Era o primeiro dia que iríamos nos reunir para começar a organizar o baile.

Pensei em utilizar o tempo das aulas vagas, mas, como não tínhamos horários compatíveis, tivemos que nos encontrar na biblioteca às 16:30.

Cheguei mais cedo (assim que acabou a última aula) e fiquei lá lendo algumas coisas e escrevendo os 50 cm que a Minerva havia pedido para a próxima semana.

Vi o Cedrico, monitor da Corvinal, se aproximar.

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– Oi – Ele disse.

– Oi.

– Está aqui há muito tempo?

– Mais ou menos isso. Cheguei aqui depois da ultima aula, estava fazendo as atividades... Você viu os outros?

– Acho que... – Algo o atrapalhou.

Ouvi algumas pessoas pedirem silêncio, enquanto a Abott entrava reclamando algo com o Draco depois que ele deu um leve empurrão nela.

Pareciam ser amigos... Estranhei. Draco Malfoy, o sonserino arrogante amigo de alguém da Lufa-Lufa?

Sacudi a cabeça e fiz sinal para que se sentassem nas cadeiras que rodeavam a minha mesa, assim que terminei de enrolar o meu pergaminho e fechar os livros.

Levantei-me para guadá-los e quando sentei-me novamente o Draco falava:

– Eu acho que pode ser um baile de todo mundo nú. – Ele deu um sorrisinho malicioso.

– Ai, como você é idiota! – Eu disse, perdendo completamente a paciência com aquele completo imbecil.

– Porque você está aqui, Granger? Você é a única de nós que não é monitora!

– Pois você está muito enganado! – Retruquei – Eu sou a monitora reserva e...

– Creio que logo, logo ela será a chefe dos monitores da Grifinória, Malfoy. – O Cedrico me defendeu.

– Etá bem, está bem, mas não é isso que viemos fazer aqui, certo? – Abott logo se pronunciou.

– OK, desculpa. Mas manda esse idiota ficar quieto. – “Foco, Hermione, foco”, pensei comigo mesma. – O que vocês estão pensando em fazer?

– À fantasia? – A garota sentada ao meu lado perguntou.

– Clichê, mas acho que é um dos melhores.

– Todo mundo nú? – O loiro do outro lado disse, pegando na minha perna. Todos o ignoramos.

– De máscaras? – Foi a vez de o garoto a minha frente opinar.

– Normal demais, mas é o que eu mais gosto. – Eu disse.

– Fantasia de super-heróis trouxas... De máscaras!

Draco bufou assim que a Abott falou a palavra “trouxas”.

– Adorei! – Eu disse.

– É o que? Tá louca, garota? Trouxas... – Ele gargalhou. – É claro que não! Duvido muito que alguém aceite uma coisa dessas!

– Eu acho que podemos ir falar com o Dumbledore. – Ana falou.

Draco riu-se e falou que iria ele mesmo falar com o diretor, “afinal, ninguém vai aceitar”, segundo ele.

O vi aparatar e após 10 minutos ele voltou, com a cara mais amarrada possível.

– Deixa eu adivinhar... Ele amou a ideia? – Eu disse, zombeteira.

– É! Aquele... – Ele olhou para mim. Eu já me preparava para mata-lo caso ele terminasse a frase... Mas ele não o fez.

– Ótimo! – Cedrico falou, interrompendo o meu olhar raivoso para o loiro ao meu lado.

– Melhor começarmos a decidir logo a decoração, bebida e essas coisas, não acham?

– É melhor mesmo, tenho que estudar para as NOM’s e não posso ficar me reunindo o tempo todo.

Terminamos de arrumar a decoração e decidimos q teriam bebidas alcóolicas, mas apenas para os meninos do sexto ano, que usariam pulseiras roxas como identificação.

O salão ficaria arrumado com algumas mesas e um espaço no centro para ser a pista de dança. Do lado direito teria o bar com bebidas mais pesadas e do esquerdo bebidas acessíveis à qualquer idade.

O baile seria apenas para o quarto, quinto, sexto e sétimo ano e as fantasias provavelmente se repetiriam, com tantos alunos, então definimos que estes poderiam se vestir como grandes e famosos bruxos também.

Para os comes e bebes decidimos que teria brigadeiro (claro), tortinhas de abóbora, pãezinhos de queijo e tudo isso que tem em aniversários. Dei a ideia de haver uma mesa com doces do tipo balinhas (não de todos os sabores, imagina você beijar alguém que acabou de comer uma daquelas balinhas sabor vomito?) e chicletes de menta também.

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Quando falei a parte da mesa Malfoy me irritou completamente co o seu comentário: “pretendendo beijar alguém, Granger?”. Fiquei vermelha na hora, mas por sorte o Cedrico veio em minha defesa: “ela faz o que ela quiser Draco, e você não tem nada haver com isso. Não se mete, falou?”.

– Iiiih... Não vai me dizer agora que o Diggory que a sangue-ruim? – Draco, falou, mas o moreno não respondeu. – O que foi? O gato comeu sua língua?

