O inimigo se aproxima

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Sai do banho tranquilamente, e vi meu celular piscando, corri de encontro a ele esperando que fosse o Vinicius, mas tudo o que havia ali, era uma mensagem que suponho ser do Dennis, mas não lembro de ter lhe dado o meu numero.
Troquei-me rapidamente e sai correndo, faltavam quatro horas para escurecer, mas é melhor precaver.
Cheguei rapidamente no local de sempre, a clareira próxima a Vamcorp. Sentei-me ao pé de uma arvore e fiquei o esperando chegar.
-Como eu suspeitava Elle, ou deveria dizer Nyx?- A Caçadora disse do alto de uma arvore me observando.
-Caçadora? Eu estava... Droga. Pensei que você iria me desmascarar no quarto, mas pelo que parece você gosta de umas cenas, muito teatral você. - Falei me levantando e sorrindo para ela.
-Pelo que vejo a face que você fez a pouco no quarto era mentira, como a que você vem fazendo desde a noite passada. Estou certa?
-A face do quarto era uma Nyx dentro desta, mas que aparece raramente só quando é necessário, aquela é a Nyx policial que se preocupava com os outros que entrou pra policia para ajudar as pessoas, esta aprendeu com os erros, a que sabe quando lutar, e quando se defender.- Subia na arvore atrás de mim, e sentei-me no galho parar ficar no seu nível, e poder a encarar nos olhos.
-Como a chave disse, você é bem diferente do que nós imaginávamos.- A Caçadora disse se sentando.
-Quem é chave? E você vai ou não contar para o Marcus quem eu sou?
-Sobre a chave você só deve saber que é alguém que está sempre comigo, e que esta dentro de mim junto com a minha existência. E não, não contarei para o Marcus, por enquanto.
-E em troca você ira querer o que? - Perguntei desconfiada.
-Que você me conte o porquê de tanto ódio, e porque você chegou tão longe apenas para se vingar. Sim, pelo que eu posso entender você quer a vingança, tanto quanto eu a quero.
-Venha vou lhe contar, só não fiquemos aqui, não quero chamar a atenção do Seth, não quero que ele me veja com você.- Falei pulando da arvore, começando a andar na direção contraria ao acampamento.- Há dois anos o MARCUS, me iludiu e aplicou uma formula que ele afirmava que conseguiria colocar fim entre a guerra das espécies, eu fui ingênua e acreditei, mas a verdade do destino para quem sobrevivesse aquela formula viraria uma arma “viva” se assim posso dizer, Marcus deve ter lhe dito que eu fui à única sobrevivente do Projeto Fênix. Quando descobri as falcatruas que ele estava tramando me envolver fugi, para a cidade mais próxima e liguei para o meu criador Vinicius, que na noite do mesmo dia chegou ao hotel onde eu estava e me ajudou na criação do plano de destruição do Marcus. Quando sai da Vamcorp Marcus tratou de conseguir outra cobaia, Diego, acredito que todos tenham me confundido com ele quando seqüestrei ao Alexis. Durante dois anos, durante dois longos anos eu procurei pela Alexis, minha amiga que eu deixei durante a fuga naquele lugar maldito, há alguns dias finalmente a encontrei, consegui a resgatar, mas Marcus já a tinha infectado com o meu sangue e a formula os misturando, o que começou a infectar e isso começou a torna-lá um monstro. Ela morreu, desfigurada pela transformação que seu corpo estava sofrendo graças à mutação. - Falei olhando-a com tristeza sentindo as lagrimas surgirem, mas não as deixei rolar.- Você tem a sua busca e eu tenho a minha, a minha é dura e cruel... Agora tenho um único objetivo, que eu sei não se realizara enquanto eu não tiver o sangue do Marcus pelas minhas mãos.- Falei sorrindo tristemente para ela.
-Marcus não distorceu tanto os fatos como eu imaginava, sabe depois de toda essa confusão ele te admira, acredito que até algo mais. Eu nunca havia imaginado, mas nós temos muitas semelhanças. Não irei lhe ajudar, mas também não lhe atrapalharei. Você será apenas outro vampiro ao...- Lhe interrompi com um leve puxão no braço, vindo de um sinal para que fizesse silencio.
