A pessoa que salvara Naruto do titeriteiro corria o mais rápido que podia, mas era difícil. Naruto percebeu que a pessoa que o salvara era, definitivamente, mais baixa do que ele; mais fraca fisicamente do que ele. E o que chamou mais a atenção de Naruto foi o cheiro doce e suave dos cabelos ruivos. Naruto conseguiu mexer um pouco a mão, para chamar a atenção daquela pessoa misteriosa, mas ao fazer isso acabou tocando que não deveria tocar.

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— TARADO! — A voz gritou.

Naruto, assustado, acabou se desequilibrando e despencando de uma altura de três metros. Em circunstâncias normais, aquilo não era nada. Mas, para o azar de Naruto, aquele não era o caso. Naruto caiu em cima da perna ferida.

— TÁ MALUCO! QUER ME MATAR? VOCÊ É UM... UMA GAROTA? — Só agora Naruto tinha percebido que uma garota o salvara.

— É CLARO QUE SOU UMA GAROTA, SEU PERVERTIDO! VOCÊ ESTAVA APALPANDO MEUS SEIOS! — A garota respondeu.

— N-Não foi minha intenção! E-Eu-

— Cala a boca, pervertido! — A garota estava emburrada.

Ela se aproximou de Naruto, olhou para a perna dele e puxou bruscamente as agulhas que machucavam Naruto. Ele, por sua vez, gritou de dor.

— TÁ DOIDA? ISSO DÓI! — Berrou.

— Fique quieto!

Depois ela estendeu as duas mãos na perna de Naruto. A garota usava Ninjutsu Médico para curar o Uzumaki.

— M-Mas...

— Não foi nada! Você vai ficar bem! — Ela esboçou um sorriso.

— Quem é você? — Naruto perguntou.

— Eu sou Nami Shotagiru. É um prazer conhecê-lo pessoalmente, Naruto! — Ela disse com uma voz doce.

— Nami... É um nome bonito. Mas por que está fazendo isso?

— Por quê? É o mínimo que posso fazer ao Herói do Mundo Ninja, mesmo que ele seja um tarado! — Nami deu uma risada.

— Ei! Eu não sou nenhum tarado! — Naruto protestou.

Não demorou muito e a perna de Naruto já estava completamente re-estabelecida. Ele já podia andar perfeitamente.

— Pronto! Você já pode andar!

— O-Obrigado! Obrigado Nami! — Naruto sorriu para ela. Nami corou com o sorriso de Naruto.

— N-Não foi nada! — Ela respondeu, tentando disfarçar. — É melhor andarmos. Shozu Ibuke é um assassino feroz.

— Quem? — Naruto perguntou.

— O ninja titeriteiro da Vila Oculta da Areia. Apesar de o Kazekage ser uma boa pessoa, ele não gosta da linha de pensamentos dele.

— Aquele maldito é da Vila do Gaara? — Naruto estava perplexo.

— Refere-se ao Kazekage, Naruto? — Nami corrigiu.

— Ah, sim! É que eu o chamo de Gaara mesmo! Ele é meu amigo! — Naruto sorriu. Nami corou mais uma vez.

— Tudo bem! É melhor irmos!

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Nami levou Naruto até um ponto em que a vegetação era mais densa e fechada. Naruto se perguntava o porquê de estar naquele lugar.

— Er... Nami?

Mas a garota ignorou completamente seu companheiro. Unindo as palmas das mãos, ela disse:

— Kai! — Instantaneamente a vegetação brusca despareceu dando lugar a uma pequena tenda bem organizada com comida, água, um saco de dormir, além de outras coisas.

— Caramba! — Naruto estava impressionado com o que via. — Nami, você fez tudo isso?

— É o lugar que preparei para me esconder dos ninjas mais fortes do que eu. Como você, por exemplo. Quem diria que acabaria te trazendo para cá!

— M-Mas como conseguiu montar tudo isso tão rápido?

— Eu já tinha tudo isto selado em um pergaminho. Só precisei invocar e camuflar. Assim ninguém me encontraria. — Nami falava com naturalidade.

