Não é Comédia

Ervilhas Felizes!


PS: História baseada em uma idéia de Shantae. Se a sua idéia ainda não foi usada, não fique triste, pois ainda será, ok?

Minerva girava sua grande colher no caldeirão. A poção estava quase pronta, faltava apenas mais algumas coisas. A professora foi até uma estante de sua sala, pegou alguns frascos e jogou-os no caldeirão.

- Asas de frango e coxas de galinha, em questão de um minuto, esta poção estará prontinha!

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Snape adentrou a sala quebrando a porta com um ponta pé.

- O que demônios está acontecendo aqui?! – ele já entrou gritando – Eu, como professor de poções, não dei permissão para ninguém no colégio sair fazendo poções.

McGonagall olhou para Severo, ainda mexendo no caldeirão.

- Mas, Snape...

- Sem mas! Nem mesmo Dumbledore tem esse direito nessa escola, enquanto eu estiver aqui, eu mando nessas poções! – ele inspecionou o caldeirão, aproximou o seu nariz da borda e deu uma leve cheirada – E qual seria a desgraça que você está fazendo dessa vez?

A professora gelou por apenas um segundo. Mas rapidamente retomou o controle da situação.

- Sopa – disse prontamente – Sopa de ervilhas, quer um pouquinho?

Snape olhou desconfiado para aquele caldeirão. O liquido que havia dentro borbulhava, era azul escuro e fedia, também havia coisas boiando lá dentro que o professor não conseguiu identificar. Aquilo parecia tudo, menos uma sopa de ervilhas...

- Claro – disse por fim -, adoro sopa de ervilhas!

Minerva soltou uma risada maquiavélica, o que aumentou um pouco a desconfiança de Snape, mas nada que o impedisse de tomar uma boa sopa de ervilha. McGonagall pegou uma colher, mergulhou-a no caldeirão, e deu para Snape tomar.

- Pronto, aqui está – disse ela.

Snape bebeu.

- Certo – disse Gina piscando algumas vezes, como se para se assegurar de que estava vendo direito – isso não devia estar acontecendo...

Harry, Rony, Hermione e Neville concordaram silenciosamente com as cabeças. Aquilo era muito estranho, até mesmo para o nível de Hogwarts.

No corredor do colégio, Snape caminhava de um lado para o outro, carregando uma linda cesta florida e atirando flores para todos os lados. Quando viu o pequeno grupo de alunos que o encarava, se aproximou.

- Oh, se não são meus alunos preferidos! – disse ele, tirando flores da cesta e entregando uma a cada um – O dia não está lindo para aprender?

- Aham... – disseram todos em uníssono, esperando que a qualquer momento Snape começasse a gritar coisas como “Direto para a sala ou comerei a alma de vocês aqui mesmo!”, enfim, agir normalmente.

O professor de poções estava... Bom... Aquela frase até mesmo soava estranha.

Os alunos notaram que naquele dia, o professor havia de fato lavado o cabelo e não estava aquela coisa sebosa de sempre. Era quase... Apresentável... Todavia, eles nunca tiveram a chance de responder, naquele momento a voz de Dumbledore ecoou pelo castelo.

- Atenção criaturazinhas da qual tenho que cuidar durante o ano – começou ele – Aviso que todas as aulas de hoje estão canceladas!

Certo, aquilo já era a segunda coisa estranha em apenas alguns minutos. O dia prometia ser bizarrézimo...

- O que significa isso? – Hermione já começava a se desesperar com a simples idéia de não ter aula por um dia – E todo o aprendizado? E o saber?

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- Acalme-se, minha linda – acalmou-a Snape – O titio Dudu deve apenas achar que é um ótimo dia para brincarmos no jardim, sabe, com a natureza...

- Mas o quê?! – explodiu Rony. Aquilo já era demais para ele – Snape, recomponha-se, homem! O nosso professor de poções não “brinca com a natureza”, ele joga ela num caldeirão em chamas e bate nela com uma colher até que não sobre nada! O que houve?”

Snape apenas suspirou.

- Ahh... – disse ele.

- Viram? – perguntou Harry para alguns alunos do primeiro ano que estavam passando por eles, a caminho do Salão Principal - É assim que vocês vão ficar se usarem drogas. Diga não!

- E Snape, e quanto aquele negócio do zoológico? – perguntou Gina.

