Capitulo 3 – Reviravoltas.

- Andrea!!! – chamou James. – Preciso de ajuda garota!

James estava na sua oficina, embaixo de um carro, tentando concertar ele, tentando, pois sua assistente havia saído a poucos minutos para conversar com alguém.

- Calma, James! – gritou a garota, que agora tinha 17 anos (seu cabelo negro estava comprido, usava shorts jeans curtos e uma camisa de uma banda antiga), do lado de fora da oficina, ela estava conversando com três outros adolescentes.

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James bufou, saiu de debaixo do carro e foi pegar uma ferramenta que estava na parede, de relance olhou para os jovens, eles estavam se vestindo igual a delinquentes, mas pareciam estar incomodados com a roupa.

- Rebeldes. – murmurou James balançando a cabeça.

Depois de alguns minutos a Andrea volta e pede:

- Posso ir com os meus amigos para a praça central?

- Pede para a sua irmã, que da ultima vez que você foi sem ela deixar fiquei sem escutar pelo ouvido esquerdo por uma semana. – respondeu James lembrando da cena da Fernanda puxando a orelha dele.

Um arrepio de medo passou pelo corpo de James, Andrea riu.

- Está certo “homem” da casa. – falou sarcasticamente.

Andrea subiu para o apartamento e depois de alguns minutos desceu.

- Eu estou indo, volto mais tarde. – disse Andrea se despedindo.

- Esteja aqui meia hora antes do toque de recolher! – gritou James.

Ela não respondeu.

- Adolescentes... porque ela teve que crescer? Era tão bonitinha pequena, fazia tudo que eu pedia... Melhor eu voltar ao serviço...

Uma musica conhecida tocou no radio, era um pronunciamento do Imperador, por curiosidade fiquei escutando.

- Meu querido povo, – uma voz mais que parecia ser mais nova que o Imperador falava. – Meu pai, o Imperador, como todo mundo sabe estava muito doente e anteontem ele teve uma parada cardíaca e morreu, queria pedir a todos um minuto de silencio.

Fiquei chocado com o pronunciamento, sabia que o Vilão estava doente, mas eu pensei que ele iria achar alguma cura para a doença dele.

- Por causa do falecimento precoce do meu pai, eu fui declarado o novo Imperador, ao contrario do meu pai, eu deixo vocês me chamarem pelo meu verdadeiro nome: Christian Ronsiel III, eu irei fazer que meu reinado seja focado nas pessoas...

E então começou um discurso de politico chato, prometendo muitas coisas para quem ajudar ele a encontrar os rebeldes, dizendo que vai acabar com todas as ameaças e criar um mundo utópico.

A única coisa que realmente me interessava era se ele sabia sobre mim e o que iria fazer.

Deixando essa questão de lado voltei para o carro, eu ainda não tinha conseguido achar o problema, qualquer coisa eu usaria um dos meus poderes para ajudar nisso.

- A Andrea está demorando muito. – falou Fernanda.

- Calma, falta dez minutos para o horário que eu marquei para ela vir. – falou James para acalmar ela, mesmo falando isso ele também estava muito preocupado, a Andrea não era de fazer isso.

- Você não poderia ir procurar ela? – perguntou ansiosa.

- Tem certeza disso? Ela pode ficar brava. – falou James.

- Ela pode estar em perigo e você diz que ela pode ficar brava? – gritou Fernanda.

- Está certo, vou procurar ela.

James saiu do apartamento, olhou para os dois lados, vendo que não tinha ninguém colocou a mão sobre o cristal que tinha em seu colar e o fez brilhar. Nesse tempo todo em que usava o colar, tinha descoberto que poderia usar cinco poderes por dia sem danificar o cristal.

Com os olhos fechados ele rastreou onde a energia da sua amiga, achando em um bairro da periferia, achando isso muito estranho, ele foi rapidamente para o bairro, a energia estava dentro de um prédio, que “acabado” seria um grande elogio para o estado dele, as janelas estavam quebradas ou barradas por tabuas, não dava para ver qual era a cor original do prédio, ou tinha pichações ou estava desbotado.

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A entrada do prédio tinha dois homens, um de cada lado da porta, cada um deles tinha uma pistola escondida debaixo da blusa e um pequeno radio no bolso traseiro. Eles eram provavelmente os seguranças, mas porque tinha seguranças por ali?

James caminhou normalmente em direção a porta, quando estava prestes a entrar o segurança que estava na direita da porta falou:

- O que você quer?

James analisou a situação e resolveu falar a verdade.

- Estou procurando a Andrea, uma garota desse tamanho – falou indicando a altura com a mão. – cabelos negros e muito esquentada. – falei a ultima parte sorrindo, ela provavelmente me daria um tapa se escutasse isso.

Os seguranças olharam para o James analiticamente, os dois se entreolharam e com uma conversa muda aceitaram a minha história.

