Capítulo Treze

Mesmo ainda afetada pela raiva que sentia Bella se agarrou a ele assim que sentiu os lábios dele sobre os seus.
Já haviam se beijado antes, mas aquilo em nada se parecia com o beijo de antes. O gosto dela ia se misturando ao dele como se um não soubesse onde o outro terminava. Eram beijos impetuosos e até grosseiros de certa forma, porém nenhum dos dois se importava. A paixão explosiva que os consumia nublava qualquer sentido.
Edward a arrastou para o sofá a prendendo com seu corpo. As mãos ansiosas dos dois se tocavam. O forasteiro se pressionou contra Bella fazendo que ela notasse como ele a desejava. Em resposta a moça arqueou o corpo para receber mais prazer ao sentir o corpo dele apertando o seu em lugares que ela mais precisava dele.
A camiseta dele saiu tão logo a blusa que ela usava fora descartada. Os dois continuaram com as caricias, com ele sem camisa e ela apenas com seu singelo sutiã branco de renda.
A garota suspirou de olhos fechados sentindo os beijos do forasteiro sobre sua pele. Leves beijos sobre o pescoço alvo. Em seguida descendo pelos ombros. A mão, não machucada do rapaz, seguiu pela coxa dela se infiltrando sob a saia jeans que usava a tocando intimamente por cima da calcinha.
Amada estremeceu, era a primeira vez que um homem a tocava daquela forma, porém ela não sentiu receio ou medo, pois era Edward. Ela o amava e o queria. Sim! Iria se entregar a ele ali. Não havia planejado aquilo, estava com raiva dele, mas acima disso queria ser dele.
A sensação dos dedos grossos tocando sua pele nua diretamente, quando ele afastou o pequeno tecido rendado, a fez abrir os olhos e segurar a mão dele.
Os dois se fitaram intensamente, havia algo de mágico naquele momento.
— Eu quero muito, mas é a minha primeira vez... — revelou acanhada.
E foram essas palavras que fizeram o forasteiro se retrair.
— Merda!
Ele se afastou dela e do sofá rapidamente como se houvesse se dado conta, somente agora, do que estava acontecendo.
Bella fechou os olhos pensando consigo: De novo não! Ela se sentou no sofá ajeitando a saia e pegando a blusa no chão, vestindo-a. Observou que ele estava de costas para ela olhando a grande parede de vidro que mostrava a imagem do mar.
Ele ainda estava sem camisa. Lindo! Criou coragem para falar:
— Edward...
— Por favor, Bella, é melhor você ir embora.
Não! Por favor, Edward, não faça isso.
Levantou-se irritada.
— Por quê? Por que tenho que ir embora? Por que você não responde as minhas perguntas?... quero saber por que machucou a sua mão?
Ela estava decidida a não ceder dessa vez. Precisava entender aquele homem ou enlouqueceria.
O forasteiro se virou de frente, o semblante transtornado o que fez Bella recuar um passo.
— Quer saber por que me machuco socando a parede feito um lunático? — cuspiu a pergunta. — Quer saber por que fiz isso ao ponto de quebrar a mão? Foi por sua causa! — revelou. — Eu queria apenas mais um lugar para morar. Para viver a porra da minha vida em um lugar tranquilo, consumido pela culpa pelas coisas que fiz no passado, mas desde que conheci você passei a desejar outras coisas, coisas que eu não tenho o direito de querer. Porra! Passei a querer você!
Após aquele jorro verbal os dois ficaram em silêncio, se olhando. Devagar, quase em câmera lenta Bella foi se aproximando. Andava tão devagar que chegava a ser demasiado lento, contudo tinha de ser assim, pois tinha medo de assustá-lo. Mas continuou firme sem tirar os olhos dos dele.
Parou quando estava bem colada a ele. Levantou as mãos colocando-as no rosto do amado. Edward se inclinou e encostou a testa contra a dela fechando os olhos assim como ela também fez.
— Meu amor... — Bella sussurrou.
— Estou apaixonado por você, Bella — admitiu finalmente.
