Estavam sendo dias cansativos demais. Os ensaios e as exigências de alguns contratos de Edward tornaram nossa rotina agitada. Íamos ensaiar a manhã e a tarde toda e mais tarde Edward às vezes tinha alguns compromissos como encontros com empresários, em estúdios para o novo CD e algumas sessões de fotos para outros fins. Não imaginava como seria com ele em turnê e o que fez Alice e ele decidirem que isso seria algo bom. Quando chegávamos em casa estávamos tão cansados que geralmente dormíamos na mesma hora depois de somente comer algo congelado e trocar de roupa.

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– Está animada?

Olhei para Alice.

– Claro, a estreia dará a nós alguma folga nos ensaios.

A loja estava fechada para nós. Um exagero. Eu falei que conseguiria escolher os vestidos com apenas uma atendente, mas Alice insistiu em ter exclusividade e parece que alguns estilistas estavam dispostos a dar. A moça responsável pelo nosso atendimento estava de volta com mais alguns nas mãos.

– Esses chegaram agora de nosso atelier.

Os vestidos eram belíssimos.

– São cinco noites em Paris, depois iremos para Berlim, depois para Áustria e em seguida para Hungria. Duas noites em cada um.

– O de estreia foi dado por um outro estilista, já está em fase de acabamento. Lembre-se Bella que temos que ainda hoje ir lá para você fazer a última prova. E ainda precisamos ir nas joalherias porque Jean disse que todas elas ficaram em um cofre e serão levadas o dia das apresentações, as que você escolher é claro.

– Claro.

– Eu acho...

– Vou querer esse verde, aquele vermelho, gostei desse azul, um branco para Hungria e outro preto para Berlim. Tem algum com um tecido um pouco menos fino?

– Sim senhora. Vou buscar alguns modelos.

– Ótimas escolhas Bella! Irão ficar perfeitos!

O dia estava sedo cansativo demais com tantas coisas para serem embaladas ou enviadas para os Hotéis que ficaríamos. Eu tinha ainda um almoço com Jasper antes de viajar para tratar do divórcio, ele disse que tinha muitas coisas para conversar comigo e por isso fiz questão que fosse logo hoje depois dessa maratona com Alice pela manhã. O restaurante que ele escolheu era discreto e nos arredores de Paris, uma vez Edward tinha dito que era um dos melhores restaurantes fora do circuito. Jasper estava vendo o menu quando cheguei.

– Quantas bolsa! Está brincando de Sabrina?

Eu quando sentei.

– Preciso de algumas coisas para viajar pelo mundo. Rose como está?

– Voltou para casa, ela tem algumas apresentações agendadas com a temporada de inverno. Acho que estará trabalhando duro nos próximos meses.

– Isso é ótimo. E como vão as coisas com Jacob?

Jasper fez uma cara feia.

– Ele não colabora. Os advogados dele estão fazendo de tudo para atrasar isso, alegando coisas diferentes a todo momento. Eu pedi transferência do processo para um tribunal em Nova York.

– O que tem lá?

– Um amigo Juiz que pode ajudar caso ele continue com tantas alegações sem fundamento. Ele anexou no processo algo como uma declaração de um psicólogo que diz o seu estado depressivo. – olhei assustada para ele – Mas conseguir remediar alegando que isso foi há um tempo, então quando estiver em Nova York precisará visitar o psicólogo da corte para ele alegar sua sanidade.

– Não vou estar em Nova York em menos de dois meses.

– Eu sei disso, Alice me deu sua agenda.

– Quero resolver isso o quanto antes!

– Entre a Bélgica e o Irã tem uma pausa de dois dias. Se não for cansativo eu posso agendar alguma coisa.

– Não pode ser cansativo, eu preciso me separar dele Jazz.

– Eu sei, mas seu contrato com a orquestra é bem claro quando a sua presença e a de Edward, temos que tomar cuidado com quebra de contrato.

O resultado da reunião me deixou abalada, eu não queria permanecer Isabella Black mais tempo do que o necessário, não queria Jacob ainda tendo acesso a coisas que eram só minhas e que pelo casamento ele tinha direito. Eu tinha certeza que papai estava orientando ele e que jogariam sujo para atrasar o máximo isso contando com a minha desistência. Olhei para Edward na cozinha me servindo uma janta improvisada, eu tinha motivos para seguir agora diferente das outras vezes.

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– Não estou pronto a viver num hotel sem a liberdade que tenho aqui.

Eu concordava com Edward. As malas já estavam em sua maioria prontas, erma só cinco dias em Paris depois da estreia e teríamos dias agitados com entrevistas e declarações.

