O Herói Fantasma

O Filho do Deus dos Mares


Poseidon apareceu assim que Percy mandou uma mensagem de Íris avisando que poderia vir pegá-lo. Ele estava ansioso para levar seu filho a um tour pelos seus domínios. Mandou preparar um quarto especialmente para Percy. Ele estava esperando na sala com Paul enquanto Sally ajudava Percy a arrumar suas coisas.

Os dois apareceram e Poseidon levantou-se do sofá em que estava sentado. Percy se despediu da mãe que lhe deu mil recomendações. Ele a beijou e então deu um abraço em Paul e foi para perto do pai.

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— Divirta-se meu filho – disse Sally sorrindo.

— Pode deixar.

— E Poseidon, cuidado com meu filho – ela recomendou.

— Mãe – disse Percy envergonhado.

— Pode deixar Sally, vou tomar conta dele – disse Poseidon quase gargalhando com a cara do filho.

— Até tu pai.

Tanto Sally quanto Poseidon e Paul gargalharam. E Percy acabou rindo também.

— Paul, cuide da minha mãe – recomendou Percy.

— Como sempre – disse Paul abraçando Sally sorrindo.

Então pai e filho somem deixando um cheiro de brisa marinha no ar.

Ambos apareceram no palácio bem próximo do quarto de Percy.

— Este é seu quarto. Espero que goste – ele abre a porta e Percy entra e fica de boca aberta. O quarto era lindo, bem espaçoso, com uma vista de tirar o fôlego. – Então o que achou? – pergunta Poseidon.

— Pai, é lindo!! – diz Percy admirado. – Você caprichou. Adorei.

Poseidon sorri satisfeito.

— Agradeça a seu irmão Tyson. Foi ele e os ciclopes quem construíram. Tritão deu a ideia da vista e Anfitrite fez a decoração.

— Puxa! Então é verdade que ela e Tritão me aceitaram.

— É claro que sim, filho. Ambos o querem conhecer melhor.

Percy estava cada vez mais surpreso.

— Bom, que tal começarmos nosso tour? – diz Poseidon esfregando as mãos com entusiasmo. – Podemos começar pelo palácio.

— Ok – disse Percy rindo do comportamento do pai.

Então os dois saem e Poseidon fala de cada canto do palácio. Sala de estar, cozinha, seu escritório, biblioteca, os outros quartos e por fim a sala dos tronos. Os quais eram Poseidon no meio, ladeado por Anfitrite do lado esquerdo e Tritão do lado direito. Depois foram para as forjas. Lá ele encontrou seu irmão trabalhando em uma espécie de arma que ele não conseguiu distinguir. Quando o ciclope viu o irmão largou o que tava fazendo e correu para abraçá-lo. Percy se preparou para o impacto.

— IRMÃO!!! – gritou o ciclope assustando os outros. Pegou Percy e o abraçou levantando-o do chão deixando o herói sem fôlego.

— Ty...Tyson... respir...ar...

— Oh, desculpe eu sempre esqueço – disse o ciclope colocando o irmão no chão. – Fiquei feliz em te ver.

— Eu também Grandão – disse Percy respirando novamente.

Poseidon sorria com o entusiasmo do filho ciclope. Era sempre a mesma coisa. Quando Tyson via Percy nada conseguia segurá-lo.

— Ei Grandão, o que era aquela coisa que você estava construindo? – Percy perguntou com interesse.

Tyson logo se animou ao falar sobre sua invenção para o irmão.

— É uma espécie de bazuca. Ela lança projéteis pontiagudos de bronze celestial capaz de perfurar até um submarino. Nunca se sabe quando vamos precisar de uma.

— Genial. Você é demais Grandão – diz Percy sincero. Ele sabia do potencial criativo do irmão.

— Obrigado – diz o ciclope sorrindo e corando.

— Bem, Tyson vou levar seu irmão de volta. Espero você no almoço hoje – diz Poseidon.

— Sim pai pode contar comigo.

— O Tyson nunca muda – disse Percy rindo.

— Verdade – disse Poseidon sorrindo. – Ele gosta muito de você.