Ela sorriu, não acreditando no que ouvia. Uma grande felicidade se apoderava dela.
— Eu também estou — disse ela, — mas isso você já sabia.
Ele abriu os olhos e se afastou um pouco. Percebendo o distanciamento dele ela abriu os olhos.
— Você está com Jasper agora... achei que...
— Não! Eu... gosto dele, mas não sou apaixonada por ele.
— Deveria ser.
— O quê?!
O forasteiro saiu de perto dela andando aleatoriamente pela ampla sala.
— Você não entende — ele disse — eu sou louco por você, mas não podemos ficar juntos.
— Por que não? — perguntou ela em um fio de voz.
— Por que eu não sou o homem certo para você.
— Sem essa, Edward — falou a jovem.
Ele voltou para junto dela segurando em seus braços fazendo-o encará-la.
— Escute, Bella. Eu sou um homem com problemas. Emocionalmente perturbado. É isso que você quer para sua vida?
— Eu não me importo.
— Mas eu me importo! Você merece mais. Merece um homem que pode ser um namorado ideal. Que possa levar você para passear, para jantar.
— E por que não pode ser você? Se você diz que gosta de mim...
Pela primeira vez Bella deixou que ele visse sua fraqueza. Ela não segurou as lágrimas que tomaram conta de seu rosto. Nunca havia chorado na frente de ninguém.
Ele colocou a mão boa no rosto dela, limpando delicadamente a lágrima que escorria.
— Não pode ser eu por que me escondo. Escondo-me dos meus pais, do mundo e de mim mesmo. Escondo-me de quem eu realmente sou. E tenho medo que no dia você venha a descobrir quem eu sou realmente, que me odeie.
Ao terminar de falar ele se afastou.
— Eu não entendo nada do que você falou, Edward, mas quero te dizer uma coisa. Eu não aguento mais essa situação. Você me beija diz que me quer e depois me repele. E isso não foi a primeira vez. Se eu sair por aquela porta com a situação do jeito que está, eu lhe juro que vou fazer o impossível para esquecer você. E nada me fará voltar atrás. Então, pense bem antes de me deixar sair porque não terá volta.
Ela olhou para ele em expectativa. Tinha uma pequena esperança de que ele mudasse de ideia.
— Já disse que não podemos ficar juntos. É melhor você seguir a sua vida.
As palavras foram como se algo perfurasse seu jovem coração. E naquele momento ela não quis chorar. A dor pela rejeição, mas uma vez, forte demais para que seu corpo fosse fraco para emoções sublimes como o chorar.
— Tudo bem — ela voltou até o sofá onde estava sua câmera e seguiu para a porta, parando antes de sair. — Vou me dedicar a Jasper, que realmente gosta de mim. E para que eu possa me entregar a ele de corpo e alma é melhor que a gente não se veja mais.
Percebeu que a mandíbula dele estava travada, tensa, mas ela não deu bola. Não teria mais ilusões a respeito das reações dele.
— Claro — falou. — Eu estava apenas de passagem, está na hora de partir.
— Ótimo.
A garota suspirou e antes de sair, sem olhar para ele, falou:
— Adeus, Edward.
— Adeus, Bella.
Ainda o escutou dizer, quando saia para a rua rapidamente em direção a praia. Andou apressadamente e somente parou quando sentiu a água gelada tocar seus pés e foi assim que deixou o pranto sair.
Nunca havia sentido o que sentia. Era assim a sensação de um coração partido? Se era, então agora entendia por que as mulheres choravam desesperadas e se enterravam em um pote de sorvete. No entanto nada aplacaria a dor que estava sentido. Já sentiu a dor de uma perda antes, mas fora diferente. Nunca imaginou que a dor de perder um amor fosse tão intensa. E um amor que não teve nem a possibilidade de acontecer.
Andando pela praia, em direção a sua casa Bella deixou que mais lágrimas tomassem conta de seu belo rosto. Precisava extravasar o que estava sentido, pois quando se acalmasse seria realmente o fim. Não voltaria a chorar pelo forasteiro.


