O Acordo

Consequências e surpresas


O sorriso de Sirius era tão malicioso que até me assustava. Ele balançou a cabeça negativamente e cambaleou um pouco até nós rindo enquanto eu me ajeita e James, bem, ele parecia irritado.

_ Acho que você sabe o que tava acontecendo né seu cachorro? – James diz se encostando na geladeira.

_ Sim, eu tinha uma breeeve idéia... – Sirius diz com a voz arrastada e cambaleia mais um pouco até James. – Mas eu disse aquilo prrra causar um drrrrama... Agora sai, saaaaaaai da frente da geladeira viado!

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_ Acho melhor você não beber mais. – digo cruzando os braços enquanto Sirius pega três garrafas de hidromel e entregando para nós.

_ Ora Lily, não seja chata... – ele diz indo de costas para a porta. – Se eu fosse você bebia mais, parece que o álcool faz... bem, para vocês dois....

_ Espero que ele acorde sem se lembrar de nada, por que se não, vamos ouvir piadinhas pro resto da vida. – resmungo dando um gole no hidromel e reúno coragem para encarar James. Ele está rodando o fundo da garrafa na mesa e olhando para o nada. A testa dele estava franzida e os lábios formavam um bico torto enquanto ele parecia pensar.

_ Bom... – digo cautelosa. – Acho melhor...

_ Eu vou lá pra sala. – ele diz ainda sem olhar para mim.

_ Ok. – concordo me virando de costas.

_ Ok... – ele repete rouco. Eu escuto o barulho dos passos dele e me apoio na pia suspirando.

_ Oh James... – sussurro pensando em quando ele descobrir sobre meu acordo com Emma. Quase consigo ver ser rosto vermelho de raiva falando que eu sou uma mentirosa sem coração.

_ Que foi Lilyzinha linda do meu co-ra-ção? – Marlene pergunta me abraçando pelo ombro.

_ Nada. Mas agora me diga, quem bebeu mais? Você ou o Sirius? – pergunto rindo da minha amiga que se senta vacilante em cima da mesa.

_ Nem me fale de Sirius Black! – ele ralha virando a garrafa que eu deixei na mesa. – Aquele cretino, maldito, idiota, safado...

_ Nossa, quantos elogios! – digo sarcástica e ela bufa. – Porque tudo isso?

_ Porque ele só me quer para uma coisa Lils... O que todo homem quer! – ela diz em um sussurro alarmado como se me contasse um segredo horrível. – E eu quero mais do que isso.

_ Sabe, acho que está enganada. – cantarolo andando para a porta. – Sirius pode estar realmente gostando de você.

_ Ah sim, e Merlin é meu pai!

_ Jura? E eu pensando que conhecia sua família... – comento fazendo ela revirar os olhos rindo. Lene se levanta, me puxa fazendo eu sentar-me em uma das cadeiras da mesa, ela pega algumas garrafas na geladeira e coloca na minha frente se sentando ao meu lado.

_ Vamos beber Lily, vamos beber para esquecer os problemas! – ela informa bebendo uma garrafa de cerveja amanteigada em uma virada.

_ É, esquecer os problemas pode ser bom... – concordo rindo e pego uma garrafa de Úisque e bebo enquanto Marlene solta uma gargalhada.

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Dor de cabeça. Muita dor de cabeça.

Eu mecho a cabeça pro lado antes de abrir os olhos e sinto uma coisa dura. Consigo ver a madeira e levanto minha cabeça com ela quase explodindo.

Eu estou sentada no chão, ao lado da minha cama e minha cabeça estava perto da cabeceira onde eu bati. Ainda estava com a roupa de ontem e tinha duas garrafas vazias ao meu lado no chão. Oh Merlin, eu bebi até cair!

Tiro minha bota e cambaleio até o banheiro tirando a roupa e entrando na ducha fria para acordar. Deixo a água gélida correr pelos meus cabelos e sinto a dor de cabeça melhorar. A última coisa que eu me lembro é de rir com Marlene na cozinha... como eu vim parar aqui?

