O Amor Em Preto E Branco

Começando do começo


Certo, vamos começar essa história do começo. Muito prazer, Ellie Ross, 24 anos, casada (um pouco precoce, eu sei) com o homem perfeito, para mim. Agora, sem mais devaneios, vamos à história.

Sempre fui muito feliz, levava a melhor vida que alguém pudesse querer. Na verdade minha vida era perfeita, tinha milhares de amigos, era bonita e inteligente (não que eu tenha deixado de ser, modéstia a parte), comprava tudo que quisesse, (quase) todos me amavam... enfim, tinha tudo, ou pelo menos pensava que tinha.

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Tive uma infância normal, brincava de boneca, pulava corda, subia em árvore, corria, pulava amarelinha, era feliz. Vez ou outra tinha que me consultar com um tal de oftalmologista (médico de olho, para facilitar), não entendia bem o motivo, mas, na época, não importava.

Quando entrei na adolescência, quando ainda existia um restinho de infância em mim, tudo continuava bem. Depois, com uns 14 anos começou a tal história dos grupinhos na escola. As pessoas simplesmente eram rotuladas e divididas em grupos, sem a menor consideração com o que elas pensavam, por exemplo, quem era popular não podia nem olhar para a cara de um nerd (isso era muito idiota,eu sei). No início, isso me incomodava, mas com o tempo fui deixando de me preocupar, talvez pelo fato de fazer parte dos populares e quem era popular tinha que ser incondicionalmente respeitado.

Minha adolescência foi um poço, quase sem fundo, de ignorância, posso concluir isso. Passei essa fase ridícula da minha vida zoando com quem não era popular, fazendo várias pessoas sofrerem, fazendo com que elas se sentissem inferiores. Mas, eu não conseguia enxergar isso, porque eu estava cega, cega pelo poder que eu achava que tinha sobre as pessoas, até que um dia eu senti na pele (figurativa e literalmente).

Minha vida, por detalhe simples e idiota (pelo menos para mim), se transformou em um inferno, meu mundo inteiro desmoronou e eu perdi o rumo. Mas, pensando bem, talvez eu merecesse isso, afinal...