Desde que Prim veio me conhecer oficialmente, e me apresentei como namorado de sua irmã, nós três estamos sempre fazendo alguma coisa aqui em casa. Hoje especialmente fui convidado para ir no apartamento delas. Estou um pouquinho ansioso. Só um pouquinho.

Eu e Katniss estamos nos conhecendo e até posso arriscar dizer que possamos virar amigos. Agora somos conhecidos que se dão bem. Isso inclui as implicâncias.

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Saio de meus devaneios com uma mensagem de Haymitch.

“ Reunião as cinco. Acho que conseguiu o papel. Sem atraso.

Hay.”

Isso é bom. Muito bom. Parece que tudo está ocorrendo como planejado.

OK. Te vejo mais tarde.

Peeta.”

É tudo que respondo. Desligo a TV e sigo pro meu quarto pegando a carteira junto com as chaves de casa. Finnick logo está chegando.

Meia hora depois ouço o portão da garagem sendo aberto. Fecho a casa e vou até ele.

– Sabia que é chato pra caramba ser seu motorista particular. Devia ganhar mais por isso.

– Bom dia pra você também. E a culpa não é minha.

Ele solta o ar e revira os olhos.Nota mental: ele está com um péssimo humor.

– Ao menos esse plano está andando rápido e logo você pode sair de carro sozinho não se importando se será ou não seguido.

Concordo com a cabeça e olho para a rua. Hoje o dia está quente. Pleno verão.seria ótimo se pudesse levar Prim e Katniss na praia. Pelas minhas contas eu só vou poder fazer isso daqui alguns meses e já vai ser quase inverno.

Algum tempo depois Finnick estaciona em frente a um prédio. Coloco o boné e os óculos escuros e olho pra Finn.

– Brigada Finn, pode deixar que daqui eu chamo o meu motorista e vou direto pro escritório do Haymitch.

– Então tá. Te vejo mais tarde.

Saio do carro com um aceno e entro no prédio. Assim que me vê o porteiro vem até mim.

– Posso ajuda-lo?

— Sim. Vim ver Katniss Everdeen , apartamento 451.

– Claro. A senhorita Everdeen. Ela me avisou que o senhor viria, pode subir.

– Obrigada.

Entro no elevador e aperto o botão do 7º andar. Logo estou no andar e de frente para a porta de seu apartamento. Aperto a campanhinha colocando as mão nos bolsos.

– Já vai.

Ouço a voz de Katniss e em seguida passinhos correndo pela casa. Logo a porta se abre e vejo uma figura com duas trancinhas loiras me olhando, logo sinto dois bracinhos me apertando.

– Tio Peeta!

— Oi princesa. Como está?

— Eu to bem. Sabia que amanha eu vou no cabelelera?

— Cabeleireira, Prim. É assim que se fala.

Katniss diz entrando.

– Oi Peeta. Tudo bem?

– Tudo sim e com vocês?

– Também. Prim tava doida pra te ver.Acredita que me acordou seis da manha me perguntando a hora que você ia chegar !?

Rio da careta que Prim fez.

– Eu também tava morrendo de saudade da princesa.

– Viu Kat.

Katniss ri e senta e eu sigo seu gesto cm Prim ainda em meu colo.

– Então princesa o que você vai fazer na cabeleireira?

— Eu vou cortar o cabelo. Porque o tio Cato falou que é mais bom. Ai depois eu vou perder os otros e vou usar os cabelos que a Kat e a tia Ann comprou.

Olh para Katniss que apenas olhava para Prim com um sorrisinho no rosto.mas sei que ela ta triste.

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– O tio Cato falo que eu vou ficar bonita. O que você acha tio?

— Eu acho que vai ficar linda. A princesa mais linda de todoooo o mundo.

Ela ri.

– Eu vo lá pega os meus cabelos. Fica ai tio.

Ela sai correndo em direção ao corredor.

– Já?

–Já. Ela já teve uma sessão de quimioterapia mas vai ficar mais intenso. Logo os cabelos vão cair. Então conversando com Annie e o médico achamos melhor cortar o cabelinho dela logo porque assim vai assustar menos. Annie ta fazendo um ótimo trabalho animando ela. Ontem fomos em uma loja de perucas e compramos algumas.

