-Murtagh... - chamou Nasuada.

Ele estava estático, mas olhou para trás. Estavam Nasuada, Rei Orik e Nieran parados o encarando. O exército dos Ra'zacs era pouco, mas o número de anões era bem menor.

-Precisamos continuar. - ela continuou.

E estava certa. No fundo estava. Ele deu uma última olhada em seu dragão morto. Queria correr para alguma caverna e chorar até seus olhos secarem. Mas uma ira e ódia subiram a cabeça. Foi culpa da Ra'zac, e ele iria se vingar. Levantou-se segurando firme a espada, que brilhava vermelha como sangue, desta vez. Era como ele se sentia. Só pensava em vingança. Juntou-se aos três e foram na linha de frente. Ele não via os outros, apenas o inimigo a frente. Ia cortando a cabeça deles, sem piedade. Trianne pareceu igual a ele. Afastou-se do corpo de Thorn e atacou no chão mesmo. Devorava vários Ra'zacs ou apenas os esmagava. Mesmo na hora em que quase todos os Letrblakas foram para cima dela, ela continuou a lutar, sem se importar, com toda a ferocidade de um dragão, e um com raiva, muita raiva. Iam se aproximando cada vez mais da tenda da Ra'zac e do Espectro Cavaleiro que haviam voltado para dentro. Ouvia algumas ordens do Rei ao seu lado, mas não ligava. Só morte. Até tomar conhecimento que havia se separado deles, e tinha matado... não sabia o número, mas havia uma trilha de mortos á suas costas. Os que estavam perto correram dele. E se viu sozinho. A voz de seu dragão ecoou em sua mente novamente.

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"Não se torne Galbatorix... não enlouqueça..."

E era exatamente isso que tinha acontecido. Fora tomado pela ira. Sentiu um aperto no peito. Não era isso que queria. Não queria seguir os passos do Rei tirano, mas era isso que se tornaria. Balançou a cabeça, sem a sede de vingança. Perder o controle em uma guerra era uma péssima ideia. Ouvira uma vez, alguém muito sábio em seus sonhos lhe dizer que a força ás vezes precisa se curvar para a inteligência. Eragon o ensinou isso, ao derrotar Galbatorix. Se não agisse pela cabeça, seria como o inimigo.

Trianne... ele a chamou.

O dragão roxo rosnou, mas não respondeu. Estava ocupada matando dois Letrblakas.

Não enlouqueça pela vingança...

O dragão continuou sem responder, mas ele pode senti-la pensando no que ele havia dito. E pareceu se acalmar. Voltou junto a Nasuada, que tinha um enorme corte na perna. Ele não estava muito melhor: já não tinha mais o capacete, e trazia um ferimento no braço esquerdo feito por uma lança. Ofereceu-se para curá-la, que recusou. Continuaram lutando, até ouvir um som estridente. O inimigo se afastou dos anões, e formaram um tipo de círculo, nos quais os anões se viram por fora, e apenas Rei Orik, Rainha Nasuada, Murtagh e Nieran estavam dentro. Do outro lado, estava a Ra'zac fêmea e o Cavaleiro. Trajava uma armadura negra completa, e seu dragão pela primeira vez se levantou. Trianne rugiu acima dele, e ele apenas olhou para ela, como se fosse insignificante, ante a ferocidade na batalha. As duas figuras começaram a caminhar, e eles também. Pararam em uma distancia razoável.

-Olha só quem temos aqui, a Rainha Cavaleira, o Rei anão e seu filho, e um Cavaleiro sem seu dragão. - ao ouvir isto da fêmea Murtagh sentiu vontade de voar no pescoço dela. - Perdoem-me não me apresentar antes, mas presumo que já saibam. Sou Jhrans, Rainha dos Ra'zacs, e futura Imperatriz das Montanhas Beor, e mais para frente Rainha de Alagaësia. Curvem-se perante mim.

Trianne rugiu alto e avançou para atacá-la.