– Não enche Malfoy... E se eu quiser?

– Aposto como você só quer pegar pra jogar logo fora.

– Você não sabe de nada. Cala a boca agora!

Terminamos a reunião. O Draco e o Cedrico sempre se alfinetando e se olhando feio depois dessa discussão.

Levantamos e eu saí andando, depois que me despedi de todos. Assim que saí da biblioteca, Ana me chamou e correu ao meu encontro.

– Disputada por dois gatos, hein? – Ela falou sorrindo maliciosamente.

– Dois? Gatos?

– É! Draco e Cedrico, oras!

– Gato? O Draco?

– É! Pois vai me dizer agora que ele não te deixa louca?

Corei violentamente.

– E o Cedrico? Caidinho por você. – Ela disse. – Mas e ai? Vai ficar com qual lá no baile?

– Com nenhum. – Dei de ombros.

– Tem certeza? – Eu assenti. Ela olhou para os lados e continuou falando, quase que num sussurro. – é que eu to interessada nele e...

– Vou te juntar com ele! – Eu disse, um pouco alto demais. Ela colocou a mão na minha boca rapidamente. – Desculpe.

– Não precisa não Hermione! Ele não vai olhar para mim nunca! Ele parece que quer muito ficar com você!

– Relaxa que eu não penso em ter algo com ele.

Ela ficou super feliz e deu alguns pulinhos, parecendo uma patricinha. Ela me levou até a porta do salão comunal da Grifinória, o caminho todo falando sobre o Cedrico.

Na verdade não era para lá que eu queria ir, mas ela estava comigo e não podia saber de jeito nenhum o que eu estava fazendo. Não mesmo.

Ela se despediu de mim e eu pude fugir para a sala de Dumbledore.

Aparatei em frente à penseira e peguei logo mais um frasco.

FLASHBACK ON

O quarto ano havia acabado de começar e lá estava eu, observando o Vítor Krum entrar no salão comunal ao lado de Igor Karkaroff, o diretor do seu colégio, seguido pelo restante dos alunos do Instituto Durmstrang que tinham idade para estar ali.

Pensei em tê-lo visto olhando para mim, mas é claro que não! Nossa... Como eu sou idiota... Ele é o Vítor Krum! Nunca olharia para uma rata de biblioteca como eu.

O Professor Dumbledore nos apresentou o Torneio Tribuxo e ouvi Fred e Jorge darem risadinhas ao meu lado. “Nós vamos, Fred?” “Nós vamos, Jorge!”. Revirei os olhos com a idiotice deles.

Após o jantar, o Dumbledore se levantou novamente, bateu três vezes na sua taça de cristal e disse que teríamos um Baile de Inverno, como em todos os anos de Torneio Tribuxo.

Algumas meninas ficaram muito felizes e suas expressões mudaram para sonhadoras. Os meninos no geral fizeram um “aaah” desanimado. E é claro que eu já previa como eu iria: sozinha.

As garotas da Academia de Magia Beauxbatons e os meninos do Durmstrang tiveram liberdade para escolherem algum dos dormitórios para se instalarem.

A maioria dos garotos foi para a Corvinal (com seus namorados) e a maioria restante foi para a Lufa-Lufa, exceto um grupo de cerca de dez meninas que se juntaram à Grifinória.

Uma delas apertou a bunda de Rony no caminho. Fiquei emburrada e subi logo para o meu dormitório. De fato eu não queria ficar olhando o Ron de gracinha com uma qualquer.

A tal garota tinha cabelos claros e bem cheios e cacheados. Os olhos claros e o nariz empinado até demais pro meu gosto.

Acordei de madrugada e resolvi descer, a barulheira que escutei antes de dormir já não estava mais lá. O salão comunal estava cheio de pessoas amontoadas umas em cima das outras. Algumas garrafas vazias de Baba de Bruxa, a pior e mais barata vodka do mundo bruxo, encontravam-se jogadas no chão.

Quase vomitei só de ver. Como alguém conseguia beber algo como aquilo? É tão forte que eu fico bêbada só cheirando uma coisa dessas.

Ouvi a mulher gorda falar algo do lado de fora e saí para ver o que estava acontecendo, quando me bati com o Cedrico, que tinha uma expressão de desespero.

– O que houve? – Eu perguntei.

– Este jovem da Corvinal quer entrar no dormitório da Grifinória a esta hora da madrugada sem estar acompanhado por sequer um grifinório!

Cedrico não disse nada, mas seu olhar de súplica me fez dizer:

– Tudo bem, ele está comigo.

Cedrico entrou correndo e olhando para os lados, parecia estar procurando algo.

Quando pensei em abrir a boca para questioná-lo, ele paralisou... E irrompeu em lágrimas.

E foi aí que eu vi. Uma garota da Sonserina jogada no chão agarrada a um grifinório que não consegui distinguir.

E foi aí que eu percebi: a sonserina era a namorada do Cedrico.