- Gina, não! – todos se encolheram contra a parede esperando pela explosão de Snape. No passado, a simples menção aquele trágico episódio teria feito com que o professor trouxesse as chamas do inferno até Hogwarts pessoalmente e fizessem com que todos queimassem.

Ele apenas respondeu.

- Ah, quanto ao zoológico... Eu devia agradecer pela grande oportunidade que vocês me deram de entrar em contato com todos aqueles bichinhos fofuxos!

- Err... – falou Harry – Você está se referindo aos Dementadores, dragões e Acromântulas?

- Sim! Eles são tão lindinhos!

Silêncio, aquilo estava errado demais. Precisavam buscar ajuda .

- Snape, nos siga – falou Harry.

Harry e companhia adentraram a sala de Dumbledore.

- Dumbledore, temos um problema! – falou Harry.

A sala estava vazia.

- Ah, Harry, meu caro – disse a voz de Dumbledore vinda de lugar nenhum – Espere um minutinho logo estarei aí.

Houve um barulho de descarga e o diretor aparatou no centro da sala, com um pedaço de papel higiênico preso na sola do sapato.

- Dumbledore, por quê? – suspirou Gina – Seu banheiro privado é logo ali do lado, você tem mesmo que aparatar?

- Gina, Gina... – suspirou Dumbledore – É claro que eu tenho que aparatar. Se eu não aparatar não tem graça, foi por isso que desativei o sistema anti-aparatação de Hogwarts, lembra? Andar é para os fracos?

A garota apenas suspirou.

- Dumbledore – interrompeu Harry -, temos um problema. Olhe isso – e apontou para Snape.

O professor de poções fazia uma cara de bobo enquanto acariciava Fawkes, a fênix de Dumbledore.

- Quem é a pombinha do papai? Quem é a pombinha do papai? É você! – em um tom extremamente infantil – Olhem, é o titio Dudu. Oi, tio Dudu!

E se aproximou de Dumbledore que olhava embasbacado toda aquela cena. - Minha nossa! – falou Dumbledore – Chamem um padre, porque magia não vai dar conta de retirar a alma desse anjo que invadiu Snape! Temos que exorcizá-lo.

- Não quis dizer demônio?

- Não, demônio ele é normalmente. Se ele ta assim, só pode ser um anjo. Chamem um padre! Já!

- Mandou chamar? – Minerva entrou na sala de Dumbledore sem entender nada.

Dumbledore olhou incrédula.

- Eu pedi um padre! Eu até entendo que McGonagall seja velha e se pareça com um homem, mas confundi-la com um padre é imperdoável!

- Como é que é a história?! – perguntou Minerva não gostando nada do que estava ouvindo.

- Nada, McGonagall – respondeu Dumbledore sorrindo – Está linda como sempre. Bom, você vai ter que servir – apontou para Snape – Exorcize-o!

- Er... Eu não sou padre! Não sei exorcizar!

- Mas que droga! Quando eu virei diretor eu disse para o Ministro que queria contratar padres qualificados para trabalhar em Hogwarts, mas não... “Contrate professores, Dumbledore, é muito melhor”. Professores! Não posso usar um professor num ritual de exorcismo!

Todos olharam incrédulos para Dumbledore.

- Você realmente queria contratar padres, no lugar de professores?

- Olááááá – Snape chamou a atenção – Já se esqueceram de mim? Eu ainda tenho que saltitar por Hogwarts toda, se puderem ser rápidos nesse negócio...

- Bem, quanto a isso... – começou Minerva – Eu posso ter acidentalmente preparado uma poção para que Snape ficasse bonzinho... E ele pode acidentalmente ter bebido...

- Você enfiou goela abaixo, não foi? – perguntou Rony.

- Uhum... – concordou Minerva.

- Bom, isso resolve tudo – falou Dumbledore – De volta para as salas de vocês.

- Mas, e o Snape? – perguntou Harry – Como é que fica?

- Harry – suspirou o diretor -, você quer mesmo Snape como ele era? Assim não é melhor? Veja só, já é quase meio dia e eu ainda não ouvi um único choro de criança!

Todos refletiram sobre aquilo.

- É, talvez... – começou a concordar Hermione.

- Talvez é o escambau! – explodiu Neville – Gosto muito mais de Snape assim! Muito obrigado, professora McGonagall.

- Eu também gosto muito mais de estar assim – comentou Snape.

- Não! – falou Harry – Por pior que você fosse, Snape, eu gostava de você do jeito que era. Não quero um Snape novo!

