Apollo

Base Secreta da HYDRA - Mediterrâneo

Do centro de comando, Leon e Jessica observavam enquanto a criatura chamada de Apollo emergia dos destroços e da poeira da parede que havia derrubado, pisando causalmente no corpo de um hunter. O monstro tinha a aparência humanoide, medindo cerca de 2,5m de altura, extremamente musculoso, com uma pele acinzentada e veias vermelhas. O rosto de Apollo era quase humano, exceto pelos olhos, que não possuíam pupilas. A criatura não tinha pelos e seu semblante era neutro, praticamente sem vida.

“Isso é o Tyrant? Já eliminamos todas as B.O.W’s. Essa coisa não tem chance contra nós!” Disse Rhodes, enquanto acionava toda a força dos propulsores de suas botas, se lançando na direção do monstro.

“Rhodes não!” Gritou Leon, mas era tarde. O Máquina de Combate acertou o rosto da criatura com força suficiente para derrubar um muro, mas a única reação de Apollo foi virar o rosto enquanto seu corpo era levemente empurrado para trás. Antes que Rhodes pudesse aplicar um segundo soco, a criatura o segurou pela cabeça, apertando furiosamente o capacete da armadura.

“Merda, merda! Tirem ele de cima de mim ou ele vai esmagar minha cabeça!!” Rhodes conseguia ouvir o barulho do metal cedendo a enorme pressão da mão de Apollo.

Na mesma hora, Sam, Sherry e Sharon abriram fogo contra a criatura, que pareceu se incomodar pouco com as balas, continuando a apertar o capacete de Rhodes.

“Essa coisa é à prova de balas?” Sam perguntava enquanto descarregava as duas submetralhadoras.

“Não exatamente...” Sherry disse, recarregando sua pistola e então continuando a disparar e falar: “A pele dele é tão densa, que absorve e para as balas antes que elas possam atingir orgãos vitais.”

“É como se ele fosse feito de kevlar...meu Deus...” Resmungou Sharon enquanto Rhodes tentava reagir, com a metralhadora do ombro disparando no Tyrant.

Leon e Jessica desciam correndo a escada de volta para o laboratório e a britânica perguntou, nervosa:

“Você já enfrentou uma coisa dessas antes? Parece um Hulk cinza!”

“Algumas vezes...” Foi a resposta de Leon.

“Algumas? Eu já te respeitava antes, mas agora acho que vou te seguir pra sempre...como matamos isso, alias?” Perguntou Drew limpando o suor da testa enquanto praticamente pulava os degraus.

“Da última vez eu usei um tanque de guerra. Hoje...eu não sei, vamos ter que improvisar.” Leon respondeu, saltando pelo corrimão e chegando ao salão principal, descarregando suas duas pistolas no monstro.

Rhodes sentia que o capacete amassado logo iria ceder. Os computadores internos não mostravam nada além de borrões. Para a sorte do Máquina de Combate, a criatura cambaleou ao ser atingida por uma rajada de eletricidade esverdeada e se virou na direção de Jessica, que atirava com os dois canhões. Pela primeira vez, o rosto de Apollo se modificou, e a criatura rangeu os dentes, com raiva e atirou Rhodes na direção de Drew, como se fosse um boneco de plástico.

A britânica arregalou os olhos e se abaixou praticamente em cima da hora, enquanto o Máquina de Combate atravessava dois maquinários de laboratório e colidia contra a parede do fundo, rachando e afundando a mesma enquanto ele caia no chão, sem se mexer.

“Rhodey!” Sam se virou no ar, indo na direção do amigo enquanto a criatura mudava seu foco para Jessica, flexionando as pernas no chão e saltando com os dois braços erguidos no ar, atravessando o laboratório com apenas um salto e aterrissando com violência o bastante para tremer o chão e desequilibrar Drew, que rolou pra trás enquanto voltava a disparar seus canhões.

Apollo avançava de maneira colossal, sem se importar com os tiros disparados por todos os Vingadores. Ele tentou socar Jessica, mas ela se esquivou, saltando por cima de seu braço e atingindo seu rosto com uma rajada enquanto Leon atirava na criatura com a espingarda à queima roupa, fazendo seu rosto se contorcer de desconforto pela primeira vez. Jessica saltou novamente, tentando escapar de um segundo assalto, mas o monstro previu o movimento, usando sua outra mão para empurrar Jessica para o chão, acertando o tronco de Drew com força.