–E o que falaram pra ela?

— A alguns dias eu falei com ela. Expliquei. Ela tinha corrido pro quarto falando que tudo bem. Ontem eu e Annie sentamos com ela e falamos. Dizemos que agora ela pode ter um monte de cabelos diferentes. E que ela vai ser a princesa com os melhores cabelos do mundo. Na loja ela ficou bem mais animada.

Sinto um nó na garganta.

– Estou com medo. O médico pediu para esperar até o final do tratamento pra ver como ela reage a quimioterapia para começar a procurar um doador. Porque ter uma chance maior de o transplante dar certo o tratamento tem que fazer efeito no organismo dela e as chances aumentar para 30%.

Quando abro a boca para falar vejo Prim vindo com varias perucas nas mãos. Algumas coloridas.

– Olha tio eu vou ter cabelo rosa.

Ela joga todas as perucas no sofá e traz a peruca rosa escuro. Pego nas mãos e sorrio. Ela tava toda empolgada com a peruca, pegava as outras e colocava na cabeça. Eu apenas sorria para ela. Com uma enorme vontade de chorar. A maioria da perucas eram loiras, mascada uma com um corte diferente. Tinha uma com corte Chanel e franginha, outra longa, uma cacheada e outra com mechas azuis. Tinha as coloridas também, a rosa que eu seguro, também Chanel e com franginha, uma azul claro que ia até um palmo depois do ombro e uma outra rosa claro.

Ela colocava todas e falava. E eu apenas olhava aquela figura encantadora, feliz com algo que significa a nossa tristeza.

Depois de um tempo ela guarda todas e diz que vai pegar a foto que ela tirou ontem.

– Ela perece feliz.

– Está.o mais difícil é ficar também.

Concordo com a cabeça.

– Mas mudando de assunto. Adivinha quem conseguiu um emprego?

Olho para ela que mudou a expressão para algo empolgado.

– Sério?!

– Sim, eu pedi pra Haymitch e ele conseguiu. Vou trabalhar com uma outra médica. Ela é pediatra também. Então...

– Isso é maravilhoso. Fico feliz por você. Sei que não ia conseguir ficar parada.

— Tem razão. Já fiquei muito tempo.

– E como vai fazer com Pri?

– A vizinha, uma senhora chamada Grace, ela ficou desempregada a pouco tempo e ela é baba. Ela adorou Prim e Prim também gostou dela. Então ela vai cuidar de Prim. É apenas meio período. Eu saio as seis de casa e trabalho das sete ao meio dia. E a outra médica das uma as seis. Prim acorda as nove então ela fica longe de mim só três horas. Grace chega na hora que eu tiver saindo então é um bom horário. Domingo eu não trabalho.

– Isso é bom, ela vai estar com alguém confiável. Se quiser eu fico com ela alguns dias.

– Ela vai amar. Os sábados que você puder eu levo ela. E também vou comprar um carro.

– Se quiser eu te ajudo.

– Vai ser ótimo. Obrigada.

Ela sorri e levanta.

– Já é quase hora do almoço. Vou fazer comida. Quer ir lá pra cozinha comigo?

— Quero, posso ajudar.

– Não.nem pensar você faz muita bagunça. Acha que eu esqueci?

– Que?! Eu posso fazer bagunça mas nunca explodi panelas de feijão ou queimei pano de prato. E minha comida é comestível.

– Ok! Confesso que eu não sabia cozinhar mas agora eu sei.

Ela ri mais e eu acompanho.

– Quero ver.

Prim entra na cozinha e se senta ao meu lado.

– Prim como você come a comiada sua irmã?

— É que você nunca comeu a do tio Finn. A Kat cozinha bem. O tio Finn não sabe nem fazer ovo cozido.

– E você sabe fazer mocinha?

Ela olha pra Katniss como se a pergunta fosse a mais idiota possível.

– Não. Mas a tia Annie fala isso.

Menina esperta.