Capítulo 25

POV SAMANTHA.

- Eu não posso acreditar. Tenho muito mais dignidade que ela, por que eu não posso ser uma Deusa?

Nico olhou para mim cautelosamente.

- Você não é filha de dois Deuses envocadinha – ele respondeu acariciando meu rosto.

Ele quase não cabia na cama, não que ele fosse gordo, mas minha cama é de solteiro e ele resolveu me visitar no chalé de Poseidon e ficar por ali mesmo.

- Mas não é justo. Uma deusa no meu pé agora? Até a quarta geração dela vai me infernizar – falei colocando as mãos no rosto. Ele deu um sorriso.

- Isso se ela optar por não ser uma Deusa donzela.

Olhei para ele com indignação.

- Você acha mesmo que ela, Natália, iria fazer isso? Nem se dessem para ela a opção de ser um Titã.

Ele deu uma risadinha.

- Podemos mudar de assunto? – ele perguntou se esticando na cama e me dando um selinho.

- Só mais uma pergunta – falei.

Ele suspirou.

- Qual? – perguntou.

- Ela é Deusa do quê? Da prostituição? Bruxaria? – comecei.

Eu estava me empolgando.

- Foi decretado que ela é a Deusa da ganância – ele respondeu rapidamente e parei olhando para ele com as sobrancelhas arqueadas.

- Uau, ela se supera em tudo – respondi fingindo estar chocada.

- Sim – ele sorriu – Agora chega de falar dela, vem cá – ele me puxou pela cintura e me beijou, tão intensamente como se fosse a primeira vez e última e quisesse aproveitar cada momento. Passei minha mão em seu rosto acariciando-o entrelacei meus dedos em seus cabelos bagunçados e negros. Ele apertou com firmeza minha cintura me puxando para mais perto, parei o beijo por uns segundos para tomar folego e mordi seu lábio devagar, ele sorriu entre o beijo e voltou a me beijar com mais fogo, senti sua mão percorrer meu corpo e levantar devagar minha blusa, apoiei minha mão em seu abdômen colocando-a por dentro de sua camisa logo depois, acariciando sua barriga definida. Pensei que ia morrer sem folego em seus lábios quando ele parou o beijo e olhou para mim com uma expressão séria.

- Tem certeza disso? – Ele perguntou.

Eu assenti.

Ele voltou a me beijar.

- NICO, LARGA ELA!

Percy.

Revirei os olhos.

Nico se levantou rapidamente.

- Percy, você é pior que a minha mãe – falei encarando-o, mas ele não me olhava. Ele encarava Nico, e encarava feio.

- A gente não tava fazendo nada demais Cabeça de Alga – Nico falou encarando-o com um sorriso no rosto.

Percy se aproximou de nós. Na direção de Nico, pra ser mais exato.

- Só a Annie me chama assim. E você não vai fazer com a Samantha o que fez com as outras garotas – ele respondeu com completa arrogância.

Olhei para Nico sem entender.

- Como assim o que fez com as outras garotas? – perguntei para ele e ele não me olhou.

- Eu não fiz nada á elas Perseu Jackson, sabe que gosto da Samantha – ele se levantou e se aproximou de Percy, os dois se encaravam fixamente.

- Ei, você não me respondeu – falei me interpondo no meio dos dois – O que você fez com as outras garotas? – Ele me encarou, mas não disse nada.

- Ele tirou a virgindade de quase todas as garotas do acampamento – Percy respondeu.

- Ah isso? – perguntei virando para meu meio irmão.

- E depois jogou todas fora. – Completou.

- Ah , eu... Eu não me importo. Nós não estávamos fazendo nada demais – falei mas, eu não estava totalmente confiante.

Percy me puxou pelo braço com um pouco de agressividade.

- Sammy, não deixa ele fazer com você o que você não queira. Está me entendendo? – ele me olhava sério nos olhos.

Eu assenti.

- Ei, não fale com ela como se eu não estivesse aqui. E Sammy eu nunca faria nada com você e Percy exagerou, não foi nada dessa forma – ele se defendeu e encarou meu irmão.

Eu assenti. Pensamentos confusos.

- Ah não foi dessa forma? – Percy perguntou saindo de perto de mim e se aproximando de Nico – Me explique então de que forma foi.

Observei Nico fechar os punhos.

- Pode ter certeza que vou fazer isso ,mas de outra forma – Nico respondeu rispidamente.

- To louco pra saber que forma é essa – Percy respondeu. Os dois se encararam firmemente.

- Não, meninos... – falei. Eles não se moveram.

- PERCY!

Graças aos Deuses Annabeth estava encostada na porta do chalé com os braços cruzados olhando tudo com Thalia ao lado. Ela o encarava severamente. Percy e Nico se afastaram olhando-a.

- Thalia? – perguntei indo até ela e a abraçando. Não de surpresa de alivio.

- Posso saber o que estava acontecendo aqui? – Annabeth perguntou encarando os dois meninos.

- Nada – os dois responderam no mesmo instante. Annabeth entrou no chalé e os chamou para um canto.

- Sammy? – Thalia me chamou e olhei para ela – Precisa ir até a Casa Grande.

- Por quê? – perguntei olhando para os três á dentro. Ela me cutucou.

- Tem alguém querendo falar com você – respondeu.

- Alguém quem? – Perguntei, mas nem ao menos eu olhava para ela.

- Venha comigo, anda logo garota – ela me puxou e deixei que me levasse.

- Tudo bem – suspirei.

Perguntei á ela o que ela fazia no acampamento nessa época e agradeci por ter nos ajudado na missão, ela sorriu e começamos a conversar sobre como era a vida de uma caçadora. As aventuras, As responsabilidades pelas irmãs de caça. A saudade que tinha da mãe e até de Zeus que não via á bastante tempo. Quando percebemos já estávamos de frente á Casa Grande. Ela sorriu e subimos os degraus.

- Bom, boa sorte – ela disse e abriu a porta para mim sem entrar.

- Boa sorte? – perguntei para ela mais a porta já estava aberta então entrei. Uma garota linda de cabelos castanhos aparentando ter cerca de 12 anos de idade me olhava com um sorriso radiante no rosto, mas sua expressão era autoritária e seu jeito era superior.

- Artémis? – Chutei.

- Sim querida – Ela sorriu mais ainda – Como vai?

Olhei para ela sem jeito.

- Vou bem e a senhora? – Fiquei sem graça de chamar uma criança de senhora, mas na verdade era uma deusa.

- Ficarei bem, assim, que aceitar minha oferta – ela respondeu.

Meu coração deu pulinhos.

- Oferta?

- De ser uma caçadora.