No momento em que tocou o chão, a britânica perdeu o ar, sentindo dores enormes em toda a região do abdome, enquanto tossia forte, tentando se arrastar da criatura que investia contra ela novamente. Quando o monstro abaixou o corpo para acertar Jessica no chão, Leon praticamente encostou o cano da espingarda na bochecha de Apollo e disparou, fazendo com que o Tyrant recuasse enquanto a potência da espingarda arrancava uma lasca de pele do monstro.

“O blindado!” Gritou Sharon, correndo de volta na direção do veículo.

“Mas a arma tá travada!” Exclamou Sherry, colocando um novo clip de munição em sua pistola. Ela só tinha mais um pente reserva e em sua experiência pessoal, as coisas estavam péssimas.

“Eu não quero a arma...” Respondeu Carter enquanto sentava no banco do motorista e ligava o blindado novamente.

Apollo tinha suas atenções em Leon, que recuava, tentando fazer com que ele se afastasse de Jessica, que ainda brigava para recuperar o fôlego. O agente prendeu a espingarda nas costas e voltou a disparar com as pistolas gêmeas enquanto a criatura investia contra ele novamente. Leon fazia o melhor para se desviar, mas os braços do monstro eram grandes o suficiente para cobrir um longo espaço. Enquanto o agente voltava de mais uma esquiva, percebeu que não seria veloz o bastante para escapar do próximo soco, e instintivamente cobriu o rosto com os braços cruzados, sentindo o impacto da mão poderosa de Apollo, que o jogou pra longe, o fazendo escorregar pelo chão do laboratório.

Ainda no chão, Leon ouviu um barulho alto e observou enquanto a criatura se virava segundos antes de ser atingido pelo veículo pilotado por Sharon. Apollo sentiu a pancada, mas segurou o blindado com as duas mãos, tentando impedir que o veículo passasse por cima dele.

“Rhodey! Acorda, Rhodey!” Rhodes acordou com os gritos de Sam, abaixado ao seu lado. Seu visor mostrava apenas escuridão e o som da voz do Falcão vinha abafado e distante. Ao tocar seu capacete, o vingador percebeu que ele estava muito amassado e todos os circuitos visuais haviam sido totalmente danificados. Mais alguns segundos, e seria sua cabeça a ficar daquele jeito. Rhodes então arrancou o capacete, o jogando pra longe enquanto se levantava.

“O desgraçado bate forte! Não dá pra disputar com ele em força bruta...tem que ter alguma coisa que a gente possa fazer.” Disse o Máquina de Combate. De longe, ele e Sam percebiam que Apollo não era mais empurrado pelo blindado, conseguindo fazer com que o veículo parasse de acelerar.

“Você ainda tem mísseis?” Perguntou Sam e Rhodes assentiu, levantando voo enquanto o Falcão gritava pelo rádio:

“Sharon, sai do carro!”

Carter estava concentrada, com o pé fincado no acelerador e os dentes cerrados enquanto via a criatura começar a tirar o veículo do chão. Ela se assustou com a voz de Sam em seu comunicador, mas logo entendeu a mensagem, abrindo a porta do veículo, saltando e rolando pelo chão. Enquanto isso, do ar, o Máquina de Combate já havia mirado e travado a última leva de mini-misseis no tanque de combustível do veículo.

“Boom, seu filho da mãe!” Murmurou Rhodes enquanto os mísseis acertavam em cheio o veículo, causando uma grande explosão e alastrando fogo e fumaça em volta de onde o Tyrant estava.

“Conseguimos!” Disse Sharon, rindo de maneira nervosa enquanto se levantava e corria na direção de Leon, que havia conseguido erguer Jessica, agora apoiada no ombro do agente:

“Vocês estão bem?”

“Nada quebrado, querida...eu acho...” Jessica respondeu, fazendo uma careta e sorrindo para Leon, mas encontrou um rosto sério, focando no fogo e na fumaça.

“Não vai me dizer que essa coisa tá viva...” Sharon tentava observar por entre as chamas que queimavam forte, mas era impossível se aproximar muito.

O time estava prestes a reagrupar, quando um estrondo veio de dentro das chamas e a carcaça carbonizada do veículo foi atirada na direção de Sam, que executou um giro no ar, escapando do impacto. Sherry, por outro lado, não teve tanta sorte. A agente se jogou para o lado, na tentativa de sair do caminho, mas uma das lascas de metal do veículo atingiu sua perna, afiada o bastante para conseguir ficar atravessada na coxa de Sherry, que caiu no chão, gritando de dor.