-Mantenha seu dragão longe, não vai querer que se machuque. - disse Jhrans.

Trianne, fique atrás de mim. falou Nasuada.

O dragão relutante pousou perto dela. Tinha um corte não tão fundo em seu dorso.

-Vocês me causaram alguns problemas. Primeiro não esperava ser atacada por arqueiros. Plano genial do Cavaleiro, certo? Mas foi inútil, não reduziu nem a um terço do meu exército. Que contava com mil soldados bem treinados. Depois fora com as armadilhas e com a ajuda lateral, depois com o Cavaleiro vermelho, depois com a roxa, depois com o exército atacando o flanco esquerdo de meu mais forte batalhão. É, me surpreenderam. Mas não pensem que possam dar esta guerra como vencida. Ainda tenho outras Dauthdaerts em minha tenda, caso seja necessário. - Trianne subilou baixo. - Tenho feiticeiros á minha disposição em Aberon, que podem fazer um belo estrago, tenho espiões, e mais alguns ovos, principalmente em Gil'ead, coisa que Murtagh não descobriu por eu ter ocultado. Surpreendeu-me bastante entrar na mente de um dos meus filhotes. E, além disso, tenho mais dois ovos, que se eclodirem serão fêmeas, e vão cuidar do resurgimento novamente de nossa espécie, e tenho mais cinco ovos de dragão, e posso ter mais Cavaleiros ao meu lado. Mas isso é coisa secundária. Já perceberam quem está aqui? Pois eu lhes digo. Quem reside neste corpo é o próprio Galbatorix! - os Ra'zacs gritaram e os Cavaleiros engoliram em seco. - Duvido que consigam matá-lo. Vim muito bem preparada. O plano de vocês falhou, e as mortes foram em vão. - ódio preencheu o coração de Murtagh. - Agora, eu repito, curvem-se perante mim.

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Um longo minuto de silêncio. Murtagh olhou cansado para Nasuada. Ela também parecia abalada. As chances eram quase zero de ganharem. E depois? Se o que ela falava era verdade, tinham um plano bem planejado e arquitetado para dar certo.

Murtagh... lembra quando os Varden se aproximaram de Uru'baen?

Sim, como vou me esquecer?

Você me disse que iria me salvar, e eu continuei lutando, pois tinha você ao meu lado. Eu não desisti, e você também não. Eragon e Saphira não desistiram, os Eldunarí não desistiram.

Nasuada, eu estou sozinho. ele disse com lágrimas.

Não, nós estamos sozinhos. Mas sim, sozinhos juntos. Não me abandone, que eu não o farei contigo.

Ele sentiu a verdade em suas palavras. Foram ditas na língua antiga. Ela era forte e determinada. Nem diante de Galbatorix foi submentida. Como podia negar algo a ela? Sua admiração (que quase virava adoração) apenas crescia.

Não, não vou te deixar. ele respondeu confiante

Ela, mesmo por trás do capacete lhe dirigiu um pequeno sorriso. Para ele, foi o bastante.

Eu sinto muito mesmo, mas escute, Jhrans será minha oponente. Eu sei que quer vingança pelo que ela fez, mas por culpa dela, perdi tudo. Ou quase.

Mas Nasuada... ela matou o meu dragão!

Eu sei, mas tirou o meu reino. Também tenho muito do que me vingar. E, além disso... eu não sei se vou conseguir lutar contra o Espectro. Se ele realmente estiver com o espírito de Galbatorix, seria melhor que você o desafiasse, já que conhece pelo menos um pouco de seu estilo.

O Cavaleiro cedeu depois de muito esforço.

Luta comigo até o fim? ela perguntou erguendo sua espada.

Até o fim. ele respondeu.

-Não, nunca iremos nos unir contra você. - respondeu firme Nasuada. - Só vamos parar de lutar quando nossos corações pararem de bater.

-É uma pena! Gostaria tanto de ter tão brava Cavaleira ao meu lado. Galbatorix já havia me informado sobre como é perigosa, e com um enorme orgulho. Sendo assim, generais, podem acabar com todos. - disse a Ra'zac.