-Sinta esse cheiro... Você o conhece?- Perguntei pensando no cheiro de todos os monstros que eu já havia lutado e não lembrando de nenhum.- Parece até enxofre.
-Pelo jeito você conhecera meus amiguinhos... Tem alguma arma ai?- Ela perguntou me encarando. Fiz que não com a cabeça, e ela rolou os olhos.- Quando estiver comigo ande armada.- Ela disse arremessando a espada que havíamos lutado antes para mim.
-Eu não sabia que era você, e muito menos que teríamos diversão.- Falei sorrindo para ela e depois encarando os demônios que já se colocavam ao nosso redor.
Nunca havia lutado contra demônios, muito menos os visto, com certeza eram criaturas horríveis, sua pele vermelha, seus olhos também vermelho escarlate, orelhas pontudas, dentes parecidos com os de um tubarão, se fosse um humano que estivesse tendo aquela visão eu estaria perplexa...mas como eu não sou, é só um monstro que deve provar o aço da minha lâmina.
-Irmã, junte-se a nós e ajude-nos a destruir esse ser de luz que já foi tragado pela escuridão. Venha, ajude-nos irmã das trevas conhecida como vampira.- Um demônio disse com um sorriso cúmplice para mim.
-Como você ousa me chamar disso sua criatura imunda?- Perguntei com um salto colocando a espada em seu pescoço.
-Irmã, não se esqueça que também é filha da noite, você deveria querer o mesmo que nós...o sangue desse ser que nos mata cruelmente sendo que é até pior do que nós. Ela é uma merecedora do INFERNO.- O demônio disse gargalhando.
-Não sou nem filha da noite, nem filha do dia criatura imbecil...- O Cortei a cabeça.- Sou alguém em busca de vingança, e jamais se dirija a mim como irmã, e de certo modo sou tão merecedora do inferno quanto ela, mas minha alma já está lá.
-Então se é assim será tratada como tal, Vampira.- Um demônio disse pulando atrás de mim tentando arrancar a minha cabeça.
-E eu que achava lobisomens irritantes.- Falei o cortando ao meio.
-Você não viu nada. Quanto maior, mais falam.- A Caçadora disse cortando um demônio.
-Como você agüenta isso?- Perguntei decepando habilmente a cabeça de outra criatura.
-Acabei tendo que me acostumar, desde que fui reconhecida como semi-anjo eles me perseguem.- A Caçadora disse transpassando outro demônio.
-Você é uma alma impura que tem direito ao céu, é claro que iremos atrás de você. - Um demônio disse pulando em cima da Caçadora o que a fez cair no chão.
-Como eu odeio vocês... Deixe para que eu faça companhia quando eu morrer.
Essa mulher realmente me assusta, o desprezo com que ela profere tais palavras, a certeza com que ela fala sobre o inferno como se já vivesse em um particular, é como se a vida dela fosse pior do que a de um amaldiçoado, é como se ela fosse amaldiçoada.
É incrível a sua habilidade com espadas. Marcus estava ciente disso quando a contratou para me deter, com certeza ele já tem o plano todo esquematizado: ela me caça como já é de seu feitio, me leva até a Vamcorp, Marcus estará me esperando para pegar o meu sangue e poder me usar como o recipiente vivo que para ele eu sou, criaria um exército de vampiros modificados com o meu sangue vencendo a guerra e se tornando rei.
Marcus, Marcus, Marcus, você é muito fácil de desvendar, isso não tem graça. Não importa se a Caçadora me desmascarou, não importa se ela vai ou não me ajudar, pouco me importa se o Vinicius vai encontrar o Diego, eu só queria mesmo era o afastar daqui. É só uma questão de tempo para que eu possa-me sentir segura para poder te matar, não posso te alertar da minha presença agora, mas aguarde a sua hora esta chegando.
Decepei a cabeça do ultimo demônio, e olhei para as minhas roupas, aqueles malditos haviam realmente as danificado, minha camiseta uma vez branca agora estava com pingos de sangue, isso só seria aceito se fosse do Marcus, mas infelizmente era de um bando de demônios que ainda tiveram a ousadia de se dirigir a mim como igual.