“Desgraçado...!” Sam voou na direção do monstro, atirando enquanto Leon, Rhodes e Jessica se juntavam a ele. O monstro estava com a pele carbonizada em alguns pontos e parecia mais desconfortável que antes com os tiros e principalmente as rajadas bioelétricas de Jessica, mas ainda lutava ferozmente, tentando atingir o Falcão, que voava com agilidade, o distraindo enquanto os outros continuavam o assalto.

Sharon se abaixou perto de Sherry, que estava sentada no chão tentando tirar a lasca de metal da perna, agora coberta de sangue.

“Me ajuda...a...puxa..puxar!” Sherry disse entre os dentes, enquanto Sharon balançava freneticamente a cabeça:

“Você tá louca? Vai sangrar até morrer!”

“Não...eu...só confia em mim, por favor!!!” Diante dos pedidos de Sherry, Carter segurou forte a lasca de metal e as duas puxaram juntas. Sangue jorrou do ferimento, um corte aberto e profundo. Sharon começou a pegar seu kit médico, para estancar o sangramento, mas Sherry disse:

“Não...não precisa...só..só me dá uns minutos.”

Enquanto isso, Apollo resolveu mudar seu alvo, se virando para Rhodes e saltando na direção dele. O Máquina de Combate tentou voar para longe, mas a criatura o segurou pela perna e o bateu violentamente no chão, como se fosse um brinquedo. O monstro se inclinou para tentar socar Rhodes no chão, mas o vingador disparou a metralhadora em seu ombro no rosto de Apollo, que fez uma careta e se protegeu com uma das mãos, enquanto a outra segurava a metralhadora giratória e a arrancava do ombro do Máquina de Combate, jogando pra longe. Leon e Jessica se aproximaram e novamente Leon encostou a espingarda na cabeça da criatura e atirou, dessa vez ajudado por Drew, que aplicou um soco carregado de eletricidade do outro lado do rosto de Apollo.

Depois da explosão e tantos tiros, o Tyrant finalmente urrou de dor, abrindo os braços violentamente e acertando Leon e Jessica, que caíram rolando longe dele. Rhodes então levantou as duas mãos na direção do rosto de Apollo, disparando os raios repulsores e fazendo a criatura cambalear para trás. O Máquina de Combate aproveitou a oportunidade para acionar os propulsores das pernas e ganhar distância da criatura, que começava a se recuperar.

“Que inferno! Essa coisa não morre?” Sam exclamou, colocando os últimos pentes em suas submetralhadoras. Ao seu lado, Sharon observava aturdida enquanto a perna de Sherry se curava pouco a pouco. Minutos atrás ela tinha praticamente um buraco na coxa, e agora o ferimento estava praticamente fechado.

“Regeneração celular acelerada. As vantagens de ter sido infectada com um vírus da Umbrella quando se era criança.” Sherry dizia enquanto levantava.

“Última recarga da espingarda.” Resmungava Leon enquanto seus olhos corriam o galpão em busca de alguma coisa que pudessem usar. Não podiam ficar atirando até que a criatura morresse. Estariam sem balas muito antes disso. Apollo já havia voltado a investir contra Sam e Rhodes, que voavam e desviavam, tentando manter o monstro ocupado.

“Vocês tem que pensar em algo...uma hora ele vai me acertar, e eu não tenho uma armadura!” Gritou Sam, enquanto evitava o punho da criatura por centímetros.

“Malditas esponjas de bala...” Depois de dizer isso, Leon sentiu a mão de Jessica apertar seu braço enquanto ela dizia:

“E se a pele resistente dele...não fizesse diferença?” Ela deu um sorriso cansado, mas ainda charmoso e Leon acompanhou seu olhar em direção à dois pesados e grandes cilindros de nitrogênio líquido no canto do laboratório: “Só não sei como vamos acertar isso nele.”

“Mas eu sei...você é genial Jessica! Já disse isso hoje né?” Leon disse, sorrindo enquanto a britânica respondia:

“Já sim, mas eu gosto de ouvir, chefe.”

“Sharon...você ainda tem granadas?” Leon perguntou enquanto um plano começava a ser traçado em sua mente.

“Eu tenho duas.” Ela respondeu, tateando as granadas presas em seu cinto.

