POV Edward
Eu sempre fui apaixonado por Tanya. Ela era linda... tinha um corpo totalmente esbelto, pele clara, cabelos loiros avermelhados, a cor dos seus olhos é um castanho meio dourado, costuma usar sempre roupas provocativas e atraentes.Quando me mudei para este colégio não pensei que me fosse apaixonar tão perdidamente por Tanya.

Começamos a namorar por volta de Março, fazemos hoje 9 meses que estamos juntos. Tento trata-la da melhor forma possível, quase como uma princesa...

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- Oi meu amor. - Disse eu quando saí para o intervalo das aulas e me encontrei com Tanya.

- Oi querido. - respondeu ela seca como sempre.Coloquei meu braço no ombro dela e saimos andando em direção aos nossos amigos.

Estavamos lá todos a conversar. Reparei que ao longe havia uma garota que nos olhava todos os dias. Ela tinha um longo e liso cabelo castanho. Não tinha um corpo sensual como Tanya, mas tinha um corpo bonito...Reparei também que ela por vezes olha e começa a rir-se. Não percebi porquê, mas enfim. Quando dei por mim, Tanya estava sentada no colo de James, senti ficar vermelho de raiva.

-Tanya, mas o que é isso? - disse eu levantando-me e tirando-a do colo dele.

- Relaxe amorzinho. - respondeu-me ela, levando-me a ficar mais irritada ainda.

- Relaxar porra nenhuma. Você é minha namorada! Me respeite! - Disse eu quase gritando.

- Quer respeito agora, corninho? - Disse o James soltando uma gargalhada.

- O quê que você me chamou? - mas o quê que ele me chamou? Corninho? Mas eu quebro esse cara!

- C-O-R-N-I-N-H-O! Quer que eu desenhe? - respondeu ele. - Vai me dizer que não sabia que essa vadia aqui te traía?

- Cala boca idiota! - Disse imediatamente Tanya para James.

- A verdade dói né? - disse James rindo alto.

- O que ele está dizendo é verdade Tanya? - perguntei pegando no braço dela e apertando-o.

- Não amor, não é assim. Eu posso explicar... Espera... - Tentou justificar-se.

- Vem comigo! Agora!

Peguei na mão dela e a puxei até um local mais isolado.

- Me explique! AGORA. Quero saber toda a verdade. - Exigi de Tanya.

- É que amor...

- Amor porra nenhuma, explique-se!

- Eu te traí sim... mas... Eu não podia acreditar, a garota que eu mais amava, aquela que eu tratava que nem uma rainha, me traiu?

Como pode? Não deixei que ela terminasse e disse:

-Some da minha vida garota, finge que nunca me conheceu!

- Não faz assim amor. Eu te amo. - Ela me agarrou e tentou me beijar.

- Ama o caralho. Some vadia. - Disse eu enquanto me libertava dos braços dela.

Aquela traição caira como uma bomba sobre mim. Tinha o meu coração em mil pedaços. Era a primeira vez que estava sendo traído e tenho a dizer que estava doendo. Saí de onde estava, e fui me sentar no banco onde eu costuma ver a outra garotinha que ria sozinha. Estive lá sentado perdido em pensamentos, durante horas. Não sei quantas ao certo. Só saí de transe quando percebi que alguém me observava.

Levantei a cabeça e vi que tinha alguém me olhando mesmo. Era a tal garotinha. Ela parecia nervosa. Quando nossos olhares se cruzaram, eu não sei explicar o que aconteceu... senti um choque viajar por toda a extensão de minha coluna. Foi algo inexplicavel. Reparei que a garota ficou incomodada com meu olhar. E acabei por perceber que eu estava sentado em seu banco. Tinha de pedir desculpa, afinal estava invandindo seu espeço.

-Ei! Você! - gritei tentando chamar a sua atenção. Ela não ouviu, ou fingiu não ouvir e quando ela se preparava para sair dali, resolvi correr na direção dela. Alcancei-a e peguei-lhe pelo braço, tentando fazê-la parar. Ela ficou imovel com meu gesto. Não se mexeu.

