A primeira coisa que Magali lembrou quando acordou foi sua dança com DC. Ela não pôde controlar um sorriso.

— Bom dia. — ela sorriu quando encontrou Do Contra na cozinha. Ele acenou com a cabeça.
— De bom não tem nada. — resmungou.
— Nossa, que mau humor. — Magali fechou a cara.
— Olha só quem fala. Todos os dias você acorda de mau humor e eu tenho que te agüentar. Todos os dias você me recebe com patadas ou com quatro pedras na mão. O único dia que acordo mal humorado, você reclama?
— Isso não é verdade.
— Ah, não? — ele gritou. A gulosinha não respondeu. — Droga. — DC berrou.

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Magali demorou um tempo para perceber o que havia acontecido. Ela estava perdida em seus pensamentos. Inúmeras vezes, perguntou para si mesma se ela realmente era tão mal humorada. E se Do Contra estivesse certo? Ela era mesmo mal humorada e hostil?

— Você me acha mal humorada, hostil e arrogante?
— Eu estou perdendo um litro de sangue a cada minuto e você está preocupada com a minha opinião sobre você?
— Perguntei primeiro. Digo... Desculpe. — ela correu até o rapaz, percebendo o corte em seu dedo. — Exagerado.
— Jogado aos teus pés. Eu sou mesmo exagerado. Adoro um amor inventado. — ele cantou alto.
— Fique quieto, seu idiota. — murmurou socando o braço de DC.
— Você me ama, Mags. — sorriu. Magali o fuzilou com um simples olhar. — Eu nunca mais vou respirar se [i]você[/i] — ele deu ênfase a “você” apontando para a moça. —... Não me notar.
— Cala a boca, imbecil. — a gulosinha apertou o dedo de DC perversamente, fazendo o moreno gritar.
— Eu posso até morrer de fome se você não me amar. — cantou mais alto que da última vez.
— Quieto, ou eu enfio esse rolo de esparadrapo na sua boca. — ela disse ameaçadora. Do Contra assentiu com a cabeça.

***

— Você passaria o Réveillon comigo?
— Onde?
— Na minha cidade.
— Desde quando você tem uma cidade? — riu debochando.
— Você entendeu. Então?
— Não sei.
— Mags, você tem namorado? — perguntou enquanto trocava o canal da TV.
— Se a resposta for sim, você dirá que não é ciumento. Se a resposta for não, eu nem quero saber o que fará.
— Nossa, que convencida. — ele riu. — Eu tenho um amigo solteiro... Você é solteira... Se pá.
— O amigo é você. — ela agarrou o controle da mão do rapaz.
— Claro que não. Ele é da minha cidade.
— Hnm. — sorriu. — É bonito?
— E rico. — DC completou. — Loiro, alto, olhos claros.
— Que dia viajamos? — perguntou interessada. O moreno gargalhou.
— Sexta.
— Opa. Vou arrumar minha mala. — a gulosinha riu seguindo para o quarto.
— Você é muito maluca. — comentou.
— Como ele se chama? — ela gritou do quarto, ignorando o comentário de DC.
— Toni.