— Disse que tinha algo a me dizer?!

— É, eu disse.

Preferi que ele dissesse olhando pra mim, então me soltei dele devagar, me encostei no sofá e o olhei.

Esquecemos completamente do filme.

Ele pegou minha mão.

— Faz tempo que eu queria te dizer isso...

Ai meu Deus!!! Estão tão ansiosos quanto eu?

— Fui tão estúpido por não ter coragem de tentar algo com você. Eu queria, sempre quis. Um covarde por te rejeitar, por te evitar, por ter medo.

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Eu só ouvia, quietinha. E apertava ainda mais a mão dele.

Acho que eu o entendia. Eu também tinha medo de não dar certo e acabar me afastando mais ainda.

— A primeira vez que nossos olhos se encontraram, os mesmos sentimentos eu mantenho. Apenas sentimentos muito maiores. Eu quero amar você por muito mais tempo. Então se você se sentir sozinha, não sinta. Você é a única que eu sempre quis.

Ai meu Deeeus! É só o que consigo dizer. Minto! Eu não estou conseguindo dizer nada.

— Quando se ama alguém, fará sacrifícios. Daria tudo o que conseguiu e não pensaria duas vezes. Arriscaria tudo, não importam as consequências. Não há lugar algum na terra que eu preferia estar. Não há nada que eu não faria. Quanto mais eu conheço você, mais eu me importo. Querida, você é tudo que eu quero. Eu provarei para você que nós nos pertencemos. Eu serei o muro que te protege do vento e da chuva; do machucado e da dor. Eu acredito em nós dois, nada poderia significar mais. Você é a pessoa em quem mais confio. Eu juro que sempre estarei do seu lado. Eu prometo a você, toda minha vida viverei por você.

Mããããããnheeeee! Vou ter um troço! Que coisa mais linda! Só pra constar... Estamos chorando. Minhas lágrimas não me obedeciam.

Faz tanto tempo que espero por isso!

— Uma vez na vida você encontra alguém que vira a sua vida de ponta cabeça, que te anima quando você está mal. Agora nada poderia mudar o que você significa pra mim. Há muita coisa a dizer, mas apenas me abrace agora.

Precisávamos.

O abracei forte, como se fosse a última vez que nos veríamos.

Só pra constar também, não estávamos chorando desesperadamente, nem estávamos soluçando. As lágrimas desobedientes apenas caíam.

— Me perdoe, Sara.

— Nosso tempo chegou. Agora não somos dois, somos um.

Sidle filosofando. Só que não.

Desfiz o abraço e resolvi ir lavar o rosto. SÓ UMA RETARDADA PRA FAZER ISSO NÉ.

— Eu já volto, tá?

— Ok.

Corri pro banheiro e lavei o rosto.

Nem sei como descrever o que estou sentindo agora.

Realizada, eu acho que se encaixa.

Voltei para o sofá.

— Quer chocolate?

— Quero.- respondi.

— Vou buscar.

Ele foi para a cozinha e voltou para o sofá com uma caixa de chocolate lacrada. Sentou-se, abriu a caixa e deu uma olhadinha.

— Olha só o que eu achei... Um chocolate branco. O único da caixa. – disse em tom divertido. — Acho que vou ficar com esse. – ele riu.

Que bom que ele quebrou o clima tenso, mas ele sabe que eu amo chocolate branco, ele não vai fazer isso comigo.

— Griss!

— O que foi? - sorria divertido.

— Eu quero esse!

— Você quer? – ele foi levantando devagar.

— Quero! – eu estava fazendo manha? Pelo amor!

— Então vem pegar! – ele saiu correndo pela casa. Q

Gente! Eu estava com muita vontade de comer chocolate branco, vocês não fazem ideia. Ele está muito engraçadinho pro meu gosto!

— Griss!

Saí correndo atrás dele. Ele só dava risada. Ai, esse som é música para os meus ouvidos!

Voltamos pra sala correndo, eu já estava o alcançando, ele se virou andando pra trás devagar e eu pisei no pé dele sem querer.

Ai gente! Eu não consegui frear, poxa.

— Au! - ele fez careta e sem querer caiu para trás fazendo com que eu caísse também.

Eu caí por cima dele ‘o’

— Opa!

— Ai!

Falamos ao mesmo tempo.

— Me desculpa. - ri.

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— Tudo bem. – riu também.

Deveríamos ter levantado, certo? Mas ficamos olhando um pra cara do outro, paralisados. Nossos rostos estavam centímetros longe um do outro.

Vi ele sorrir discretamente.

— O que foi?

— Nada, é que... Nunca vi seu rosto tão de perto. - e não, não foi impressão minha, os olhos dele brilharam.

— E isso... é uma coisa ruim? – eu estava viajando naqueles olhos. São tão perfeitos!

— Jamais. – ele sorriu.

Minha expressão suavizou.

— Você é tão linda. – ele quase sussurrou.

Ele quer que eu fique igual a uma pimenta, só pode.

Virei um pouco o rosto e ele sorriu.

— Ainda fica envergonhada quando te digo isso?

— É. Fico.

Sai de cima dele e “caí” pro lado de bruços, escondi meu rosto e dei uma risadinha.

Ele sorriu, divertido.

— Ei menininha! - passou a mão em meus cabelos. Ai jesus!

Levantei só um pouquinho a cabeça.

— Não ia te deixar sem seu chocolate. – ele sorriu e estendeu o bombom pra mim. Eu peguei.

— Brigada.

Ele riu.

— De nada.

Escondi meu rosto de novo pra ele não ver e sorri travessa.