- Ei? - disse-lhe enquanto me via obrigado a vira-la para mim. Reparei que ela tinha as bochechas super vermelhas e que estava desconfortável com minha presença. Ela baixou a cabeça e não me encarou.

– Desculpa ter-me sentado no teu banco... Mas precisava de me sentar longe de onde é costume me sentar. - Disse-lhe e abri um meio sorriso.

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– O banco não é meu. - respondeu-me ela num tom rouco, corando o dobro. Meu Deus, ela tinha uma voz linda. Uma voz suave, meiga e calma.

– Mas tu costumas sentar-te lá. - Disse-lhe levando a minha mão ao seu rosto a fim que ela me olhasse. Ela tinha uma pele fofa, suave, macia. Era uma pele boa de se tocar...

– Bom, tenho de ir. - Disse-me ela e ao mesmo tempo tentava se libertar o seu braço que continuava a ser agarrado por mim. Mas o quê? Ela já ia embora? Já? Tinha de fazer algo pra a deter, nem que fosse por mais uns minutos... Pensa Edward, pensa! Pensa! Ah! Já sei.

– Ei, espera! Eu reparei que costumas ficar sentada ali.. Costumas rir bastante sozinha... - disse eu tentando fazê-la permanecer ali mais um pouco e enquanto obervava o seu rosto perfeito.

Ela ficou calada durantes uns segundos. Não percebi porquê, parecia perdida em pensamentos.

– E então? Posso saber porque te ris tanto sozinha?- disse abanando-a tentando fazê-la falar.

Ela ficou mais uns segundos calada, até que levantou a cabeça, sorriu e disse:

– Sou idiota, costumo rir-me sem motivo.

Achei graça àquilo. Idiota porque se ri sozinha? aiai. Baixei a cabeça e sorri. Mas foi um sorriso diferente, este era verdadeiro.

– O primeiro sorriso do dia. - disse-lhe enquanto exibia os meus dentes brancos num sorriso enorme.

– Parecias triste... - ela disse baixando a cabeça.

Só parecia? Disse para mim mesmo... Não verdade eu não pareço, eu estou triste, estou partido em pedaços... Sentindo uma dor imensa, enfim...

- Já alegraste um pouco o meu dia. - disse-lhe enquanto me espreguiçava. Se há coisa que eu adoro fazer, é espreguiçar-me. Ai como é bom.

O toque da campainha soou e estava na hora da última aula do dia. Eu iria mais uma vez ver a cara daquela vadia. Não tinha vontade nenhuma, mas tinha de ser...

– Tenho de ir. - ela disse.

– Eu acompanho-te, posso? - perguntou-lhe já me pondo a seu lado e me preparando para a acompanhar.

Ela olhou-me confusa.

– É... eu-eu-eu... - gaguejou. - Bom... eu...- [silêncio] - Eu ainda tenho de ir na biblioteca!- disse-me ela desatando a correr que nem uma louca.

Fiquei confuso. Porquê que ela saiu dali a correr?

- Ah, Edward! Como és idiota! Claro. Ela não te conhece e já lhe pedes para lhe fazer companhia? Toma no cú idiota. - resmunguei para mim mesmo.E lá fui eu para a última aula do dia.

Mais uma vez Tanya tentou falar comigo, sem sucesso. Não a queria ver nem pintada de ouro. Queria distância dela.Passei a aula toda a pensar numa forma de a ter que encarar menos vezes possível... Pensei.. pensei. Até que uma ideia me ocorrou.

- É isso! - disse eu baixinho. Eu vou pedir transferência de turma! Assim nunca mais tenho de a encarar! Pelo menos dentro da sala de aula.Já me sentia mais feliz por isso. Enfim, o tempo passou e estava na hora de ir para casa. Finalmente.