No capitulo anterior

Abriu a porta do quarto e desceu, no meio das escadarias avistou seus pais sentados a mesa conversando baixo, naquele momento ela teve certeza que algo havia acontecido, e precisava urgentemente descobrir o que era.

Jantar

Desceu as escadas e sentou-se a mesa com seus pais, quando a viram cessaram o assunto anterior e lhe lançaram um sorriso, Sakura percebeu e notou também uma certa raiva nos olhos do pai e tristeza nos da mãe. Sentou-se e começaram a comer e conversar sobre coisas triviais, como o treinamento com jutsus e taijutsus da garota, e como havia sido o ultimo dia de aula na academia.

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No fim da refeição, Sakura tirou o guardanapo do colo e depositou-o em cima da mesa, ajeitou-se na cadeira, cruzou as pernas, apoio uma mão na cadeira e outra no colo e perguntou.

-- Então, vão me contar o que está acontecendo ou vão continuar fingindo que está tudo bem? – Sua voz era fria, mas continha certa ironia.

Seu pai ficou sem reação, porém no momento seguinte procedeu da mesma forma que a filha, primeiro o guardanapo, depois a cadeira, as pernas e as mãos, olhou da filha para a esposa e disse:

-- Realmente Sayuri, ou estamos criando um monstrinho ou uma verdadeira líder, o que acha?

-- Hikaru querido, acho que é a segunda opção – Disse Sayuri com um sorriso tímido direcionado a filha – Ela é uma verdadeira líder!

Sakura deu uma leve risada, seu pai vivia chamando-a de monstrinho cor de rosa devido a sua força no taijutsu que chegava a ser sobre humana.

-- Hei papai, não se desviem da conversa, quero saber porque o nervosismo e os cochichos entre vocês – Sakura desencostou-se da cadeira e apoiou os braços na mesa – Quero ajudar se for necessário -- *pausa* -- Então, quem vai falar? Pai? Mãe? Eu realmente tenho a noite toda – Enquanto falava jogou as mãos pra cima e voltou a encostar-se à cadeira.

O sorriso dos pais foi se desfazendo, sua mãe encarou seus olhos tristemente e seu pai ficou agitado, realmente havia criado um monstrinho pronto para pegar qualquer mentira deles.

-- Sakura, meu amor – Disse Sayuri com sua voz melodiosa – Iremos te contar tudo, certo Hikaru?

-- Claro querida – Hikaru deu um sorriso de canto para a esposa, em seguida virou o rosto pra filha, suspirou e disse – Sakura, me prometa que nos deixara falar antes de qualquer coisa, não falará em nem dará opiniões enquanto eu e sua mãe não concluirmos, pode me prometer isso? – Hikaru estava serio e olhava fixamente para a filha – Prometa pra mim meu anjo.

-- Claro papai, eu prometo! – Sakura havia ficado séria, não sabia o que ocorreria, nem o que era, mas estava realmente preocupada.

Sayuri tomou a frente e começou a falar

-- Sakura minha menina, você conhece toda a historia do Clã Haruno, pois nossos antepassados nos contam a mesma historia a gerações. Ela nunca foi modificada, nosso povo nunca disse uma palavra a mais sobre o que aconteceu com Moigui e Midori, eles não foram nossos criadores, mas foram nossos salvadores, aqueles que tiraram os Haruno da possível escravidão a Konoha. – Sayuri parou para respirar, e logo retomou a fala – Graças à ambição dos Uchiha e dos Senju, tudo nos foi tirado e até hoje vivemos em um Clã fechado, e isso incomoda Konoha Sakura.

Hikaru deu continuidade à fala da esposa

-- Não possuímos interesses em comum, nem inimigos em comum com Konoha, passamos nossas próprias dificuldades, possuímos nossa própria política, lutamos nossas próprias guerras. Desde a expulsão, todo e qualquer laço feito com a vila foi quebrado, porém muito antes de Moigui existir, os criadores junto com Uchihas e Senju criaram regras de convivência e conduta para os clãs que lá se instalassem. Isso permitia um alto controle de todas as ações dentro da vila e fazia com que as famílias crescessem e se desenvolvessem com sucesso.

