Coronel Roy Mustang e a Primeira Tenente Riza Hawkeye já haviam pegado o trem a cerca de duas horas. O combinado foi que o alquimista de aço partisse o mais rapidamente possível para a cidade central. Enquanto que no caminho deixava sua entiada, ou qualquer coisa que aquela menina fosse dele.

Roy- Duas colheres de açucar, por gentileza. - Pediu para a moça que estava servindo.

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Moça – Claro, como o senhor desejar.

Roy- Obrigado. - Com aquele sorriso calmo, que inevitavelmente o deixava mais bonito do que o normal.

Moça- Deseja mais alguma coisa senhor? Talvez algum tiragosto? - Sendo mais prestativa do que o conveniente.

Riza- Esse senhor já está satisfeito, obrigada. Se precisar, nós chamaremos. -Esclarecedora. Sem deixar a elegância de lado, predominante na tenente.

Moça- Ah sim, claro. Perdoem-me a inconveniência. - Disse a moça, mas não se retirou do recinto.

Riza- Tem mais alguma coisa a fazer? - Perguntou, sem entender porque diabos a garota empacou frente a eles.

Moça- Desculpe-me se for petulância, mas gostaria de dizer que o senhor é realmente muito charmoso. - Falou o olhando diretamente nos olhos, com uma forma de ditar as palavra que saíam com um certo tom de malícia. – Nunca vi nada igual.

Roy- Ah, imagine. Fico lisonjeado com o elogio da dama. Digo o mesmo para a senhorita...- Esperando saber o nome da moça.

Moça- Lia, meu nome é Lia. - Entusiasmada.

Roy- Oh sim, que nome agradável, senhorita Lia. - Novamente dando um sorriso calmo e avasalador. Como podia ser tão incrivelmente sedutor aquilo?

Moça- Sim, posso dizer que sim... - Com sua voz mais melosa. Fraquinha, já estava se derretendo ao charme do coronel.

Riza- Bom, já que os elogios já foram recíprocos, pode ir agora. O Coronel tem trabalho a fazer. - Finalizadora.

Moça- Ah, claro, claro. Tudo bem. Caso precisem de alguma coisa, podem me chamar pelo botão ali à direita. - Apontou em direção à direita de Riza, onde ficava o botão de chamadas.

Riza- Claro, a chamarei.

Moça- Com licença. - E se retirou, dando uma olhadinha final para o rosto mais sedutor que já vira.

Roy fechou os olhos e se acomodou na poltrona.

Roy- Por que você é sempre tão controladora?

Riza- Não sou. Só estou tentando evitar encomodos futuros, Coronel.

Roy- Está brava?

Riza- Não tenho motivos. - Fechando o olhos.

Roy- Eu imagino que não. - Admirando o sol bater na pele branquinha da tenente. De olhos fechados não tinha a expressão tão imponente quanto abertos. Era até bem suave.

Roy- Você tem lindos lábios, Primeira Tenente. - Olhando-a agora, com um sorriso de canto de boca.

Riza- O senhor não precisa destacar meus traços, certamente eu mesma os vejo todos os dias.

Roy- Nossa, tudo bem então. Foi apenas um elogio.

Riza- Não estou precisando deles, agradeço. - Ainda com os olhos fechados.

Roy- Oh, tudo bem. Desculpe subestimar sua auto-estima, Primeira Tenente Riza Hawkeye. Porém, muitas moças dariam tudo para ouvir um elogio desses de minha boca.

Riza- Certamente sim. Guarde-os para elas então. Coronel. - Abrindo os olhos.

Ele só ficou a olhá-la. Não tinha mesmo resposta para aquilo. De forma definitiva, verbalmente ele não era páreo para seu ‘’braço direito’’.

A viagem seguiu por mais 2 horas e meia, até chegarem à Central.

Roy dormia profundamente. Riza não entendia a calma total dele, sendo que as coisas iam cada vez piores. Até em uma simples viagem, tinha que proteger a retaguarda dele. Afinal, poderiam sofrer um atentado a qualquer instante. Realmente não tinha remédio aquele ser. Suspirou, levantando de sua poltrona frente a ele. Pegou a bolsa e se sentou ao lado, para acordá-lo.

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Riza- Coronel, já chegamos. - Mas ele continuava dormindo. Chegava a ser engraçado, pois cochilando parecia uma criança vestindo farda.

Riza- Coronel Roy Mutang, o trem já parou. Não temos o dia todo para o senhor ficar descansando. - Disse com uma voz mais alta. Mesmo assim, ele não pareceu acordar.

Ela então se aproximou um pouco mais. Até estar bem próximo de seu rosto.