– Não me arrependo de ter aceito isso porque te conheci, mas vendo agora... Isso é estressante demais.

– Concordo, tome sua sopa meu amor, se esfriar não conseguirá comer e precisa de forças para tocar e para outras coisas...

Eu sorri com Edward e eu sabia que nossa noite estaria apesar de tudo só começando. A realidade estava finalmente pesando sobre nós e exigindo que estivéssemos atentos a ela.

– Bella querida!

Olhei para a porta do camarim e Esme em um vestido vinho e cabelos impecáveis estavam na porta.

– Oi Esme como vai? Desculpa não conseguir te visitar...

– Querida não ligo para isso, você e meu filho estão sobrecarregados. E hoje isso finalmente dará resultados. Alice me contou que está lotado!

– É Jean me contou que estão eufóricos.

– Um verdadeiro tapete vermelho se formou. Eu estou tão orgulhosa de vocês.

– Obrigada.

Quando ela me abraçou eu senti o carinho que uma mãe tinha pelo filho. Esme era uma mãe maravilhosa e cuidadosa.

– Deixe cumprimentar Edward, Emmett quis entrar, mas não deixei! Ele iria te desconcentrar com suas palhaçadas. Que broche lindo querida, você tem um ótimo gosto.

– Seu filho que me deu. – disse tímida.

– Hum... ele sempre foi um verdadeiro cavalheiro como o pai. Boa sorte querida.

Ela ainda falou mais algumas palavras em um francês perfeito e eu sorri para ela. Olhei o vestido e meu cabelo. Eu estava bonita e o broche dele me dava a confiança que eu precisava.

– Vamos senhora Black?

– Claro.

O assistente me levou até o meu lado do palco, eu sabia que Edward estaria do outro lado esperando o seu momento de entrar, a orquestra se ajeitada esperando as cortinas se abrirem.

– Tome isso. – o assistente de palco me entregou um cartão.

“ Seremos só nós dois”

Eu sorri largamente e quando as cortinas se abriram esse clima maravilhoso dentro de mim não saiu com o nervosismo. Era só eu e ele. Todos aplaudindo entramos cada um por um lado cumprimentando a multidão com apenas uma pequena reverência. Ele estava deslumbrante em seu terno e com um gesto delicado ele me mostrou o meu presente em sua roupa. Sorri e esperei o maestro entrar depois da spalla. A sinfonia número sete começou suave e baixa, os instrumentos de sopro delicamente tocados. Os violinos nos guiaram para uma outra dimensão e depois as flautas deram o ar angelical que tanto queríamos.

E então a nossa vez, olhei para Edward posicionado no piano a minha frente, começamos devagar seguindo o som calmo e depois com alguns assopros mais graves da flauta demos o ar de dois pianos tocando em harmonia, completando um o som do outro, os dedos passeavam pelas teclas dando vida a música. Hora a deixando mais agitada, hora a deixando mais grave e hora parecendo uma canção de ninar. Edward e seus dedos mágicos dando as notas mais impressionantes que eu já tinha visto.

Tocamos mais cinco músicas, fizemos cada um solo e quando encerramos com os instrumentos de corda fomos aplaudidos de pé por uma multidão eufórica. Levantamos todos agradecidos e sorridentes. Respirei aliviada do sucesso que tinha sido e então quando menos esperava Edward chegou perto de mim com um lindo buquê de rosas vermelha e me entregou na frente de todos me fazendo corar, mas estar feliz por tê-lo ali, agradecemos mais uma vez juntos e a cortina fechou. Ele me deu um beijo maravilhoso e longo na boca.

– Eu te amo Isabella. Tocar com você é uma honra.

– Oh Edward...

Mais um beijo que queria expressar aquilo que não conseguíamos. Um beijo mais longo e intenso. Assim que saímos do palco fomos cumprimentados, elogiados, fotografados e várias vezes entrevistados. Foi uma maratona até conseguirmos mais um tempo de calmaria. Eu antes de entrar no grande salão da recepção que nos esperava para uma comemoração mais íntima com a orquestra ainda o ouvi dizer para uma repórter.

– Ela completa a minha música em muitos sentidos.

E olhei para trás sorrindo para ele. Edward pegou minha mão delicadamente e sem nos importarmos com mais nada entramos de mãos dadas no grande salão.

"Quando você falou meu nome pela primeira vez, eu me enxerguei no seu olhar. Foi como ver o meu reflexo sob sua perspectiva. Você nunca me viu como alguém deslocada, insegura ou alguém que eu fingia ser. Você sempre me viu como eu sou. A verdadeira. Eu... - suspirei - me apaixonei por você." –

A última nota