- Chamem a Andrea tem um cara querendo falar com ela. – falou o guarda da esquerda para o radio.

Ele ficou um tempo sem falar nada.

- Qual é o seu nome? – perguntou o que tinha falado no radio.

- James, dono da oficina. – respondeu.

- James dono da oficina. – falou, e ficou ouvindo a resposta pelo radio. – Ela já está vindo.

- Obrigado.

James começou a andar de um lado para o outro, um pouco impaciente, a Andrea já tinha sido chamada a mais de cinco minutos e ela ainda não tinha aparecido.

O barulho de porta abrindo tirou James de seus devaneios, quem acabara de sair não era ninguém menos do que Andrea.

- Como você me achou?

Ela parecia um pouco amedrontada e ansiosa pela resposta.

- Tenho os meus segredos – falou James. – Você prometeu estar em casa antes das 9:30, a Fernanda está muito preocupada.

- Já são 9:30?! Nem vi o tempo passar. – ela se virou e olhou para um dos seguranças. – Rogério diz para... diz que eu vou ir para casa. – ela olhou para mim quando foi falar o nome de alguém e por eu estar ali não falou.

- Certo, Andrea. – respondeu o guarda da direita.

- Temos que andar rápido para chegar em casa antes do toque de recolher. Já são 9:45. – falou James olhando no relógio.

- Não se preocupa eu conheço alguns atalhos. – disse Andrea sorrindo.

Caminharam algum tempo, James estava um pouco inquieto, algo estava incomodando ele.

- Posso saber que você fazia dentro daquele prédio? – perguntou James.

- Eu estava com amigos. – respondeu evasiva.

- Amigos rebeldes?

Por causa dessa pergunta ela parou surpresa.

- Como você sabe? – perguntou cuidadosa.

James suspirou, não tinha conseguido conter a sua curiosidade e por isso ele tinha se metido em problemas.

- Eles dão muita bandeira, acho melhor você ficar longe deles, ou pelo menos não andar com eles na rua.

- Eles não dão muita bandeira. – retrucou Andrea.

- Claro que dão, os garotos que foram na nossa oficina não paravam de mexer nos pingentes que eles tinham, era como se eles nunca tinham usado esse estilo na vida, os guardas estavam armados e com rádios, qualquer um podia ver que isso era uma base secreta.

Ela olhou para o James analisando o que ele tinha falado, tinha um pouco de verdade nisso.

- Ninguém além de você notou isso. – retrucou.

- Qualquer um com o mínimo de atenção pode notar isso.

Ela bufou com essa afirmação, mas não conseguiu responder.

- ANDREA!!!

O grito chamou nossa atenção, olhamos para a esquina da rua onde estávamos e vimos um dos guardas correndo em nossa direção.

- O que foi Rogério? – perguntou Andrea surpresa.

- Recebemos a informação que eles vão atacar aqui. – falou apressadamente.

- O que? – perguntaram James e Andrea.

- O governo vai destruir tudo por aqui, temos que ir logo para o bunker. – falou apressadamente.

“Por que diabos iriam mandar destruir aqui? O vilão sabe que eu...”

Nesse momento James se lembrou que o vilão estava morto e ninguém mais sabia de sua existência.

- Vai para o bunker que eu pego a Fernanda. – falou James para Andrea.

- Mas... – começou a Andrea.

- Mas nada, vou pegar a Fernanda e ir também.

- Eu sei dos... – no meio da frase James tocou no pescoço dela e a fez desmaiar.

Antes de a Andrea cair, James pegou no colo e a entregou para o segurança.

- Leva ela para o bunker e não espere por mim. – falou James em tom de comando.

- Mas você não vai sobreviver.

- Não se preocupe comigo, vá.

Ele assentiu e correu de volta para o prédio.

James tocou o cristal que tinha no pescoço, que brilhou.

Correndo mais rápido que qualquer humano conseguiria ele voltou para o prédio. Ele já conseguia ver a Fernanda olhando pela janela, ela parecia muito preocupada por não ver a Andrea com ele.

Os instintos de sobrevivência do James apitaram, mecanicamente ele olhou para cima e viu um míssil gigantesco.

E de repente explosão.

James acordou com uma grande dor de cabeça, ele sentiu que o sofá estava duro, duro demais, quando ele abriu os olhos as lembranças do ocorrido voltaram a mente dele.

Tudo ao redor estava completamente destruído, destroços e cadáveres espalhados pelo chão.

Ele foi correndo para onde ficava a sua oficina.

Tudo estava completamente destruído.

Ele correu para os destroços tirando pedra por pedra, procurando.

Ele não notou quanto tempo ficou procurando, isso não importava.

Ele continuou procurando, não notou que além de usar as mão ele usava seus poderes.

E então achou o que procurava e o que não queria achar.

O corpo de sua amiga.