Ele soluçava ao meu lado. A única coisa que pude fazer foi abraçá-lo. O sentei em uma poltrona e o abracei.

Ficamos ali por um tempo até que ele se remexou um pouco e começou a se lamentar.

– Shhh... Shhh... – Eu não o deixei falar. Apenas sussurrei que aquilo poderia não ser o que ele estava pensando, já que estavam todos bêbados.

Enquanto isso eu apenas pensava na loira sentada no sofá com o meu Rony deitado por cima...

FLASHBACK OFF

Sinceramente não entendi porque aquela memória estava lá. Talvez pela raiva que senti da tal Lilá quando eu ainda gostava do Rony.

Peguei mais um frasquinho.

FLASHBACK ON

– Como todos já sabem, este ano faremos um Baile de Inverno. E, como todo baile, vocês terão que dançar. – A Professora Minerva disse.

Os meninos arregalaram os olhos, assustados.

Vi a professora dançar com o Rony, pedindo para Merlin que ela me chamasse para dançar com ele ali naquele momento.

Mas isso não aconteceu.

Eu danei com o Dino Thomas, mas ele parecia muito interessado em dançar com a Gina.

Logo depois, tivemos aula de Quadribol. Eu estava morrendo de medo, sepre odiei voar.

E pra completar, ainda era aula dupla com a Sonserina.

A Madame Hooch mandou eu fazer dupla com a Pans Parkingson.

– Não Professora! Com ela eu não vou!

– Aah, pelo amor de Merlin, srta Parkingson!

– Eu também não vou com ela de jeito nenhum! – Eu gritei.

– Elas vão se matar, Madame Hooch! Umavai derrubar a outra da vassoura, não acha melhor trocar os pares?

A professora de cabelos grisalhos e olho amarelos como os de um gavião revirou os olhos, me colocou como Draco – adiantou muita coisa, hein – e disse que não trocaria mais dupla nenhuma.

Fui me vestir e demorei um pouco para acertar as caneleiras, então desisti delas.

Madamo Hooch mandou voarmos lado a lado, zigue-zagueando.

Eu subi na vassoura e Draco segurou meu braço, percebendo a minha instabilidade.

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A nossa altura aos poucos foi aumentando. Minhas pernas já termiam de medo e eu nçao conseguia me equilibrar de jeito nenhum.

– É melhor descermos! Se continuar assim você vai cair!

Foi a primeira vez na vida que concordei com o Draco.

Quando pisamos no chão, ele falou para eu subir na vassoura dele (N/A: ai meu Merlin, pensei merda kkkkkkkk) para treinar o equilíbrio.

Draco começou a subir mais e eu enlouqueci de medo. Me agarrei a ele enquanto subíamos cada vez mais.

– Posso começar a fazer curvas?

– E eu tenho escolha?

Soltei um gritinho quando Draco virou a vassoura para direita, logo depois para a esquerda e direita de novo.

Cravei as unhas em seu peito quando inclinamos. Ele riu e perguntou: “tá tudo bem aí atrás?”. Fiquei com um pouco de raiva, mas n quis me mexer, então deixei a surra nele para depois.

Estava tudo muito bem, eu conseguia me equilibrar direito e sempre que meu corpo pendia para um lado ele colocava uma das mãos em minha perna... Até que eu espirrei.

Me desequilibrei e levei Draco comigo, nos vendo em uma queda livre.

Bem perto do chão vi Draco conseguir fazer a vassoura subir um pouco, mas não o suficiente. O fundo do cabo, onde estavam as “palhas” bateu no chão.

Nossos corpos foram arremessados e quicaram para frente, até que eu caí de costas, o braço direito completamente dolorido. Draco caiu em cima de mim, seu hálito fresco perto demais.

– Draco – Eu disse, com dificuldade. – Você tá em cima do meu braço. – Gemi de dor.

– Desculpa. – Ele falou. Parecia estar com dor também. Ele tentou sem levantar, mas sem sucesso. – Acho que podemos ficar um pouco aqui, não acha? Tá tão bom...

Gelei. Ele disse que estava bom devido à nossa posição ou à dor que ele sentia à cada movimento?

Murmurei um “ai”. Ele pediu desculpas e se levantou com dificuldade, estalando as costas.

Ele me estendeu a mão, mas eu não consegui segurar com o braço direito, parecia estar quebrado. Ele puxou levemente meu braço esquerdo e me ajudou a ficar em pé, mas eu logo desabei no chão novamente.

Parecia que minha perna direita também não tava muito boa.

Draco olhou para os lados e me carregou. Ouvi ele gemer, também estava machucado.

Ele mancou comigo no colo pelos corredores de Hogwarts, mas ao menos tentei impedi-lo de me ajuda, tamanha era a dor.

Meus olhos aos poucos foram fechando e quando abri-os novamente eu já estava deitada na enfermaria.

Já era noite e Draco dormia na cama ao lado. Tentei me levantar mas lembrei que estava impossibilitada.

Havia quebrado a perna e o braço do lado direito.

FLASHBACK OFF