O Segredo da Casa

Mostrando a Beleza


As férias em breve acabariam, mas isso não impedia Natsume e seus amigos de aproveitar. Eles começaram a percorrer os locais com youkais que Natsume conhecia e aprender como evitar encontros indesejados com alguns que eram ruins e viviam por perto.

Em sua casa, uma noite, Hinoe, o ciclope, o touro, Chouhige e Kappa apareceram para beber e comemorar. Ao que parecia, muitos youkais, ayakashis e divindades iriam se reunir para assistir à entrada de um novo membro na procissão do deus Shuon.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Seria um espetáculo inédito para o qual todos os seres de poder que estivessem dispostos a testemunhar foram convidados. Hinoe sugeriu que Natsume fosse junto e ele decidiu convidar mais alguns amigos para ir.

Repassando a mensagem para Kirinoha, Kai, seus amigos de escola, Kaoru, Aoi, mais youkais que conhecia, Natori e para Seiji também, ele decidiu que juntaria tudo e todos para ver uma das partes mais legais de ter amigos não humanos.

Nyanko-sensei não estava muito feliz com a ideia de convidar Matoba para vir, mas Natsume queria que ele visse a diferença entre suas realidades. Para Seiji não existia um youkai bom ou descente no mundo e, para Natsume, youkais e humanos eram importantes para ele. Depois do que aconteceu naquele trabalho, Takashi decidiu que valia a pena experimentar mostrar algo diferente para ele.

Como era uma festa bem importante, todos viriam devidamente arrumados. Taki em um conjunto de kimonos cor-de-rosa, Sasada com seu kimono amarelo, Kitamoto em um kimono verde com listras, Nishimura estava de vermelho, Shibata com um azul escuro, Tanuma em um conjunto roxo, Natsume com seu kimono azul e haori vermelho, Seiji estava com seu conjunto de kimonos negros e Natori com um kimono marrom.

O combinado era de se encontrarem na estação que levava para a região onde a floresta ficava e assim o fizeram. Juntos no metro, eles chamavam a atenção – já que não haviam festivais naquela época do ano – mas não estavam ligando.

Na base da montanha onde a floresta ficava, eles encontraram Kaoru e Aoi juntos – os dois iriam recebe-los ali e guia-los até o local da festa. Kaoru estava linda em seu kimono vermelho com flores e Aoi em seu kimono azul e branco – os dois agarrados e trocando carinhos no caminho deixaram claro que eram um casal.

Natsume explicou que Aoi era um corvo que namorava com Kaoru e que ela também tinha sensibilidade para ver certos youkais; além disso, deixou claro que Matoba e Natori tomassem cuidado para não atacar ou ameaçar os outros youkais que estariam juntos na festa.

Entrando no espaço onde ocorreria o evento, todos começaram a ver os mais diversos seres que estavam presentes. Haviam dezenas de corvos que eram amigos de Aoi, todos os youkais de Yatsuhara que conheciam Natsume, o filhote de Kitsune que conhecia também veio, Tama, Kai, Kirinoha, Fuzuki, Houzuki, a youkai do espelho e seu amigo que conseguiu se recuperar de sua doença....

Além de seus amigos humanos e não humanos já tornarem tudo mais que especial para ele, a paisagem do local era de tirar o fôlego. A grande clareira que se abria entre as montanhas era verdejante, florida, repleta de vida, com um lago cristalino grande ao fundo e contornada por várias árvores grandes e belas. Uma paisagem rara e de grande paz e beleza.

Natsume foi cumprimentar todos e levou seus amigos e os exorcistas para conhecer seus amigos que não eram humanos. Uma verdadeira grande festa! O casal de youkais de Gomochi que ele conhecera também chegava junto dos youkais daquela floresta. Se Natsume não estava enganado, todos os youkais que conhecia estavam ali!

A surpresa da comemoração foi descobrir para quem ela era. Lá vinha ele, um pouco maior agora, mas não chegava a passar da altura de Nyanko-sensei, com um chapéu novo que cobria menos de seu rosto e ainda com seu conjunto tradicional de kimono branco com haori lilás. Era o youkai shiitake que Natsume conhecera: Mitsuzara.

O youkai foi cumprimenta-lo e se divertir com ele na festa. Todos realmente estavam aproveitando cada segundo ali. Até mesmo Seiji admirava a paisagem e conversava com alguns youkais que estavam presentes – para muitos ele perguntava de onde conheciam Natsume e qual era o relacionamento deles.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

As respostas eram curiosas e as muitas histórias sobre os pedidos de ajuda para Natsume e como ele ajudou os presentes eram impressionantes. Matoba realmente estava gostando de saber mais sobre o garoto e de estar ali aproveitando uma festa para uma procissão divina – mesmo que a quantidade de youkais lhe deixasse um pouco incomodado por não poder atacar.