-Se divertiu?- A Caçadora perguntou me encarando com um olhar de ironia.
-Mas do que você pode imaginar.- Usei o mesmo tom para ela, sentindo o meu sangue borbulhar por estar naquelas mãos, que nada sabiam sobre a verdade.
-Como se sentiu sendo comparada a tão horrendas criaturas?- Ela me perguntou limpando o fio de sua espada nas folhas.
-Hum? Você me pergunta pelo fato de eles terem me chamado de irmã?- Perguntei sorrindo como se não fosse nada. Ela concordou com a cabeça.- Já escutei ofensa pior nesses dois séculos de Vamcorp, como você disse agente acaba se acostumando com essas coisas, mas devo admitir foi a primeira vez que eu escutei isso. De certa forma eles estão certos, os demônios são parentes próximos dos vampiros, mas eles erraram ao acreditar que eu sou uma vampira.- Falei rindo com sarcasmo enquanto deslizava o meu dedo pela espada limpando o sangue que ali se encontrava e o cheirava para memorizar aquele odor.
-E o que você é?
-Sou algo inumano, que não tem espécie, uma arma que foi criada para destruir e matar. Mas você também não tem espécie é tão rejeitada quanto eu.- Falei ironicamente sem desviar os meus olhos da lamina.
-Infelizmente você esta certa, se a algo que eu realmente odeio nesse mundo é ser uma semi-anjo, isso me ocasionou tantos problemas, me fez perder tanto, mas como você mesma disse AINDA TEREI A MINHA SONHADA VINGANÇA.
-E você se vingara de quem? De uma demônio que você nem sabe onde esta? Uma demônio que pode nem existir mais?- Falei a encarando nos olhos e vendo um brilho prata tomar conta do mesmo.
Fui longe demais, mas e daí? Alguém tem que dizer para ela as verdades necessárias, afinal sempre tive fama de má, não me importo de comprovar isso pra ela.
-Você não sabe de nada! -Pegou a espada e colocou no meu pescoço.- Você não faz a menor idéia do que é perder alguém na sua frente e você não poder fazer nada, você não faz idéia do que é dizer adeus para o único alguém que te importa no mundo por ter medo de machucá-lo ainda mais. VOCÊ é quem não sabe de nada Nyx. - Merda, ótimo descontrolei a garota só por ter dito a verdade? Isso que é alguém que não consegue ouvir outras opiniões.
-Garota, você não sabe um terço da minha vida pra dar chilique e tentar me matar.- Falei segurando a lâmina com a mão direita, tirando a espada do meu pescoço colocando-o a frente do meu corpo, ignorando o sangue perdido.- Sei que também não sei da sua, agora pare de ser infantil e honre o peso da responsabilidade que você tem nas costas. Matei mais gente inocente nesses mais de trezentos anos do que você e todos esses guardinhas daqui juntos tudo por essa merda de Vamcorp, eu me arrependo todos os dias por ter feito isso, mas claro você não sabia disso. Você também não deve saber que eu mandei o Vinicius atrás de alguém que eu acredito já ter morrido só por egoísmo, por medo de perder ele por minha causa ou pior ainda ser usado como uma cobaia pelo maldito do Marcus. Perdi minha criação, minha filha, minha amiga pra essa merda que o Marcus teima em fazer procurando a perfeição, mas isso você nem devia imaginar. Agora me mate, vamos mate-me, não passe vontade. Você só adiantara o meu fim. - Falei colocando novamente a espada no meu pescoço desta vez o firmando ali o bastante para que escorresse um fio de sangue.
-V-você...é maluca. Definitivamente tem sangue de demônio nessas veias. - A Caçadora disse derrubando a espada no chão, o que me fez dar um largo sorriso. -Eu jamais poderia ter imaginado, mas nem por isso te ajudarei, te desprezo por ser tão igual a mim, tão fraca a ponto de não conseguir defender aqueles que mais ama.
Sorri novamente, afinal de contas somos parecidas, fracas, egoístas, perdedoras, garotas que jamais darão o braço a torcer por mais massacradas e pisadas que sejam, sim somos muitos parecidas, e pessoas parecidas ou se tornam amigas, ou as piores inimigas vistas na face da terra.