Me seco e coloco um jeans velho e uma camiseta dos Beatles, e descansa, com os cabelos molhados, desço as escadas cautelosa.

Remo e Dorcas eu encontro na sala, e agradeço por não achá-los em uma situação constrangedora. Remo está sentado, com a cabeça para trás e roncando, Dorcas está deitada com a cabeça no colo de Remo e dorme profundamente.

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_ Ei Docs! – digo me agachando ao lado do sofá. – Dorcas acorda!

_ Hmm... Remy... – a loira murmura se aconchegando no colo do menino.

_ Não, é a Lily! Acorde Dorcas! – digo rindo.

_ Pode deixar Lils, eu acordo ela. – Remo diz me assustando tanto que eu caio sentada pra trás no chão. Remo continua na mesma posição, de olhos fechados.

_ Remo? Você está... acordado? – pergunto receosa e ele dá um sorriso ainda sem abrir os olhos.

_ Sim...

_ Oookey... – digo rindo e me levanto indo para a cozinha. Lá, eu encontro outra pessoa dormindo, Marlene.

Ela está debruçada sobre a mesa, dormindo em cima dos braços em meio a muitas garrafas. Ela só usava vestido, a jaqueta estava no chão e os sapatos estavam cada um em um canto da cozinha.

_ Marlene McKinnon, hora de levantar sua cachaceira! – exclamo balançando os ombros dela e escuto um murmúrio. – Lene, Lene, Marlene!

_ Cala. A. boca. Li-li-liiiiiiiiiily! – ela diz bocejando no meu nome. – Não se pode mais dormir em... NOSSA! Minhas costas estão me matando!

_ Também, dormiu sentada aí! – digo pegando a varinha e jogando as garrafas de uma vez só no lixo da cozinha que parecia não ter fundo. Fui bocejando até a geladeira e achei ovos, bacon, massa pronta de waffles, suco de abobora e leite. Peguei tudo e coloquei na mesa enquanto Marlene levantava a cabeça que me encarava cansada, com os olhos borrados de preto.

_ Você está parecendo um panda. – comento começando a fritar os ovos e os bacons.

_ E você não devia ter me acordado, eu estava dormindo tão bem! – ela diz se espreguiçando. – Agora estou com a boca seca, a cabeça doendo e meio zonza... e meu estomago está embrulhado...

_ Se for vomitar vai no banheiro, por favor. – digo virando os ovos. – Na verdade, sobe e toma um banho Lene, vai ser melhor.

_ Ok, já vou... – ela diz se arrastando para fora igual um zumbi, só faltava a pela verde e a sede por sangue. Terminei o café e servi tudo na mesa, roubei um bacon e fui na sala. Remo dava um beijo na bochecha da ainda grogue Dorcas que abriu um pequeno sorriso ao me ver.

_ Bom dia Lilica. – ela diz quase fechando os olhos novamente.

_ Bom dia.- respondo. – Vocês vão querer comer primeiro ou tomar banho?

_ Eu vou comer, to MORTA de fome. – Dorcas diz arregalando os olhos finalmente. – Sinto cheiro de bacon...

_ Eu fiz o café, fazer o que... Sou uma bruxa muito prendada. – respondo fazendo eles rirem.

_ Obrigado Lily. – Remo diz se espreguiçando. – E os pais do James?

_ Não vi eles ainda, se voltaram do trabalho ontem devem estar dormindo. – digo dando de ombros e olhando para o relógio. – Já são quase uma da tarde!

_ É melhor acordar os outros não acha? – ele diz olhando pro segundo andar um tanto desanimado.

_ Deixa que eu vou, vocês dois vão comer. – falo empurrando eles para a cozinha. – Animação gente, é véspera de Natal!

_ Uhuu! –Dorcas diz só para me acompanhar na animação e eu reviro os olhos subindo as escadas rapidamente. A porta da quarto das meninas está entreaberta e eu escuto Marlene cantando no chuveiro. Vou na porta a direita e bato duas vezes, sem receber responta reviro os olhos e entro no quarto torcendo pro dito cujo do Black estar vestido.