— Nami, você é incrível!

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— Toma! Coma um pouco! — Naruto ofereceu um de seus bolinhos de arroz para Nami.

— Obrigada e... — Nami mordeu o bolinho. — Esse bolinho está ótimo! Quem fez?

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— Ora essa! Fui eu! — Naruto disse orgulhoso.

— Você sabe cozinhar?

— Isso foi fácil! Bastou seguir a receita!

— Um garoto desses é perfeito para namorar! — Nami falou indiretamente para Naruto, que por sinal não entendeu a indireta.

O silêncio constrangedor se instalara no local. Nami ficou inquieta e quebrou-o dizendo:

— Naruto, você... — Ela criou coragem para perguntar. — Você tem namorada?

— Tenho sim! — Naruto disse com um sorriso.

— Ah... — Imediatamente, todo o entusiasmo e a ansiedade de Nami tinham desaparecido restando apenas a decepção. — Que bom! Qual é o nome dela? — Perguntou desanimada.

— Hinata! Hinata Hyuuga!

— Legal... Essa tal de Hinata deve ser muito sortuda por estar com você... Que bom pra ela! — Ela disse em baixa voz apenas para extravazar a decepção. Não tinha o intuito de deixar Naruto ouvir, mas ele acabou escutando perfeitamente, para a surpresa de Nami.

— Que nada! Eu sou o sortudo da história por conhecer a Hinata. Ela é delicada, gentil, sorridente, inteligente e bem bonita, além de talentosa!

— Ela é uma Hyuuga! Eles são dotados de talento no sangue! — Ela tentava esconder o desinteresse.

— Nem sempre foi assim! A Hinata foi rejeitada pelo próprio pai quando criança. Tudo porque ele a considerava fraca. Ela, assim como eu, conquistou tudo com trabalho duro e força de vontade. Ela é uma vencedora!

— E agora?

— “E agora” o quê?

— Ela conseguiu chegar aonde queria?

— Ela é a Herdeira do Clã Hyuuga! Não é legal?

— No fim das contas, ela é só uma princesinha mimada agraciada por nascer em um Clã tão prestigiado como o Clã Hyuuga...

— NÃO É VERDADE! A HINATA NÃO É UMA PRINCESINHA MIMADA! — Naruto pegou a foto que tinha da namorada. — Olha! Acha que ela parece ser uma pessoa assim?

Nami tomou a foto da mão de Naruto e ficou observando, o que, para Nami, tinha sido um erro.

“Então você é a tal Hinata Hyuuga! Droga! Você é mais bonita do que eu imaginei. Agora sei que não tenho chance alguma de disputar com você.” — Nami pensava.

— É... Nami devolveu a foto com desgosto para Naruto. — Ela não parece ser mimada. E ela até que é bonitinha.

— A Hinata é perfeita!

— Você me acha bonita, Naruto? — Nami foi incisiva.

— Ah... Bem, eu... — Naruto encarou Nami por alguns segundos.

Nami era uma garota bonita, de fato. Era um pouco menor que Hinata; tinha o corpo bem definido com a cintura modelada, as pernas torneadas e os seios medianos. O rosto era um pouco infantil, mas angelical, em uma comparação grotesca, Naruto poderia compará-la com Hanabi. Os cabelos eram ruivos e compridos, como os de Kushina. Os olhos eram esverdeados e tão belos quanto os de Sakura.

— Você é uma garota bem bonita, Nami! — Exclamou Naruto.

— V-Você acha mesmo?

— Sim! Mas por que me perguntou?

— P-Por nada! — Ela ajeitou o corpo, se recompondo. — V-Você já se sente recuperado? — Mudou de assunto.

— Estou me sentindo ótimo! Mas... — Naruto tinha vergonha de dizer. — Eu perd-

— Você não pode usar chakra?! — Nami adivinhou.

— C-Como sabe?

— Ah... bem! Eu...

