Eu não sei quanto tempo se passou depois de Isabella jogou a bomba, podiam ter sido anos e eu sequer notaria. Eu estava em choque. Eu ouvia a voz de Isabella, mas ela parecia tão distante como se eu estivesse ouvindo através de um grande túnel, eu me sentia tonto e desnorteado. Grávida? Como isso foi acontecer? Eu já tive milhares de mulheres em minha cama e sempre fui extremamente cuidadoso, sempre usava camisinha por não confiar na palavra delas quando diziam que estavam tomando pílula e também usava meus próprios preservativos com medo de elas furarem os que me davam de propósito. Então por que, apesar de ser praticamente paranóico com o assunto, eu deixei esse deslize acontecer? Eu me sentia como se tivesse acabado de levar um soco no estomago, aquela sensação desagradável de dor e estrangulamento, eu não conseguia respirar.

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Primeiro veio o choque, depois uma raiva instintiva que eu não sabia realmente o por que, talvez eu tivesse tanto medo antes de algumas das mulheres que eu dormia conseguisse me enganar e engravidar que era automática eu ficar furioso. Mas então eu me dei conta que não era uma mulher qualquer que estava grávida de um filho meu. Era Isabella, a minha Isabella, a mulher que era toda a minha essência, tão linda e perfeita e determinada. Ela que enfrentou a vida de frente apesar de tudo, que foi forte mesmo sendo apenas uma garota frágil, por que apesar do que Isabella demonstrava... Ela era apenas uma menina assustada lutando para sobreviver em um mundo cruel.

Então depois veio uma surpreendente ternura, e essa ternura era tão delicada e pura que eu me surpreendi que eu fosse capaz de gerar um sentimento tão lindo e puro. Um bebê! Uma linda menininha – por que eu tinha certeza que seria uma menina – linda como Isabella.

Toda essa reflexão/descoberta durou apenas um minuto.

- Ed? – A voz de Isabella parecia vir de muito longe. – Edward, por favor, diga alguma coisa! Seu silêncio esta me matando!

- E-esta tudo bem. – Foi a única coisa que pude pensar para falar.

- Esta tudo bem? Tudo bem?! Isso é tudo o que você tem a dizer?! Como você pôde Edward Anthony Masen Cullen? Que tipo de monstro invencível você é? OMG!!! Vou ser mãe solteira!! – Ela desatou a chorar enquanto eu a encarava em choque.

- O que? Isabella, do que diabos você esta falando? E-eu não disse nada!

- Exatamente! Você nãos disse nada! Seu insensível! – Ela levantou de um salto e correu para o quarto me deixando totalmente tonto de confuso.

Depois de algum tempo segui para o quarto e pude ouvir Isabella soluçando através da porta. Meu peito se apertou de culpa, eu era um imbecil mesmo! Que tipo de homem eu era? Isabella estava grávida, e o que tinha de ruim nisso? Por que eu estava com tanto medo afinal? Tudo bem! Era uma situação surpreendente, assustadora e... e... Bom... Assustadora! Quer dizer... Eu nunca fui pai! Eu seria um BOM pai? Oh meu Deus! O que eu estava pensando?

Respirei fundo tentando organizar o louca bagunça que estava a minha cabeça. Nesse momento eu não era o mais importante e sim Isabella.

- Isabella... – Bati na porta. – Abra a porta, por favor.

Alguns minutos de silêncio então minha Isabella finalmente abriu a porta, seu rosto estava corado e molhado, seu cabelo estava desarrumado e suas roupas amassada, mas apesar disso... Naquele momento eu pensei que não havia uma mulher mais linda que a minha Isabella.

Ela sentou na beira da cama e encarou seus pequenos pés como se não pudesse me encarar... E aquilo me matou, foi a gota d’água para me fazer o que vinha planejando a semanas... Dane-se o romantismo!

Lentamente segui para a cama e me sentei ao lado da minha mulher, fiquei em silêncio sem saber por onde começar.

- Sabe o qual foi a primeira coisa que eu pensei quando olhei seu rosto pela primeira vez? – Comecei sem jeito. Ela não respondeu,mas mesmo assim resolvi continuar. – Eu pensei: “Ela é linda”. Você estava ali em meus braços desmaiada depois de eu ter te atropelado e eu só consegui pensar em o quanto você era linda, e gotosa!

Ela deu uma risadinha fraca e fungou, e eu podia jurar que ela estava revirando os olhos.

Eu suspirei lembrando de todo o que passamos nos últimos tempos, apesar de nossa relação ser recente ela era totalmente completa e intensa. E pensando nisso foi que eu enfiei a mão do bolso e tirei a pequena caixa de veludo vermelho que guardava uma pequena fortuna em forma de anel.

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Me ajoelhei e isso consegui com que finalmente Isabella me olhasse, seus olhos confusos me acompanharam e se arregalaram quando ela viu a pequena caixa na minha mão.

- Sabe, Bella? – Ela arfou quando eu a chamei pelo seu tão adorado apelido, eu nunca a havia chamado por ele. – Eu tomei a decisão mais importante da minha vida à algumas semanas, eu sabia o que eu queria fazer, mas não tinha a menor idéia de como fazer. Eu queria que fosse tudo perfeito, que fosse o momento mais inesquecível da sua vida... Mas essa vontade vai ter que esperar. Isabella, eu queria ter tido a oportunidade de cobri-la de pétalas de rosas, champanhe, velas perfumadas e tudo que uma mulher sonha quando pensa em seu pedido de casamento... Mas não deu. Então... Isabella... Você aceitar se casar com esse idiota aqui que nesse momento estar a seu pés?

Suas mãos cobriam sua boca delicada e seus olhos estava transbordando de lagrimas. E o que eu vi naqueles olhos cor de chocolate nesse instante me abalou mais do que qualquer coisa em toda a minha vida. Havia amor, felicidade, emoção... E surpreendentemente havia a mais profunda gratidão. Como se Isabella estivesse a muito perdido o seu lugar, e estivesse grata por finalmente encontrá-lo novamente.

E eu fico imensamente honrado em dizer que o seu lugar é ao meu lado.

- Sim. – Ela finalmente respondeu. – Sim, eu aceito. Sim, sim, sim...!

Ela se jogou em meus braços derrubando nos dois no chão, e encheu meu rosto de beijos. Eu ri totalmente feliz e retribui seus beijos de borboletas, então tudo ficou mais quente... De repente eu precisava de Isabella desesperadamente.

Pensando em seu estado a peguei no colo e a levei para cama... E mostrei a ela o quão importante ela era para mim...