“Vai ter que servir.” Leon dizia enquanto seu cérebro raciocinava rápido. Iriam precisar trabalhar juntos, com eficiência e coordenação. Leon Kennedy nunca foi um agente acostumado a trabalhar em equipe. No máximo em duplas, mas normalmente ele operava sozinho. Isso mudara, desde que se juntou a S.H.I.E.L.D, e surpreendentemente, Leon começara a apreciar a experiência de ser apenas uma engrenagem de um grande maquinário. Ele nunca se considerou um líder também, mas se Coulson e Fury achavam que ele tinha capacidade para liderar aquela equipe, era hora de mostrar que eles estavam certos.

“Time...eu tenho um plano. Hora de derrubarmos Apollo de uma vez por todas!”

Leon se aproximou de Sherry enquanto falava pelo rádio: “Sam, preciso que distraia ele de verdade. Sherry, aguarda meu sinal.” E Birkin acompanhou o olhar de Leon, rapidamente entendendo a intenção dele.

“Espero conseguir fazer isso e voltar inteiro.” Resmungou Sam enquanto voava rasante na direção de Apollo, acertando o rosto do monstro com os dois pés e se impulsionando pra trás. O Falcão voava em círculos, atirando com as submetralhadoras até o momento em que a criatura o segurou, apertando seu tronco com uma mão, amassando parte das asas da EXO-7 enquanto levantava a outra mão, pronto para o golpe final.

“Aposto que...não viu eles chegando.” Sam disse com um sorriso fraco enquanto Leon e Sherry corriam e se aproximavam do monstro. Leon encostou a espingarda e Sherry a pistola nos joelhos da criatura e a descarregaram o mais rápido que podiam. Quando as armas fizeram cliques indicando que estavam vazias, o monstro caiu, apoiado em um dos joelhos (o atingido pela espingarda), soltando Sam que ainda se virou com uma das asas de metal no rosto da criatura, se afastando.

Apollo urrara de dor novamente e era possível ver o sangue escorrendo do joelho praticamente destruído da criatura. Mas Tyrants conseguiam se regenerar. Era hora de aproveitar enquanto ele estava vulnerável pela primeira vez.

“Jessica...faz ele beijar a lona.” Leon dizia enquanto se afastava, jogando uma de suas pistolas para Sherry.

“Doce vingança grandão...” A Mulher-Aranha correu na direção do monstro enquanto ajustava suas manoplas para reter toda a bioeletricidade possível, se aproximando da criatura e acertando um potente soco em seu rosto, fazendo sair da luva um estalo esverdeado de eletricidade. Logo vieram o segundo, terceiro, quarto, quinto...em uma sucessão incrível de golpes com a destreza de uma pugilista. A cada soco, Jessica batia mais rápido e mais forte e a eletricidade emanada dos golpes era cada vez maior. Quando a britânica sentiu que suas manoplas começavam a soltar fumaça, chegando perto do curto circuito, com um toque de botão ela redirecionou toda a energia do equipamento para o braço direito e aplicou um gancho em Apollo, espalhando eletricidade por todo o corpo do monstro enquanto suas manoplas jogavam faíscas para todos os lados.

A criatura vacilou, se balançando e finalmente perdeu o apoio da outra perna, caindo totalmente de joelhos enquanto a cabeça pendia para o lado, completamente atordoado enquanto Jessica se afastava ao sinal de Leon.

“Rhodes, os cilindros!” Leon gritou enquanto o Máquina de Combate segurava os dois pesados cilindros de nitrogênio liquido e os atirava na direção da criatura, usando a rajada dos repulsores para estourar ambos e cobrir o torso de Apollo com a substância gelada. Agora precisavam aproveitar enquanto o “congelamento” ainda fazia efeito.

“Sharon, granadas!”

Carter tirou as duas granadas do cinto, arrancando o pino e as atirando na direção da criatura semi congelada. Leon e Sherry, de lados opostos do monstro, ergueram suas pistolas e voltaram a atirar nas pernas do monstro evitando que se movesse até que as duas granadas caíram perto de Apollo e segundos depois explodiram, atirando fragmentos do tronco congelado da criatura para todos os lados.

Quando a fumaça se dissipou, os Vingadores Secretos se reuniram em volta dos restos das pernas do monstro. Estavam cansados, suados, sujos de poeira, machucados, roxos e sangrando. Mas haviam vencido a arma biológica. Apollo finalmente caíra, mas não havia tempo para descansar ainda.

“Sharon, vai na sala de controle e veja se dá pra recuperar alguma coisa das HD’s deles. Talvez na pressa de evacuar, não tenham fritado todas.” Depois de terminar, Leon colocou o dedo ao ouvido e depois de alguns segundos continuou: “Fury. Terminamos aqui. Essa base está oficialmente desativada. E a arma biológica da HYDRA descansa em pedaços.”