_ Sirius! – exclamo pro corpo jogado na cama só de calça com o rosto afundado no travesseiro. – Sirius Black!

_ Fica quieta Mãe! – ele murmura.

_ Eu não sou sua mãe. – digo puxando o travesseiro de baixo dele e batendo em seguida na cabeça dele. – ACORDA!

_ Porra Lily tu é chata hein? – ele ralha se virando na cama. – Me deixa dormir, minha cabeça está doendo muito... Porque você está gritando?

_ Para você acordar! – respondo e jogo o travesseiro pro lado nervosa. – Eu não ia fazer isso, mas o “porra” e o “chata” me convenceram... – eu puxo a varinha do bolso e aponto pro rosto desmaiado de Sirius. – Aguamenti!

_ LILY! – ele grita se sentando na cama. – Ok, ok... Já acordei, satisfeita?

_ Não, vá tomar banho e tirar esse cheiro de álcool do corpo. – digo saindo do quarto. – Eu fiz café!

_Beleza! – ele grita já entrando no banheiro. Entre procurar Emma e acordar James agora, eu optei pela segunda opção e parei no próximo quarto que tinha uma porta listrada de vermelho e dourado.

_ James? – pergunto batendo na porta e novamente não obtenho resposta. Abro a porta com cuidado e caminho primeiro para a janela abrindo as costinas para iluminar o quarto e sorrio antes de me virar para James, mas meu sorriso morre assim que eu me viro, porque não era só James que estava ali na cama. Era James e Emma, os dois abraçados e.. .bem, pelados, cobertos por um lençol.

Me coração se aperta ao ver a expressão serena de James ali abraçado com Emma e logo a visão se embaça com a presença de lágrimas que brotam do nada. Eu pisco deixando elas caírem no meu rosto e corro do quarto fechando a porta atras de mim.

Eu não podia, não podia acreditar. Não depois dele ter me beijado, de eu ter finalmente percebido que o amava... Ele não podia ficar com ela.

– Mas e se ele ficasse com ela o que eu poderia dizer? Fui eu que fiz eles ficarem juntos... Eu até me passei por ela.

Encostei-me no corrimão da escada e limpei as lágrimas me lembrando de Hogsmeade, da bagunça com a espuma de cerveja, do beijo... Ah, porque os beijos dele tinham que ser tão bons?

Beijos que ele deu em Emma, ontem a noite... E foi muito mais do que beijos. – penso sentindo meu estomago embrulhar.

_ Lily! – eu pulo com o grito de Marlene e tropeço caindo três degraus de escada. Ela me ajuda a levantar rindo. – O que foi? Deu pra pensar na vida na escada?

_ Eu só parei um instante... – digo ofegante. – Fiquei meio zonza.

_ E está bem? – ela pergunta preocupada e eu forço um sorriso.

_ Sim, estou. Agora vamos comer McKinnon! – exclamo e abraço o braço dela indo até a cozinha onde Dorcas e Remo já comem, eles dão bom dia para Marlene e nós nos juntamos a eles.

_ Bacon... – Sirius geme chegando na cozinha com os cabelos molhados e atacando a mesa.

_ Ei, ainda tem o James e a Emma para comer! – Remo exclama batendo na mão de Sirius que dá de ombro e volta a comer. Eu abaixo o olhar com a menção do casal e sento um gosto amargo substituir o gosto dos ovos.

Passos apresados são ouvidos por nós na cozinha juntos com risadas e logo depois os dois aparecem. Emma na frente toda sorrisos e James abraçado a cintura dela por trás, apoiando o queixo no ombro dela dando beijos na curva do pescoço vez ou outra e sorrindo como ela.

_ Bom dia pessoal! – James diz animado dando mais um beijo em Emma e puxando a cadeira para ela se sentar, e se senta ao lado. – Emma meu amor, você quer suco?

_ Sim, claro! – Emma respondo sorrindo enquanto o pessoal da mesa encara os dois boquiabertos e confusos enquanto eu tento me afogar no meu copo de suco.

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_ Hãm... Desde quando vocês são tão... melosos assim? – Sirius pergunta com um voz de nojo.

