O País das Maravilhas

O amor está no ar. E as ameaças também.


POV’S Maria Paula

Depois de as explicações de sua irmã serem dadas, Maria Paula se jogou em sua cama que era incrivelmente confortável. Era uma pena que toda essa situação me deixasse desconfortável. É um pouco complicado conseguir absorver de uma vez que o País das Maravilhas era real, e haviam 5 “reinos”, digamos assim. Havia o de Espadas, o de Copas, o de Paus, o de Ouros e finalmente o reino de Chamas, ou Fogo. Eles eram governados, consecutivamente por Celine, eu, Pietra, Beatriz e a Rainha do fogo.

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Também é um pouco confuso descobrir que o seu namorado, que eu xinguei tanto não é quem eu pensei que fosse. Respirei fundo, ao me lembrar da nossa conversa.

“Ao notar seus olhos azuis brilhantes quase caio da cadeira em que me encontrava. Ele me olhava com um sorrisinho malicioso, e começo a ficar assustada.

Pedro estava ali.

—Maria, eu tenho que te explicar algumas coisas.

Eu balancei a minha cabeça, com raiva. Tentei me livrar das cordas que me prendiam a cadeira, mas ao mesmo tempo, eu comecei a sentir um misto de saudade com paixão, o mesmo que sentia toda vez que via ele. Logo me aquietei na cadeira, esperando as suas explicações.

“Assim que eu me mudei para o Brasil, uma moça esbelta se aproximou de mim. Eu não sabia quem ela era, mas como eu estava triste com o nosso término, resolvi dar uma chance a ela. Nós conversávamos todos os dias, ela era igual uma irmã para mim, mas ela realmente gostava de mim. Então, em uma noite, eu ouvi uma voz melódica e feminina. Ela falou que eu teria que começar a namorar com a menina, e se não o fizesse, você iria morrer. Eu fiquei assustado, pois não queria te perder. Então, eu fiz o que ela mandou. Eu namorei com a garota, mas logo alguém me fez uma visita. E uma oferta irrecusável.

FLASHBACK ON

Estava em um bar com um tema meio vintage, tomando um suco de morango, para depois ir até a praia. Logo, alguém entrou. Era um homem forte, usando um terno preto apesar do calor, e um chapéu, encobrindo seu rosto.

Ele se sentou ao meu lado, e pediu um Chopp gelado. Percebendo que eu o observava, ele se virou para mim de um jeito nada sutil.

—Eu preciso falar com você.”

—Ele disse que eu poderia me livrar daquela situação do namoro obrigado, e que nós poderíamos voltar em uma dimensão diferente, e que poderíamos... que poderíamos recomeçar.

Ele alcançou as minhas mãos, e contra a minha vontade, as minhas seguraram as dele, e finalmente, consegui olhar para ele.

—Você quer... recomeçar?- Ele disse, hesitante.

Eu abri um sorriso. Ele não havia mudado nada.

—Mas é claro que eu quero.

***

Eu fiquei um pouco atordoada após isso, mas logo voltei ao normal.

Depois de alguns dias, eu não tive nenhum sinal de vida de Pedro, e logo teria que partir para viajar até o reino de fogo. Eu poderia escolher dois guardiões, que me protegeriam e ajudariam a representar o reino de Copas. O mesmo valia para as outras meninas.

***

O dia amanheceu com uma temperatura amena, e eu acordei indisposta. Nesse dia eu teria que partir de toda essa mordomia.

Foi bom ser rica.

Mas agora vamos ao trabalho. Peguei uma mala enorme que estava em frente a minha cama, e fui colocando várias roupas que eu havia ganhado. Elas não eram exatamente normais,mas eram necessárias, então não reclamei. Peguei também alguns papéis de carta e uma caneta, para que escrevesse cartas e gravasse tudo o que aconteceria comigo.

Depois de colocar tudo que precisava em minha mala, passei ela pelos meus ombros e aguardei no saguão Pedro, que seria um dos meus guardiões. A outra seria uma tal de Hayley, que eu não fazia a menor ideia de quem era.

Pedro foi o primeiro a chegar. Ele tinha seu cabelo castanho-claro despenteado, como o usual. Ele usava uma camiseta social branca e um jeans surrado. Logo que ele chegou, ele me deu um beijo delicado, pousando as suas mãos em minha cintura.

—Desculpe-me por não ter dado notícias, minha batatinha. –Ele disse com um sorriso idiota no rosto. Ele sabia que eu odiava esse nome, e continuava me chamando só para me irritar. Mas no fundo eu gostava, pelo menos nós tínhamos algo a ser lembrado além dos bilhetes constantes passados pelas aulas.

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Uma garota com cabelos compridos cor de mel entrou na sala. Ela tinha uma cara de ter 17 anos, logo presumi que era Hayley. Ela entrou com um sorriso convencido na sala.

—Olá- Ela disse- Eu me chamo Hayley

Ela veio dar um abraço em Pedro, e quando me deu um abraço, sussurrou em meu ouvido:

—Ou você termina com ele, ou eu acabo com você.