A verdade era mais profunda do que se podia imaginar. Nami não estava ali pelo Exame Jounin propriamente dito. Ela estava ali porque, desde o fim da Quarta Grande Guerra Ninja, sempre ouvira falar dos feitos heroicos de Naruto Uzumaki no campo de batalha. Na Vila Oculta das Fontes, de onde era oriunda, sempre se ouvia falar a respeito de um garoto de dezessete anos que foi capaz de mudar o rumo de uma guerra de tamanha magnitude a favor da Aliança Shinobi. Um garoto que conseguiu sobrepujar todo o poder do lendário Madara Uchiha, do demônio bestial Juubi e, até mesmo, da maligna “Mãe de todos os Ninjas” Kaguya Ootsutsuki, mais poderosa que o próprio Rikudou Sennin.

Fascinada com o que ouvia e com o herói que Naruto tinha se tornado, desejou com todas as forças conhecê-lo um dia. O Exame Jounin era a oportunidade perfeita para estar frente a frente com o Herói do Mundo Ninja. Quando o tão esperado encontro aconteceu, Nami, imediatamente, teve uma queda por Naruto. Ela se via como uma garotinha apaixonada por uma celebridade inatingível. Ela não queria contar que, desde que a Segunda Fase tinha se iniciado, ela estava espiando Naruto. Tinha testemunhado todos os combates dele. Hadame Tsukiaru, Roku Kuzanagi e o encontro com os irmãos Ichimaru, Nimaru e Sanmaru. Claro, ela queria passar no Exame. Mas se passasse, queria que fosse com Naruto.

— Nami? — Naruto aguardava uma resposta.

— A-A-Ah... E-Eu... — Suspirou. — Eu ia atacar aqueles caras da Grama, portanto foi inevitável ouvir o que aconteceu com eles e, vendo que você não estava se defendendo, eu deduzi que você também tinha encontrado o tal Roku Kuzanagi.

— Ah! Tudo bem! — Naruto percebeu que Nami estava mentindo ou, no mínimo, escondendo algo, mas preferiu não interrogá-la. Ela deveria ter suas razões. — Eu acho que já podemo- — Naruto parou de falar repentinamente.

— O que aconteceu, Naruto? — Nami perguntou assustada.

— Finalmente! — O Uzumaki sorriu. — Tô de volta!

No Plano Psique dos Bijuus...

FINALMENTE! MALDITA TARJA DE SELAMENTO! CANSEI! QUERO MATAR! QUERO MATAR! VOU MATAR AQUELE MASCARADO MALDITO! VOU MATÁ-LO! — Shukaku não se segurava.

Pare de gritar, Shukaku! Você está me irritando! — Matatabi reclamou.

— E pensar que você tinha gostado do mascarado maldito hein, Matatabi? Viu? É nisso que dá gostar de outra pessoa além de mim! — Naruto brincou com a Nibi.

Naruto, isso tudo foi culpa sua! Não se esqueça disso! — Matatabi rebateu irritada.

— Mas eu-

A Matatabi tem razão, Naruto! Você foi desleixado! Poderia ter acabado com aquele cara sem suar e, mesmo assim, perdeu! — Kokuo repreendeu seu Jinchuuriki.

— Kokuo...

Onde já se viu? O ninja mais forte do mundo inteiro nocauteado de uma forma tão imbecil e humilhante? — Gyuuki também reclamava.

Tarjas de Selamento e Pílulas de Soldado? Que jeito estúpido de lutar é esse? Quem perde para alguém que luta desse jeito? — Son Goku também estava irritado.

O Naruto consegue perder! — Choumei falava com ironia e insatisfação.

— Calma pessoal!

Fique quieto, Naruto idiota! — Isobu repreendeu o Uzumaki.

Não tenho nada para falar! — Saiken se pronunciou.

— Você não está chateado comigo, Saiken? — Naruto perguntou esperançoso.

Claro que estou! Só não quero falar com você! — Saiken respondeu.

— Ah... — Naruto relaxou os ombros decepcionado e depois voltou-se para o único Bijuu que ainda não tinha falado nada.

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— Vai me condenar também, Kurama?

Kurama apenas encarava Naruto. O olhar do Bijuu mais poderoso falava por si só. Kurama estava muito irritado.

