Pov. Hinata.

Estava andando pelas ruas de Konoha, e ainda por cima de mãos dadas com Naruto-kun. As pessoas nos olham e cochicham. Mas Naruto parece não se importar, ele na verdade parece satisfeito com alguma coisa. Eu também não me importo, na verdade estou gostando muito de estar assim com ele, então sorrio também satisfeita.

Mas o que eu gostaria de saber, é o que está acontecendo. Vejo nossos amigos caçoando do Naruto, dizendo que ele está apaixonado por mim, e ele não nega nada. Isso está me deixando confusa. Sei que ele sente alguma coisa, isso está claro em suas atitudes, mas será que ele me ama como eu o amo? Ou será que ele só está agradecido por eu ter tentado o ajudar na luta contra o Pain?

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Deixo essas duvidas de lado por hora, e caminho ao seu lado, como sempre quis caminhar. Nosso almoço é tranquilo e divertido, nossa conversa é calma e flui muito bem.

— Então Hina-chan, como estão as coisas no seu clã? - Naruto me pergunta enquanto pede mais um prato de Lámen.

— Estão bem Naruto-kun, fiquei feliz que meu pai e minha irmã não estavam na vila. Sei que pode ser egoísta da minha parte, mas foi o que senti - digo sentindo um pouco de vergonha.

— Isso para mim, não é egoísmo, é querer bem os seus. Se eu pudesse escolher algo, seria ter meus pais e o Ero-Sennin de volta. Isso também poderia ser dito como egoísmo, com tanta coisa para consertar no mundo, e eu pensando só em mim. - ouço Naruto dizer, e sinto todo o pesar dele na sua voz.

— Bom, vendo por esse lado. Sabe Naruto-kun, eu sinto muito pelo seu mestre e sinto muito por tudo que você teve que passar até aqui. - digo e não sei de onde tirei tanta coragem, mas afago seu rosto enquanto falo.

Naruto sorri para mim, segura minha mão e beija, e eu me engasguei com o ar. Me senti tão bem com esse carinho dele. Eu sorrio, é como a realização de um sonho. Nós ficamos assim por um tempo, apenas nos olhando. Posso sentir todo carinho que aqueles olhos transmitem. Estamos tão perdidos nesse nosso momento, que nem percebemos um grupo se aproximando de nós.

— Naruto-kun! Que coisa boa te encontrar! - diz uma menina de cabelos castanhos toda sorridente para o Naruto.

As outras meninas atrás dela, ficam de risinhos. Essa situação me incomoda um pouco, não sei ao certo, mas acho que estou com ciúmes. Num ato um tanto infantil, tento retirar minha mão da dele, mas Naruto a segura mais forte, e fecha sua mão ao redor da minha. Olho para ele, que está sorrindo para mim, e não consigo evitar de sorrir de volta.

— Tudo bem com vocês, pessoal? - Naruto pergunta.

— Sim Naruto-kun, nós íamos almoçar agora, não quer se juntar a nós? - pergunta a menina de cabelos castanhos.

— Obrigado, mas eu e a Hina-chan já almoçamos, e agora vamos voltar ao trabalho, não é Hina? - Naruto fala enquanto me olha.

— Sim. - digo simplesmente.

Nos levantamos e vamos em direção ao nosso posto de trabalho. Naruto em nenhum momento solta minha mão. Eu ainda estou um pouco incomodada com essa situação que passamos, aquelas meninas agiram como se eu não estivesse ali junto de Naruto.

— Parece que você tem muitas admiradoras agora Naruto-kun. - eu digo com um pouco de amargor na voz.

Ele para de caminhar e me encara, não tenho certeza, mas posso ter deixado o Naruto um pouco bravo. Ele me olha tão intensamente, que parece estar vendo a minha alma, seus olhos brilham e de repente ele abre um grande sorriso, daqueles que se dá quando se ganha uma grande aposta. Naruto põe a sua mão livre no meu rosto, acaricia minha bochecha com o polegar, e eu nem consigo piscar o olho.

— Bom, isso para mim não é um problema, eu já tenho a quem admirar e amar. - ele responde e fico um pouco triste, sempre soube que ele gostava da Sakura, por isso não me permiti ter esperanças quando ouvi os comentários dos nossos amigos.

— Sabe de quem eu falo Hinata? - ele me pergunta e eu baixo o olhar - sabe, ela é uma garota tão incrível, inteligente e gentil, que eu não sei como eu ainda não me declarei para ela, mas vou fazer isso logo, antes que alguém chegue na minha frente, afinal ela é tão linda - ele vai falando e eu me seguro para não chorar, não queria ouvir ele falando da Sakura, mas ele não deixa eu soltar a minha mão.

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— Só queria saber o que ela viu em um idiota como eu, mas ela parece não querer me olhar agora, para que eu posso perguntar - dito isto ele levanta meu queixo para que eu o olhe - depois de todo esse tempo, você ainda estava ali do meu lado Hinata, sempre gentil e paciente, mesmo quando eu não merecia - ele para de falar e me encara e eu não posso acreditar no que estou ouvindo, meu coração vai sair pela boca - eu achei que tinha te perdido para sempre naquele dia, achei que nunca mais veria seu rosto ruborizar, ou sua voz chamando meu nome. Eu entrei em desespero, senti uma dor tão grande, uma agonia insuportável, foi então que eu entendi que era você Hinata, sempre foi você, a razão de tudo de bom que eu tenho na minha vida - ele pega a minha mão e leva até seu coração, e eu não contenho as lágrimas - você sente meu coração? Ele bate assim por você Hinata, só por você, e eu posso afirmar com toda certeza do mundo que eu te amo! - quando ele termina de falar estou paralisada de alegria.

Eu me sinto tão boba por fazer esta confusão, sem nem deixar ele falar. Eu me sinto tão feliz que meus sentimentos finalmente o alcançaram, eu nem sei o que dizer, ou como agir; eu simplesmente sorrio, sorrio como uma criança. Percebo Naruto se aproximando, sei o que ele vai fazer, eu quero isso; mas ainda assim fico um pouco tensa, mas está tudo bem, foi para ele que guardei meu primeiro beijo. Apenas me deixo ser conduzida, ficamos cada vez mais próximos, vou fechando os olhos devagar, esperando ansiosa o toque dos seus lábios.

— Achei vocês! O capitão Yamato está chamando os dois, ele precisa de ajuda. - Lee vem em nossa direção e nos afastamos discretamente.

Naruto continua segurando minha mão, mas percebo em seu rosto uma certa frustração. Fico imaginando que devo estar igual um tomate agora. Nós vamos andando atrás de Lee. Vejo Naruto resmungando algo como:"que bela hora, sobrancelhudo". Não posso deixar de rir, e no fim ele ri junto comigo, para, me olha e diz:

— Outra hora Hina-chan, outra hora!