora, as outras crianças caçoavam e tiravam o sarro dele. Ela deu um tapa tão grande no seu rosto, que ficou a marca dos seus cinco dedos, em sua bochecha branca e lisa;

-SOBE PARA O QUARTO!

John recuou não queria ir; Mesmo com 11 anos, ele estava virando um verdadeiro malandro hein? Seu quarto foi trancado á chave, porém, John conseguiu sair de lá na manhã seguinte ficou esperando o carteiro o dia inteiro, mais não recebeu nenhuma carta; Mesmo sem receber a carta as crianças evitavam ficar perto dele. As mais novas de dois ou quatro anos, nem sequer pediam ajuda á ele... Se ele virasse um mal adulto quando crescesse, não seria sua culpa;

Três dias se passaram os piores três dias de sua vida... Sempre queria as cartas, sempre fora impedido de pegá-las... Foi então quando uma das irmãs feias de Marie Macullem resolveu adotar o garoto; Só para que ninguém pudesse chegar perto dele.

A irmã de Marie Macullem se chamava Rose Mackenzie, era gorda, e feia... Ela morava em umas ruas depois do orfanato, ela possuía os cabelos grisalhos e curtos, enrolados; Se achava a melhor, e possuía um marido, Erike Mackenzie; Ele também odiava John, pois ás vezes ajudava Rose quando ela ia com as crianças ao campo, ou á praia, ela via o garoto agindo diferente e por isso o detestava; Porém eles detestavam John, por mais que o menino fosse inteligente, para sempre, para a família Mackenzie ele seria um grande tolo e idiota; Assim Marie se livrava de John de uma vez por todas. Rose era igualzinha á Marie Macullem;

-Vamos lá garoto... Quero que me diga... QUEM ESTÁ ESCREVENDO ESSAS CARTAS? – Perguntou Rose com um cinto na mão á ponto de bater no menino assim que ele visse alguma coisa errada;

-Se vocês me deixassem ler... Eu poderia responder...

Ele apanhou durante dois minutos, mais não gritou, nem se revoltou, não estava doendo de verdade. Acontece que depois daquele acontecido, por um engraçado engano, ou coincidência, o banheiro dos Mackenzie simplesmente ficou detonado; Vidros quebrados, lâmpadas estouradas... Água vazando em todo o lado...

Rose então de raiva reenviou o garoto de volta para o orfanato, outro detalhe que contribuiu á isso foi o fato de depois de sete dias receber mais de trinta cartas; Agora ele já estava ficando nervoso... Se não era Aline Nills, era Ísis Zafre ou tal de Steve Nills... Eram muitas pessoas querendo se comunicar com John, pena que ele não conseguia se comunicar com ninguém; E já era de se preocupar, já que não tinha contado com o mundo exterior, nem interior, ele ficava muito nervoso;

John tinha um pequeno detalhe no seu corpo, talvez fosse isso em que Macullem tanto odiasse nele. Era uma cicatriz nas costas, como se fosse um “L”, e não era lá essas coisas... Era só estranho, mais não era enorme... Era mais ou menos, do tamanho da palma de uma mão; Outro detalhe que possivelmente deixava aquela mulher zangada era a cicatriz que ele tinha no calcanhar, e não eram lá aquelas coisas... Mais o que era impossível, era aquela marquinha que ele tinha abaixo da cabeça, bem no pescoço; era escura e ele fizera aquilo de seu símbolo; Ás vezes as outras crianças o chamavam de “CICATRIZADO” ou de “HOMEM DA CICATRIZ” Ele não poderia fazer nada, apenas ficar com os apelidos, mesmo que depois de um tempo pra cá ele se contento em estar na dele, e ninguém mexia muito com ele; Apenas Josh e seu grupo de três pessoas arriscavam uma vez ou outra á falar mal dele e saírem correndo feito um bando de covardes, daquele dia pra cá, John riu dele próprio;

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Com o passar do tempo, Rose Mackenzie decidiu ficar com o garoto de novo, e para a tristeza de John ela arrumou um quartinho para ele, onde era pior que o orfanato, pois não tinha janela e ele ficava preso um grande tempo. Se isso era para ele ficar em casa e não ser livre estavam conseguindo;

-Vamos moleque preguiçoso, Marie me emprestou você, para que você me ajudasse na faxina! – Disse ela nervosa; John fechou os olhos revoltado, mais logo em seguida conseguiu controlar a raiva e pode assim, ir arrumando a casa, a sala primeiro, depois a cozinha; E assim foi organizando as coisas.

