— Encontrei um cara interessado no seu apê. — Cebola disse brincando com a comida.
— Putz. — murmurou. — Eu tive que voltar pro meu cafofo.
— Fiquei sabendo que você torrou a herança toda. Bela herdeira você, hein? — riu.
— Cale a boca, cinco fios.
— Não tenho mais cinco fios de cabelo. — rebateu. — Você podia dividir o apartamento com ele. — o rosto de Cebola se iluminou.
— Ele teria que arcar com todas as despesas do apê.
— Por um mês. — Cebola completou.
— E de onde eu vou tirar dinheiro? Quer que eu rode bolsinha na esquina?
— Não seria má ideia. — ele sorriu arqueando uma sobrancelha, Magali lhe mostrou o dedo do meio. — Você poderia procurar um emprego.
— Tá. Mas quem é o cara? — Magali perguntou, mordiscando uma batatinha frita.
— Do Contra.
— O irmão bonitinho do Nimbus? — Cebola assentiu com a cabeça

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***

A campainha tocou mais uma vez, desligando Magali de seus pensamentos. Ela abriu a porta e deu de cara com um moreno alto e bonito.

— Oi. Eu vim ver o apartamento. — Magali arregalou os olhos. Ela se perguntou se tinha comprado algo e dado o apartamento como pagamento.
— Desculpe?
— Ow. O Cebola não falou com você? — o moreno perguntou.
— Ah, claro! — a gulosinha bateu na própria testa. Então ela reconheceu o rapaz, era o irmão mais novo de Nimbus. — Entre. — sorriu, dando espaço para o rapaz passar.

Depois de mostrar o apartamento ao rapaz, Magali pediu que sentasse. Eles conversaram um pouco, e DC prometeu voltar no dia seguinte.

Pelo visto, Cebola não mentiu para Do Contra. Agora Magali teria que cumprir sua parte do acordo: procurar emprego. E ela já sabia com quem poderia contar. A gulosinha agarrou o telefone e discou um número.

— Alô?
— Maga? Nossa, que saudade...

***

Magali finalmente pôde tomar um banho quente e relaxante. Ela tinha encontrado emprego, e tinha alguém para ajudá-la nas despesas do apartamento. “Que maravilha!” a gulosinha pensou.

A campainha soou repetidas vezes, fazendo a gulosinha praguejar irritada.

Quando Do Contra estava prestes a apertar a maldita campainha novamente, a porta se abriu, revelando uma Magali irritada enrolada em uma toalha branca.

— Uau. — DC murmurou. — Você costuma ficar assim em casa? Estou começando a gostar da ideia de dividir um apartamento com você.
— Você disse que mudaria amanhã. — disse, ignorando o comentário do colega de apartamento.
— Mudei de ideia. — sorriu, arrastando as malas.

Magali continuou na porta, os braços cruzados, os olhos claros encarando o rapaz moreno.

— Está me esperando para tomar banho com você? — disse sarcástico.
— O quê? — Magali berrou.
— Do jeito que você ta me olhando. — ele deu de ombros. — Não seja tímida.
— Cale a boca. — a gulosinha gritou erguendo uma das mãos enquanto seguia para o banheiro, DC riu.


Quando entrou no banheiro, Magali concluiu que DC seria um péssimo colega de apartamento.