O Livro Dos Deuses (Hiatus)

Capítulo 12 - Reclamação dupla


(Pov. Jaden)

–Como assim Nico está morto? –Annabeth perguntou.

–Uma... Uma hidra... – Caio disse, seu rosto expressava horror.

–Mas ele não é filho de Hades? –perguntou Edwin.

–E dai? –perguntou Quiron, ele parecia estar perplexo.

–Então como ele pode ter morrido?
-Ele é filho de Hades, mas é um semideus como qualquer outro, pode morrer como qualquer um.

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–Ah, entendi - Edwin sussurrou.

Olhei para todos os presentes, eu não conheço o Nico, mas parece ser o semideus mais importante do acampamento.

–Ugh- disse uma vozatrás de mim, me virei e vi Marissa se sentando na cama, fui até ela e passei a mão em seu cabelo.

–Está bem?–perguntei.

–Mais ou menos, parece que eu fui moída, remontada e moída de novo, mas no geral, bem – ela sorriu, mas ficou de cara seria ao ver a expressão dos presentes – O que aconteceu?

–Nico morreu – falei, ela ficou mortificada.

–Nico, aquele, que foi nos buscar? – ela perguntou, assenti.

–Caio – falou Quiron- Vá até a Casa Grande, Grover está lá, fique com ele.

Caio assentiu abalado, saiu por uma das portas, ficamos novamente em silencio, absorvendo a noticia, Annabeth começou a chorar.

Quando eu ia falaralguma coisa reconfortante para Annabeth, um brilho dourado me interrompeu, elesurgiu no meio de nós, o brilho foi se apagando e surgiu a silhueta de um homem, ele usava uma toga grega, também dourada, sandálias gregas pretas, seus olhos eram azuis, seus cabelos loiros. Ele podia se passar por um galã de novela.

Eu nunca tinha visto ele, mas acho que Annabeth e Quiron já, eles se ajoelharam (Edwin: Quer dizer, Annabeth se ajoelhou, né Jaden? Quiron se abaixou e se apoiou em um dos joelhos da sua forma cavalo... Desculpe, centauro) (Quem tá narrando sou eu, dá licença?).

-Lorde Apolo – falou Annabeth. Edwin sufocou um grito. Também, estar em frente ao pai depois de quinze anos é meio, por assim dizer chocante.

-Olá, saudações e blábláblá. – ele falou, não consegui reprimir um sorriso, ele seria um pai legal.

-Apolo, o que faz aqui? – perguntou Quiron.

-Eu?...
Não, eu, pensei.

Ele se virou para mim.

-Eu ouvi isso garoto – ele falou severo, eu corei e me encolhi, mas o deus logo abriu um sorriso.

-Você tem espírito garoto, pena que não é meu filho. Tome – ele colocou um cartão em minha mão.


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Annabeth se debruçou sobre mim para ler o cartão e fez uma cara confusa.

-Arqueiros de Apolo? Mas...
Apolo piscou para mim com um jeito de quem dizia: Observe e aprenda.

–Minha irmãzinha querida não pode ficar com toda a diversão, posso criar alguns hobbies também, não?

Apolo passou a mão no rosto de Annabeth, mas tirou rapidamente quando uma espada de bronze encostou em seu pescoço.

-Tire a mão dela – Percy falou em tom ameaçador, mas não parecia muito assustador com uma atadura no peito.
-Ok, ok – Apolo levantou as mãos em modo de rendição.

-Percy – Annabeth gritou –Porque fez isso?

-Ele estava passando a mão em você.

-Percy –Quiron disse apreensivo, ele parecia até amedrontado, mas o que aquele adolescente podia fazer?

-Muita coisa. – Apolo olhou para mim.

-Abaixe a espada, não é muito respeitoso... – Percy interrompeu Quiron.

-Ele estava passando a mão no rosto de Annabeth – ele protestou.

-Não me reconhece garoto? – Apolo disse.

-Não, deveria? – Percy falou em um tom debochado.

-Nós já nos encontramos antes.

Percy parecia pensar, fez uma cara confusa, depois fez uma de surpresa.

-A- Apolo? – ele sussurrou cauteloso.

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O deus assentiu, Percy sussurrou alguma coisa que não entendi, mas Annabeth ia... Por assim dizer, traduzir.

-Ele disse: Agora eu morro.

-Mas Lorde Apolo, o senhor não estava procurando... – o olhar que Apolo mandou fez Quiron se calar.
-Calado! – sua expressão azedou, ele parecia ter se transformado, seu rosto ficou vermelho.

-Eu...... Quero, vou falar com meu filho.

-E- Eu? – Edwin sussurrou;

-Sim, consegue se levantar? – ele assentiu.

-Ótimo, vamos até um lugar reservado, agora – Apolo colocou a mão no ombro de Quiron – eu acho que você deve ir para a guerra, não quero mais nenhum de meus filhos mortos.

Ele segurou no braço de meu amigo e uma luz dourada, como a que apareceu quando Lorde Apolo apareceu, engoliu-os.

Quiron se virou para mim.

-Como Annabeth disse precisamos de vocês.

-Mas para que?

-Bem, eu quero quevocês dois – Quiron apontou para Marissa e para mim – Lutem.

Fiz uma cara confusa.

-Mas eu nem sei segurar uma espada, nem lutar, não sei nem quem é meu pai – argumentei.

Quiron ia explicar quando a porta da enfermaria explodiu, imediatamente Annabeth pegou uma faca e ficou em posição de ataque, abri os braços para proteger Marissa. Uma dúzia daquelas mulheres cobras entraram vestindo armaduras, segurando tridentes, lanças e pesos. Quiron pegou um arco.
-Percy, tire Jaden, Marissa e Mark daqui, Jaden, use seu relógio.

