Capítulo 23

Na manhã seguinte

Helena narrando: Eu e o Renê não estávamos com sono e ficamos conversando o resto da madrugada o que não era muito já que eram 04:50

— Parece que o dia está amanhecendo. Digo ao perceber alguns raios solares invadirem o quarto

— É concordo com você. Quantas horas são amor?

— São 06:15. Hora de levantar

— Ah não. Vamos ficar em casa só hoje por favor. Diz me abraçando e beijando

— Amor temos que trabalhar

— Helena somos donos da empresa e patrões podemos faltar quando quiser.

— Por isso mesmo temos que dá o exemplo Renê

— Tudo bem então. Ele se levante e vai pro banheiro. Iria atrás dele,mas ele trancou a porta. Ele nunca tranca a porta e demorou bastante outra coisa rara

— Amor está tudo bem? Pergunto batendo na porta

— Sim. Passa mais alguns minutos e nada dele sair

— Amor tem certeza que está tudo bem?

— Que saco Helena eu não posso nem usar o banheiro em paz. Diz saindo do banheiro irritado e com os olhos vermelho com certeza ele havia chorado e bastante

— Amor você tava chorando? Pergunto passando a mão em seu rosto

— Não Helena. Estava apenas fumando no seu banheiro e você não me deixou em paz. Diz tirando minha mão do seu rosto

— Não faça isso com você eu sei que você não fuma

— Tudo bem Helena eu não fumo e dai se eu estava chorando? Isso nem importa pra você

— Claro que eu me importo meu amor você é o meu namorado

— Poxa Helena eu só queria passar um tempo á mais com você. Faz meses que eu ando estranho e quando finalmente consigo contar pra você o que eu queria, você age como se não fosse nada. Não precisa falar nada Helena eu sei que não me ama do jeito que eu amo você no mínimo gosta de mim,mas não é amor. Eu queria namorar,casar e ter filhos com você,mas já percebi que os meus planos não são os mesmos que o seu. Talvez eu não seja tão importante pra você do jeito que você é pra mim. Só mais uma coisa eu não tenho nada marcado na empresa hoje e sei que você também não tem. Você só não queria passar um tempo comigo. Prefere ficar o dia inteiro na empresa atoa do que comigo. Diz chorando novamente e saindo. Claro que eu fui atrás dele não podia deixar ele sair assim ainda mais acreditando nessas mentiras que ele mesmo criou na sua cabeça. Ele desceu as escadas tão rápido que nem deu tempo de eu alcança lo. Gritei por ele,mas mesmo assim ele saiu no seu carro em alta velocidade. Ligava pra ele o tempo todo na esperança dele atender,mas isso não aconteceu. Onde que eu vou procurar ele senhor? Meu telefone começou a tocar atendi na mesma hora achando que era ele,mas era á Rebecca me dizendo que ele tinha chegado na empresa diferente e me perguntou se a gente havia terminado. Disse pra ela que já estava chegando lá pra ela não deixar ele ir embora. Rapidamente me arrumo e vou pra empresa direto pra sua sala. Ele estava deitado em sua cadeira,olhando pro teto, mexendo os polegares

— Amor precisando conversar. Entro e tranco a porta

— Você não tem que trabalhar ou sei lá fazer alguma coisas melhor do que perder tempo comigo?

— Ah amor eu não perco tempo com você. O tempo que passamos juntos são os melhores do meu dia

— Não precisa mentir para mim Helena eu sei que você não me ama de verdade

— Renê não diga isso. Eu passei muito tempo da minha vida em uma mentira com um amor que nunca existiu pra escutar isso agora do único homem que eu sempre amei. Eu te amo é também quero passar o resto da minha vida com você junto com a família que a nós dois íamos construir,mas você não acredita nisso. Quando perceber o quanto estúpido está sendo comigo pode ser tarde demais. Percebi que não ia adiantar essa conversa com ele,então sai da sala, só que ele me puxou antes me fazendo sentar em seu colo de frente pra ele com uma perna de cada lado do seu corpo

— Me desculpa amor você tem toda razão eu exagerei com você. Eu te amo muito é as vezes acho que você merece alguém melhor do que eu

— Eu não preciso de outra pessoa porque eu te amo amor

— Me desculpa. Ele deita a cabeça no meu ombro e eu faço carinho em seu rosto

— Eu te amo Helena

— Eu também te amo Renê

— Helena vamos nós casar?

— Você está me pedindo em casamento ou é só o calor do momento?( não sei se vocês sabem,mas na minha cidade calor do momento é o mesmo que emoção do momento)

— Estou pedindo. Casa comigo?