Capítulo Quatorze

— O que pensa que está fazendo, Antony? — Carlisle Masen inquiriu o filho assim que o viu pegar a chave do carro.
— Vou até Ohio,vou a policia. Contarei que Ryan não teve culpa de nada. Fui eu quem dirigia o carro...
— Não seja estúpido garoto! Não permitirei que faça uma tolice dessas.
— Filho? — a mãe se aproximou — escute seu pai.
— Qual é o problema de vocês? Não pensam em como Ryan deve estar sofrendo preso por algo que não fez?— O jovem ator perguntou indignado. Não se conformava com a situação.
Após ficar consciente foi impedido de ver o irmão, e sua recuperação demorou mais que o previsto. Os pais fizeram o possível para mantê-lo longe do Pais natal, e quando se deu conta o irmão já havia sido julgado e condenado a seis anos de prisão. Mas agora, de volta L.A, ele decidira ir a auxilio ao irmão.
— Seu irmão está feliz em ajudá-lo, em ajudar a família. Como deve ser.
Antony olhou para o pai sem entender.
— O que você quer dizer com isso?
— Sua carreira é o que dá sustentação a esta família, Antony...
— Dinheiro você quer dizer — retrucou.
— Também, mas não é apenas isso. Sua carreira proporciona as melhores oportunidades para todos nós. Para sua irmã que estuda em uma das melhores universidades, para sua mãe que é aceita nos melhores círculos sociais. Se você disser a verdade tudo isso irá acabar.
O jovem permaneceu em silêncio.
— Quer ver Ryan? — perguntou o pai.
O rapaz assentiu.
— Muito bem, iremos os dois para Ohio e você verá com seus próprios olhos que eu lhe disse, que seu irmão está muito bem, mas nem pense em dizer nada a policia.
— Você não pode me impedir — desafiou.
— Não. Eu não posso, mas se pensar bem verá que eu tenho razão. Se disser às autoridades que era você dirigindo naquela noite, será preso pelo crime que cometeu. No entanto seu irmão continuará preso por perjúrio, e por fim, eu, seu pai, serei preso por armar toda a história. Está preparado para ter isso em suas costas, Antony? Está preparado para deixar sua mãe e sua irmã desamparadas, enquanto os três homens da família estão presos?

Aquelas recordações o perseguiam parecendo querer mostrar a ele que por mais que se culpasse, ele não tivera culpa. Pelo menos não culpa por ter aceitado o que o pai decidira. Era um ator de cinema famoso quando aconteceu, tinha dinheiro, fama e o mundo a seus pés, mas no fundo era apenas um garoto. Um garoto completamente dominado pelo pai.
Voltou a arrumar a mala. Em breve deixaria Hierápolis. Sentia algo estranho na garganta e uma sensação ruim, parecia que iria sufocar apenas com pensamento de ir embora e não ver mais Bella. Mas era o certo a fazer.
Por mais que fosse apaixonado não podia se entregar ao que sentia. Não era o homem certo para ela, como afirmara mais de uma vez. Ele tinha problemas e ela era jovem, jovem demais para lidar com toda a bagagem que ele carregava.
Quando pensava em ceder, em se entregar aos sentimentos transbordantes de seu coração, se lembrava do que tinha feito. Não suportaria ver Bella não olhar para ele do jeito que ela olhava, como se ele fosse o príncipe pelo qual ela sempre esperou. O que ela pensaria dele quando soubesse que irresponsavelmente assumira o volante de um automóvel logo após ingerir álcool e drogas? E que por consequência disso atropelou e matou um inocente? Além disso, o que ela acharia dele ao saber que covardemente deixara o irmão assumir e pagar pelo seu crime?
O certo era partir. Como, aliás, deveria ter feito a muito tempo, antes mesmo de se envolver tanto. Contudo agora não poderia partir sem antes ter certeza de que ela ficaria bem.
Avisara a Emmett de sua partida e o dono do bar, que virara um amigo lamentou sua saída. No entanto se conformou quando fez o forasteiro prometer que passaria uma noite dessas no pub, antes de seguir viagem, para que pudessem se despedir com uma rodada de cerveja.