-- Porém querida – Falou Sayuri – esse manual de regras ficou esquecido por anos e anos Sakura, e recentemente com a posse da nova Hokague ele foi descoberto.

-- Pelo que parece logo Konoha pode vir a entrar em uma grande guerra ninja – Disse Hikaru – Mas não temos essas informações certas, pois não convivemos com seus problemas, eles desejam que façamos parte dessa luta, que lutemos ao lado deles, pois nossas habilidades desconhecidas intrigam a todos de varias vilas que já ouviram falar de nosso Clã. Eu e sua mãe demos nossas posições sobre o apoio a eles, jamais lutaríamos junto com eles ou por eles, por esse motivo decidiram que nos encurralariam com nossas próprias leis.

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Sayuri voltou a falar, sua voz estava mais baixa e abatida que o normal

-- No manual há um capitulo Sakura, dizendo que os ninjas devem ser classificados em três categorias de acordo com suas habilidades. Gennin seriam os iniciantes, Chunnins os intermediários e Jounnins os mais poderosos, ou seja, a elite ninja de uma vila ou Clã.

Hikaru levantou-se da cadeira e encaminhou-se a janela, ficando de costas para sua filha e sua esposa.

-- Para que não houvesse problemas, foi acrescentado a essa regra que aquele Clã que não tivesse nenhum Jounnin deveria ser desconsiderado ou destruído, e como você bem sabe Sakura, não temos qualquer tipo de Ranking dentro de nosso Clã. Não medimos forças entre nós nem entre ninguém, não precisamos desse tipo de competição para sermos bons. E sabendo disso, eles nos ameaçaram, nos encurralaram. – Hikaru socou a parede ao lado da janela, enquanto dizia nervoso.

-- Calma Hikaru! – Sayuri disse enquanto levantava e ia até o marido – Eles nos disseram Sakura, que...que se não enviarmos pelo menos um ninja até a vila, eles consideraram guerra aos Haruno, e virão ao nosso Clã.

Sakura pela primeira vez manifestou-se

-- Então que eles venham, vamos lutar como sempre lutamos!

-- Filha, com Konoha a história é diferente, eles possuem exércitos ninja e se vierem a guerra e invadirem nosso Clã, vidas inocentes serão tiradas, nós poderíamos derrota-los sim, mas o preço que pagaríamos seria alto demais.

-- Mas pai, já lutamos antes dentro de nosso Clã e...

-- E já perdemos muitas vidas Sakura, e também, os grupos que conseguiram chegar ao seio do Clã, eram pequenos, 20 ou 30 homens, agora imagine 100 ou 200 ninjas adentrando os nossos portões.

-- Então estamos com medo de lutar?

Sayuri manifestou-se

-- Não querida – Ela abaixou a cabeça, respirou fundo para em seguida dizer – Estamos com medo, do que essa luta traria. Pense bem filha, a elite de ninjas Haruno sairia viva, mas e os mais fracos que por ventura não conseguissem ser defendidos, e as crianças que você tanto preza ou os ninjas mais idosos que merecem seu descanso.

-- Como líder Sakura, eu não posso deixar uma guerra adentrar o Clã, e você terá que aprender isso também – Ele olhou fundo aquelas grandes orbes verdes que o encaravam seriamente e que estavam atentos a tudo – Não podemos deixar o Clã morrer, temos que protegê-lo, essa é a missão de um líder filha!

-- Precisamos escolher um ninja para ir até Konoha, e você sendo a sucessora deve ajudar seu pai nessa escolha. Deve ser forte o suficiente para agüentar a pressão que será imposta pelos moradores da vila, não deve se curvar perante outro líder a não ser o de nosso próprio Clã.

-- Entende o que acontece filha? Um membro Haruno deve ir até a vila e defender o Clã contra nossas próprias regras. A partir de amanha vamos começar a pensar em quem seria o mais indicado par... – Antes que Hikaru terminasse, Sakura falou

-- Eu vou!

-- Como? Você na pode meu amor! – Sayuri saiu do lado do marido e foi até a filha que permanecia sentada a mesa – Você não pode, seu lugar é aqui, comigo... – Olhou para Hikaru que possuía um olhar triste – Conosco Sakura, conosco!

