Em um momento de loucura em uma cena de crime, Sara tocou suavemente seu rosto, a princípio Grissom assustou-se, mas depois seus rostos estavam colados, ela o beijou... sozinha, ele não retribuiu o beijo, estava assustado, com medo de que perdesse o controle e a tomasse em seus braços ali mesmo, estragando assim a cena do crime... Sara se afastou e envergonhada correu para o carro, ele nada falou... Pegou as evidências e entrou no carro.

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Nenhuma palavra foi dita durante o trajeto até o laboratório. Grissom queria ter dito que a amava e que a desejava, mas não teve coragem, Sara por sua vez queria sumir simplesmente.

Chegaram no laboratório, tomaram caminhos diferentes, calados... Sara foi analisar as evidências, Grissom como sempre se trancou em seu escritório, queria pensar,decidir essa situação em qual se encontravam.

Na sala de convivência em meio a pensamentos Sara havia tomado uma decisão, iria pedir tranferência para São Francisco. Preencheu a papelada e foi direto na sala de Grissom lhe entregar, ele não estava, havia saido com o Jim. " Ótimo assim não terei que me despedir, nem me explicar! " pensou Sara. Deixou o envelope na mesa e saiu...

Saiu sem se despedir de ninguém, seria melhor assim, sem despedidas. Seu coração não aguentaria... Teria que abandonar tudo. Teria que abandonar seus amigos. Velhos companheiros de vitórias e derrotas. Teria que abandonar esse amor que sentia por Grissom, que estava a levando a fazer loucuras. O beijo que deu nele em uma cena de crime comprovava isso, e comprovava ainda mais, ele não a amava, nem por um segundo retribuiu seu beijo.

Sua despedia do laboratório foi silênciosa, ninguém imaginou que a estava vendo pela última vez, seu turno havia acabado, ninguém desconfiaria. Entrou em seu carro e deixou as lágrimas teimosas cairem com força.

— Adeus Gilbert Grissom, adeus meu amor.

E partiu...

Enquanto isso Grissom estava travando uma luta entre a razão e a emoção. Amava Sara, mas seus medos o faziam renunciar esse amor, mesmo agora depois de um ato de loucura dela ao beijá-lo, ele não conseguia assumir esse amor para ela, mesmo sentindo a maciez de sua pele e o perfume do seu corpo tão próximos ao dele.

Entrou em seu escritório e notou um envelope com a letra de Sara, lê a folha de papel que o entristece. Ele já estava contagiado pela tristeza, abaixou a cabeça e pensou como seria difícil viver e trabalhar sem a presença dela.
Pela primeira vez seus olhos pareciam estar transbordados pelas lágrimas. Agora sabia que tinha disperdiçado sua única chance de ser feliz ao lado dela, sua única chance de ter se declarado à ela.

Desesperado, procurou conforto em seus pensamentos:
"E pensar que aquele foi o primeiro e o último beijo que recebi de seus lábios macios, e que eu por medo não retribui e foi a última vez que senti sua pele sedosa e suavemente perfumada. Sempre me lembrarei de seu sorriso encantador e de sua voz suave."

Grissom pensava e chorava: "Agora terei que abandonar meus sonhos, minhas fantasias."

Por medo, puro medo, Grissom havia renunciado um amor verdadeiro, mesmo amando Sara e agora tendo a certeza que ela também o amava, afinal, ela havia ido embora por sua causa...

Apesar do choque, Grissom não teve coragem de ir atrás dela...

— Adeus Sara Sidle, adeus meu amor.

E a deixou partir...