_ Desde que eu tive a noite mais perfeita do mundo, e acordei ao lado do amor da minha vida. – James diz abraçando Emma e eu mordo meus lábios tentando segurar o choro ao ouvir a voz dele, tão doce, se declarando para aquela.... aquela vadia!

_ Sério? – Remo pergunta estreitando os olhos pros dois, mas James não responde porque o Sr. e a Sra. Potter chegam em casa e entram na cozinha visivelmente cansados mas sorridentes ao ver os jovens.

_ Bom dia queridos! – Jane exclama pegando um copo de leite. – Que bom que conseguiram se virar no café, o trabalho foi difícil essa noite...

_ Como foi! Marcos, se você quiser pode descansar aqui em casa mesmo. – O Sr. Potter diz e eu levanto o olhar reparando em um jovem loiro que está acanhado no canto da cozinha.

_ Obrigado Charlus, mas eu quero dormir na minha cama hoje! – ele responde sorrindo. – Mas eu aceito o café...

_ Claro, sente-se. – o pai de James diz se sentando com a esposa e o tal do Marcos se senta ao meu lado. – Já conhece meu filho? James?

_ Já vi uma ou outra vez, eu me formei quando ele estava no quinto ano. Como vai James? – ele diz fazendo James se separar de Emma por um instante.

_ Bem, hãm... e você é? – o moreno pergunta confuso e Jane lhe lança um olhar feio.

_ Marcos Michelan, ele é um dos novos aurores. – ela responde pro filho. – Se você prestasse atenção a conversa...

_ Bom, e este é Sirius Black, meu filho adotivo. – Sr. Potter continua batendo nas costas de um Sirius sonâmbulo que da um aceno cansado para Marcos. – E os amigos deles, Remo Lupin, Dorcas Meadowes, Marlene McKinnon e Lily Evans.

_ Me lembro de todos os nomes. – ele diz e se vira para mim sorrindo, eu não vi muito bem porque tentava não levantar os olhos e ver James se agarrando a Emma. Eu não entendia o que tinha acontecido, e queria só, simplesmente, chorar. – Lily é monitora certo?

_ Monitora-chefe agora na verdade. – digo com a voz meio tremida e respirando fundo encara o loiro lhe dando um sorriso. – Você era de que casa?

_ Corvinal. – ele responde orgulhoso. – Monitor chefe também.

_ Legal. – respondo lhe forçando um sorriso e ele engole um pouco de bacon e waffles. Comemos em meio a ma conversa cansada e eu já estava a ponto de correr dali ao ver James beijar Emma novamente com aquele olhar apaixonado e bobo que ele costumava lançar para mim quando Marcos se levanta.

_ Bom, eu vou para minha casa dormir, afinal hoje a noite é Natal. – ele anuncia se espreguiçando e se vira para mim. – Espero lhe ver novamente Lily, quem sabe antes de voltar para Hogwarts nós não damos um passeio?

_ Hãm... É, claro, eu acho... – digo assustada e escuto um barulho estranho atras de mim. Marcos abre um sorriso sedutor e segura minha mão lhe dando um beijo e com um aceno de cabeça se despede e vai embora.

_ Evans roubando os corações! – Lene exclama rindo e eu a encaro revirando os olhos e sem querer olho para James que me encara estático e... assustado? James está branco feito papel e respira com dificuldade.

_ Pontas, você está bem? – Sirius pergunta também reparando na situação de James. O moreno ao invés de responder contrai o rosto em uma careta e fica meio verde.

_ Querido? Está passando mal? – Jane pergunta preocupada. James balança a cabeça devagar e se levanta ficando agora, aos poucos, com um expressão séria e raivosa e encara Emma, que o olha curiosa.

_ James meu amor, o que foi? – ela pergunta com uma voz doce que me enoja e James respira fundo tremendo e ficando com o rosto rubro.

_ Quem... quem você... – ele sussurra de uma forma assustadora apontando o dedo para Emma. – Quem você pensa que é... para me dar uma poção do amor? HEIIN?