“Bom trabalho Kennedy. Estou embarcando com uma equipe pra limpar e ocupar esse lugar. Esperem na ilha. Nos falamos logo.” Disse Fury, satisfeito.

“Espera, Fury! Tem notícias do Phil ou da Skye?” Leon perguntou

“Assim que chegarmos, você será atualizado. É uma história meio longa. A priori, estão todos relativamente bem.” Fury então desligou. Depois que Sharon voltara com tudo que havia conseguido extrair dos computadores da HYDRA, o time resolveu esperar do lado de fora da base, que parecia ter sido palco de uma guerra, estando totalmente destruída, com soldados desmaiados e abatidos, corpos de B.O.W’s, buracos de bala e crateras de explosões por toda a base.

De volta ao Quinjet, os Vingadores trataram de seus ferimentos e puderam finalmente descansar. Rhodes havia retirado a armadura do Máquina de Combate e observava todo o dano que Apollo fizera ao traje: capacete amassado e inutilizável, metralhadora giratória arrancada e uma infinidade de arranhões massivos.

“Finalmente venci o Tony! Consegui deixar uma armadura num estado pior que as dele!” Disse Rhodes rindo enquanto dava um tapinha de leve no peito do traje: “Mais uma vitória pro Máquina de Combate!”

Sam também analisava os danos a uma das asas da EXO-7 Falcon, enquanto coçava a cabeça: “Fury tem gente que pode consertar isso...não é?”

“Se não tiver, eu conheço um cara que pode. Te apresento ele depois que a guerra civil na S.H.I.E.L.D acabar.” Leon respondeu, enquanto Sherry deitava a cabeça em seu ombro: “Tudo bem, garota?” Perguntou o agente.

“Leon, cê sabe que não sou mais a garotinha que você salvou em Raccoon né? Eu to bem, só um pouco cansada.” Sherry disse, enquanto Jessica sentava ao lado do agente, cruzando as pernas sobre o banco do Quinjet.

“Eu sei, mas eu me preocupo assim mesmo. Já devia ter se acostumado.” Leon respondeu, enquanto Sherry apenas sorriu. Do banco do piloto, Sharon retirava suas botas de combate e as meias, descansando os pés na cadeira do copiloto. Ela casualmente perguntou, virando para os companheiros:

“Fomos bem hoje, não é? Quer dizer...nós derrotamos um pequeno exército da HYDRA, B.O.W’s e aquela coisa...eu...nunca tinha feito nada disso antes. Isso foi coisa de super-herói.”

“Nós somos os Vingadores Secretos. Somos super-heróis. Vocês só precisam de codinomes!” Disse Jessica, rindo e batendo as mãos espalmadas com Sam e Rhodes enquanto cada um dizia seu codinome.

“Sem chance. Agente Kennedy já me basta.” Leon disse, dando de ombros enquanto Sharon e Sherry concordavam com a cabeça.

“Vocês são muito caretas, chapas. Nosso sucesso merecia uma comemoração...de preferência com comida, eu to morrendo de fome.” Jessica falava, enquanto recostava no banco do Quinjet.

“Tony e os outros Vingadores comemoraram comendo shawarma quando salvaram Nova Iorque.” Rhodes comentou, se sentando com o capacete do traje no colo.

“Que diabo é isso?” Leon perguntou com a sobrancelha franzida, enquanto Rhodes simplesmente ria e respondia: “Eu não faço ideia.”

“Eu comeria uma pizza...ou duas...” Sharon acrescentou, e todos rapidamente concordaram com a cabeça.

“Quando sairmos daqui, pizzas na conta do Fury. Acho que nós merecemos, por hoje.” Leon disse enquanto todo o time bateu palmas e comemoraram de maneira descontraída. O dia havia sido longo, estavam cansados, machucados e doloridos, mas sabiam da importância do que haviam feito ali. Ter acuado Strucker, destruído todo o projeto bio-terrorista da HYDRA e desativado uma de suas bases secretas mais importantes. O agente ainda tinha preocupações na cabeça, como Phil, Skye e o confronto das duas S.H.I.E.L.D’s, mas não havia nada que pudesse fazer naquele dia. Hoje, naquele momento, Leon e os outros não eram agentes da S.H.I.E.L.D, da CIA, da Segurança Nacional ou integrantes da Força Aérea. Hoje eles eram Vingadores, e vitoriosos.