Basicamente,eu acho que meu senso comum tem algum defeito, porquê ao invés de reagir (Ora, eu tenho um revólver!), tentar conversar com seja-lá-quem-for-que-está-atirando-um-míssil-em-mim, não, eu saí correndo em disparada sem pensar no amanhã... E nem para um joelho que levou um tiro.

Ouvi um barulho de motor sendo ligado. Como as ruas sendo estreitas, logo deduzi - "Ah, ferrou, ele tem uma moto." E eu estava certo. Logo, o indivíduo que queria me matar neste momento estava já do meu lado, com uma bazuca apontada para o meu rosto, gritando qualquer coisa do tipo "MORRA,SOLDADO DA RAINHA!" Consegui driblar ele uma vez, entrando numa rua rapidamente não dando tempo para ele entrar, mas infelizmente tropecei em algo e caí. No mesmo momento, toda a dor do tiro que eu havia levado no dia anterior voltou com força máxima.

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- O que é isso...? - Eu disse, olhando para o objeto no qual eu havia tropeçado - Uma pistola d'água? - Revirei os olhos e coloquei ela no meu bolso juntamente com o revólver.

Infelizmente, o meu tropeço na arma de água (Vazia, que azar) fez com que meu perseguidor me alcançasse. Ele apontou a bazuca para mim, antes mesmo que eu levantasse.

- Ok, meu amigo Soldado - Ele disse - Hora de morrer.

- Vamos ver quem irá morrer! - Eu disse, e tirei a arma do bolso.

- Você está mesmo planejando me matar com uma pistola d'água?

Só então eu reparei que tinha pego a pistola errada.

- Oops. - Eu disse,e peguei o revólver certo - Ok, agora vamos ver quem irá morrer!

Mas ele desceu de sua moto, e abaixou a bazuca.

- Você não é um soldado da rainha, é?

- Não. Você também não, por favor?

-Não, com certeza. Puxa, me desculpe então por qualquer inconveniente - E estendeu a mão para me ajudar a levantar - Meu nome é Nico.

- Prazer, sou o Maxwell, mas todos me chamam de Wel. Também quer tirar a Rainha do poder?

- Bem... Wel, este é seu nome, certo? Bem, Wel, ela praticamente acabou com o mundo. Precisamos tirar ela dali.

- O que você diria se eu falasse que... Já estudei com ela?

Ele me olhou com uma cara surpresa.

- Isso é sério?

- Bem, infelizmente, sim. Eu estava rumando ao Castelo de Menelau, assim como você, acho. Mas infelizmente, eu acabei levando um tiro ontem, e não estou nas minhas melhores condições.

Ele então começou a pensar.

- Eu sei de um lugar onde há alguns itens médicos... - Ele começou - Há um posto aqui perto. Um dos únicos que ainda funciona, mas é claro que não há ninguém lá, está abandonado. Eu vou lá abastecer ás vezes. A lojinha de conveniência está meio destruída, mas tem muita coisa lá sobrando. E é difícil achar alguém lá, e, bem, quando eu acho - Ele levantou a bazuca -, é só mandar ela para os ares. Então, o que acha?

Pensei. Nico estava me fazendo uma oferta muito boa. Aceitei, subi na moto e rumamos para o posto abandonado.

Enquanto andávamos, Nico foi me contando de sua vida. Ele disse que morava sozinho, mas a guerra destruiu o prédio onde ele morava. Para sua sorte, ele havia saído para comprar um pacote de batatas no mercado e se escondeu lá. Quando saiu, a cidade tinha sido meio que dizimada, então desde então ele tem resistido.

- Eu achei essa bazuca alguns dias atrás. Ela tem sido minha fiel companheira, desde então.

Olhei bem para a bazuca.

- Hey... Essa bazuca... Não é minha?

- Opa, opa, opa! Parceiros, parceiros, bazucas á parte! Essa bazuca é minha, e dela ninguém me tira!

- Ok, ok, só estava supondo.É uma daquelas que se recarrega sozinha?

- Essa? Não... Mas tenho bastante munição.

Continuamos andando pelas ruas devastadas da cidade. Vez ou outra encontrávamos uma pilha de entulhos bloqueando o caminho - A qual Nico pegava a bazuca e mandava o bloqueio para os ares. Ele usava aquela bazuca para tudo. Uma hora um policial começara a nos perseguir, não dera dois segundos ele já havia sido explodido. E isso sem perder o controle da moto!

- Nico? Ahn, você não tem medo de cair não?

- Nem, eu tenho controle, cara. OLHA O SOLDADO!

O pobre coitado não teve nem tempo de olhar quem raios estava o chamando antes de levar um tiro de bazuca e ter seus esôfagos voando por aí. Depois disso, chegamos.

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- Aqui estamos, o posto.

- Cara, eu não sei muito bem, mas eu acho que a gente se afastou um pouco do Castelo, não?

- Tudo bem, a gente sobe na moto e volta. Eu vou abastecer aqui ela, vai pegando os suprimentos.

Entrei, então, dentro da lojinha. Realmente,havia destroços aqui e ali, mas ela estava inteira. Peguei gaze, band-aid, alguns remédios que poderiam ser úteis e... Um isqueiro. Ora, pode ser uma boa. Peguei dois Walkie-Talkies também, para continuar contato com Nico caso algo acontecesse.

Saí da lojinha e o vi, andando de um lado para o outro.

- Ah! Ainda bem que você chegou. Eu preciso ir ao banheiro. Cuida da moto aí, já abasteci ela. - E ele saiu correndo.

Fiquei olhando parado para os tanques de gasolina. Olhei para o isqueiro que eu tinha pego. E pensei na arma de água no meu bolso. De repente, eu tive uma ideia maluca. Tirei a pistola do bolso e enchi até o bico com gasolina. E pronto. Acho que nós tínhamos uma arma mais perigosa que a bazuca.

Até ouvir uma voz atrás de mim.

- Passa tudo, mermão - Alguém dizia - Isso é um assalto - Me virei e dei de cara com um sujeito mascarado, apontando uma arma pra mim. Eu levantei os braços.

- Calma, cara. Tem uma lojinha de conveniência inteira ali.

- Calma o caramba. Passa tudo o que você tem. Essa moto também.

- Ela não é minha. Não a leve.

Mas ele não me escutou. Pegou a moto e a empurrou para trás dele, sem tirar a mira de seu revólver da minha testa.

- Pronto. Agora, você não vai tentar nenhuma gracinha.

- Calma, cara.

Atrás do assaltante,dando a volta no Posto, eu vi Nico. Ele viu a situação desesperadora que eu estava e tentou algo mais desesperador ainda. Pegou a bazuca e saiu correndo... Na direção do assaltante.

Quando já estava ficando perto, ele ouviu os passos do Maníaco da Bazuca. Mas era tarde demais. Nico pulou na moto, deu a partida e saiu correndo na minha direção. Só deu tempo de pular dentro da moto. O assaltante começou a disparar, enquanto nós fugíamos.

- Ok, obrigado - Eu disse - Essa foi por muito pouco.

- Não acabou ainda, Wel! Eu ainda preciso me divertir - E olhou para trás, balançou o cabelo e gritou - OLHA A BAZUCA!

E um tiro bem calibrado acertou em cheio o Posto, explodindo tudo por ali - A lojinha de conveniências, a gasolina e principalmente o assaltante. E Nico, meio pirado, começou a comemorar disparando para cima como se fossem fogos de artifício.