Como de primeira impressão, Rose tinha uma filha, mimada e nojenta que parecia que estava á fim de John, porém John não ligava, estava tão revoltado, sendo tratado como um escravo, no tempo da escravidão, ele suspirou, queria mais do que tudo voltar ao orfanato, peno menos ficava trancado sem fazer nada;

-Eih, não vai me dar os parabéns? – Perguntou a garota de cabelos loiros, magra e com sardas á vista, ela ficava bem á frente de John quando falava esperando que ele fosse responder alguma coisa. Garotas... Ele pensava... São as piores pessoas quando fazem aniversário;

-OUH EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ SEU SURDO!

- Infelizmente eu não sou surdo... Porque não é possível que eu esteja ouvindo você sua ridícula...

Os dois começaram uma briga silenciosa, onde três dias mais tarde, sem paciência Rose o devolveu ao orfanato; Talvez John pudesse achar que era sortudo por sair de lá, mais na verdade se sentia um trapo, que vai, e volta;

Não queria realmente que as aulas chegasse, primeiro porque o uniforme era horrível, segundo nele, ficava mais horrível ainda... John na verdade queria ficar onde estava mesmo, preso em um quarto para sempre;
Ele estava irritado, queria que alguma coisa diferente acontecesse, sua vida poderia mudar de uma hora para outra; O que ele mais queria era saber de seus pais; Todos os dias, John olhava para a janela e guardava algo dentro de si, com certeza era o choro. Ele olhou em baixo da cama, e pegou alguns objetos que guardara com sigo todos os dias;

Havia balas, papéis de chiclete, e o mais estranho. Uma vez entrou na sala de Macullem para limpar, e achou um colar, muito bonito, era azul de um lado, e vermelho do outro, em forma de um brasão; No lado azul, uma águia estava lá, e no vermelho, havia um leão... Formada de prata pura, e por algum motivo John achava que era dele, e pegou antes que Dona Macullem o pegasse, ele não roubou... Em nenhum momento, apenas deu uma de inteligente e pegou alguma coisa que poderia ajudar. Ele colocou o colar, e colocou em baixo da blusa, para que ninguém a vesse; Ele tinha muito medo de alguém a ver, ele só não sabia o que fazer se alguém vesse; John estava com um osso rompido, e com o rosto roxo, de tanto que apanhou infelizmente ninguém faria nada para ele.

Na manhã seguinte daquela, John se sentou para tomar café pela primeira vez em todo o verão; quando Gabriela apareceu com as cartas, claro, obviamente em ordem ás ordens de Dona Macullem, a carta de John foi jogada fora;

-Eih, TEM UMA CARTA PARA JOHN!

John levantou o pescoço, outra carta para ele? Talvez Ísis... Aline...

-Mellisa... Quem é Mellisa John? – Perguntou em tom de malicia, John não pode esperar nem mais um minuto e quis logo pegar a carta, quando a neta de Dona Macullem, Arina, era a neta de Dona Macullem, ela pegou a carta e a observou muito bem; logo a carta foi entregue á Dona Macullem ás pressas, John correu atrás de Arina, e se esquivou na porta para ouvir o que elas conversam; Sua curiosidade era eminente, ele queria porque queria que tudo se explicasse;

-Vó, o que é que querem tanto falar com esse menino?

-Ah... Só bobagens... As mesmas bobagens que me afastou da sua tia, e do meu filho...