Natori estava surpreso e muito a vontade. Urihime, Sasago e Hiiragi andavam entre os seres não humanos, conversavam, bebiam e riam enquanto ele assistia-as e fazia o mesmo. Era incrível que Natsume conhecesse tantos seres não humanos, tivesse seus respeito e amizade e, além de tudo, conhecesse um casal de humano com youkai que estava dando extremamente certo e que ele ajudou a se acertar.

Durante a comemoração, o vento começou a soprar suave e a trazer os sons da natureza em volta. Luzes como estrelas cintilavam o céu e um brilho dourado acompanhava a nuvem onde vários seres seguiam juntos. A nuvem parava no centro da clareira, o som das argolas do bastão parava e o caminho se abria pelo centro para que Shuon descesse.

Quando ele desceu, os outros desceram junto e formaram duas filas ao lado do deus. Um momento de silêncio e atenção, enquanto os presentes davam caminho para Mitsuzara passar.

O pequeno cogumelo ajoelhava e apresentava seu livro de treinamento para provar que estava finalmente completo e pedir para acompanhar a procissão de Shuon-sama. Os integrantes estavam surpresos e felizes – mais um companheiro bem treinado e que possuía grande respeito e admiração por Shuon.

O deus assentiu que se unisse a procissão e Mitsuzara agradeceu emocionado por finalmente poder estar junto de seu grande amigo em sua jornada. Aqueles que assistiam começaram a aplaudir a conquista do pequeno youkai, jogavam flores e até brindavam. Tudo para tornar aquele momento o mais incrível de todos.

Mitsuzara se uniu a fila de divindades como seu último integrante a direita. Todos juntos cumprimentaram seus expectadores e seguira de volta para sua nuvem. Eles subiam devagar e com graça. Shuon era quem subia primeiro, depois os outros subiam, Mitsuzara ficava no final da fila e o sacerdote da frente subia por último. Antes de irem, Shuon parou para prestar atenção na plateia que possuía.

— Mitsuzara, seu amigo daquele dia está aqui? – Shuon perguntava.

— Sim, Shuon-sama. – Mitsuzara apontava para Natsume na multidão e todas as atenções se voltavam para ele – Natsume muito obrigado por ter me ajudado antes e estar aqui hoje para ver minha cerimônia. – ele agradeceu educado e sincero.

— Eu também gostaria de agradecer por ter sido gentil com meu amigo. – Shuon fez um rápido cumprimento e deixou Natsume um pouco sem jeito pelo agradecimento e os olhares surpresos que recebia.

— Não foi nada demais. – Natsume tentava esconder a vergonha que sentia – Se aparecerem pela cidade novamente, nos veremos de novo. Tenham uma ótima viagem. – ele juntou as mão como se rezasse (já que estava lidando com deuses ali) e sorriu muito satisfeito por seu amigo shiitake.

Shuon ria contente com Mitsuzara e a procissão finalmente seguia seu rumo, desaparecendo no horizonte como uma estrela dourada e acompanhada do som das argolas do bastão do sacerdote.

A noite ainda começava quando Shuon e sua procissão se foram e os presentes festejaram até não aguentarem mais. O templo de treinamento, onde Aoi viveu com seus amigos, seria usado para abrigar os presentes durante a noite para que pudessem ir em bora no dia seguinte.

A festa não acabou apenas por estarem cansados e no templo. Haviam fontes termais ali e Natsume com seus amigos foram aproveitar. Os youkais tomavam banho com eles e bebiam nas águas quentes rindo sem motivo aparente.

Saindo do banho e já no quarto onde ficariam, Kitamoto e Nishimura começaram uma guerra de travesseiros. Seiji e Natori apenas ouviam as risadas e sons da guerra no quarto ao lado – este os exorcistas teriam que dividir com alguns youkais e estavam se perguntando se era uma boa ideia.

No final, todos dormiram juntos. Exorcistas, humanos, ayakashis, divindades e youkais, haviam compartilhado um histórico e precioso momento, se divertido muito juntos e não haviam tido uma briga sequer. Uma paz que nunca antes Seiji imaginou testemunhar – e, graças a Natsume, agora havia visto em primeira mão. Por este motivo realmente faria sentido o convite do menino para tal evento.

No dia seguinte, os youkais deram carona para que Natsume e seu grupo voltassem a cidade. Natori e Seiji ficaram na estação para voltarem a suas casas, Natsume e seus amigos iriam almoçar fora antes de se despedirem, Kaoru e Aoi iriam juntos para casa e os youkais e divindades iriam dali cada um para sua morada.

O fim de uma grande aventura, importantes descobertas e decisões e o começo e aprimoramento de grandes amizades.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.