O Outro Lado

Lição 2: Mude de fora para dentro


Depois de tudo aquilo, tive que voltar pra minha classe, apesar de passar o resto das aulas viajando na minha própria mente. Eu estava tão ansiosa eu quase não ouvi o sinal da saída. Quando cheguei na porta da escola, fiz uma ‘‘varredura’’ procurando W, e lá estava ele parado no portão e retribuindo meu olhar com um aceno discreto, depois fazendo um 7 com os dedos e indo embora. Ignorei as perguntas de todos sobre onde eu tinha arrumado aquele casaco estranho e andei o mais rápido possível pra chegar logo em casa.

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Fiquei a tarde inteira inquieta, e quando já eram 7:01 comecei a pensar que ele não viria, que era apenas uma brincadeira sem graça, quando ouvi a campainha tocar. Sai quase voando do sofá, e me deparei com W e duas garotas. Uma delas tinha um cabelo meio arrepiado e usava roupas bem parecidas com as de W, e a outra ela loira e usava um vestido preto extremamente curto.

W: Iae Inoue.

Orihime: Boa noite, como estão?

W: Nossa, pra que toda essa formalidade? Deixa eu te apresentar: Essa aqui do meu lado é minha namorada T-suki e a loira esquisita é a Rangiku.

Rangiku: Esquisito é você, seu emo não assumido.

T-suki: Ei, fiquem quietos ou voltem pra creche de onde vieram!

Orihime: Nossa, vai ficar tudo bem? Porque estão brigando?

Rangiku: Ela acha que isso é sério? Tá ruim a situação...

T-suki: Não seja grosseira, você já passou por isso. Muito prazer. Vamos?

Orihime: Tá.

T-suki: Nossa, olhando de perto você é realmente uma de nós...

Rangiku: Mas tenho que admitir, foi bem difícil de notar, se o W não tivesse visto.

T-suki: Na boa, como você aguentava ficar com aquela cara de menina boazinha o tempo inteiro? Não doía sua cara?

Orihime: Nem eu sei.

Por mais que aquela situação fosse estranha, eu já me sentia mais confortável no meio daquelas garotas. Elas eram meio malucas, mas com certeza queriam me ajudar.

Orihime: Onde estamos indo?

T-suki: Ah, numa loja de roupas. O primeiro passo pra mudar o interior é o exterior, então porque não escolhe umas coisas novas? A loja é do meu pai, então é por conta da casa.

Orihime: Obrigada, mas o que eu devia escolher?

Rangiku: Que tal uns vestidos iguais a esse que eu estou usando?

W: Rangiku! Olha Inoue, não importa se vai escolher um vestido de casamento, um biquíni ou uma blusa de arbustos, só escolha o que te der na telha.

Orihime: Certo.

Rangiku: Mas antes, tem uma outra coisinha.

T-suki: O que?

Rangiku: Vocês não acham chato ficar chamando ela de Inoue toda hora? Que tal um apelido?

W: Não é necessário.

Rangiku: Mas todos nós temos!

Orihime: Sério?

Rangiku: Claro! Meu nome na verdade é Matsumoto, mas eu acho Rangiku mais maneiro. O nome da T-suki é Tatsuki, então o apelido dela é esse, porque alem de tudo faz um trocadilho (N/A Tsuki é lua em japonês).

W: Isso só foi uma coincidência, não precisa ir na onda dessa desparafusada Inoue.

Orihime: Na verdade é uma ótima ideia.

Rangiku: Sério?

W: Inoue, eu já disse que não precisa concordar com tudo que os outros disserem.

Orihime:Mas é sério, eu aprovo o que ela disse. Que tal me chamarem de Ori?

W: É, eu gostei.

T-suki: Legal então Ori. Chegamos!

A loja era razoavelmente grande, e tinham varias pessoas fazendo compras tranquilamente. W se sentou num canto pra esperar, e as garotas foram olhar umas coisas do outro lado, só restavam eu e meu ‘‘grande’’ desafio de fazer minha própria vontade. Passeei por vários cabides repletos de roupas diferentes, e escolhi meio que com o instinto. Só fui ver o que tinha pego depois de entrar no provador. Na minha frente estavam 2 shorts jeans, algumas blusas pretas com estampas engraçadas, uma jaqueta de couro, um tênis, um salto alto, uma saia meio curta e um vestido vermelho, alem de vários acessórios. Provei uma das roupas e quando me olhei no espelho, meu coração se encheu de surpresa: Definitivamente aquela não era mais a infantil e ingênua Inoue Orihime. Aquela era uma nova garota, diferente, bonita, e sensual tenho que admitir, até os olhos dela haviam mudado. Logo na saída do provador, decidi parar pra pegar uma maquiagem, quando uma coisa me chamou a atenção: um cordão preto com um pingente de morango. Era incrível como aquilo me lembrava de Ichigo. Decidi pegar e fiz uma promessa silenciosa de usar sempre. Um símbolo de que a única coisa da minha velha eu que não iria mudar era o grande amor que eu sentia por ele.

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Depois de passar minhas coisas no caixa, me despedi das garotas e W decidiu me levar em casa.

W: Então, como se sente?

Orihime: Muito bem... Mas tenho que admitir que estou meio assustada com o que meus amigos vão pensar.

W: Você não quer dizer com que o Ichigo vai pensar?

Orihime (corada): O que?

W: Qual é, não precisa disfarçar, eu já percebi que você gosta dele.

Orihime: Até me assusta o tanto que você me conhece.

W: Eu já disse, é porque somos parecidos demais.

Orihime: Mas você acha que mais alguém sabe que eu gosto do Kurosaki-kun.

W: Disso eu não sei. Escuta uma coisa, porque você sempre chama seus amigos com tanta formalidade? É realmente necessário?

Orihime: Acho que não é mais... Por favor, não conte a ninguém sobre o Kurosa... Quer dizer, sobre o Ichigo.

W: Não se preocupe, seu segredo está em boas mãos.

Orihime: Eu já sabia, confio em você W. Bem, obrigada por ter me acompanhado, não que esperar um pouco pra eu devolver sua jaqueta?

W: Fique com ela. Pra lembrar que não importa o que os outros pensem, eu e as garotas estaremos do seu lado. Somos seus amigos agora, não vai conseguir se livrar de nós nem se quiser.

Orihime: Obrigada. Até amanhã.

W: Até.

Logo que entrei em casa, guardei minhas coisas e fui dormir. Nem tinha percebido o tempo passar, mas já eram quase onze horas... Deve ser assim quando você se diverte. Fechei meus olhos com vontade de acordar e ver a cara das outras pessoas quando vissem a nova estudante da escola de Karakura: Ori.