Atreva-se a perder assim novamente... — Kurama se aproximou de Naruto — E eu prometo que vou te devorar! — Kurama ameaçou. Naruto apenas sorria.

Do que está rindo, idiota? — Kurama perguntou.

— Só estou feliz! É ótimo ver todos vocês de novo, pessoal!

No Mundo Humano...

— Seu chakra voltou a fluir? — Nami perguntou.

— Sim! Agora vou arrebentar aquele maldito! — Naruto cerrou o punho.

— Então vá! Você tem um Exame para concluir!

Naruto se levantou e caminhou até a saída da tenda, mas parou e virou-se para Nami.

— E você? Você não vem? — Perguntou.

— Não! Aquele Roku possui seis insígnias! Se você não alcançá-lo, vai perder o Exame! Não quero que você seja eliminado, ouviu bem? Torne-se um Jounin por mim, Naruto! — Ela se levantou e caminhou até Naruto. Abriu o próprio estojo de acessórios e entregou sua insígnia junto com um papel em branco e uma caneta.

— O que significa isso? — Naruto estava desentendido.

— Sinceramente, eu vim até a Vila da Folha apenas para te conhecer, Naruto Uzumaki. Passar neste Exame não é minha prioridade. Pegue minha insígnia e vá atrás do Kuzanagi! — Ordenou.

— Por que está fazendo isso, Nami?

— Mas antes de ir... — Nami ignorou completamente o questionamento do loiro — Você poderia me dar seu autógrafo? — Ela sorriu.

Naruto estava encabulado. Nami era uma garota legal. Ela merecia passar, mas não queria. Abdicou da chance de se tornar uma Jounin por ele. Vendo que a garota não voltaria atrás, Naruto fez o que ela pediu. Pegou a Insígnia do Fogo que ela possuía e depois autografou o papel em branco.

— Eu nunca vou te esquecer, Nami Shotagiru! Você é minha mais nova amiga, entendeu? — Naruto levou o punho cerrado em direção ao peito.

— Então vá meu amigo! E meu herói!— Ela sorriu para ele.

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O Sol já se punha ao Oeste quando Naruto deixou a tenda de Nami. A noite em breve chegaria. Naruto estava focado. Não poderia mais perder um único segundo, muito menos uma luta. Qualquer derrota significaria a eliminação do exame.

— Está na hora de te caçar, mascarado maldito! — Naruto ficou imóvel enquanto seu corpo armazenava chakra para Senjutsu.

O Modo Sennin dos Sapos de novo? Você não aprendeu, Naruto? — Shukaku falou na mente de Naruto.

“Confiem em mim, pessoal! Não vou falhar com vocês!” — Naruto respondia não só ao Shukaku, mas falava com todos os outros Bijuus em pensamentos.

O Modo Sennin dos Sapos estava ativado. Agora Naruto fazia seu próximo movimento.

— Kage Bunshin no Jutsu! — Para o que Naruto tinha em mente, dois clones bastariam.

“Eu sinto um chakra maligno e escuro a 100 metros à frente daqui! Não há dúvidas! É o tal Shozu Ibuke que a Nami me falou. 1 km à Noroeste, eu sinto outro chakra mais frio que o primeiro, porém não parece ser maligno. Também sinto, a 9 km daqui à nordeste, um terceiro chakra. Ele está fluindo aceleradamente, então alguém está lutando e, como não sinto o chakra do oponente desta pessoa, posso ter certeza: alguém está mantendo o Roku ocupado. E, por fim, a 12 km ao Norte, sinto um chakra brando, deve ser o Jounin no Posto de Troca. Droga! O Roku tá lutando perto dali, se ele ganhar a luta antes que eu o alcance, não vou passar no Exame! Preciso me apressar!” — Naruto analisou sensitivamente os oponentes restantes. Voltou-se para seus clones e falou:

— Vocês já sabem o que fazer. — Em concordância com o original, os clones balançaram suas cabeças afirmativamente e se dispersaram em direções diferentes.

— Muito bem! Está na hora assistir a um teatro de marionetes. — Naruto disse a si mesmo e pôs-se a correr rumo ao norte.