O Legado de Tot

O Irmão Morto de Zia Rashid


Capitulo 07

O Irmão “Morto” de Zia Rashid

_Não acredito que você não me contou isso. – Zia olhava para a janela lá fora. A vista do rio East era realmente bonita ao pôr do sol, claro que se você ignorar o fato de o rio ser um poço de sujeira, mas ainda sim era uma imagem e tanto.

Carter passou bufou nervoso e se sentou no pequeno sofá em frente à Zia que estava de braços cruzados e um bico mal humorado, que na opinião de Carter a deixava muito mais bonita ao brilho dourado do sol. Zia quase parecia uma Cleópatra.

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_Desculpa. É que, pra ser sincero eu nunca tive evidencias de semi-deuses e depois que vi o Percy e nunca mais nos vimos, só resolvi deixar pra lá. Quis esquecer, acho.

Zia abriu a boca para dizer algo mas uma batida suave na porta interrompeu os dois, e logo depois Sadie entrou acompanhada de Anúbis e Dakota. Que tinha outro pacote de biscoitos na mão, era dificil ver Dakota num momento raro em que não estivesse fazendo qualquer uma das suas três vocações: falar sem parar, dormir ou comer porcaria.

A ruiva sorriu oferecendo o biscoito, como se chocolate fosse resolver todos os problemas do mundo (e pra Dakota, isso não era exatamente mentira). – Foi mal estragarmos o momento do casal, só que Carter. A gente também precisa de, hum, uma luz?

Ele sorriu e fez sinal para que os amigos se sentassem. A expressão de Zia também se suavizou quando Dakota sentou do seu lado e a ofereceu um biscoito teimosamente até Zia aceita-lo. E de repente sua namorada não parecia mais assim tão brava. Carter fez uma anotação mental de agradecer à Dakota mais tarde por aquilo, precisaria se lembrar mais vezes desse truque.

_Carter, sério. Tudo que eles falaram é verdade, quer dizer, deuses gregos é isso? – Sadie foi a primeira a falar. Mas foi Dakota quem respondeu.

_Sim.

_Como você sabe? – Anúbis olhou suspeitamente para a ruiva que só deu de ombros.

_Conversei um pouco com a Annabeth, ela me falou. Ela é sim filha de Atena, só não sei se isso me deixa com mais ou menos medo dela. – Ela murmurou. Anúbis fez uma careta como se estivesse se lembrando do soco.

Agora ele já estava completamente bem e não tinha nenhum ferimento, quer dizer, o cara era um Deus, era meio dificil machucá-lo pra valer. Mas Annabeth realmente tinha dado um belo soco.

_Tanto faz. – Sadie balançou a mão. – Como os conhece Carter?

E pela segunda vez, Carter repetiu toda a história de como conheceu Percy pacientemente (e ignorando os comentários de Sadie como ela costumava fazer).

_Como assim sua irmã? – Cameron passou a mão pelos cabelos pelo que devia ser a vigésima vez, seu cabelo preto já estava parecido com o penteado de Albert Einstein aquela altura.

_Eu sei que parece esquisito, quer dizer, é esquisito. Mas quando eu vi ela lá embaixo, eu lembrei, pelo menos em parte. – Ele captou os olhos cinza de Annabeth como se esperasse que eles o fornecessem alguma direção. – Fomos separados quando nosso vilarejo foi destruído, Apófis me levou tenho certeza, ele sabia que eu seria o escolhido de Rá então me tirou da jogada. Só que Rá escolheu Zia, e ele achava que ela estava morta também. Há pouco tempo alguma coisa aconteceu com Apófis, acho que foram ela Carter e Sadie que a derrotaram. Só que nisso eu perdi a memória.

_E daí chegou ao Acampamento. – Annabeth completou. Cameron assentiu. – Mas quanto tempo você ficou vagando sem rumo?

_Alguns meses, não tenho certeza. Minha memória ainda não está... Completa. – Ela assentiu, sabia do pior jeito possível como era ter alguém próximo que devia ser muito querido que não se lembrava de você e você não podia fazer nada. Na verdade, ela sabia exatamente como era a sensação, e isso a deixou com vontade de ir até o quarto de Percy e abraçá-lo. Mas precisava ajudar Cameron antes de tudo.

Ela se mexeu melhor na cama. – Certo. Mas sua irmã não se lembra de você.

_Ela deve pensar que eu morri. – A loira assentiu.

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_Quer contar à ela?

Cameron arregalou os olhos em pânico. – Não. Ela não vai acreditar! Ela tem certeza de que eu estou morto, caso contrário teria me reconhecido. Eu não a vejo há séculos e mesmo assim a reconheço. Se ela não me reconheceu... – A voz do garoto foi sumindo até ele parar de falar.