-Será mesmo mãe? – Perguntou uma das filhas de Dona Macullem, seu nome era Adila; Ela era a mais, velha, e jamais poderia se esquecer do que acontecera com sua irmã e com o seu filho; Porém o que aconteceu? Aconteceu-se com a FAMILIA DELA, Porque estavam descontando em John?

-Com certeza... Graças á Deus que morreu... Não faz falta mesmo!

John arregalou os olhos, e cobriu a boca, ela deu graças á Deus por que o filho morreu? Que tipo de mãe era essa?

-Não posso acreditar como uma coisa dessas foi acontecer comigo... Com tantas pessoas para acontecer, tinha que ser justo comigo não é? Ainda bem que meus docinhos, são adoráveis! – Falou Dona Macullem passando a mão na bochecha da neta;

-Mais... E o que vamos fazer?

-Ah, não vamos é deixar o garoto colocar as mãos na carta; Ou m todas aquelas que virem...

-EU QUERO A MINHA CARTA DONA MACULLEM! – Berrou John dando socos e pontapés na porta;

-CHUTE O QUANTO QUISER... NÃO VOU LHE ENTREGAR A CARTA! – Berrou ela nervosa

-ORA... SUA VADIA... – Berrou John chutando a porta e saindo em direção ao quarto. Agora era a vez de John agir... Ele se trancou por dentro e pensou se lembrava do endereço da mulher loira, e muito bonita; Ele arriscou á escrever uma carta; Porém ele não se lembrou do endereço e agora estava quieto e silencioso em seu canto; Foi aí que John percebeu que o dia seguinte seria sexta, o carteiro passava muito mais cedo do que de costume; Talvez ele pudesse passar a perna em Dona Macullem rapidamente;

Ele por impulso e nervoso acordou ás quatro da manhã, o carteiro passava ás seis... Ele se arrumou e foi para o lado de fora do orfanato, ainda estava bem escuro, mais nada do que uma boa lanterna não pudesse iluminar; John forçou a vista um pouco e arrebentou o cadeado do portão que separa o orfanato do mundo exterior; Fora lá que ele ficou esperando o carteiro;

Por seu espanto Dona Macullem o esperava do lado de fora também, ele levou trinta á cinquenta cintadas, estava já impossibilitado de se espreguiçar, de tanta dor que estava sentindo. John começara á chorar; Ficou fraco e até perdeu a vontade de comer, se revoltar ou sair do quarto. Parecia que estava doente... E sim, John estava ficando doente aos poucos, foi quando não se poderia perder mais tempo; John foi ficando fraco, e aos poucos parecia cansado, tanto que não conseguia nem se mexer direito; Talvez um carinho de mão ou pai viesse bem á calhar agora... Ele parecia cada vez mais magro e pálido, sem contar, que parecia que ele tinha a aparência de um menino que estava morrendo;
Quem estava mandando as cartas, notou que não tinha mais tempo á perder... Percebeu que já era hora de agir, pois se demorassem mais um pouquinho, John morreria ali mesmo, sem saber de nada, e ainda por cima infeliz.

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Era três da manhã quando deram três batidas fortes na porta, e as batidas foram aumentando de tamanho, as crianças e Dona Macullem desceram as escadas; John foi o último á chegar ao Hall de entrada, foi quando em uma batida escandalosa, se ouviram um sussurro do outro lado da porta, parecido com uma briga;

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-Ah, Karkaroff, você não sabe fazer isso...

-Ah... Calada Nills, você não pode fazer isso tão bem quanto eu... O garoto é meu!

-SEU NADA... WOUH ELE É MEU!

-Sem brigas senhoritas... Primeiro tem que ver se é ele ou não...

Eram quatro pessoas, dentro delas três mulheres e um homem, e estava uma confusão tão grande. Macullem e suas filhas impediram a entrada deles com cadeiras, mesas e armários; Ele não poderia entrar. Mais o mais certo era que eles queriam entrar... John suspirou fundo, e subiu pra cima; Ele já estava chateado, então não poderia ser ele nem se ele quisesse;