Nunca Disse Adeus

Capítulo 3: A Ultima Dança e o Taxista


Já estávamos um pouco tontos, falávamos besteira e riamos sem motivo aparente, coisa de bêbado.

- quer dizer que ela era uma dançarina? – o garçom pergunta dando uma analisada no meu corpo, ele olha por um momento sem dizer nada.

- acredite; ela é boa. – Lou diz e dou um tapa bem dado no braço dele.

- desculpa é culpa dessa bebida maluca aqui. O que é isso cara? – ele pergunta ao garçom.

- se chama Balkan, teor alcoólico 88%, triplamente destilada, com 13 avisos de prejuízos ao beber, por isso é melhor misturá-la em drinks.

- só agora você fala isso? – pergunto incrédula, mas continuamos a bebê-la pura. O garçom sai.

- quero ver você dançar! – solto uma pequena gargalhada, achando que ele estava, sei lá puff, brincando; - é serio dança para mim.

- o que?

- dançar. – ele diz bem devagar e alto.

- eu estou bêbada não surda. – eu digo na mesma altura.

- então vai dançar para mim? – minha nossa, eu juro que eu nunca mais vou beber na minha vida.

- ok. – eu digo e o puxo para uma mesa vazia. Algumas garotas mais novas dançavam em outras mesas, e eu me senti insegura, mas estava bêbada pra caramba. Eu o sento em uma cadeira e subo na mesa que tinha aquele cano no meio, eu estava bêbada demais para lembrar o nome, está percebendo que eu estou culpando a bebida não é?

Começo a dançar, eu não sei se eram os anos de pratica, se era ele ali me olhando se era a bebida, mas eu dançava como sempre dancei, e ele sorria e me olhava com desejo, alguns homens se aproximam da mesa, mas eu só tinha olhos para ele. Eu girava ao redor do “cano”. Quando a musica para os homens me aplaudem e ele se levanta. Ele me pega pela cintura e me ajuda a descer da mesa.

- minha nossa, você foi demais. – ele diz ao meu ouvido.

- eu nunca mais vou beber. – eu digo sorrindo, me voltando a sentar no balcão, o garçom se aproxima de novo.

- tem razão ela é realmente boa.

- mas é minha pelo menos por hoje.

Bebemos muito, muito mesmo, eu já enxergava tudo em dobro, minha cabeça rodava mais e mais.

- tudo bem, chega acho que é hora de ir. – eu digo e ele concorda com a cabeça. Ele paga e saímos do bar. Pegamos um taxi, pois estávamos muito bêbados para ousarmos dirigir mesmo que por poucos quarteirões.

- qual seu nome amigo? – Lou puxa assunto com o taxista, ele tinha os braços em volta do meu ombro e estava bem próximo, eu lutava para manter meus olhos abertos, eles ardiam.

- é Max. – o taxista responde, meio impaciente. Viu que nós estávamos muito bêbados e que iríamos falar besteira.

- Max, sabia que ela vai me deixar? É, ela vai embora para NY amanha e eu nem mesmo acredito. – o taxista o olha pelo retrovisor.

- ela é orgulhosa demais para ficar. – viro o rosto dele e o beijo para calar a boca dele. Ele coloca a mão na minha coxa por baixo do meu vestido. O taxista nos olha, mas eu estava bêbada demais para me importar, assim como ele. Desço minha mão pela barriga dele e continua descendo (imaginem)... Ele beija meu pescoço e vai descendo ate meu colo, beijando. O taxista descontrola o carro e vira com violência.

- presta atenção na estrada, amigo. – Lou diz, mas eu nem mesmo me importo e me viro por cima dele me sentando em seu colo. Ele passa a mão na minha bunda, eu solto um gemido ao sentar em seu colo e ele volta a beijar meu pescoço.

- assim fica difícil não é? – diz o taxista e eu sorrio contra a boca de Lou segundos depois paramos em frente a casa dele, ainda bem pois as coisas estavam esquentando demais. Saímos do carro e eu me pendurava nele para me manter em pé.

- quanto deu? – Lou pergunta.

- é de graça, pelo show! – diz o taxista sorrindo e indo embora.

- idiota. – eu digo;quando ele se afasta.