-O que...

-Venha – Percy pegou Mark e o colocou no ombro como bombeiros fazem, segurei a mão de Marissa e segui Percy, ele apontou a espada para cima e falou em grego:

-Abra.

Uma espécie de alçapão se abriu, revelando uma escada de corda. Percy segurou na corda e falou para eu fazer o mesmo, segurei, assim como Marissa e Percy disse:

-Suba.

Fui puxado para cima com uma força desnecessária, me vi em um lugar cheio de armas, varias espadas, lanças, machados, escudos, todo o tipo de arma que você possa imaginar tinha lá.

-Que lugar é esse?

-O segundo galpão de armas.

-Porque segundo? - perguntou Marissa.

-Porque o primeiro fica ao lado do chalé de Hefesto, mas como estamos em guerra, não é seguro ir até lá, agora escolham uma arma.

Andei devagar até uma mesa onde estavam espadas de todos os tipos e tamanhos, procurei uma que ajustasse em minhas mãos, mas não encontrei nada. Exceto uma, uma espada com a lamina dourada e o punho negro, a peguei na mão, perfeita.

Virei-me para Percy, ele estava encostando Mark na parede, procurei Marissa, ela tinha desaparecido atrás de uma estante, com vidros que pareciam poções, fui atrás dela, ela estava olhando uma parte onde estavam vários cajados, ela olhava um hipnotizada.

-Achou alguma coisa? – perguntei, ela se sobressaltou.

-Não, mas não sei o porquê, me senti atraída até aqui.

Ela pegou um cajado, um com uma cabeça de lobo, quando Marissa o levantou uma luz dourada saiu da boca do lobo e atingiu uma das prateleiras.

Percy chegou rapidamente com sua espada em punho, ele olhou em volta assustado, possivelmente procurando inimigos, mas vendo que só havia nós dois, ele abaixou a espada.

-O que aconteceu? – ele perguntou.

Expliquei para ele o que aconteceu, ele ficou pálido.

-Em busca da magia viajarão... – ele murmurou. Percebi que se tratava da profecia que Annabeth me contou – Cajado... Magia... Oh meus deuses!

Olhei para Marissa, mas ela também estava confusa.

-Marissa, você pode encostar sua mão na cabeça do lobo? – pediu Percy.

Ela franziu a testa, mas fez o que Percy pediu, imediatamente, o lobo se transformou em um lobo de verdade, branco com olhos vermelhos, mas ele tinha três cabeças, recuei assustado.

Percy a olhou estupefato.

-O que... O que aconteceu? – Marissa balbuciou.

O filho de Poseidon apontou para um símbolo acima da cabeça de minha namorada, segui seu dedo, um cajado igual que ela estava segurando, mas muito menor estava cruzado com uma espada.

Percy falou para Marissa.

-Você é... Você é... Filha de Hécate.

O lobo se aninhou em seus pés e começou a lamber as patas.

-Hécate – ela sussurrou. Percy assentiu.

Isso faz sentido, Hécate, a deusa patrona das feiticeiras. Os olhos de Marissa mudando de cor. A mão gigante. Pura magia.

-Edwin foi reclamado, Marissa foi reclamada, mas e eu? – perguntei, possivelmente parecendo uma criança mimada.

-Você... Não sei, não sou Quiron... – sua voz morreu, seu rosto estava banhado em uma luz dourada, olhei meu reflexo em um dos escudos, um raio brilhava em cima de minha cabeça.

-Zeus, você é filho de Zeus. – Percy falou perplexo.

-O deus dos céus?

-Ahã! Isso quer dizer que você é meu primo.

Olhei para ele, o raio desapareceu.

-Primo?

-É, bem, sePoseidon e Zeus são irmãos, você é meu primo, bem vindo à família, agora, vamos falar de coisas mais serias, se você é filho de Zeus, você deverá nos ajudar a proteger o acampamento.

Olhei para Marissa pedindo ajuda, ela confirmou com a cabeça, segurei sua mão e assenti para Percy.

-Ótimo, vamos.

Franzi a testa.

-Por onde?

Ele sorriu e apontou para uma pequena rachadura na parede de madeira, ele colocou a espada nela e a girou como se fosse uma chave de fenda. A rachadura se abriu mostrando uma portinhola, ele abriu-a, vimos o campo de batalha inteiro.

Os filhos de Atena e de Démeter formavam uma barricada de escudos, mas uma legião de Lestrigões os esmagavam; Os de Ares e de Hefesto atacavam as dracaenaes e os manticores, mas aqueles leões nojentos lançaram espinhos que atingiram mais da metade dos semideuses; Afrodite, Eros e Hécate lançavam feitiços para confundir os inimigos, os de Afrodite e Eros lançavam uma espécie de pó rosa, os poucos que restaram de Hécate – cerca de uns dezessete – lançavam raios com cajados iguais aos de Marissa; Apolo, Hermes e um bando de garotas armadas com arcos atacavam cães infernais, telquines e Empousas.

-Quem são aquelas garotas? – perguntou Marissa.

-As caçadoras de Artemis, a propósito Jaden, uma delas, Thalia, é sua irmã.

Comecei a tossir. Meio tipo assim: Tá todo mundo lutando, você e filho de Zeus e tem uma irmã.

-Como assim irmã?

-Depois explico, agora, vamos? – ele perguntou, assenti, apertei ainda mais a mão de Marissa e pulamos juntos para a morte certa.