Na verdade o que ainda o segurava em Hierápolis era sua ânsia de conversar com Jasper. Assim que o amigo colocasse os pés na cidade iria falar com ele. Deixar claro que estava indo embora, e exigir que ele fosse o homem que Bella merecia ter a seu lado. O advogado era seu amigo, sabia da índole do jovem, mesmo assim, queria deixar Bella protegida de mais uma possível desilusão amorosa.

Naquela tarde resolveu passar no pub. Sabia que era o horário em que a garota que mandava em seu coração estava ali para a limpeza diária e sem conseguir se controlar resolveu ir até lá para vê-la. Fazia dois dias desde que a vira pela ultima vez e por mais que soubesse que devia evitar encontrá-la não conseguia refrear seu desejo de olhar para o rosto da amada mais uma vez, pela última vez.
Contudo assim que entrou no local foi Alice que viu fazendo a faxina.
— Oi, Alice.
— Oi, Edward — a garota de cabelos curtos respondeu continuando a limpar as mesas.
Ficou meio sem graça em perguntar pela ex-colega de trabalho, mas sua vontade de vê-la era maior.
— Onde está Bella?
Alice parou o que estava fazendo e colocou as mãos na cintura olhando de forma nada amistosa para ele.
— É sério isso?
Não entendeu o porquê da animosidade que sentia vir dela.
— Como assim?
— Qual é a sua forasteiro? Não acha que já machucou Bella o suficiente?
— Eu não quis...
— Sim, você não quis magoá-la, mas o fez. Olhe... eu conheço Bella a muito tempo e nunca conheci ninguém mais forte do que ela, mesmo com tudo que já aconteceu na vida dela. Mas há dois dias a encontrei na praia arrasada por que você a rejeitou mais uma vez. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém quem não deseja...
— Não é assim, Alice — ele a interrompeu. — Você não entende. Eu apenas quero protegê-la...
— De você?
Ele assentiu.
— Se você acha que não pode ser o homem que ela merece, o que está fazendo é até em parte nobre, mas não pode ficar confundido a cabeça dela desse jeito. Uma hora a rejeita e outra a hora a deixa cheia de esperanças. Deixe-a seguir a vida dela em paz. Você é um cara legal, Edward, e parece gostar de Bella de verdade, mas como você mesmo disse é um homem complicado. Acho que minha amiga merece mais.
— Eu... só... queria me despedir. — Falou constrangido pela reprimenda que levara.
— Acho que se pensar bem você já se despediu dela.
Alice tinha razão. Já havia dito adeus a Bella, estava apenas querendo uma desculpa para estar perto da mulher que amava mais uma vez.
— Você tem razão, Alice.
A garota ficou olhando para ele por um tempo.
— E mesmo se eu dissesse onde Bella está você não poderia se despedir — Alice começou voltando a pegar o pano encharcado e passando nas mesas. — Ela foi para Jasperton se encontrar com Jasper. Eles vão passar a noite lá.
Alice observava de canto de olho a reação do forasteiro, que ficara paralisado ao se dar conta do que ela lhe dissera.
— Então ele já voltou... — falou mais para si mesmo.
— Sim — afirmou e voltou a parar o que fazia fitando Edward. — Ela está seguindo em frente. Deixe-a ser feliz. Se ela vê-lo só vai fazê-la ficar mais confusa.
Um fogo tomou conta do peito dele, provavelmente de ciúme ao se dar conta que os dois estavam sozinhos em Charleston. O que provavelmente queria dizer que Bella decidira tornar o relacionamento com Jasper sério. Iria se entregar a ele. Forçou o nó que se fez em sua garganta para baixo.
— Er... você está mais uma vez correta, Alice. Acho que não tenho mais nada que fazer aqui... Adeus.
— Se cuida forasteiro.
Nem ele mesmo soube dizer como chegou em casa. Apenas se deu conta de onde estava quando colocava a mochila nas costas e olhava para a casa fechada, em seguida olhou para o mar. Ficou parado por um tempo admirando a imensidão do oceano. Os problemas pareciam tão insignificantes perto daquela imensidão.