_Isso é complicado. – Annabeth murmurou. – Vamos nos concentrar em descobrir o que esta acontecendo agora, ou o que vai acontecer eu acho. E se sua irmã não reconhecê-lo mesmo, decidimos algum outro jeito de resolver isso certo?

Cameron sorriu fracamente e se levantou da beirada da cama. – Certo. Obrigada Annabeth, você é... – Por causa do sol todo o quarto estava inundado num tom rosado e laranja e por isso a filha de Atena foi reparou que o vermelho nas bochechas de Cameron não eram por causa da luz. – Quer dizer, Percy tem muita sorte em ter você.

Annabeth sorriu e colocou a mão amigavelmente em seu ombro. – Obrigada. E não se preocupe, pode confiar em mim. – Ela se lembrou do sonho, Percy e Cameron morrendo e se sentiu extremamente mal por estar dizendo isso. Como se fosse algum tipo de promessa que ela sabia que iria quebrar.

Cameron foi até a porta e a abriu só que dessa vez os dois deram de cara com um filho de Poseidon bem azedo.

_Hã... Oi Percy. – Percy não respondeu, só continuou a olhar Cameron com os olhos cerrados o deixando ainda mais nervoso. – Obrigado de novo Annabeth, tchau.

E em meio segundo ele tinha sumido corredor a fora. Percy fixou os olhos verde-mar na loira parada em frente a porta e resmungou.

_O que é que ele estava fazendo aqui? – Annabeth rolou os olhos.

_Pelos deuses Percy, vai ficar com ciúmes agora?

Percy entrou e fechou a porta atrás de si cruzando os braços. – E se eu estiver?

_Não faz sentido. – Annabeth respondeu seca. – Além do mais, o único que anda guardando segredos aqui é você. Não acredito que não me contou sobre tudo isso aqui! Sobre aquele garoto!

_Me desculpa. Mas eu realmente esqueci!

Annabeth o fuzilou. – Esqueceu? Você luta ao lado de um garoto que voa num grifo e derrota um deus egípcio e simplesmente se esqueceu de me falar isso quando estávamos juntos?! Tipo, ‘aproposito Annie acho que os deuses egípcios existem, me passa uma enchilada.’ Isso já teria bastado Percy! – O filho de Poseidon ergueu uma sobrancelha.

_Eu não falo desse jeito! – Annabeth rolou os olhos. – E como você queria que eu me lembrasse? Tínhamos que derrotar Gaia, nós caímos no Tártaro não sei se você lembra e depois que tudo acabou eu fiquei tão feliz em estar em paz com você de novo que isso nem se quer me passou pela cabeça. Desculpa se fiquei distraído demais estando feliz com você!

_Agora a culpa é minha? – A loira apontou para si mesma.

_Não. – Os dois já estavam gritando àquela altura. – Só estou dizendo que perto de tudo que aconteceu comigo ultimamente Annie isso foi deixado pra trás. A única coisa com que eu me preocupava era saber se você estava bem e comigo, e por causa disso eu poderia esquecer até meu nome se quer saber.

Annabeth abriu a boca para gritar uma resposta mas vacilou. Percy não parecia bravo como ela, na verdade, ele nunca ficava bravo com ela. Ele parecia triste, quase magoado. E ver ele daquele jeito sugou toda a raiva que ela de repente estava sentindo.

_Desculpe Percy... É só que... Me senti traída quando ouvi tudo aquilo de que vocês já se conheciam.

Percy bufou. – Não é só você que esta se sentindo traída.

Annabeth o olhou entendendo o por que dele estar tão frustrado, tão triste. Cameron. Ele estava indo pra explicar tudo a ela quando dá de cara com o garoto saindo do seu quarto, quer dizer, mesmo que não tivesse acontecido absolutamente nada não era fácil ignorar. E por um segundo a raiva de Annabeth foi embora e ela sentiu vontade de rir.

_Percy Jackson. – Ela cruzou os braços fingindo indignação. – Você sabe que eu nunca te trairia e nunca se quer ouse pensar do contrário se não quiser que eu acerte seu calcanhar de Aquiles. – Ela brincou se aproximando dele. – Cameron só precisava conversar sobre algo, só isso.

Percy ergueu uma sobrancelha, ele olhava para Annabeth como se fosse um menino de seis anos que pedia um pirulito a mãe e fazia uma carinha fofa e suplicante ao mesmo tempo.

_Só isso?

_Só isso cabeça de alga.

Continua...