O Lago Do Futuro

Capítulo 30 - Desculpa



Mônica – Por que eu deveria te ajudar depois do que fez comigo?


Cebola – Ah deixa de frescura! Me solta logo!


Mônica – Frescura? Acha que eu me machuco por qualquer coisa?


Cebola – Eu sei que não, mas isso não é motivo pra você me deixar aqui.


Mônica – Claro que é!


Cebola – Ok... O que quer que eu diga?


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Mônica – Se você não sabe, eu é que não vou dizer..



Mônica começou a se afastar.



Cebola – Espera! Olha... Desculpa ta?


Mônica – Desculpa? E pelo que?


Cebola – Por ter te... Magoado, eu não queria fazer aquilo.


Mônica – E por que fez?


Cebola – Sei lá, eu... Não tava pensando direito.



Mônica chegou mais perto e soltou a corda que estava amarrada na arvore (O maluco caiu com tudo no chão). Cebola conseguiu se soltar, mas não se livrar da pequena discussão com Mônica.



Cebola – Mônica... Escuta...


Mônica – Não! Escuta você! Você não tinha o direito de falar daquele jeito comigo nem na frente de Julio e Diana! Falando daquele jeito você deu a entender que não os queria que não me queria! Você rejeitou sua própria família Cebola! Sei que muitas vezes age por impulso, mas dessa vez você foi longe demais!



Cebola ficou um pouco (Muito... Até eu) Assustado. Pensava que Mônica iria fazer alguma vingança física contra ele pelo que fez, mas isso estava muito longe de ser físico, estava mais pra emocional.



Mônica – Quer saber? Nem eu sei o que vi em você pra me casar, você é ciumento, vaidoso, irritante, besta e muito tosco! Eu deveria ter me mudado e saído do Limoeiro á muito tempo pra evitar pessoas como você!



(Ok, agora pegou pesado).



Julio – Chega! Agora!



Mônica e Cebola olharam pro lado e viram todos saírem de um arbusto onde provavelmente ouviram a conversa toda.



Diana – Bem que vocês disseram que brigavam quando eram mais jovens, mas eu não sabia que era tanto assim.


Julio – Principalmente por motivos bobos.


Cebola – Bobos?


Diana – É isso ai! Só por que tudo isso aconteceu, não quer dizer que precisam brigar!


Cascão – E eles precisam de motivos?


Julio – Precisando ou não isso tem que acabar!



Essa discussão iria longe e Magali sabia disso, então tratou logo de acabar com ela antes que perdessem mais tempo.



Magali – Pessoal, vamos andando, já estava ficando tarde e precisamos nos abrigar.


Mônica – O que? Mas Maga...


Magali – Não to nem ai Mônica, vocês nem deveriam estar brigando! Querem saber por que se casaram? Por que descobriram um jeito de se amarem mesmo com os defeitos e as brigas! E olha no que deu! Vocês tiveram dois filhos lindos e inteligentes! Não quero ouvir mais nem uma palavra sobre essa briga ok?


Todos – Claro...



Depois disso todos pegaram suas coisas e continuaram a caminhar. Magali tinha razão, pensou Cebola, mesmo com as brigas e as discussões, ele a amava mais do que qualquer uma, mas tinha idéia de como era difícil se declarar pra uma pessoa que sempre briga com você e sente que ela não quer nada contigo?



Cebola – (Parabéns seu idiota, você conseguiu magoa-la de novo.... Mas, eu não entendo, por que ela me amaria se eu a provoco e torno a vida dela um inferno desde que a conheço? Se tem tanto caras melhores do que eu...).


Mônica – (Ele? Me amar? Só pode estar de brincadeira, ele só ama a si mesmo! Ele quase nunca demonstra que se importa comigo... Por que eu deveria ligar pra isso?).



Eles continuaram andando por algum tempo, até que chegaram a um desfiladeiro. No fundo havia um rio que provavelmente havia pedras pontudas, olharam para o lado e havia uma ponte de madeira, bem, não havia outra escolha a não ser atravessar.



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Cebola – Vamos lá.


Cascão – Perai... Você ta falando sério?


Cebola – Sobre?


Cascão – Eu é que não vou pisar nisso!


Magali – E qual é o problema Cascão?


Bruna – Ele tem medo de altura.


Pedro – Medo de altura? Então como é que você subiu naquela arvore?


Cascão – Eu não tenho medo de altura! Só que me sinto meio desconfortável quando estou prestes á atravessar uma ponte de madeira frágil em um desfiladeiro que tem um monte de pedras em baixo!


Julio – Ninguém merece... Da pra a gente ir logo?


Cascão – Vão vocês, eu é que não passo nisso!


Diana – Ah, então você prefere passar pela água?



Diana atingiu o ponto fraco dele, Cascão pensou de novo e escolheu a melhor opção.



Cascão – Vocês vêm?



Cascão falou já passando em cima da ponte. Logo os outros foram passando pela ponte devagar sem olhar pra baixo, o que foi quase impossível. Cebola ia começar a atravessar, mas quando olhou pros outros na sua frente, sentiu falta de alguma coisa, quando olhou pra trás achou o que procurava.



Cebola – Você não vem?



Mônica estava um pouco mais atrás, afinal, não era apenas Cascão que tinha certo medo por altura.



Mônica – Ahn? Ah... É claro, eu só... Estava esperando eles passarem.



Cebola sabia de algumas coisas sobre Mônica, e uma delas era reconhecer quando ela mentia, ele nunca tinha imaginado que ela tinha medo de altura, aliás, ele nunca pensou que ela tivesse medo de alguma coisa.



Cebola – Quer ir na frente?



Cebola deu passagem á ela.



Mônica – Não... Eu to bem, pode ir.


Cebola – Não está com medo... Está?


Mônica – De que? Atravessar essa pontezinha? É claro que não!


Cebola – Então... Não tem o porquê de recusar ir na frente. Você sabe... Damas primeiro.


Mônica – Cavalheirismo? Esse não é muito o seu forte.


Cebola – Pode não ser, mas não me importo em ser de vez em quando.



Mônica estranhou um pouco a atitude dele, mas mesmo assim decidiu ir na frente. Hesitou um pouco antes de pisar na ponte, olhou pra baixo e engoliu seco.



Cebola – Não se preocupe, vou estar bem atrás de você.



As palavras de Cebola estranhamente a acalmou um pouco. Começou a andar, Cebola a seguiu. Logo já estava no meio do caminho, mas nesse momento a ponte começou a balançar um pouco, Mônica parou e se segurou nas cordas com força, um medo extremo a consumiu. Cebola colocou as mãos em seus braços e sussurrou em seu ouvido...



Cebola – Calma, já estamos quase lá, não se preocupe... Eu estou aqui.



Mônica se sentiu um pouco mais segura, continuou a caminhar e Cebola a acompanhou. Sem mesmo perceber já tinham chegado ao outro lado.



Cebola – Viu? Não foi tão ruim.


Mônica – Fale só por você.



Cebola riu um pouco com o comentário.



Cebola – Não sabia que tinha medo de altura.


Mônica – Eu não tenho medo de altura...



Cebola olhou um pouco confuso pra ela.



Mônica –... Tenho medo de cair.


Cebola – Ah, entendi.


Magali – Mônica! Cebola! Venham aqui! Rápido!