A briga é um conflito de características violentas e internacionais provocada entre duas ou mais pessoas e que tem como objetivo primordial o estabelecimento do domínio sobre o adversário. Pode tratar-se de um conflito caseiro, ou seja, surgir entre indivíduos por alguma disputa privada que mantêm, ou ser parte de um confronto entre nações, por exemplo, dois soldados lutam, brigam, corpo a corpo, em uma determinada área de terra que disputam e em um lugar muito mais amplo que de uma batalha.

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Por que o capítulo começa com essa definição? Logo vocês entenderão.

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Eu estava horrorizada com aqueles gemidos que de baixos haviam passado para altos e escândalosos. Resolvi que bateria na porta até que o idiota do Cory resolvesse abrir. Onde meus pais estavam com a cabeça ao aceitar uma falta de respeito daquelas? Meus pais sempre rigorosos haviam se deixado levar pelo rostinho fofo do Cory? Impossível. Provavelmente se meu pai estivesse em casa, Cory não estaria nem sonhando em fazer algo como aquilo. Ele nunca admitiu tais coisas em sua casa e não mudaria agora. A minha mãe, mesmo que um pouco mais moderna, também não admitiria de forma alguma.

— Pai? Mãe? — gritei e o meu grito ecoou pelo corredor. Não obtive resposta.

Respirei fundo e bati várias vezes seguidas na porta do quarto do babaca. Pude ouvir movimentos na cama e sussurros e segundos depois, o idiota do Cory apareceu na porta sem camisa e usando apenas uma cueca branca que não fiz questão de reparar. Seus olhos verdes pareciam sonolentos e seus cabelos castanhos eram uma bagunça. Ele me olhou com desdém e suspirou em seguida.

— O que está fazendo aqui Melanie? Você não estava com o Matt? — ele perguntou com raiva e eu senti vontade de matá-lo.

— O que eu estou fazendo aqui? Essa é a minha casa! Se eu estava com o Matt? Não é da sua conta! — respondi o empurrando.

Empurrá-lo foi fácil pois ele não era muito mais forte que eu, mas quando cheguei ao quarto não me deparei com ninguém e aquilo me irritou tanto que soquei a parede. Eu estava descontrolada e não entendia exatamente o motivo. Olhei para o meu irmão gêmeo que parecia ter sangue nos olhos de tanto irritação comigo. Eu precisava saber onde estava a vadia da Breeze e precisava mostrar para ela que com a família Clarckson-Guire não se mete!

— Quem é a garota que está com você? Quem? Aposto que é aquela ruivinha! — exclamei ainda a procurando pelas partes de seu quarto.

A cama estava completamente bagunçada e as cortinas fechadas. O quarto cheirava a sexo e era impossível ele negar. Senti uma vontade muito grande de estapeá-lo até ele dizer onde estava a vadia, mas sabia que estava sendo uma idiota ao tentar controlar a sua vida daquela forma e eu também tinha plena consciência de que estava me intrometendo em assuntos que não eram meus. No entanto, o que fiz foi exatamente o contrário.

— Melanie, saia do quarto por favor — ele pediu abrindo a porta.

Continuei no mesmo lugar imaginando como ele podia ser tão tapado de se envolver com uma suposta filha de Diana. Será que ele não entendia a gravidade do problema? Será que ele não sabia da história? Ou ele apenas ignorava o fato porque queria transar com alguém? Eram muitas hipóteses para uma pessoa só e já que eu ia perder o sono por causa disso, que ele perdesse também.

— Não vou sair não! — respondi irritada e ele continuou me fuzilando com os olhos.

— Saia daqui Melanie! — ele pediu ou melhor, gritou comigo dessa vez, mostrando que perdeu toda a sua paciência.