- Harryzinho! Isso tocou meu coração! – falou Snape sorrindo – Você realmente me ama tanto assim?

- Err... Veja bem, eu disse que gostava de você, não exagere com isso.

- É o suficiente para mim. Minerva me transforme de volta! Já!

- Não! – gritaram todos, com exceção de Harry, em uníssono.

Minerva suspirou.

- Ah... Querem saber, me sinto culpada de ter transformado ele assim, sem seu consentimento, talvez fosse melhor transformar ele de volta.

Neville, Rony e Hermione caíram de joelhos aos pés de Minerva.

- Por favor, NÃÃÃÃO! – falaram eles.

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- Já está decidido – McGonagall falou – Snape, você volta a ser como era.

- Oba! – cantarolou Snape – Vou voltar a ser o cão chupando manga!

- McGonagall, estou curioso – interveio Dumbledore – Você disse que não sabe exorcismo e eu sei que nenhuma magia consegue tirar o Snape dessa, o que vai fazer?

A professora sorriu.

- Exorcismo não... Macumba! Tragam-me sangue de galinha e doze velas!

Alguns minutos depois, fez-se como ela pedira. O sangue foi derramado sobre o chão da sala de Dumbledore, criando uma estrela de doze pontas. Uma vela foi colocada em cada uma das pontas. Snape ficou no centro da estrela.

- Apenas não se mexa – falou Minerva.

E ela começou o ritual.

A sala escureceu, como se o sol tivesse recusado participar dessa loucura. O vento parou de soprar. As chamas das velas ficaram alguns centímetros maiores. Minerva remexia o corpo loucamente numa posição caranguejo, falando frases que nenhum dos alunos conseguia decifrar. Provavelmente era um dialeto tão antigo que até mesmo o tempo havia se esquecido dele. Devia ser um dialeto tão mágico que...

- O que será que ela está dizendo? – perguntou Gina.

- Espere um segundo – falou Hermione colocando a mão na bolsa – Deixe-me pegar meu Dicionário para Coisas Idiotas e Sem Sentido.

A garota tirou um enorme dicionário da bolsa, ouviu o que Minerva berrava e folheou algumas páginas.

- Bom, segundo meu dicionário, ela está dizendo: “PAMONHA R$1,00! PAMONHA R$1,00”.

- O quê?! – perguntaram todos – Isso só pode estar errado!

McGonagall parou a estranha cantoria.

- Ah, ta legal – disse ela – vocês me pegaram. Nada disso é necessário. Finite Incantatem! Pronto, está desfeito. A gente tenta parecer legal...

A magia atingiu Snape... Ele pareceu se recuperar de um choque, seus olhos se arregalaram e ele olhou ao redor.

- O que significa isso? – disse ele com seu tom ameaçador natural – Eu viro as costas por apenas algumas horas e quando volto a minha consciência vocês estão desenhando estrelas com sangue e fazendo macumbas?! Quem é o RESPONSÁVEL POR ISSO?!

- Acho que ele está normal – falou Dumbledore.

- Uhum... – concordaram todos.

- O que está acontecendo aqui?! – Snape parecia estar mais irritado do que nunca – Por que não estou ouvindo choro infantil?! Onde estão meus caldeirões e colheres para eu fritar alguns alunos?! E não pensem que me esqueci do zoológico! Alguém ainda vai perder um olho por causa disso!

- Sim – falou Harry – definitivamente, ele voltou ao normal.

Algumas horas mais tarde, naquele mesmo dia, Dumbledore fora até a sala de McGonagall, junto de Harry, para esclarecer alguns problemas que haviam acontecido mais cedo. Ao chegar lá, todavia, a sala estava vazia e no centro havia apenas um caldeirão com um líquido azul fedido e com coisas boiando que nem o diretor e nem o aluno foram capazes de identificar.

- Uh! Sopa de ervilha! – falou Dumbledore se dirigindo para o caldeirão.

- Dumbledore, não! – gritou Harry.

Mas já era tarde, o diretor já havia bebido a poção. Um segundo, nada aconteceu... Dois, nada...

- Como está se sentindo? – perguntou Harry.

- Estou ótimo, Harry! – respondeu Dumbledore com um largo sorriso, a poção já devia estar começando a fazer efeito – O dia está tão lindo! O céu tão azul e a grama tão verde! Agora, se me der licença, vou saltitando até o banheiro. Meus dejetos sairão cheirando a lavanda!