Subiu na moto, colocou o capacete e partiu, sem olhar para trás, para um novo destino, como fazia há seis anos.
***
As taças de champanhe tilintaram quando os dois brindaram. O jantar estava perfeito. Jasper havia reservado uma mesa no restaurante do hotel em que passariam a noite. Ele vestia um terno de bom corte, estava muito elegante. Bella, por sua vez, usava seu melhor e único vestido. Tinha tudo para ser uma noite perfeita. Era nisso que ela queria acreditar.
— Está tudo maravilhoso, Jasper — disse com um sorriso enquanto saboreavam Brownie de chocolate com calda especial a base de nozes.
— Estou muito feliz em você ter concordado em jantarmos aqui... em ficarmos aqui.
Ela percebeu o sentido implícito nas palavras dele e tentou sorrir corajosamente. Havia decidido se entregar de vez a relação com o advogado. Queria tentar um relacionamento com ele, pois gostava do rapaz. Não tinha nada a ver com a rejeição que sofrera, pelo menos era do que tentava se convencer.
Jasper estendeu a mão sobre mesa pegando a dela. Seu toque era gentil. Ah, queria tanto estar apaixonada por você, Bella pensou.
— Eu não sei bem como dizer isso... — Jasper começou a dizer, fazendo Bella abandonar seus pensamentos recentes e fitá-lo. — Estou apaixonado por você. Quero algo sério com esse relacionamento.
Ela sorriu de leve, tocada pelas palavras dele, mas de nenhuma forma a confissão dele mexera com ela da forma que Edward mexera quando revelou estar apaixonado.
— Preciso que saiba que jamais vou te magoar — advogado continuou.
— Eu sei.
— Não quero que pense que tem obrigação a algo... hoje a noite.
Ele era tão maravilhoso!
— Sei que não tenho, mas... eu quero.
O sorriso dele foi tão contagiante que ela não pôde deixar de retribuir.
— Vou pedir a conta.
Naquele momento o firme propósito de Bella balançou, mas ela espantou a sensação para longe. Chega de ser covarde! Uma hora teria que acontecer.
De mãos dadas seguiram pelo corredor até o elevador. Ali mesmo Jasper a beijou carinhoso. Foi um bom começo, ela afirmou em pensamento. Andaram pelo corredor e pararam a frente da suíte um, zero, um, um.
É aqui que vou perder minha virgindade, concluiu.
— Tenho uma surpresa para você — Jasper disse animado.
Assim que abriu a porta, após passar o cartão magnético, entraram. Bella soltou um suspiro alto. O quarto quase todo branco estava decorado com rosas vermelhas, tinha uma garrafa de champanhe sobre a mesa e a na cama pétalas de rosas deixava o ambiente ainda mais romântico.
A garota ficou emocionada com o carinho dele por ter preparado tudo aquilo. Estava certa em se entregar a ele. Era um homem como poucos.
— Está... tudo tão lindo.
Ele estava atrás dela e sentiu as mãos dele em seus braços, acariciando-a levemente.
— Eu queria que essa noite fosse especial para você... para nós — lentamente ele foi virando-a de frente.
Sentiu os lábios dele se aproximando mais deixando-se beijar. Gostava dos beijos de Jasper. Eram muito bons, mas não a incendiavam por dentro.
As mãos deles acariciavam suas costas e cada vez mais o rapaz se tornava ousado. De repente ele se afastou. Retirou o casaco. E foi até o aparelho de som.
— Vem aqui... — Chamou-a sedutor.
Bella foi para perto do jovem. Novamente ele se colocou atrás dela e para espanto da garota estavam de frente para um espelho. Sentiu os lábios de Jasper contra seu pescoço e fechou os olhos apreciando a caricia que recebia. Em seguida, no momento que a canção começou a tocar foi que ela se perdeu. Say You Love Me* era a musica que sempre lhe lembrava de Edward e inundou o ambiente. Quando a garota abriu novamente os olhos não era mais Jasper quem estava atrás dela, e sim, o forasteiro, o homem por quem era loucamente apaixonada.