-Vejo que és covarde. - rebateu Nasuada. - Somos diferentes em muitas coisas. A principal é que tu não te arriscas pelo teu povo. Eles apenas seguem ordem. Se fosse realmente forte, lutaria comigo. - as palavras chocaram todos ali, menos Murtagh.

-O que está insinuando?

-Lute comigo. Tiraste meu reino, tenho o direito de exigir uma luta contra a sua pessoa. E eu quero vingança, pelo que fizeste a todos em Ilirea. - respondeu Nasuada.

A Ra'zac pareceu pensar por longos minutos. O Cavaleiro negro apenas lhe dirigiu um olhar calmo.

-Espectro, acabe com ela. - ordenou Jhrans.

O Cavaleiro pegou sua espada, que era de um tom negro tão intenso quando o céu noturno. Veio correndo até a Rainha.

Murtagh, esta é sua deixa. Cuidado.

Eu tomarei Nasuada... e obrigado, sabe, por tudo. E por não me ver como um monstro como todos os outros me viam.

Você nunca foi um monstro. Eles sim o são, mas tu, não seria nem se quisesse... obrigada. Não morra, por favor.

Não vou.

Promete? Já perdi tanta gente, que tenho... medo.

Ele nunca, mas nunca mesmo pensou e ouvir esta tal palavra vinda da poderosa Rainha. Mas no fundo era isso que ela tinha. Assim como todos têm os seus medos, o dela era perder mais uma pessoa perto.

Prometo.

Por um breve momento se olharam, e mesmo por debaixo do capacete, ele sabia que ela tinha uma lágrima de medo no rosto. Pegou Zar'roc e foi ao encontro do Cavaleiro. As espadas se chocaram violentamente, e eles recuaram. A expressão dele era feroz, mas não podia saber do Cavaleiro a sua frente, por causa do capacete.

-Nos reencontramos novamente. - falou o Cavaleiro.

A voz. Aquela especifica voz. Ele sentiu arrepios de medo. Medo, medo, medo. Não podia se mostrar fraco, mas era isso que estava sentindo. Medo. Muito medo. Havia tempos que não pensava em Galbatorix. Era a mesma voz, só que parecia ainda mais grossa e áspera. Ele atacou várias vezes, e o Cavaleiro apenas se defendia. Estava tomado pelo pânico. E medo. Ele por muito tempo o controlou, especialmente com o verdadeiro nome. Depois da luta contra ele em Uru'baen, não quis descobrir qual era seu novo nome verdadeiro. Tudo para não ser preso e forçado a nada novamente. O Espectro pareceu perceber isso, pois Murtagh estava recuando, e muito rápido. Seu medo o impedia de atacar. Sentiu vergonha de si mesmo. Thorn provavelmente estaria com vergonha dele também. Uma lágrima involuntária desceu pelo rosto.

Murtagh. chamou Nasuada.

Ele estava ocupado demais. O Espectro também o atacava com a mente, e era extremamente forte.

Ele não é o verdadeiro Galbatorix, você pode vencer. ela falou para ele.

Ele duvidava muito de suas palavras. Sentiu um corte na lateral da cabeça, e perdeu os sentidos por dois segundos. Estava ficando difícil, e ele recuava cada vez mais e mais. Seu dragão estava agachado, se precisasse saltar. Devia estar o ajudando, já que parecia não se cansar.

Você pode vencê-lo. Nasuada repetiu.

Um descuido e a espada do Espectro Cavaleiro quase perfurou a armadura dele. Bloqueava tanto quanto podia. Seus ataques pareciam tão confusos. Não eram nada parecidos com os de Galbatorix. E não havia nenhum movimento que desconhecesse de seu antigo mestre. Ele havia pensado que Murtagh nunca iria se voltar contra ele, por isso o mostrou boa parte do que sabia. Desferiu um golpe e por pouco errou, e o Espectro continuou a atacar.