-- Eu vou por decisão própria mamãe – Sakura levantou-se da mesa, foi até a porta da cozinha e virando-se uma ultima vez disse – Eu vou, pois é meu dever, minha missão como herdeira. E alias – Ela deu um sorriso tímido e continuou – Nunca me curvaria a Konoha, nunca aceitaria suas leis ou seu líder, pois o único líder para mim é Haruno Hikaru, e é a ele, e somente a ele que devo honrar, servir e respeitar, ele erraram quando tentaram impor uma condição como essa a nosso povo, e agora vão ver o verdadeiro poder Haruno! – Sakura virou-se para frente, deu dois passos, logo parou e novamente virando disse – E nem tentem me impedir, pois sabem que não dará certo! – Sorriu, só que dessa vez um sorriso verdadeiro e sincero.

Dizendo isso, Sakura deu Boa Noite a seus pais e subiu para seu quarto, fechou a porta, deitou na cama e pensou em tudo o que tinha ouvido e em como resolveria aquela situação.

-- Realmente, o dia poderia piorar – Falou antes de cair no sono.

Seus pais fizeram o mesmo, foram até o quarto, deitaram e começaram a conversar.

-- Os conselheiros sabiam a todo o momento que ela faria isso não é querido, como? – Disse Sayuri deitada sobre o peito do marido.

-- Para falar a verdade, não faço a mínima idéia, mas agora sabemos realmente que ela tornou-se a ninja mais poderosa do Clã, e ela realmente tinha que tomar a responsabilidade pra si – Hikaru mexia no cabelo da esposa enquanto conversavam.

-- Quando nossa filha tornou-se mais poderosa que nós dois juntos em Hikaru? Fomos ultrapassados por uma menininha amor – Sayuri sorriu ao ver o rosto contorcido do marido.

-- Ela só teve sorte de nascer do casal mais perfeito do Clã e também com habilidades raras – Hikaru falava enquanto Sayuria ria da colocação do esposo – Mas ainda sim, acho que suas habilidades são graças a nossa beleza e poder.

-- Claro querido! – Sayuri se divertia, Hikaru era sempre simpático, porém era muito rígido e autoritário, mas dentro de casa era um pai maravilhoso e um marido perfeito. Parou de sorrir por um momento, e Hikaru percebendo lhe disse.

-- O que foi querida?

-- Você...você acha que vai dar tudo certo?

Depois de um breve silencio, Hikaru respirou fundo e disse – Aposto que sim, nossa filha é focada o bastante para não se deixar levar, e além do mais irei com ela para conferir as reais intenções da Hokague.

-- E se..se..se machucarem ela Hikaru – Neste ponto Sayuri já chorava agarrada ao marido, ele passou a mão em seus cabelo e lhe disse.

-- Ficará tudo bem Sayuri, ninguém machucara nossa menina, ela é forte, e também se machucarem aposto que o Clã inteiro irá tirar satisfações *pausa* na verdade acho que deveríamos nos preocupar se nosso monstrinho cor de rosa machucara alguém – Ele deu uma leve risada que acabou envolvendo Sayuri.

-- Espero que ela consiga esse maldito titulo Jounnin logo e volte para casa onde é seu lugar!

-- Ela voltará em breve, e quando o titulo for ganho estaremos lá para ver todos reconhecendo o verdadeiro poder Haruno, já que apenas nós conhecemos o real poder de luta de nossa hime e quão perigosa ela pode ser.

-- Ficara tudo bem, logo esse pesadelo acabara e voltaremos a viver como sempre vivemos! – Sayuri bocejou, arrumou-se na cama, depositou um beijo demorado no esposo e lhe desejou Boa Noite. Em pouco tempo adormeceu.

Hikaru levantou da cama e foi até a varanda, notou que a Lua estava cheia e que a chuva havia passado, disse para si mesmo.

-- Cuide da minha hime, e que tudo corra bem nessa jornada – Fechou os olhos e pensou consigo mesmo. “A herdeira prometida regressou papai, sua neta transformou-se na lenda que o senhor me contava. Espero que a história de Sakura não termine como a de Kaori!”

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Então como um raio a historia de seu pai veio a sua mente...