O Outro Lado do Livro
Lembranças...
– Já voltaram? - perguntou Ester, sentada no sofá, lendo um belo livro de capa vermelha.
Estava realmente exausta, eu e a Agnes passamos a tarde inteira fazendo compras.
– O que compraram? - perguntou Ester, fechando o livro e se sentando na ponta do sofá.
– Joias, joias, joias e joias, belos vestidos, vestidos, vestidos, sapatos, e acessórios.
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Sentei no sofá, sentei não, me joguei no sofá.
– Posso ver as suas compras?
– Sim sim sim Ester, pode ver o que quiser. Eu vou tomar banho, e depois vou dormir, tchau a todas.
Peguei minhas compras, e fui para o meu quarto.
Joguei toda a compra na cama.
Fui para o banheiro e liguei a torneira quente.
Deixe-a ligada enquanto fui para a minha penteadeira, mas não sentei no banquinho. Fiquei de pé olhando para o espelho enquanto tirava minha roupa. Observei os lugares vazios de minhas marcas.
Tirei o vestido, observei meus braços sem nenhum vestido daquelas marcas amarelas horríveis.
Desamarrei meu espartilho, tirei minha calcinha, mas o que mais parece um shorts branco e folgado.
Observei minhas costas, não mais com marcas enrugadas, e sem marcas amareladas.
Tirei a tiara que prendia meu cabelo, e coloquei-a na penteadeira.
Prendi meu cabelo com um rabicó que sempre levo no pulso. Fui para o banheiro, a água da banheira já estava bem na margem. Desliguei a torneira.
Entrei na banheira. Fechei os olhos, coloquei a cabeça para traz.
Miguel...
Não pude parar meus pensamentos. O meu ex veio na minha mente.
Também não pude parar frágeis lagrimas que começaram a escorrer pelo meu rosto.
– Como eu o amava... - murmurei.
Bati na água, deixando espirrar água no chão.
Matt...
Abro meus olhos rápido, levanto a cabeça, me sinto horrível.
– Como pude contar para ele?! Como pude magoar meu irmão?!
Crio uma imagem na minha cabeça do Matt chorando. Chorando em seu quarto, enxugando suas lagrimas com a manga da camisa cinza que ele costuma usar.
– Como sinto sua falta meu brother, meu anjo, meu amigo, meu irmão.
Peguei uma toalha. Me levantei, e me sequei. Enrolei a toalha no meu corpo, e fui para o meu quarto.
Alguém bateu na porta.
– Entre. - disse ao tirar o rabicó do cabelo.
– Trouxe um chá de camomila. - murmurou Frida, ao abrir a porta com as costas.
– Obrigada Frida. Coloque-o no criado-mudo por favor.
Ela fez o que ordenei, e ficou a minha frente.
Tirei minha toalha, peguei uma camisola que compraram para mim, muito bonita. Era de seda, toda branca, de mangas que vão até um pouco acima do cotovelo, e rendas brancas que vão até um pouco abaixo do cotovelo. Tinha um decote simples V, com um laço branco no fim.
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Frida começou a me olhar estranha, com os olhos arregalados.
– Que foi? - pergunto.
– Como você...? Ai embaixo.
Olho para a minha...
– Ainda não nasceu seus pelos?
– Já nasceram sim...Espera, tu é peluda? - começo a rir de mais.
– E isso não é o normal? - pergunta ela incrédula.
– Não na minha era.
Coloco minha camisola.
– Como você...tira?
– Com uma coisa chamada cera. Cera é uma coisa elástica, que se coloca nessa região, e só tira, arranca tudo meu amoreeeee. Agora se retira por favor.
– Mas...
Empurrei ela para fora do quarto.
Joguei todas as compras no chão. Peguei meu notebook e o coloquei do meu lado na cama. Desliguei a luz, coloquei nos arquivos, e coloquei no automatico para passar todas as minhas fotos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fiquei tomando o chá, e vendo as belas fotos, do Matt, Jenna, Miguel...
Até dormir...
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