Riza- Coronel, se não acordar agora, vou atirar em um lugar que o senhor preza muito. - Engatilhando a arma.

Roy- Não existe uma forma mais gentil de acordar alguém? - Passando as mãos no cabelo. Que caíram por todo o rosto, deixando-o com um ar jovial.

Riza- Dada a insistência indesejada de continuar a dormir enquanto um vagão já está todo vazio. Creio que não exista. - Colocando a arma no lugar.

Roy- Vamos logo então.

Riza- O senhor está todo amassado.

Roy- Ah, mas que droga. Me dê esta camisa que tem na bolsa. Ali no ziper de baixo.

Ela abriu a bolsa e pegou uma camisa polo toda branca de mangas compridas.

Roy- Esta, obrigado. - Foi se despindo na frente dela mesmo.

Riza- Coronel, eu vou esperar lá fora.

Roy- Não, não precisa. Só vou trocar a camisa. Não é nada que você já não tenha visto.

Riza- Foram em circunstâncias diferentes. -Totalmente irritada.

Roy- Mas não muda a visão. Para de ser tão durona, Tenente. - Ele já estava sem camisa, mostrando todos seus músculos definidos e delineados. Aproximou-se dela e pegou a camisa de sua mão. - Então, está viva ainda, não está? - Rindo da situação.

No vagão passa o homem avisando que o trem já ia encher de novo.

Homem- Com licença, mas o trem já está sendo ocupado de novo. O casal poderia apressar a arrumação?

Roy- Claro, claro. Minha esposa gosta que eu sempre esteja apresentável, sabe como é. - Ria alegremente. Riza fecha os olhos com raiva.

Homem- Ah senhor. Então agradeça, não existem mulheres assim tão dedicadas hoje em dia. Tirou a sorte grande. Mas andem logo! – Saindo do vagão.

Roy- Tudo bem, já estamos de saída. - Dando uma risada, colocou a camisa.

Riza- Ótimo, você está cada vez pior em suas mentiras. - Guardando a roupa trocada na bolsa.

Roy- Não pareceu. O homem acreditou piamente. - Abotoando a camisa, ainda com os cabelos bagunçados.

Riza- Não precisaria mentir, se você não dormisse tanto. Vista-se de uma vez e vamos logo Coronel, antes que eu cumpra a ameaça que lhe fiz.

Roy- Vamos então. - Deixando dois botões da camisa abertos, com as mangas dobradas até o antebraço.

Eles desceram do trem andando em direção à saída.

Roy- Pelo visto, vai ficar de mau humor o resto do dia.

Riza-Não estou de mau humor.

Quando já estavam chegando à saída, a moça chamada Lia apareceu na frente dos dois. Assustando-os.

Roy- Ah. Olá senhorita... - Não lembrava o nome da menina.

Moça- É Lia, Lia. - Sorrindo.

Roy- Claro, isso mesmo. E então, o que nos traz de bom? - Dando novamente um sorriso.

Moça- Ah, sim. Eu queria lhe dar o meu cartão. Se precisar de serviços, posso lhe atender. Não trabalho só nos vagões do trem, com casas também. Se quiser, é só me ligar. - Pegando o braço de Roy, dando-lhe o cartão na mão.

Roy- Quanta gentileza Lia. Pode deixar que retornarei. - Pegando o cartão e guardando no bolso da camisa.

Moça- Eu espero por isso. Até breve. - Partindo entre as pessoas.

Roy ficou rindo, fazendo movimentos negativos com a cabeça.

Roy- Essas moças.

Riza- Você dá corda. Não reclame depois.

Roy- Não estou reclamando. Mas ela não parou de me cortejar.

Riza- Não se faça de vítima. Aposto que irá ligar pra ela. Abusar da garota e depois descartá-la como faz com todas.

Roy- Não fale assim. Eu não abuso de ninguém. Depois, são elas que me utilizam e me deixam só. – Levantando a mão com descaso.

Riza- Não acredito em suas palavras.

Roy- Acredita em que, então? - Parando a caminhada.

Riza- O senhor não espera que eu responda. - Continuo andando.

Riza- Essa conversa não tem sentido, Coronel. Entenda por encerrada aqui. E ande logo, tem muito trabalho lhe esperando.

O lindo moreno dá um longo suspiro, com uma cara desgostosa ao ouvir seus compromissos próximos. Riza era definitivamente um escudo muito eficiente. Seu tato não era páreo para o latim afiado de seu braço direito. Havia que desistir dessas conversas irônicas, nunca conseguia uma vantagem. Fato concretizado.