— É claro meu amor. Caso até amanhã se você quiser

— Não amanhã não. Eu quero que seja especial e não da tempo de organizar tudo pra amanhã

— Renê não importa o dia,a hora ou o lugar o importante é que seja com você. Ele sorriu de um jeito pra mim tão doce e me beijou. Não era um beijo calmo e sim um beijo quente. Eu sabia o que ele queria e eu também se não, eu não tinha trancado a porta. Já transamos uma vez na minha sala na minha outra empresa,agora está na hora de fazermos na sala dele. Renê jogou as coisas de cima da sua mesa no chão e me deitou nela ficando por cima de mim beijando meu pescoço

— Amor cuidado. Faça menos barulho

— Tudo bem me desculpa. Renê não tirava o sorriso dos lábios nem por um segundo. Era nítido sua felicidade, e eu também estava. Enfim depois de vinte e dois anos finalmente iríamos nos casar. É claro que se a vinte dois anos atrás ao invés desses vinte anos que eu passei com o Renan tenho certeza que já teríamos casado e talvez tivéssemos até filhos agora,mas antes tarde do que nunca né

— Ei amor eu juro que essas camisinha que eu tenho aqui na gaveta são só pra usar com você é mais ninguém. Diz abrindo uma gaveta que tinha algumas

— Eu confio em você amor. Digo olhando em seus olhos

— É que sei lá apesar de trabalharmos na mesma empresa nossas salas são um pouco longe e você poderia achar exagerado o tanto que tem aqui

— Claro que não amor. Está tudo bem

— Sempre que eu saio da empresa eu ponho uma na minha carteira, as vezes até mais. Nunca se sabe né quando eu e você vamos fazer né. É melhor andar preparado. Somos jovens ainda e jovens tem muito fogo. Ri bastante do seu comentário. Ele estava certo eu e ele temos muito fogo

— Você tem razão meu amor. Ele fecha a gaveta depois de pegar o que queria e volta a me beijar e fazemos ali mesmo deitados em sua mesa como sua sala não tinha sofá igual a minha aquela vez. Renê pegou um controle e fechou a janela pra ninguém ver nós dois pelados já que tinham muitos prédios perto que davam pra ver dentro da sua sala

— Eu amor vamos lá pra casa ficar só nós dois á tarde inteira juntos? Pergunto ajeitando minha roupa num espelho que tinha ali

— Você está falando sério? Pergunta me abraçando por trás

— Sim amor. Quero passar um tempo a sós com meu noivo. Deito minha cabeça em seu ombro pra poder olhar pra ele e sorrio ao pronunciar a palavra noivo

— Então vamos. Ele me da um selinho sorrindo também e volta a arrumar sua mesa e eu a minha roupa. Quando saímos da sala algumas pessoas mantiveram seus olhares sobre nós. Claro que eles não são bobos,sabem o que fizemos dentro da sala. Como eu havia vindo com o motorista íamos no carro do Renê. Estávamos indo em direção ao carro quando o pai dele aparece do nada e diz coisas horríveis pra ele o que o deixou um pouco triste

— Hora, hora se não é o ladrão de namoradas

— Oi pai. O que você quer?

— Falar pra você mandar o Ricardo vim morar comigo. Você estragou o menino depois que ele foi morar com você. Agora ele só quer saber de festas e curtição

— A culpa sempre é minha né pai? Vai dizer que a culpa minha o Renan ser gay também? Pra sua informação faz vinte anos que eu não conversava com ele e a apenas dois anos voltamos a nós falar

— A culpa não é minha se ele sabia que você não prestava e ficou longe de você esse tempo todo,mas com ele eu resolvo depois não tem mais concerto. Mas agora o Ricardo sim tem solução ainda é jovem. Você não é exemplo pra ninguém. Olha só pra você. Você é um perdedor,não conseguiu uma namorada e teve que roubar a do seu irmão gêmeo. Você não é ninguém. Não aguentei ficar vendo ele humilhar o Renê desse jeito. Passei na frente do Renê que pois as mãos nos meus ombros ficando de frente pro pai dele

— Escuta aqui o senhor não tem o direito de humilha lo desse jeito. Você não o conhece direito pra ficar falando esse tipo de coisa. Você devia era ter orgulho do seu filho pelo homem que ele se tornou. Vem amor vamos embora. Puxo ele pela mão e entro do lado do motorista. Ele não estava bem pra dirigir. Não disse mais nada, apenas deitou sua cabeça no vidro e ficou quieto

— Não fique assim amor. Você é muito melhor do que ele. Faço carinho nele

— Talvez ele tenha razão e eu seja um fracassado

— Não diga isso. Você é a pessoa mais inteligente e esperta que eu já conheci. Você não é um fracassado. Você é humilde,trabalhador,generoso,bondoso e isso o seu pai nunca vai saber o que é. Ele deveria ter orgulho de você ao invés de te tratar desse jeito. Paro o carro pra poder falar com ele olhando em seus olhos. Ele me abraça e chora um pouco. Depois que ele se acalma vamos pra minha casa

— Beatriz eu e o Renê vamos ficar no quarto. Se precisar de alguma coisa bate antes de entrar está bem

— Sim senhorita Helena. Com licença. Diz indo pra cozinha. Renê e eu passamos o dia deitados,abraçados,conversando,vendo filmes,namorando bastante. Não saímos do quarto nem pra comer

— Você é linda meu amor. É maravilhosa. Diz fazendo carinho no meu rosto enquanto eu estava sentada em seu colo de frente

— Obrigada amor. Você também é lindo e gostoso.

— Eu te amo Helena

— Eu te amo Renê. Digo e nos beijamos apaixonadamente