Alvo Severo PDV


Mergulhei. Não conseguia abrir os olhos. A força da água estava me sufocando. ”E agora? Não posso me afogar aqui. Tenho muitas coisas para fazer e para conquistar!”


Fiquei praticamente apagado, até que uma luz bege veio em minha mente – era uma lembrança. Meu pai estava me contando como o tio Fred criou a primeira loja. Falou sobre o Torneio Tri-Bruxo e também citou o Lago Negro. “Ele usou um feitiço. Mas qual era mesmo o nome?”

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Não estava mais sentindo a presença de Rosa ou de Scorpius. “Eu preciso lembrar!” – segurei minha varinha cujo núcleo pertencia a uma fênix – “Acender! Acendiato! ACENDIO!!!”

Subi uns 3 metros acima do rio. Ainda não conseguia ver, meu cabelo atrapalhava. TCHBUM. Fui parar novamente na água. Repeti freneticamente o mesmo feitiço, torcendo para que os dois também fizessem o mesmo. TCHBUM. Mais uma vez. TCHBUM. De novo. BOMP!


– Alvo! Você está bem? Sabia que uma hora a velhice iria me complicar...



Tirei a franja de meu rosto. Eu tinha caído sobre braços maçudos encobertos por um casaco de pele. Era Hagrid, amigo de meu pai:



– O-obrigado – ele deu seu casaco, que me cobriu por inteiro. A noite deixava o rio realmente congelante – Você viu Rosa e Scorpius? Eles caíram junto a mim!



– Estou avistando eles – apontava para uma pequena casa para guardar barcos. De lá, uma escadaria externa partia para um portão que talvez levasse ao Salão Principal. Rose estava agachada junto ao Scorpius. Do seu lado, uma vassoura Nimbus 3000 e duas malas.



Rosa Weasley PDV (Alguns minutos atrás)



Um sereiano estava me segurando pelo braço. Eu não estou conseguindo me soltar. ”O que ele quer comigo? Pareço uma sereia por acaso? Ou será que pareço comida?”


Me apavorei. “Só pode ser isso, ele quer me comer!” Pisquei rapidamente. Scorpius apareceu e atingiu um feitiço no ser, que recuou. Ele me segurou e começamos a nadar. Mesmo embaixo d’água, ele era quente.

“Foi aí que eu vi”. Mais deles chegavam perto. Subimos para a superfície:


Diffindo! Vai em direção à margem, eu cuido deles! – que arrogância dele, até parece que eu vou só atrapalhar, ele está sendo muito convenc...


Fitava minha visão. Percebi que ser orgulhoso não era sua intenção. Seus olhos acinzentados demonstravam preocupação. “Ela estava com medo por mim?”


AHHHHHHH! Um sereiano surgiu na nossa frente. Scorpion desmaiou com o grito.


Eu não escutei um berro, mas uma canção. Uma canção triste e melancólica:


Estamos presos àquilo que traz fraqueza! Jovem feiticeira, livra-me com toda sua grandeza!”



Um dos sereianos que subiram mostrou sua cauda. Uma vassoura ficara presa nela. Não pensei duas vezes, utilizei o feitiço que Scorpius usara – Diffindo – e funcionou. Porém, o sereiano começou a sangrar. Eu o havia cortado:



– Me desculpe, me desculpe, eu não sabia o que fazer... – tentei.


– Sabes falar nosso dialeto? – a criatura indagou.


Um pânico me deixou pálida. “Aquilo falou comigo? Ai, tenho que sair agora! E depressa!”


Segurei Scorpius pela cintura e tentei alcançar a Nimbus. “Venha cá!”, eu desabafei, sabendo que não iria adiantar. Mas deu certo, ela veio em minha mão!

Subi vôo e cheguei até uma pequena doca. Malfoy estava desmaiado:


– Vamos acorde! Não me faça te dar um tapa como dei no Alvo! – nada. “Ai, ai, ele ta respirando tão fraquinho.”


Sim, eu teria que apelar para a respiração boca-a-boca. Vamos Rosa, é só soprar bem forte na boca dele. E não precisa ficar com vergonha, afinal, é por uma boa causa não é mesmo? Não é safadeza minha! Ele nem é tão boni...

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Parei. O que eu estava prestes a fazer era um tanto aflitivo:


– Tem que ser feito! – fechei os olhos e fui chegando mais perto. Mais. Mais um pouco.


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Não agüentei e olhei. Ele estava com os olhos semicerrados e com uma voz rouca, disse:


– Uma veela? – “Eu veela? Ta delirando já?” – Ahhhh!



TUM! Meteu uma cabeçada em mim. “Ótimo, era o que faltava. Chegar ensopada e com um galo na cabeça para a Seleção das Casas!” Alvo chegou junto a um moço enorme:



– Desculpa, desculpa! – Scorpius lamentou.


– Tudo bem. – disse. “Tudo bem nada, ta doendo sabia?”

– Você me salvou. Trouxe-me de vassoura não foi? – as expressões nos rostos dos três eram de admiração – E ainda levou consigo algumas malas?


Só agora eu notei que tinha umas maletas amarradas na ponta da Nimbus 3000:



– Alguns objetos do professor de Quadribol foram perdidos semana passada. É o que dá confiar em correios-coruja para entregas muito pesadas – e olhou para nós – Vistam alguns casacos da mala, ele não vai se incomodar.



Alvo Severo PVD



A escada realmente levava para o Salão. Todos, sem exceção, nos encaravam. Já comiam a sobremesa e nós ainda nem tínhamos sido selecionados. Consegui definir as mesas em pouco tempo: Sonserina e Corvinal à esquerda, Grifinória e Lufa-Lufa do outro lado. Avistei Lorcan na mesa rubro dourada. Fiquei feliz por isso. Queria ir para a casa de meu pai. Torcia também para Rosa e Scorpius irem para lá. Mas onde estará Lysander?


Não tive tempo para pensar, um homem franzino segurava um pergaminho e chamou Scorpion para se sentar ao banco. Vislumbrava com certo contentamento nossas vestes:


– Este é o professor de Quadribol que lhe falei, Olívio Wood. Ele era da Grifinória, assim como seu...



“SONSERINA” bradou o Chapéu Seletor.



“Essa não, e agora o que eu faço? Como vou aprender os feitiços com ele na Sonserina?”



“GRIFINÓRIA”. Rosa corria alegre para a mesa de Lorcan.



– Alvo Severo Potter. – chamou o professor.


– Boa sorte. – aliviou-me Hagrid.


Mas sua fala foi abafada por um motim na mesa sonserina. Um grupo se levantara e berrava: POTTER! POTTER! POTTER! – meu irmão estava entre eles.


O Chapéu me cobriu os olhos, os ouvidos e a mente:


– Outro Potter – uma voz na cabeça falou – E mais um Potter de difícil escolha. Já cansei de tentar decidir o rumo de vocês. Pode escolher, Sonserina ou Grifinória?”



“E agora? Será que escolho a Sonserina, onde eu possa aprender mais com Scorpion?”


“Será que escolho a casa de meus pais, onde agora Lorcan e Rosa sentavam-se?”