-Poderíamos lutar lado a lado. Sabe muito bem que só se tornou forte por minha causa. Teríamos reinado juntos, mas você não conseguiu enxergar isso. - falou o Espectro Cavaleiro. - Não quer mesmo se juntar a nós? Afinal, Nasuada vai ficar viva, por causa de Trianne. Vamos precisar de mais ovos. Não importa quantos Cavaleiros Eragon tenha consigo, vamos criar uma nova ordem. Poderia ser o líder de sua própria ordem. Não quer isso?

E no fundo, ele sabia que queria. Queria muito ser líder de Cavaleiros, ser líder em algo, ser reconhecido. Não queria se isolar das outras pessoas. Queria poder. Mas não da maneira como o Cavaleiro Espectro via. Mesmo que nunca fosse admitir, queria ser como Eragon, que era admirado por todos. A voz tinha certo efeito nas pessoas, assim como as da menina-bruxa Elva. O Espectro percebeu que este pensava, e parou por um pequeno tempo. Talvez quisesse ainda mais que não matariam Nasuada ou Trianne. Era tentador. Apertou firme o cabo da espada vermelha. Sentiu vários olhares para si, já que a voz dele incentivava os outros, assim como a propaganda. Era terrível, mas não iria ceder.

-Não, nunca irei ficar do lado de vocês. - respondeu o Cavaleiro firme.

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O Espectro Cavaleiro voltou a atacar, e o Cavaleiro perdeu o equilíbrio, e o outro aproveitou isso. Por pouco não é decepada sua cabeça. Retoma Zar'roc, e continua a batalha. Ele era rápido e forte, só queria acabar de uma vez com Murtagh. Só queria isso, só... era isso! Uma lâmpada acendeu na cabeça do Cavaleiro. Como não tinha percebido isso? Explicava tudo. O Cavaleiro foi aos poucos tornando os movimentos lentos, e o Espectro o acompanhava. Era esse seu plano. Viu alguns traços dos ataques de Galbatorix. Era isso que estava acontecendo. O Espectro conhecia todos os seus movimentos, mas não tinha conhecimento que Murtagh agora sabia seu ponto fraco. Levaram ainda algum tempo, já que Murtagh não queria entregar seu plano logo de cara. Eles cruzaram as espadas, e Murtagh fingiu errar um golpe. E como havia previsto, aconteceu. O Espectro Cavaleiro desviou sua espada, girou o corpo e acertaria a barriga dele, como Eragon havia feito. Mas Murtagh fora bem mais rápido. Havia aprendido isso com seu irmão. Literalmente, pegou na ponta da espada negra, que era fria como gelo, e desviou o suficiente para subir a sua e tirar o capacete negro do oponente. O rosto trouxe seu medo á tona. Tinha o rosto inteiramente branco, com olhos vermelho-alaranjado, e o cabelo vermelho. Mas devia ter medo depois, enquanto o Espectro estava confuso. E era desses segundos de confusão que precisava. Tinha de agir antes de ele redobrar a consciência, e como sabia que Murtagh tinha percebido seu ponto fraco, atacaria com tudo. Girou a espada, quase decepando a mão do Espectro Cavaleiro. Vários golpes rápidos, e o Espectro já voltava a atacar. "Mire no coração" ouviu seu meio-irmão lhe dizer depois de matar Durza. Tentou um ataque arriscado, que deu errado, e sentiu as costuras de uma parte de sua cicatriz abrir quando o Espectro o atingiu nas costas. Sentiu muita dor, muito maior do que quando foram feitas, e menor do que a perda de seu dragão. As espadas se chocavam com muito mais força, e quase não conseguia ver o fio delas, de tão rápido que batalhavam. Vacilou em outro ataque, e teria sua cabeça perfurada. Teria. Surgindo do nada, a menina-gata pulou na direção do Espectro e o atacou. Infelizmente foi lerda demais, e a espada negra atravessou sua coluna. Raiva. Ódio. Só isso que sentiu. Deixou o sangue subir á cabeça e cravou sua espada no braço do inimigo, que soltou Sophia. Ele nem tentou impedir as lágrimas. Já havia perdido Thorn, e agora a segunda que era a mais próxima dele. Sentiu-se novamente sem chão. Não, não iria perder a luta. Pelos dois, iria ganhar. Em uma tentativa suicida de vingança, se jogou em cima do outro, e conseguiu pegar sua espada pelo cabo e a jogou longe, e finalmente, atravessou seu coração. Ele o olhou vazio por um tempo, e depois viu fumaça saindo de seu corpo. Na realidade eram almas, e a principal de Galbatorix. Ele se dissolveu em pó, dando fim á vida do Cavaleiro. Anões gritaram felizes. Seu dragão negro rugiu de dor, e pulou em direção á Murtagh. Este queria correr de volta para Sophia, e tentar lhe salvar a vida. Mas seria difícil, já que podia ter quebrado a coluna. Levantou sua espada, sabendo que seria um suicídio maior ainda lutar contra um dragão cheiro de raiva, quando Trianne pulou por cima do Cavaleiro, e pousou nas costas do outro, enterrando as garras nas asas, as prendendo ao chão.

