O Destino

Carta para Percy


PDV Percy

Três anos haviam passado desde a morte de Annabeth. Depois de perdê-la, nunca mais fui o mesmo. Eu a vejo em todos os lugares, sinto-a comigo como se ainda estivesse aqui. Acho que estou ficando meio louco. Lembrei das cartas que ela me entregara. Fui até meu guarda-roupa e o abri, procurando o maço de cartas que ela me entregara no dia em que morreu. Comecei a olhar os destinatários de cada carta. Na última, estava escrito

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“Para meu querido e sempre amado, Percy”.

Abri a carta sem pensar duas vezes. Depois de três anos, ainda tinha o cheiro de morango com champanhe, o hidratante favorito de Annabeth, que ela sempre usava. Comecei a ler a carta:

Oi, Cabeça de Alga.

Tudo bem com você? Espero que esteja bem. Quando ler esta carta, eu já não estarei mais com você, mas isso não é motivo para que você não a leia. Na verdade, eu quero que você leia. Se não, não haveria motivos para escrevê-la, não é mesmo?

Quero apenas agradecer, Percy. Você me ensinou a amar, e eu lhe ensinei a ser o homem que é hoje. Se bem te conheço, sei que você não vai querer mais outras mulheres, nem mesmo a companhia delas e eu lhe peço, meu amor, que você não faça isso. Eu quero que você volte a ser feliz. Quero que você fique velhinho ao lado de sua esposa e quero que você a ame do mesmo modo como eu lhe amei. Quero que você dê a ela todo o amor que me dava e quero também que você a peça em casamento.

Quero agora que você saiba que você foi a melhor coisa que me aconteceu. Você sempre foi tudo o que eu sonhei e agradeço todos os dias por ter você em minha vida. Agora quero que você prometa, meu amor, que vai seguir adiante. Não adianta remoer o passado Percy, as coisas não voltam no tempo. Enfim, chegamos ao fim meu amor. Ao fim, não, a apenas mais uma despedida. Um amor tão forte como o nosso simplesmente não pode morrer.

Com amor eterno e muito afeto,

Sua Sabidinha

Logo depois da carta, havia uma foto de nós dois. Olhei aquela imagem e lembrei perfeitamente do momento em que a foto foi tirada:

"-Você tem medo do que vai acontecer depois desses seis meses? -Perguntei. Annabeth ainda parecia estar bem, mas eu sabia que o câncer a corroía por dentro.

—Um pouco. Mas eu sei que vou ficar bem, enquanto tiver você comigo.

Eu deitei a cabeça em seu colo. A brisa do lago, o cheiro de Annabeth e o calor do sol eram como calmantes para mim e acabei dormindo."

A lembrança dela era como o sol, dando-me forças para não cair no buraco negro de sua perda. Como sempre, Annabeth estava certa. Eu ficaria bem.