— Eu também gosto muito dele pai – disse Percy. Mas quando o conheceu no passado, ele tinha vergonha do irmão. Essa lembrança sempre o deixava envergonhado, pois Tyson se mostrou fiel e lhe salvou a vida várias vezes. Com o tempo, ele passou a aceitá-lo.

O tour durou por toda a manhã. Poseidon estava tão entusiasmado com a presença do filho que nem perguntou se Percy estava cansado. Mas o herói vendo a alegria do pai não quis incomodá-lo com queixas, continuou assim mesmo.

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Quando encerraram o passeio, Poseidon levou Percy de volta ao palácio, de carruagem, pois ambos estavam longe e só então ele percebeu que o filho já mostrava sinais de estar cansado.

Ao chegar, Percy resolveu tirar uma soneca até a hora do almoço.

~~~~~~~~~~

Enquanto Percy se arrumava, alguém bate na porta.

— Pode entrar – diz Percy.

Quando a porta foi aberta um jovem tritão de pele azulada, que era servo do palácio, diz fazendo uma reverência:

— Com sua licença meu senhor, vosso pai o está esperando na sala de jantar. Se já estiver pronto irei acompanhá-lo – disse o jovem respeitosamente.

— Sim eu já estou pronto. Você é....

— Meu nome é Kan, senhor – disse o jovem com os olhos cheios de admiração.

— Olha só, Kan, não precisa me chamar de senhor, está bem? E não faça reverências. Eu sou apenas um semideus.

— Mas é o filho do deus dos mares e isso faz de você uma pessoa importante, mesmo sendo apenas um semideus – insistiu o rapaz.

— Mas...

— Por favor, senhor, acompanhe-me – disse o jovem já andando sem deixar Percy argumentar. Ele não teve alternativa a não ser acompanhar o rapaz.

O que Percy não sabia era que ele se tornara a pessoa mais admirada do oceano. Seus feitos como herói chegaram até mesmo ser conhecidos no fundo do mar. O fato de ter vencido duas guerras, ter lutado com titãs e primordiais e ainda sair do Tártaro vivo já era por si só um grande feito. Por isso ele era idolatrado pelo povo de Atlântida. E o jovem Kan era o seu maior fã.

Quando chegaram à sala de jantar, Poseidon já estava lá esperando com Anfitrite e Tritão. Ele cumprimentou a todos e tomou o seu lugar ao lado de Tritão. Tyson ainda não tinha chegado.

— Cadê o Tyson? – pergunta Percy.

— Ele já est... ah, aí está ele – disse Poseidon ao ver Tyson adentrar a sala todo afobado. Ele dá uma desculpa e senta ao lado de Anfitrite.

O jantar foi bastante descontraído. A conversa girava em torno de alguns episódios bem engraçados das aventuras de Percy no mundo mortal. Quando acabaram de jantar eles foram para a sala de estar.

— Depois da guerra os deuses nos ofereceram a imortalidade. Todos aceitaram menos eu – disse Percy sério.

— Filho...

— Tudo bem pai eu já superei isso.

— Puxa, você não aceitou a imortalidade duas vezes! – disse Tritão incrédulo.

— Eu tinha meus motivos. A primeira foi por causa de Annabeth porque não queria me separar dela. E a segunda foi pela minha mãe. Eu fiquei muito tempo longe dela. Eu quase morri, tive a minha memória apagada, eu não podia aceitar a imortalidade sabendo que nunca mais poderia vê-la. Então eu recusei.

Anfitrite, que ainda não tinha falado disse:

— Perseu, você é admirável. Qualquer um semideus na sua situação teria aceitado a imortalidade na hora. Mas você pensou nas duas pessoas que ama, isso sim é lealdade.

Poseidon ficou surpreso com essas palavras. Anfitrite geralmente tolerava seus filhos semideuses, mas Percy ganhou a sua admiração.

Percy não ficou menos surpreso. Ele sentiu a sinceridade na voz de sua madrasta.

— Obrigado – disse Percy sorrindo. Então Tyson grita:

— ESSE É MEU IRMÃO!!!

E todos caem na gargalhada.