— Tenho uma surpresa pra você.

— Surpresa pra mim? – levantei a cabeça e em seguida me sentei.

— Aham. Espere aqui.

Ele se levantou e sumiu corredor adentro.

Meu Deus! Acho que me apaixonei mais ainda, se é que dá. Sou completamente apaixonada por ele, já disse isso?

Ele volta segundos depois, mas antes pede para eu fechar os olhos. Assim eu fiz.

Senti ele sentar-se ao meu lado.

— Posso abrir?

— Pode.

Abri os olhos e vi que ele estava escondendo algo.

— O que é? - tentei olhar, mas ele não deixou.

— Calma, eu vou mostrar.

Quando ele mostrou quase chorei.

Era um Olaf de pelúcia. UM OLAAAF! AHHH! Eu sempre quis um, mas toda vez que ia comprar não estava mais no estoque, essas crianças, viu. Digo nada. Mas geeente! Não era um normal, tinha quase um metro.

— Ai meu Deus!

— Soube que estava doida querendo um desse.

Balancei a cabeça positivamente.

— É seu. – me entregou.

— Onde achou? – peguei devagar e passei os dedos sobre os pelinhos macios.

Era um boneco de neve, mas como é pelúcia com certeza tinha pelinhos né gente, não venham me chamar de doida.

— Dei umas boas pesquisadas na internet. Aqui em Vegas não tem desse tamanho.

Eu olhava totalmente encantada para a pelúcia.

— Comprou pra mim?

Dããr.

Mas é sério. Meus olhos brilhavam para aquele boneco de neve.

— Uhum. Você gostou?

— Adorei. – sorri ainda olhando para o Olaf. Ele também deve ter sorrido, eu não vi. — Como posso te agradecer? – olhei pra ele depois que fiz a pergunta.

— Quer mesmo me agradecer?

Ui! A voz dele ficou meio rouca me perguntando isso. Acho que ele quer mesmo que eu agradeça.

Balancei a cabeça positivamente.

Ele pegou o Olaf das minhas mãos, colocou de lado e me fez deitar segurando meus pulsos. Como naquela vez no laboratório quando estávamos vendo o lençol. Mas dessa vez foi real, estávamos deitados.

— Pare de evitar todos os beijos que quero te dar.

Meu sorriso foi de orelha à orelha. Não era impressão minha, ele queria mesmo me dar um beijo.

Ele acariciou meu rosto e eu fechei os olhos.

Ele pôs a mão na minha nuca e me puxou devagar para um beijo.

QUE BEIJO É ESSE, SENHOR?

Aquela boca macia... Aiiiii! Está junto à minha. Que sonho! Estou nas nuvens!

Eu morri? Alguém pode me dizer se eu morri? É como se todos os meus problemas, todas as tristezas, tudo, completamente TUDO de ruim sumisse.

Passei os braços por seu pescoço e o puxei pra mais perto, aprofundando o beijo.

Posso ficar assim pra sempre?

Que beijo maravilhoso! Apesar de já termos nos beijado uma vez, há muito tempo em São Francisco, eu sempre me surpreendo com ele.

Como eu o amo! É um amor que não cabe em mim.

Nesse momento nossas línguas já estavam se “enroscando”.

Nos separamos por falta de ar.

Sorrimos um para o outro encostando nossas testas. Acho isso tão fofo!

Ele sentou e me fez sentar no colo dele. Voltamos a nos beijar.

Mas a coisa não esquentou. Acalmem-se.

Nos separamos novamente e acariciei aquele rosto barbudo que eu amo tanto.

— Eu te amo! – quem disse foi ele.

Finalmente!

Acho que disse isso alto, por que ele riu.

— Desculpe a demora.

— Está bem. – dei um selinho nele e o abracei. — Também te amo.

Ele beijou meu ombro.

Desfiz o abraço, me joguei no sofá, peguei meu Olaf e o abracei sorrindo de felicidade.

Meu olhar se direcionou à janela.

— Parou de chover.- corri para a janela segurando meu Olaf. — A vista é linda, Griss.

Ele foi até mim e me abraçou por trás apoiando o queijo em meu ombro.

— É. Eu gosto daqui. É um bairro tranquilo... Fora as festas aqui do lado.

Eu gargalhei e ele também. Até porque não tem quem não dê risada escutando a minha risada.

— Adoro quando ri.

— Você é o único.

Rimos.

— Sabe... Estou morrendo de vontade de fazer algo que você também está.

— Ah é? – sorri daquele jeito que as maliciosas sabem qual é, hehe.

— É. – beijou meu pescoço.

Meu ponto fraco!

Vish, ele descobriu. Me arrepiei todinha, não tinha como não notar.

— E o que é? – perguntei quase desmaiando com aquele toque dele.

O frio estava de congelar lava e eu já estava parecendo um vulcão em erupção.

— Eu, você, uma cama... – beijou meu pescoço de novo. AI GRISS!

Me virei ficando de frente pra ele e abracei sua cintura com o Olaf entre a gente.

— ... E sem o Olaf.

Demos risada, ele pegou minha mão e corremos para o quarto dele parecendo duas crianças, no caminho joguei o Olaf no sofá.

Já sabem o que ocorreu depois, não é?

Não darei detalhes, pois isso é um assunto pessoal u.u

E vocês achando que eu ia dizer como foi nossa noite de amor. Hahaha! Nem morta.

Só direi uma coisa... Esse foi o melhor dia da minha vida, e com certeza muitos dias como esse virão.

Ele me ama do jeito que sou. Com a parte de ser normal do cérebro faltando, mas me ama! ;)

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.