Uma vez li que que para mulher não há acontecimento mais poderoso que a maternidade. Ela muda a mulher, faz com que ela sinta um amor e uma responsabilidade jamais experimentada antes.

Em apenas sete meses eu descobri que guardava um pequeno ser dentro de mim, e por mais que tivesse sentido medo no início eu o amei desde o primeiro instante que eu soube que ele estava aqui dentro.

Não foram meses fáceis, tive que enfrentar as angustias de ser mãe sozinha, os desejos que eu mesma tive que saciar, todos os sonhos que Jacob e eu planejávamos para quando tivéssemos nossos filhos eu tive que cumprir sozinha, tudo era apenas o início de uma longa jornada, a primeira parte eu havia conseguido cumprir, mas agora viria a mais difícil de todas, cuidar do meu filho.

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Quase 3 meses no Texas e nas últimas semanas ficou um pouco difícil sair do quarto, com dificuldades eu ia até a sala assistir séries com o papai e Nahuel, mas minha barriga pesava tanto que até descer as escadas me deixava cansada.

Minha indisposição me preocupava, minhas mães Bella e Rosalie quando estavam no final da gestação eram tão mais ativas, e eu tão mais jovem parecia uma idosa, minha obstetra havia explicado que eu estava frágil devido as circunstâncias a quais descobri minha gravidez, talvez ela tivesse razão, esse era o momento o qual Jake me fazia mais falta.

Era madrugada quando acordei sentindo as primeiras contrações, a primeira reação que tive foi de chamar meus pais, a vantagem de ter os pais do lado nesse momento é que como eles já passaram por toda essa situação jamais entraram em desespero.

— Filha, presta atenção você tem que ficar calma! Papai falava dando um beijo em minha testa.

— Eu estou calma! Respondi sorrindo.

— Tudo bem deixa eu ver as coisas do bebe já estão na bolsa amor? Ele perguntava desesperado para mamãe me fazendo rir.

— Amor, estão, Emmett você está bem? Rosalie perguntava rindo.

— Pai fica calmo!

—Eu estou calmo! Ele respondeu.

—Não está não! Mamãe falava rindo.

Começava a sentir contrações ritmadas que duravam cada vez mais tempo, mamãe marcava no relógio, eram entre 30 e 90 segundos; sentia dor nas costas, na região lombar, e para a frente do abdômen era horrível.

— Já avisei a sua obstetra, ela está nos esperando, amor você ajuda a Nessie eu levo as bolsas! Mamãe falava tranquila enquanto papai me ajudava a levantar.

Partimos para o hospital e na medida que nos aproximávamos as contrações aumentavam, mas eu tinha que ser forte, pelo meu bebê.

Papai dirigia feito um louco entrando na Cambridge se eu não tivesse sentindo tanta dor estaria rindo de todo seu nervosismo, ele resmungou dizendo para mamãe que não era pai de primeira viagem, mas estava sendo avô de primeira viagem, devido as broncas que ele dava nele.

— Chegamos! Ele falou abrindo a porta do carro, como estávamos sendo aguardados um casal de enfermeiros nos recebiam me fazendo sentar em uma cadeira de rodas, a dor começava a ficar insuportável, e eu estava com medo.

Meus pais se dirigiram a recepção para preencher alguns papéis e eu era levada pelo casal até uma sala, o enfermeiro saia para pegar minhas coisas e a enfermeira me ajudava a me despir, minhas contrações vinham em um tempo menor agora.

Deitei na maca respirei fundo, eu estava nervosa, sentia as lagrimas rolando em meu rosto e tentava limpar, fiquei imaginando como seria se Jake estivesse ali ao meu lado, meus devaneios eram interrompidos com uma dor mais forte e a voz da minha obstetra.

— Olá querida, como se sente? Ela perguntou enquanto me examinava.

— Com medo! Respondi.

— Vai dar tudo certo, daqui a pouco estará com o seu bebe nos braços! Ela sorriu tentando me acalmar.

A dor era muito forte, olhei para o relógio e eu estava naquela sala a uma hora, completamente sozinha, a enfermeira entrava a cada 20 minutos para me examinar, mas na última vez que entrava estava acompanhada da médica.

— Nessie preste atenção, vamos fazer uma cesariana está bem!?

— O que? Porque? O que está acontecendo? Meu bebê? Ele está bem não está?

— Nessie acalme-se, isso é normal você apenas não tem dilatação o suficiente para um parto normal! A obstetra tentava me acalmar.

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Alguns enfermeiros entravam na sala e sentia o mover da minha maca, ao sair meus pais me aguardavam no corredor enquanto eu chorava sem parar.

— Vai ficar tudo bem filha! Mamãe beijava minha testa.

— Eu amo vocês! Sussurrei.

— Também te amamos! Papai beijou minha mão.

Alguns minutos depois entravamos em outra sala, lentamente eu era colocada em outra maca, e soltei um grito de dor ao sentir a anestesia em meu quadril.

— Calma, já vai passar! A médica falava passando as mãos em meu rosto carinhosamente.

Tudo era muito assustador, o tecido branco que não me deixava ver o que estavam fazendo, a movimentação dos enfermeiros, o barulho de um equipamento, o cheiro de éter que me deixava zonza, sentia que tudo girava ao meu redor, então eu escutava aquele choro e apenas sorri.

Era meu bebê.

— É um menino! A médica falava enquanto a enfermeira o colocava sobre meu peito, voltava a desabar em lagrimas enquanto ele chorava alto e dava um beijo em sua testa.

— Meu amor... sussurrei

— Quer tirar uma foto Nessie? Perguntava uma enfermeira.

Sorri em meio as lagrimas concordando com a cabeça e então ela fotografava, em seguida outra enfermeira pegava meu bebê.

Logo fui encaminhada para a sala de recuperação pós anestésicos onde eu era monitorada e medicada, após duas horas, finalmente era levada ao quarto com meu bebê.

Ele era tão pequeno, tão indefeso.

Passava as mãos lentamente em sua pele enquanto o amamentava, sua pele era morena como a de Jacob e a cor dos cabelos também, era uma cópia minúscula do pai.

— Você é tão lindo! Sussurrei beijando o alto da sua cabeça.

Meus pais entravam no quarto, papai levava balões azuis e mamãe uma cesta com ursinhos.

— Xi! Falei baixinho- Ele está dormindo- completei.

— Ele é a cara do Jacob! Papai falava se sentando ao meu lado.

— Nessie como ele é lindo! Mamãe falou o pegando no colo.

— Edward e Bella ligaram, já avisei do nascimento do nosso neto, pedi para avisar aos Black!

— Obrigada pai.

Por um momento fiquei observando meus pais paparicando o bebê, começava a sentir dor devido ao efeito da anestesia está diminuindo.

— Já pensou em um nome para ele? Mamãe perguntava e papai me olhava.

— Já sim! Ele se chama Jacob! Meu bebe Jake!