Eu continuei no mesmo lugar, então Cory me puxou pelo braço com força e me levou até a porta que já estava aberta. Me soltei e voltei a entrar no quarto. Se ele realmente queria uma guerra, ele teria e algo me dizia que eu era uma ótima oponente. Corri para o banheiro de seu quarto que tinha a porta entreaberta e finalmente a encontrei. A ruiva com cara de boneca e mente de serial killer, a nossa querida Breeze. Eu sei que você deve estar pensando em como eu posso saber da sua vida sem ao menos conhecê-la, mas acreditem, eu entendo de pessoas com tendências assassinas. Até porque eu sou uma delas.

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— Quem diria... a otária da quadra! — afirmei e ela corou.

A ruiva continuou em silêncio e foi aí que reparei em suas roupas, ou melhor, suas não-roupas. Ela vestia apenas uma camisa larga e cinza de meu irmão, sua calcinha verde estava à mostra e seus cabelos completamente bagunçados como os de meu irmão. Suas bochechas estavam rosas pois ela parecia envergonhada e seus olhos claros pareciam serenos. Sua carinha de anjo podia facilmente enganar algumas pessoas, mas pessoas como eu, não.

— Melanie, você está passando dos limites! — Cory chamou minha atenção e recebeu uma banana em resposta.

— Eu quero ter uma conversinha com você, Breeze querida — falei diretamente com a garota que suspirou e se pôs na minha frente.

— Diga Melanie — ela respondeu com a voz baixa e eu sorri debochada.

— Nos dê licença irmãozinho — eu pedi e Cory negou com a cabeça.

— Não dou não, e você Breeze, não dê ouvidos ao que ela disser — ele exclamou.

— Eu quero saber o que ela quer falar comigo — ela pediu e Cory finalmente saiu do quarto, não sem antes bater a porta com força.

Agora éramos só nós duas. Eu e Breeze. Breeze e eu. Eu deveria aproveitar aquele momento para deixar as coisas claras entre nós duas e deveria saber exatamente que palavras usar e como usá-las. Eu tinha que amedontrá-la e ser sútil ao mesmo tempo. O que eu queria mesmo era estapeá-la por ser tão cretina a ponto de servir de cobaia em um dos experimentos de Diana, mas ela não devia passar de uma garota idiota.

— Eu sei exatamente porquê está aqui e porque está sem envolvendo com meu irmão e antes que pense que eu vou tolerar a sua presença ou vou esconder o que penso de você como acontece em filmes e essas coisas, está enganada querida. Muito enganada mesmo! Se pensa que não sei que é filha ou sei lá o que da Diana, também está enganada e se acha que pode me atingir dizendo palavras ensaiadas ou jurando ser inocente, adivinha? Está mais que enganada! — afirmei ainda sorrindo ironicamente.

— Sinceramente? É seu direito não gostar de mim e quer saber? Não gosto de você também, mas me acusar de coisas que eu nem sei o que são é baixaria sua. Se eu sou parente da Diana, eu sou sim, sou sobrinha dela e não faço a mínima ideia de porque isso me impede de me relacionar com seu irmão. — ela respondeu parecendo estranhamente sincera e eu fiquei um pouco confusa.

— Me poupe das suas palavras, sei que a Diana não joga pra perder e ela está te usando para conseguir destruir nossa família. Sinceramente? Eu tenho nojo de pessoas assim e não quero que destrua o meu irmão. Ele é um otário, mas não merece isso — afirmei e ela sorriu de lado.

Cara, eu tinha que admitir que ela era incrivelmente fofa e não me admirava Cory ter sido encantado por ela e tão rapidamente. Ela não chegava aos pés de Vanessa em nada. Nem em beleza, nem em mentalidade e muito menos em simpátia, mas ela possuía algo que encantava e talvez esse algo tivesse feito a diferença para Cory já estar dividindo a cama com ela em um único dia. Isso parece até aquelas histórias em que os personagens se conhecem em um dia e se casam no outro, fala sério!

— Eu não quero destruir seu irmão! Ele é um garoto legal e eu estou disposta a continuar ficando com ele — ela respondeu novamente parecendo sincera e eu me dei por vencida.

Não, eu ainda não acreditava nela, mas discutir seria em vão. O melhor a se fazer naquele momento era me retirar e era o que eu faria.

