[Elesis Narra]



Finalmente a noite daquele dia havia chegado. Foi um dia um tanto que estranho. Primeiro Mari andando por ai, olhando tudo e todos. Depois uma melodia de violino hipnotizante, sendo tocada por Amy, se não me engano. Enquanto a música era tocada, eu só ouvia ela... Era como se todos o sons e ruídos avulsos fossem silênciados...

Daqui a uma sema seria o baile de máscaras... Quem sabe... Eu teria a chance de conhecer algum rapaz legal. Não temos muitas chances de ter contato com o mundo exterior, principalmente se esse contato foi com rapazes. Lothos realmente é muito chata com isso. Não sei como a secretária dela a suporta, pois até ela é privada deste contato.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Afinal das contas, aquele maldito ladrão não apareceu aqui outra vez. Será que é medinho? Eu pensava comigo mesma, rindo sozinha em frente ao espelho da penteadeira, escovando meus cabelos. Fazendo isso, vesti meu pijama, apagando a luz e seguindo até minha cama, onde me coloquei debaixo dos cobertores. Eram 22h47min.

Estranhamente, eu não conseguia dormir. Rolava muito na cama, e não achava alguma posição que fizesse-me pegar no sono... Fechei meus olhos por um segundo, e de repente ouvi e parte de meu colchão afundar. Abri meus olhos rapidamente e me espantei.

– Boa noite, minha donzela.

Nada consegui dizer, apenas sentei na cama rapidamente, me encolhendo e o encarando com meus olhos arregalados.

– Vim aqui te dar o que me pediu, a alguns dias atrás. - Era o ladrão.

– O que...?

Ele se aproximou rapidamente de mim, deixando nossos rostos muito próximos, e por um instante pude encarar seus olhos, que pareciam ter roubado o brilho do luar. Seus cabelos negros e bagunçados caiam sobre a máscara.

– Gosta do que vê? - Perguntou ele, e em seguida selou nossos lábios rapidamente.

De forma, eu queria separar do beijo, mas quanto mais queria separar, mais eu retribuia. Senti sua mão subir até minha nuca, e ele aprofundou ainda mais o beijo. Sentia algo pedindo passagem, mas logo separamos nossos lábios por falta de ar.

– O que achou? - Disse ele entregando-me uma rosa azul, e em seguida levantando da cama, dando uma leve curvada em seu corpo, desaparecendo. - "Nos vemos nos baile, ruivinha."

Corei violentamente ao lembrar do ocorrido. Mas... Esse ladrão está sendo descuidado.