Eu realmente não quero a odiar, maldita seja a carência emocional que a Alexis me deixou. Mas eu deveria a odiar afinal ela já se declarou inúmeras vezes minha inimiga só que há algo nela, algo que me mostra que não é isso o que ela realmente quer dizer, algo que mostra que se ela o quisesse já teria tentado me matar ou o feito há muito tempo. Tenho confiança de que nunca o fará.
-Sim, fraca, sou realmente a pessoa mais fraca que eu conheço, fui fraca quando humana a ponto de me afundar no trabalho quando minha mãe morreu, e sou fraca agora na condição de vampira. Certas coisas nunca mudam caçadora. -Falei encarando o meu reflexo no metal da espada vendo o quanto minha aparência havia mudado desde a época que eu era humana até agora.
-Como você foi transformada? Sei por quem, mas nem o próprio Marcus soube me informar como e quando ocorreu.- A Caçadora disse de forma curiosa me olhando, mas não encarando os meus olhos, ela olhava qualquer outro lugar menos o meu rosto. Medo talvez? Vergonha? Tristeza? Não, ela simplesmente não queria admitir que se sente curiosa ao meu respeito.
-Eu era uma policial no começo de carreira que descobriu “coisas” sobre o delegado, ele muito esperto pediu para um certo vampiro que devia favores a ele dar um fim em mim. Vinicius, me enganou, forjou uma briga em uma boate onde eu e outro policial fomos buscá-los para fazer o B.O . Vinicius foi comigo sozinho na minha viatura e os outros vampiros no camburão. Como todo o vampiro esperto o Vinicius usou sua beleza e charme pra me distrair, quando paramos em um sinal ele se soltou das algemas e me mordeu. Acordei dois dias depois na antiga mansão do Vinicius, com a aparência diferente, sensível ao sol e com uma indescritível fome de sangue. Demorei pra entender o que estava acontecendo comigo, pra aceitar a minha nova condição. Em um certo dia depois da minha quase aceitação, o Vinicius decidiu me mostrar outros vampiros, quando vi a realidade da nossa espécie discuti seriamente com ele e nos separamos. -Falei ainda sem parar de encarar a lamina da espada que eu empunhava. Lembrança dolorosa que ela me fez reviver, e eu acreditando que os surtos de recordações que eu vinha tendo era doloroso.
-Então foi assim que você entrou para a Vamcorp. Isto faz todo o sentido. Marcus se aproveitou que você estava frágil por ter sido abandonada pelo seu criador ainda como recém-nascida mentiu pra você e te recrutou. É tão obvio que chego a...- A Caçadora despejava mentiras quando eu rudemente a interrompi.
-Não você definitivamente entendeu tudo errado... - Falei colocando as mãos em minha cabeça cansada.- Eu deixei o Vinicius porque eu quis, passei trezentos anos sem falar com ele por opção própria, ele nunca me mandou embora, como qualquer outro criador teria feito. Quando eu o deixei a primeira coisa que eu fiz foi matar o delegado que havia planejado a minha morte, sabe olho por olho e dente por dente. Demorei cem anos para entrar na Vamcorp, e durante esses cem anos entrei em casas de famílias bebi o sangue de todos que lá habitavam, hipnotizei pessoas que moravam sozinhas e as tornei assassinas só para que as mesmas pudessem me trazer sangue e a culpa do crime não caísse sobre mim. Destruí muitas vidas por mero capricho, e quando fiquei sabendo sobre o Marcus e a Vamcorp num bar qualquer decidi averiguar, a primeira vista vi nos ideais do Marcus a salvação pra minha alma atormentada pela contradição. Lutei suas batalhas, ganhei para ele o titulo de rei, destruí mais vidas inocentes do que eu sou capaz de me lembrar, vejo na vingança a única saída para que eu não enlouqueça. Isto é tudo o que você tem que saber sobre mim. - Falei começando a andar.
A Caçadora me seguiu em direção a entrada da Vamcorp com certa distancia, acredito que nunca tive tanta curiosidade para saber o que alguém esta pensando quanto agora. Na entrada principal havia uma movimentação estranha muito familiar, com certeza um ataque em andamento.