— Ok! Desculpe o incomôdo — respondi irônica e finalmente saí do quarto.

Minhas pernas tremiam de raiva e eu estava me segurando para não voltar e arremessá-la da janela do quarto e acabar logo com tudo aquilo. Como eu disse antes, eu tenho tendências assassinas e ás vezes elas são bem fortes. Quando já saía do quarto encontrei com Cory que tinha uma cara tão feia que tive de verificar se era mesmo ele ou haviam o trocado por alguma outra pessoa. Terrível não?

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Me tranquei em meu quarto e em seguida abri as janelas que davam direto para o quarto de Matt e vê-lo acabou por me acalmar. Ele vestia uma calça de moletom escura e não vestia blusa alguma. Para o meu espanto ele estava lendo um livro que tinha a capa vermelha e estava deitado em sua cama. Eu logo quis saber onde estava o coelho-porco, mas sabia que era insensato perguntar, então apenas continuei observando o meu novo amor nem tão platônico assim.

Eu já estava tendo pensamentos inadequados sobre Matt e o seu corpo maravilhoso quando ouvi batidas na porta. Me levantei no mesmo instante e Cory entrou em meu quarto furioso. Ele agora vestia roupas decentes e tinha os cabelos penteados. Revirei os olhos com sua presença e respirei fundo antes de finalmente perguntar o que havia acontecido.

— O que aconteceu? Levou um pé na bunda de novo? — perguntei e pronto, ele explodiu.

— Quem você pensa que é pra falar e agir assim comigo? Você não é minha mãe e mesmo se fosse, eu não sou uma criancinha. Eu tenho dezoito anos, e você deveria saber disso! Não sou uma criança imatura ou um moleque sem juízo. Eu sei o que faço da minha vida e acho que você não deveria se meter dessa forma. Eu sei que você faz isso porque se preocupa comigo, mas pelo amor de Deus Melanie! Você passou mesmo dos limites hoje. Algum dia eu fiz isso com você? Algum dia eu te humilhei na frente do Matt? Não! Eu nunca fiz isso. Sabe por quê? Porque eu sei que algumas coisas não precisam ser ditas, a Breeze é uma garota legal e não cabe à você dizer se ela é ou não boa pra mim, ok? Eu decido isso e pronto. Espero que não volte a fazer esse tipo de coisa — ele falou tudo muito rápido e saiu sem me dar tempo para respondê-lo.

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Continuei em meu quarto. Agora eu estava estressada e com razão. Como Cory podia ser tão burro e não perceber que estava sendo usado esse tempo todo? Como ele podia ser tão facilmente manipulado? E como tinha coragem de falar daquela forma comigo? Talvez ele estivesse certo em algumas partes, mas mesmo assim era nítido que não estava raciocinando direito. Os homens que sempre querem dizer que são machões e que são isso ou aquilo, geralmente são os primeiros a se encantarem de uma forma tão intensa que perdem a razão e quando isso acontece, não tem nada que os faça voltar a realidade.

Depois que já havia tomado o meu banho e já havia vestido o meu adorado pijama de estrelinhas, ouvi um barulho na porta. Logo me levantei e já estava xingando vários palavrões pensando ser Cory, mas me surpreendi ao encontrar uma pessoa muito conhecida por mim e muito admirada também. Ele possuía aproximadamente um e noventa de altura, um sorriso lindo e maravilhosos cabelos loiros. Ele era Mike Foreman, o meu ex amor platônico e o meu atual problema.

— É oi Mike! — o cumprimentei de longe e ele deu o seu sorriso rouba-corações, mas que não fez efeito nenhum pois o meu já havia sido roubado.

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— Oi Melanie! — ele disse entrando em meu quarto. Fechei as cortinas rapidamente. — Vim aqui para falarmos sobre a carta que escrevi para você.

— É... é um assunto muito delicado, não acha? — desconversei, mas ele parecia decidido.

— Eu decidi que não vou mais esperar, eu quero você e quero agora — ele falou e em seguida colou seus lábios aos meus.

É, parece que alguém tem bastantes problemas.