Murtagh! gritou Trianne. Ajude-me!

Estou indo.

Ele olhou ao redor, mas não havia exatamente como ajudar. Até olhar para Sophia. Ela o fitava com dor, e ele quis correr e ajudá-la, se não tivesse se lembrado de Thorn. Que, por um acaso, ainda tinha a Dauthdaert fincada nele. Aproximou-se do dragão. Usou até mesmo a energia reserva de pedra preciosa que tinha. Ele teleportou a Kveykva fincada em seu dragão para sua mão. Isso era bem difícil de ser feito, e tomou muita força de si, e o cansaço abateu. Sentiu o sangue de seu dragão na lança, e sentiu mais raiva ainda. Correu para junto dos dois dragões.

Não o deixe levantar voo. falou para Trianne.

Ela era menor que o dragão negro. Ele rugiu, e a tirou de cima dele, e os dois cuspiram fogo. As chamas negras e roxas se misturaram, elevando a temperatura. Se paroveitou para se aproximar do dragão negro. Este parou de soltar fogo, e chicoteou o rabo para perto dele. Trianne mordeu seu pescoço, voltando a atenção para ela. Depois mordeu seu flanco, e jogou todo o seu peso derrubando o negro. Mas antes que Murtagh tentasse se aproximar, o dragão jogou fogo negro em cima dele. Suas barreiras se quebraram, e tudo ficou preto.

Escuro.

Sentiu a armadura derreter.

E fogo estar ao seu redor.

Trianne tentou o proteger. Mas não foi preciso. Ele não estava morrendo. Ainda segurava a Dauthdaert. Ela era imune a fogo, se lembrou, e a vários tipos de encantamento. O fogo parou, e ele continuou em pé, sem nenhum machucado, apenas com a armadura derretida. O vermelho estava chamuscado, fora isso, estava bem.

Trianne coloque-o no chão. Tenho uma ideia.

O dragão roxo saltou sobre o outro, que abriu as asas e começou a subir. Esta bateu as asas mais rápidas, segurou as asas do dragão negro, e mordeu o pescoço, um pouco abaixo do crânio e encolheu as asas, deixando que a força da gravidade, somados ao seu peso levassem o dragão ao chão com um estrondo. Ela segurou a cabeça do outro com uma das garras, levando um corte feio na perna, mas continuou segurando-o. Murtagh se aproximou, e esperou o dragão rugir e soltar inutilmente fogo nele. Aproximou-se, e antes do mesmo fechar a boca, ele atravessou a Dauthdaert em sua garganta, que saiu no topo de sua cabeça, quebrando os ossos do crânio com um estalo forte. Trianne rugiu triunfante, e Murtagh pode relaxar.

Ele havia ganhado do Espectro.

Que tinha o espírito de Galbatorix.

Ele havia vencido.