-Estão atacando.- Falei alto chamando a sua atenção no que tinha a frente.
-Um ataque em andamento? Saímos por vinte minutos e isto acontece, não me diga que isto foi idéia sua ELLE?- A Caçadora me perguntou assim que paramos enfrente da Vamcorp e ela pode observar melhor a confusão.
-Desta vez não fui eu, e muito menos o Seth, essas pessoas atacando são vampiros, só não faço a menor idéia de quem esteja no seu comando.- Falei analisando aquele grupo pensativamente por alguns instantes.
-Certeza de que você não tem nada a ver com isso? Você pode muito bem ter me distraído com as suas histórias para poder atacar a Vamcorp resistências.
Olhando pelo ponto de vista estratégico isso seria bom, elemento surpresa, um grande grupo de ataque, é se eu tivesse bolado isso poderia ter até funcionado mas infelizmente não tenho influencias nessa estória. Mas infelizmente isso não passaria por minha mente, gosto do ataque surpresa, mas a algo mal estruturado nesse plano...amadores.
-Trabalho diferente, a estratégia usada é tão visível, chega a ser muito óbvio.- Falei desanimadamente para ela.
-Qual é a estratégia?
-São vampiros que foram deserdados pelo Marcus, acredito que eles tenham sido usados e depois jogados fora, o principal interesse deles é tomar a Vamcorp.- Falei pegando a espada e começando a andar na direção da onde vinha o ataque.
-O que você vai fazer?- A Caçadora perguntou para mim não entendendo o que eu estava fazendo.- Você não quer a destruição da Vamcorp?
-Eu quero, mas isso será feito pelas minhas mãos não aceito ajuda.- Falei decepando a cabeça de um vampiro.
-Você é realmente muito estranha.- A Caçadora disse começando a atacar logo atrás de mim.
Ataquei um Vampiro que já adentrava o portão cortando a sua cabeça, enquanto eu me concentrava no vampiro que jazia na minha frente outro veio pelas minhas costas e atacou dando um chute na espada a arremessando longe.
-Se você queria chamar a minha atenção conseguiu.- Falei pulando nos seus ombros e quebrando seu pescoço e arrancando a sua cabeça.
Continuei lutando até que o ultimo vampiro foi exterminado, instrui alguns guardas para que fizessem uma fogueira e começassem a jogar os membros dos vampiros lá.
-Você quebra um pescoço como ninguém.- A Caçadora disse sorrindo com a espada nas mãos.
-Eu não tenho uma espada com metal celeste para simplificar a ação, por isso preciso arrancar as cabeças, desmembrá-los e depois os queimar.- Falei me escorando em uma arvore e olhando para a fumaça de cor avermelhada que subia para os céus.
-O mesmo principio que a estaca, ou o sol estou certa? Eu sabia que era bom queimar os membros, mas não que era tão necessário assim.- Ela me falou interessada, acredito que deve estar pensando: É melhor matar a Nyx com a estaca ou a desmembrar?
-Senhora Caçadora? -Um dos guardas disse correndo ao nosso alcance.
-Sim, o que quer?- Educada como sempre.
-O Senhor Marcus esta chamando você e a Elle na sala dele para vocês conversarem.- O guarda disse e já voltou de onde havia vindo.
-O que ele pode querer? Já não resolvemos o problema? O que mais ele quer?- A Caçadora falava sozinha enquanto começava a andar em direção da sala do Marcus.
-Ele sempre faz isso quando acontece um ataque, é uma das manias idiotas e irritantes dele. - Falei a seguindo, já que muito havia sido mudado desde a ultima vez que estive aqui.
-Aqui.- Ela disse parando em frente a uma grande porta negra e entrando sem cerimônias.
A sala do Marcus era simples de certa forma o que me surpreendeu. Nela havia uma grande mesa no centro da sala de madeira envelhecida, uma cadeira feita do mesmo material só que acolchoada com couro negro, duas cadeiras a frente da sua mesa, um grande quadro seu com uma mulher de cabelos negros, olhos azuis, lábios vermelhos e com roupas antigas logo atrás de sua cadeira.